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Centro Sportivo da Encruzilhada – Recife (PE): sete edições do Estadual, entre 1929 a 1935

O Centro Sportivo da Encruzilhada foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). O “Alviverde da Encruzilhada“, “Centro“, “Campeão da Sympathia“, “Periquitos da Encruzilhada“, “Grêmio da Camisa Verde” foi Fundado na quinta-feira, do dia 31 de Agosto de 1916.

Foram criadas as diretorias de Honra e a Effectiva! A Diretoria de Honra fora composta pelos seguintes membros:

Presidente – Cel. Francisco Araujo;

Vice-Presidente – farmacêutico Porfírio de Andrade;

1º Secretário – capitão Leôncio de Barros;

2º Secretário – José Penante I. Cunha;

Orador – acadêmico Luiz de Barros;

Vice-Orador – Eurico H. de Macedo;

Thesoureiro – capitão Antonio Cypriano Gomes;

Vice-Thesoureiro – capitão Joaquim Leitão.

Já a Diretoria Effectiva ficou formada da seguinte forma:

Presidente – acadêmico Ildefonso Lopes;

Vice-Presidente – Arnaldo Vieira de Mello;

1º Secretário – Mario A. Silva;

2º Secretário – José de Almeida e Silva;

Orador – Clovis Bráulio de Carvalho;

Vice-Orador – acadêmico José D. Guimarães;

Thesoureiro – Antenor Ferreira;

Vice-Thesoureiro – Manoel Alves Sobrinho;

Director de Sports – José Victorino de Almeida.

A sua primeira Sede social estava localizado na Rua de São João, s/n, no bairro de Campo Grande (vizinho ao bairro da Encruzilhada), no Recife. As suas cores: verde e branco.

Praça de Esportes

No mês seguinte, o clube inaugurou, no domingo, às 6h30min., do dia 29 de Outubro de 1916, o novo Ground, no bairro de Campo Grande, localizado na Zona Norte do Recife.

Na ocasião, o orador Clovis Bráulio de Carvalho discursou para os convidados. Depois ocorreu a partida inaugural entre os times A e B. O 1º Quadro foi escalado assim: Coelho; C. Miranda e Antenor Mineca; Joãozinho, Silvio do Val e Clovis; M. Pirette Santos, Zé de Almeida, Bruno, Oswaldo e Raul.

Há registros de que no início de 1917, o Centro já estava em outro campo: situado na Avenida Ferreira Gomes, s/n, no bairro da Encruzilhada, batizado por Stadium Ferreira Gomes.

Sete participações na Elite do futebol de Pernambuco

No futebol, o “Grêmio da Camisa Verde” disputou sete edições do Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão: 1929, 1930, 1931, 1932, 1933, 1934 e 1935. Ao todo, foram 82 jogos, com 57 pontos: 21 vitórias, 13 empates e 48 derrotas; marcando 149 gols, sofrendo 261, e um saldo negativo de 112.

Reorganizado em 1927

Na quinta-feira, do dia 06 de Janeiro de 1927, na residência do benemérito Hilkar Machado, situado na Avenida Clementino Tavares (atual: Avenida Beberibe), na Encruzilhada, o “Centro” passou por um processo de reorganização, comandados por um grupo de onze desportistas:

Sylvio Fernandes, Alcides Lima, Arnaldo Costa, Arthur Neves, Alderico Freitas, José Ribeiro Campos, Luiz Leitão, Guilherme Machado, Hilcar Machado, Edgar Machado, Manassés Guimarães.

Essa mudança, o clube resolveu trocar o bairro vizinho (Campo Grande) pelo bairro que empresta o nome da agremiação alviverde. Apesar da mudança, a nova diretoria manteve uma relação carinhosa com o bairro vizinho. No início de 1929, a diretoria ofertou uma artística taça as torcedoras de Campo Grande, que ficou à mostra no pavilhão italiano, na Exposição.   

A diretoria foi constituída da seguinte forma:

Presidente – Alcides Lima;

Vice-presidente – João Muniz Ramos;   

1º Secretário – Alderico Freitas;

2º Secretário – Hulberto Gama;

3º Secretário – Ezequiel Piretti;

Orador – Arthur Neves;

Vice-Orador – Agapito de Freitas;

Thesoureiro – Manuel Filizola;

Commissão de Syndicancia – José Neves, Guilherme Coimbra, Sylvio Fernandes, Arnaldo Costa e Luiz Leitão.

Nova Sede e o Stadium do Encruzilhada

A sua nova casa, ficava na Rua Castro Alves, no bairro da Encruzilhada, localizado na Zona Norte do Recife. No local, magnificamente aparelhada e artisticamente mobiliada, contando com jogo de salão, com ping pong, jogo de dama, xadrez e b x marombas, etc. O que demonstra estar equipada para o atletismo.

O Stadium foi inaugurada no domingo, do dia 13 de Março de 1927, em amistoso, diante do Jandyra Sport Club (composto por rapazes do Sport Club do Recife).

Às 7 horas, no encontro entre os Terceiros Quadros, o “Centro” venceu por 3 a 1. Às14h30min., no jogo dos Segundos Quadros, deu Jandyra: 2 a 0. Por fim, às 16 horas, na partida de fundo, entre os Primeiros Quadros, terminou empatado em 1 a 1.

Dias depois, a 1ª vitória nessa nova era: 1 a 0 em cima do Commercial Foot-Ball Club. O gol da vitória foi assinalado pelo atacante Carlito. Já a maior goleada veio no domingo, do dia 20 de novembro de 1927, quando abateu o Nacional Foot Ball Club pelo placar de 5 a 1.

ALGUNS NÚMEROS DE 1927 e 1928

Entre as duas temporadas completas (1927 e 1928), o Centro Sportivo Encruzilhada acumulou um total de 89 jogos, com 41 vitórias (46,0%), 28 empates (31,5%) e 20 derrotas (22,5%). Triunfos que se destacaram foram diante do Jandyra, Vasco da Gama, Mocidade, Varzeano Sport Club, Fortaleza, Capibaribe e Associação Atlética Arruda.

Viagem à Campina Grande/PB   

Duas excursões em 1928: no domingo, do dia 23 de setembro, no município de Victoria, um amistoso estadual, o “Centro” venceu o Yankee Club por 2 a 0. No mês seguinte,  no domingo, do dia 14 de outubro, num amistoso nacional, empatou com o Palestra em 2 a 2, em Campina Grande, no estado da Paraíba.

Troféus conquistados nesse período

Taça Collares Vianna (vitória em cima do Bello Horizonte);

Taça Alcides Lima (vitória em cima do Tuyuty);

Taça Encruzilhada (festival da Associação de Cronistas Desportivos);   

Taça de Bronze (ofertado pelo Palestra de Campina Grande/PB);

Taça Campeão da Sympathia (ofertada pelo jornal O Esporte, vencedor do concurso simpatia com 4.162 votos).

Criação da Associação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT)

Às 20 horas, da sexta-feira, no dia 25 de Janeiro de 1929, o “Centro” liderou o movimento para a criação da Sub-Liga, onde fez uma reunião com os clubes suburbanos.

A assembléia com intuito da formação da Coligação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT). Uma semana depois, foi Fundada na sexta-feira, do dia 1º de Fevereiro de 1929, que teve como 1º Presidente o Sr. Ramos de Freitas.

Estranhamente, o Encruzilhada não se filiou a nova liga, o que acarretou problemas, pois os clubes filiados foram proibidos de enfrentá-lo. Segundo o Pequeno Jornal fez uma avaliação da postura do clube alviverde: “Um carrancismo tolo, uma vaidade inútil, fizeram repelir as inúmeras solicitações e o clube querido de Alcides Lima (então o presidente) permaneceu isolado“.

Após idas e vindas, enfim, a diretoria do “Alviverde da Encruzilhada” aceitaram as argumentações e o clube se filiou a ASDT e depois a  Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT). Assim, o alviverde disputaria pela 1ª vez o Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão, em 1929.   

Varzeano x Encruzilhada para 4 mil torcedores

No domingo, do dia 03 de Março de 1929, o Encruzilhada foi até o bairro da Várzea (2º maior em extensão territorial do Recife), a fim de enfrentar o temível Varzeano Sport Club.

O Estádio estava completamente lotado com cerca de 4 mil pessoas, que assistiram um jogo equilibrado que terminou empatado em 1 a 1. O mesmo resultado na partida entre as duas equipes nos Segundo Quadros.  

Debutou na Elite Pernambucana em 1929

Então, no Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão, organizado pela Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT), teve o pontapé inicial. Na tarde de domingo, do dia 12 de maio de 1929, o Centro Sportivo Encruzilhada estreou diante do forte Náutico Capibaribe, nos Aflitos.

Num jogo de seis gols, a partida terminou empatada em 3 a 3. Nos Segundos Quadros, o Náutico venceu por 5 a 1, enquanto nos Terceiros Quadros, o Encruzilhada ganhou 1 a 0.   

Pela 2ª rodada, colocou no caminho do “Centro” o atual campeão do estado: o Sport do Recife, na tarde de domingo, do dia 26 de maio de 1929, no Estádio da Avenida Malaquias. O árbitro foi o folclórico Alcindo Wanderley, o Pitota.

O Encruzilhada fez história e abateu o Sport do Recife pelo placar de 3 a 2. Após estar perdendo com, menos de 15 minutos de jogo (dois tentos de Bulhões), por dois a zero, o Centro virou com gols de Zequinha; Baltar, o “Velho Cabo 70“, de pênalti; e após receber passe de Pinto, Faísca fez o gol da vitória. Nos jogos dos Segundos e Terceiros Quadros, o placar foi o mesmo: 1 a 1.

Na 3ª Rodada, outra pedreira: o América do Recife, na tarde de domingo, do dia 16 de junho de 1929, no campo da Jaqueira. Num jogo, com cada time sendo melhor em cada tempo, a partida terminou empatada sem gols. O Time formou: Piancó; Palmeira e Sylvio; Baltar, Simões e Leitão; Pinto, Pedrinho, Lilla, Faísca e Zeca. Técnico: Lilla. Nos Segundos Quadros, o América venceu por 3 a 0. Já nos Terceiros Quadros, outro empate em 1 a 1.

Na 4ª Rodada, na tarde de domingo, do dia 30 de junho de 1929, o Encruzilhada empatou com o Torre, em 2 a 2, no campo da Jaqueira. Nos Segundos Quadros, empate em 1 a 1. Já nos Terceiros Quadros, o Torre venceu por 1 a 0.

Pela 5ª Rodada, na tarde de domingo, do dia 14 de julho de 1929, o Encruzilhada voltou a vencer ao bater o Equador Football Club por 3 a 0. Nos Segundos Quadros, o “Centro” goleou por 4 a 1

Na 6ª Rodada, na tarde de domingo, do dia 28 de julho de 1929, o Encruzilhada sofreu a primeira derrota no certame, ao perder para o Flamengo por 2 a 0. Pelo mesmo placar o “Centro” perdeu nos Segundos e Terceiros Quadros

Na 7ª Rodada, às 16h15min., de domingo, do dia 04 de agosto de 1929, o Encruzilhada caiu diante do Santa Cruz pelo placar de 1 a 0, na Avenida Malaquias. O gol saiu aos 27 minutos do 1º tempo, por intermédio de Alfredo. Nos Segundos Quadros o “Centro” venceu por 2 a 0. O time formou: Piancó; Sylvio e Palmeira; Baltar, Simões e Leitão; Zequinha, Aranha, Lilla, Pedrinho e Pinto. Técnico: Lilla.

Pela 8ª Rodada, na chuvosa tarde de domingo, do dia 25 de agosto de 1929, o Encruzilhada sofreu a terceira derrota seguida. Dessa vez para o Náutico Capibaribe por 2 a 0, no campo do América. Nos jogos dos Segundos e Terceiros Quadros, o “Centro” perdeu por 5 a 0 e 1 a 0, respectivamente.

Excursão e goleada em João Pessoa (PB)

O “Campeão da Sympathia” deu um intervalo no certame estadual e excursionou até João Pessoa, na Paraíba para enfrentar o Vasco da Gama (que também estava debutando na Elite do futebol paraibano)Às 15h35min., no domingo, do dia 1º de setembro de 1929, no campo do Cabo Branco. Com arbitragem de Aloysio França, o Encruzilhada goleou o Vasco por 4 a 1.

Aos 17 minutos, Lilla deu belo passe para Zezé que abriu o placar para o Encruzilhada. Aos 19 minutos, o “Periquitos da Encruzilhada” ampliou: Zezé deu passa para Arnaldo, que deixou passar para Zé Pedro, que chutou rasteiro, sem chances para o goleiro Raul.

Na etapa final, logo aos seis minutos, Zezé driblou Patrício e tocou para Zeca que fuzilou para aumentar o marcador. Com tranquilidade o Encruzilhada chegou ao 4º gol, após Zezé entregou o balão a Lilla, que bateu com categoria, colocando a bola para o fundo das redes. Aos 18 minutos, o Vasco fez o seu tento de honra, por intermédio de Zé Pedro, cobrando pênalti.    

Retornando ao Estadual, o Encruzilhada voltou a campo, pela 9ª Rodada,no domingo, do dia 08 de setembro de 1929. Contudo, nova derrota para o Flamengo por 2 a 0. Nos jogos dos Segundos e Terceiros Quadros, o “Centro” venceu por 2 a 0 e foi derrotado por 1 a 0, respectivamente.

Na 10ª Rodada,no domingo, do dia 22 de setembro de 1929, o “Centro” foi derrotado pelo Santa Cruz por 3 a 0. Nos jogos dos Segundos e Terceiros Quadros, derrotas por 2 a 0 e 5 a 2, respectivamente.

O Encruzilhada encerrou a sua participação no Estadual de 1929, na penúltima colocação, com sete pontos em 13 jogos: duas vitórias, três empates e oito derrotas; com 13 gols a favor e 21 contra, com um saldo negativo de oito.

Em 1930, o clube tinha uma nova Sede social, localizado na Avenida Bernardo Vieira, nº 393 (depois 421), no bairro Encruzilhada, no Recife, onde realizou grandes bailes de carnaval.

No Campeonato Pernambucano de 1930, o Encruzilhada fez uma excelente e melhor campanha da sua história, terminando na 3ª colocação no geral. O Centro só ficou atrás do Torre Sport Club, vice-campeão; e do América Football Club, campeão do certame. Ao todo, foram nove jogos e 10 pontos, com quatro vitórias e cinco derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 15 e um saldo de menos três tentos.

No Estadual de 1931, o “Centro” não conseguiu repetir o belo desempenho da temporada anterior terminando na 9ª e antepenúltima posição. Foram 10 partidas e nove pontos; com quatro vitórias, um empate e cinco derrotas; marcando 33 gols, sofrendo 35 e um saldo negativo de dois.

Veio o Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão de 1932, mas o desempenho continuou ruim. O Centro Sportivo Encruzilhada ficou na 10ª e penúltima colocação, com três pontos em oito partidas: uma vitória, um empate e seis derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 22, e um saldo de 10 negativos.

Na temporada seguinte (Estadual de 1933), os “Periquitos da Encruzilhada” melhoraram, ficando na 7ª posição, com nove pontos em 14 jogos:  quatro vitórias, um empate e nove derrotas; assinalando 22 gols, sofrendo 61 tentos e um saldo de menos 39 gols.

No Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão de 1934, num total de oito clubes, o Centro ficou em 5º lugar, com 12 pontos em 14 jogos: quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas; marcando 28, sofrendo 41 e um saldo negativo de 13 gols.

No Torneio Início de 1935, o Encruzilhada acabou caindo na estreia ao perder para o Sport Recife por 3 a 2. Uma curiosidade: No domingo, do dia 07 de abril de 1935, no seu campo, o Encruzilhada enfrentou, amistosamente o Iris Sport Club, pelo placar de 3 a 1.

Os gols foram assinalados por Estácio, Neves e Marinheiro, enquanto Guerra fez o tento de honra do Iris. Essas duas equipes iriam protagonizar meses depois a ascensão de um e o declínio do outro.

Depois veio o Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão de 1935, que acabou sendo marcante na história do Centro Sportivo Encruzilhada, mas da pior forma possível.

Num total de oito equipes, o “Camisa Verde” terminou na 8ª e última posição. Foram sete pontos em 14 jogos, com duas vitórias, três empates e nove derrotas; marcando 29, sofrendo 66 e um saldo de menos 37.

O Centro era sétimo colocado, porém diante da desistência do restante do jogo interrompido diante do América, acabou perdendo um ponto, suficiente para cair para o oitavo lugar.

Rebaixamento decretou um “caminho sem volta

Após terminar na lanterna, restou ao Encruzilhada ter a última chance de permanecer na Elite: enfrentar o Íris Sport Club (Santo Amaro), campeão da Segunda Divisão (ao vencer o Atheniense), numa melhor de três jogos. Exatamente o mesmo adversário que o Centro venceu com tranquilidade, em amistoso, antes do início do certame.

Centro é goleado

O 1º jogo, aconteceu no domingo, às 16h, do dia 05 de Janeiro de 1936, no Estádio da Avenida Malaquias. E o Centro foi goleado pelo Íris Sport Club por 7 a 2. O árbitro foi Alonso Rodrigues de Souza.

Logo no início de jogo, Gondim abriu o placar para o Centro. Aos oito, Calixto empatou. Aos 19, Guerra colocou o Íris na frente. No minuto seguinte, Ivo ampliou para os azulinos. Na etapa final, logo no início Damião diminuiu para o Centro.

Três minutos depois, Edgard, de pênalti, fez o 4º tento para o Íris. O jogo ficou complicado e o time azulino ainda marcou mais três gols: Guerra, duas vezes, e Edgard.  

Íris SC: Baracas; Popó e Walfrido; Electrico, Ramalho e Caboclo (Gato); Ivo, Calixto, Edgard, Sinésio (Guerra) e Miolo.

Encruzilhada: Francelino; Watson e Estácio; Soares, Moura e Odílio; Pinto, Bayma, Damião, Bessoni e Manoel Gondim 

Tudo igual no 2ª partida

O 2º jogo, ocorreu no domingo, às 15h15min., do dia 12 de Janeiro de 1936, no campo da Jaqueira (do Tramways). O Encruzilhada e o Íris ficaram no empate em 1 a 1. O árbitro da peleja foi João Elysio Lauria Ramos.

O 1º tempo teve muita disputa e pouca objetividade, terminando sem gols. Na etapa complementar, logo no início, Guerra abriu o placar para o Íris. O time azulino seguiu pressionando, mas aos poucos o Centro foi retomando às rédeas do jogo.  Então, Zeferino invadiu a área e tocou na saída de Barracas para deixar tudo igual. 

Encruzilhada: Francelino; Perdido e Watson; Leitão, Moura e Estácio; Ayrton, Damião, Zeferino, Lylla (Bessoni) e Manoel Gondim 

Íris SC: Baracas; Popó e Walfrido; Gato, Baptista (Ramalho) e Ramalho (Electrico); Ivo, Calixto, Edgard, Guerra e Miolo.

Novo empate resultou na queda do Encruzilhada

O 3º e último jogo, transcorreu no domingo, às 15h35min., do dia 19 de Janeiro de 1936, Centro Sportivo Encruzilhada e Íris Sport Club voltaram a empatar em 1 a 1, na Avenida Malaquias (campo do Sport Recife). O árbitro foi Alberto Gomes Alves.

Aos 13 minutos, Varella abriu o placar para o Centro. E assim o jogo seguiu até o fim da etapa inicial. Na volta do intervalo, logo aos cinco minutos, após belo passe de Miolo, o atacante Edgard empatou. O placar seguiu inalterado até o apito do árbitro. 

Com esse resultado (uma vitória e dois empates; marcando nove gols e sofrendo quatro), o Íris Sport Club assegurou a volta para a Primeira Divisão, enquanto o Encruzilhada acabou rebaixado para a Segunda Divisão pela 1ª vez.

Íris SC: Baracas; Popó e Walfrido; Eletrico, Baptista e Ramalho; Caboclo, Calixto, Edgard, Sinésio e Miolo.

Encruzilhada: Francelino; Perdido e Lucas; Cosme, Leitão e Pita; Pinto, Franzé, Varella, Lylla e Estácio 

O último ato do Centro

No entanto, o rebaixamento do “Alviverde da Encruzilhada” ganhou um “novo capítulo” no mês seguinte. A Federação Pernambucana de Desportos (FPD), voltou atrás e manteve o clube na Elite. Apesar de não ficar claro os motivos, o Centro participou da competição que abria a temporada no estado.     

Torneio Início de 1936

No domingo, do dia 1º de Março, foi realizado o Torneio Início de 1936. O Encruzilhada estreou diante do seu algoz: Íris Sport Club, às 15h05min., tendo na arbitragem o Sr. Alonso Rodrigues, no campo do Tramways. E, novamente, o Centro foi derrotado por 1 a 0, dando adeus ao torneio.

Íris SC: Baracas; Popó e Joca; Marionettos, Zeca e Ramalho; Caboclo, Frajola, Edgard, Nicolau e Gato.

Encruzilhada: Francelino; Perdido e Lucas; Edith, Leitão e Pajú; Quinto, Ellon, Damião, Neco e Brayner.

A FPD divulgou a tabela do Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão de 1936, no qual o Encruzilhada iria estrear na quinta-feira à noite, do dia 15 de março, diante do Náutico Capibaribe.

O clube trouxe o meia Paesinho (ex-Torre), depois Humberto (com um contrato de três anos). No entanto, com a vinda do Clube de Regatas Vasco da Gama/RJ, somado a convocação do selecionado pernambucano, as datas do início do estadual foram adiados.

Clube teve três jogadores convocados

Como preparação, o Encruzilhada enfrentou, amistosamente, o Torre Sport Club, no domingo, às 16 horas, do dia 15 de Março de 1936, no campo da Avenida Castro Alves. Antonio Machado foi o árbitro da peleja. O resultado não foi divulgado.

Na semana seguinte, o técnico da Seleção Pernambucana, Joaquim Loureiro  convocou o grupo para um período de treinos, visando o XI Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. E o Encruzilhada teve três jogadores convocados: Perdido, Paesinho e Ivo.

Inesperadamente, o Centro se licenciou e depois se extinguiu

Porém, na sexta-feira, do dia 17 de Abril de 1936, a diretoria encaminhou um ofício, no qual solicitava uma licença do campeonato. No domingo, às 8 horas da manhã, do dia 19 de Abril, foi realizado uma assembléia geral, na Sede do clube. 

Na segunda-feira, do dia 20 Abril de 1936, reunido em sessão extraordinária, a diretoria formada pelo presidente, Pedro Alves Pereira da Silva; Vice-presidente, Benjamin Gonçalves; Secretário, Luiz Capibaribe; Thesoureiro, Reynaldo Paiva; Conselho Especial, Lafayette Vareda – Abílio de Barros – Júlio Moreira dos Santos – Hilkar Machado; deliberou a dissolução do Centro Sportivo Encruzilhada, ficando a liquidação de acordo com o estatuto do clube.

Nos anos 50, ocorreu uma tentativa de reorganizar o clube

Em 1953, foi formado a diretoria dos Veteranos do Centro Esportivo da Encruzilhada, como uma forma de manter viva as histórias e os antigos membros, que se reuniam na Sede (provisória) na Rua Carneiro Vilela, nº 448, no Espinheiro, um bairro nobre pertencente à 3ª Região Político-administrativa do Recife.

Essas reuniões foram se aflorando, com a realização de jogos amistosos até que na quarta-feira, do dia 19 de Agosto de 1959, foi noticiado no Diário de Pernambuco o desejo de reabrir a antiga agremiação:

Componentes do Antigo Clube Rex de Amadores, à frente o desportista Walter Marques de Oliveira, estão tratando da reorganização do Centro Esportivo da Encruzilhada, a agremiação que marcou época no futebol da cidade, inclusive na primeira divisão de profissionais. A sede do grêmio arrabaldino (arredor) será localizada, inicialmente, na Vila do IPASE, na Encruzilhada e seus reorganizadores já estão pensando num terreno onde será construída a praça de jogos do clube, já que é pensamento dos mesmos participar dos prélios oficiais da segunda categoria no próximo ano, passando à divisão de honra, no ano seguinte“. 

Apesar de toda empolgação, não foi encontrado mais nenhuma notícia de que esse projeto tenha ido para frente. E, com isso, a “última chama de esperança” do retorno do Centro Sportivo Encruzilhada se apagou definitivamente, colocando um ponto final no “Campeão da Sympathia“.

Algumas formações:

Time base de 1916 – Hygino (Coelho ou Santos); Octacilio (C. Miranda ou Candinho) e Lela (Cap.); Guimarães (Antenor), Sobrinho (Joãozinho) e Bruno (Elidio); Ildelfonso (Raul), Silvio do Val (Oswaldo) e José Victorino (Clovis); Vital (M. Pirette Santos) e Tatá (Zé de Almeida). Técnico: José Victorino de Almeida (depois: Elydio Macedo). 

Time base de 1917 – Chiquinho (Paulo Xavier); Pedro Guimarães e Mario Mattos (Mario Pinto); Balthazar (Cap.), Oliveira (C. Miranda) e Victorino (Deca); Waldemar (M. Mendonça), Coelho (Balthar), M. Dias (J. da Motta) e Eliezer (Victorino)Técnico: Elydio Macedo. 

Time base de 1918 – Tartaruga; Antenor e Dowsley; Peretti, Balthazar (Cap.) e  Candido; Euclides, Moreira, Guanabara, M. Silva e P. Silva

Time base de 1927 – Dedé; Machado e Cavalcanti; Guilherme, Pedrinho e Pires; Pinto, Motta, Lyla, Carlito e Almeida

Time base de 1928 – Ismael (Dedé); Machado (Palmeiras) e Pedro Sá; Guilherme, Pedrinho e Jacy (Pires ou Baltar); Almeida (Carlito), Motta (Pinto), Lyla (Zena), Pita (Julinho) e Karlyto (Seca). Técnico: Pedro Sá Cavalcanti

Time base de 1929 – Piancó (Lyra); Palmeira e Sylvio (Pedro Sá); Baltar (Pires), Simões e Leitão; Pinto (Zequinha), Pedrinho (Aranha), Lilla (Bulhões), Faísca (Motta) e Zeca. Técnico: Lilla.

Time base de 1930 – Piancó; Palmeira e Moacyr; Baltar, Sebastião e Leitão; Marinheiro, Lyla, Sabininho, Motta e Zeca

Time base de 1931 – Arthur Loyo (J. Trajano); Estácio (Hilkar) e Pedro Sá (Gesner Loyo); Leitão (Cão), Sebastião e Pita (Pires); Leitãozinho, Pintinho, Péricles, Lila e Manoel Godim

Time base de 1932 – Arthur Loyo; Estácio e Machado; Cão, Felinto e Pita; Leitãozinho, Marinheiro, Nickolas, Lila e Manoel Godim

Time base de 1933 – Encresio; Machado e Filintho; Leitão, Pedrinho e Cão; Hernani, Pita, Lila, Estácio e Manoel Godim

Time base de 1934 – Gouveia; Perdido e Luizinho; Leitão, Cão e Pita; Marinheiro, Estácio, Nadú, Lylla e Manoel Godim

Time base de 1935 – Gouveia (Francelino); Perdido e Estácio (Luizinho); Pita, Baptista e Leitão (Cão); Pinto (Dias ou Nadur), Neves (Marinheiro), Nelson (Lylla), Franzé (Varella) e Manoel Godim

Time base de 1936 – Francelino; Perdido (Watson) e Estácio (Lucas); Cão (Moura), Leitão (Soares ou Edith) e Pita (Odílio ou Pajú); Pinto (Quinto), Lylla (Brayner ou Ellon), Nadur (Damião), Cosme (Bessoni) e Manoel Godim (Neco)

Desenho do escudo, uniforme, pesquisa e texto: Sérgio Mello

FONTES A Província (PE) – Diário da Manhã (PE) – Diário de Pernambuco (PE) – O Jornal de Recife (PE) – Pequeno Jornal (PE) – RSSSF Brasil

Escudo Raro dos anos 70: Umuarama Futebol Clube – Umuarama (PR)

Umuarama Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Umuarama (PR). O “Tigrão da Baixada” foi Fundado na quinta-feira, do dia 25 de Novembro de 1971. A mascote era um índiozinho.

A sua Sede administrativa ficava situado na Estrada Serra dos Dourados, s/n – Lote 27, no Centro de Umuarama. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Municipal Lucio Pipino, o “Gigante da Baixada“.

atacante Vaquinha

Amistosos contra alguns gigantes do país, em Umuarama

Umuarama x S.E. Palmeiras/SP

Na terça-feira, do dia 26 de Junho de 1973, o Umuarama recebeu o Palmeiras, em amistoso nacional, no Estádio Gigante da Baixada. O time alviverde paulista venceu por 1 a 0, gol de Fedato aos 40 minutos do 1º tempo. O Árbitro foiCélio Laudelino da Silva (PR). A Renda foi de Cr$ 50 mil cruzeiros.

Umuarama: Leonel; Alonso, Virgílio, Bô e Beto; Nenê (Jairo) e Índio; Paulo Borges (Darci), Jaime, Joãozinho e China.                                               

Palmeiras: Raul Marcel; Eurico, João Carlos, Zeca e Celso; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Mílton (Ronaldo), César Maluco (Pio) e Fedato. Técnico: Oswaldo Brandão.

Umuarama x S.C. Corinthians/SP

Em amistoso nacional, às 21h30min., da quarta-feira, no dia 05 de Dezembro de 1973, o Umuarama Corinthians (SP) empataram em 1 a 1. Vaguinho abriu o placar para o Timão, enquanto Índio deixou tudo igual para o delírio da torcida presente, no Gigante da Baixada. O Estádio lotado e uma Renda de Cr$ 138 mil cruzeiros. Pela partida o clube paulista recebeu uma cota de 62 mil cruzeiros, livre de despesas.

Corinthians: Ado; Zé Maria,Laércio, Vagner e Wladimir; Tião e Zé Roberto; Vaguinho, Adãozinho, Roberto e Marco Antônio. Técnico: Dorival Knipel, “Yustrich”. Desfalques: Rivellino não jogou por estar com uma lesão no braço direito; enquanto Lance estava com o joelho machucado.   

recorte da revista Placar

Umuarama x C.R. Flamengo/RJ

Na quinta-feira, do dia 18 de Abril de 1974, em amistoso nacional, o Umuarama venceu o Flamengo (RJ) por 1 a 0, no Estádio Gigante da Baixada. O gol da vitória saiu aos 34 minutos da fase final por intermédio de Afonso Pinto. A Renda foi de cerca de 90 mil cruzeiros. Afonso Oliveira foi o árbitro da partida.

Umuarama: Léo; Alunino, Virgilio (Tomé), Bô e Beto; Nenê e Índio; Afonso Pinto, Darci, Laranjal e Jaime.

Flamengo: Cantarelle; Aluísio, Rondinelli, Luís Carlos e Rodrigues Neto (Nei); Liminha (Paulinho) e Zé Mário; Paulinho (Doval), Zico (Geraldo Assoviador), Dadá Maravilha e Arílson (Julinho). Técnico: Jouber.

Umuarama x Santos F.C./SP

No final da década de 80, o Umuarama enfrentou, em amistoso, o Santos Futebol Clube (SP) duas vezes: no domingo, do dia 27 de Janeiro de 1988, o “Tigrão da Baixada” venceu o Peixe por 2 a 0; enquanto na quarta-feira, do dia 1ª de Fevereiro de 1989, a partida terminou empatada em 1 a 1. Ambos os jogos foram realizados no Estádio Municipal Lucio Pipino, o Gigante da Baixada.

No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão, o “Tigrão da Baixada” participou de 10 edições: 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1989 e 1990. Esteve presente na Taça Norte de 1973 e no Torneio da Morte de 1979.

Time da década de 70 – EM PÉ (Esquerda para a direita): Zuring (técnico), Aluísio, Leonel, Virgílio, Nenê, Bô, Tomé e João Turuca;
AGACHADOS (Esquerda para a direita): Afonso, Darci, Vaquinha, Índio e Jaime Pepino.

Vice-campeão em 1986

A principal conquista da equipe foi ser vice-campeã do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão de 1986, organizado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), perdendo o título para o Pato Branco Esporte Clube. O Umuarama Futebol Clube acabou sendo extinto na década de 90.

Desenho do uniforme, escudo e texto: Sérgio Mello

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FONTES: Wikipédia – Diário da Tarde (PR) – Acervo Santista – Futebol 80 – Jornal dos Sports – Revista Placar

Sapopemba Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ): Existiu entre 1921 a 1931

O Sapopemba Athletico Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A palavra “Sapopemba” é um nome tupi que significa “raiz angulosa, com protuberâncias“, através da junção dos termos sapó (“raiz”) e pem (“anguloso, com protuberâncias”).

O 1º nome do bairro de Ricardo de Albuquerque, situado na Zona Norte do Rio, era Sapopemba. Antigamente existiam fazendas nesta localidade, a maior delas chamava-se “Sapopemba“. O trem já circulava e fazia parada no bairro, por isso o nome do bairro era Parada Sapopemba.

Voltando ao futebol, o “Clube Verde-rubro” foi Fundado na sexta-feira, do dia 12 de Agosto de 1921, por um grupo de desportistas, com o intuito de correspondesse as expectativas dos habitantes de Deodoro. A sua Praça de Esportes ficava localizada na Estrada  Nazareth, próximo a Estação de Deodoro.

Reunidos e dado a conhecer o finalidade que os animava foi designado para o dia 18 de agosto do mesmo ano, para uma assembléia geral. No dia marcado, com um grande número de sócios deu-se cumprimento a deliberação que constituía o assunto que deu origem a convocação da assembléia. 

Ladislau Patão foi o seu 1º Presidente, o mais ardoroso daqueles dias, constituiu a diretoria um núcleo de devotados a causa do Sapopemba A. Club. Ganhando vitórias sobre vitórias, adquiriu nome, e cumpriu sempre seus deveres, tem vivido modestamente, mas galharda e orgulhosamente.

Foi campeão diversas vezes, e muitas conquistou lugares de destaque nos campeonatos. Das diversas diretorias, as mais proficientes, foram a do Sr. Omar Costa, que deu início os melhoramentos do clube, este fechou o campo coadjuvado por Ladislau Patão, Manoel Ignácio e muitos outros.  

Manoel Ignácio de Souza, tomou o encargo de na sua primeira gestão (1927) introduzir melhoramentos de grande importância e conforto, pois foi este juntamente com Ladislau, que colocou água, aparelho sanitário, etc.

Em 1928, Manoel Ignácio, apesar de estar fora da diretoria, conseguiu iniciar a construção da arquibancada, e o esforçado Ladislau, foi a coluna mestra nesta obra, auxiliado em parte por alguns diretores.

Em 1929, na gestão de Abílio Vanzan, foi inaugurado o importante serviço de socorro destinado aos jogadores, serviço este idealizado pelo secretário geral, João Nepomuceno Barcellos, que exercia funções acumuladas de diretor e enfermeiro da Caixa de Socorros Leontina Patão, serviço este bem aparelhado, dispondo de medicamentos para socorros de urgência e material cirúrgico.

O diretor técnico de sports, Juvenal de Oliveira, o homem que muito contribuiu para as constantes vitórias, que possuía como auxiliar, Balbino Motta

Em 1927 o “Clube Verde-rubro” estava filiado a Liga Leopoldinense de Football (LLF). Na segunda-feira, do dia 23 de Julho de 1928, a LLF se unificou com a Associação Athletica Suburbana (AAS), dando origem a Associação Carioca de Esportes Athleticos (ACEA), situado na Rua Anna Nery, nº 335, no bairro de Benfica, na zona norte do Rio.

Sapopemba fica com o vice-campeonato nos Primeiro e Segundos Quadros 

Na domingo, do dia 13 de Janeiro de 1929, válido pelo Campeonato da Associação Carioca de Esportes Athleticos (ACEA) de 1928, se enfrentaram os campeões dos grupos: Sapopemba Athletico Club (da serie Central) e Athletico Club Cordovil (da serie Cidade), na Praça de Esportes, da Avenida Francisco Bicalho (em frente a Estação Barão de Mauá), no Centro do Rio.

No final, num jogo equilibrado, o Sapopemba acabou derrotado pelo placar de 1 a 0. O gol do título foi assinalado pelo atacante Joãozinho, do Cordovil, na primeira etapa. Com isso, o Sapopemba ficou com o vice-campeonato (recebeu o Troféu Imprensa) da florescente entidade suburbana.

A partida foi arbitrada pelo Sr. Saint Justo Filho (Sport Club São José), que teve boa atuação. No título dos Segundos Quadros, novamente o Sapopemba chegou na final e, de novo, ficou com vice. O Mauá Football Club venceu por 3 a 1, se sagrando campeão.

Sapopemba A.C.: Agnaldo; Jesuino e Ribeiro; Pery, Mamão e Manata; Campista, Jahú, Machado, Novello e Jayme. Técnico: Juvenal de Oliveira

A.C. Cordovil: Paulo; Nascimento e Ananias; Gradin, Damião e Lauro; Joãozinho, Belmiro, Neco, Honório e Barriga.

Sapopemba “cai” na semifinal do Torneio Início de 1929

O Torneio Início da Divisão Suburbana, da ACEA, aconteceu no domingo, do dia 05 de Maio de 1929, na Praça de Esportes, do Sapopemba localizado próximo a Estação de Deodoro. O campeão foi o Internacional Football Club.

Primeira Fase

São José0X1InternacionalÁrbitro: Nerval Costa (Argentino F.C.)
FlorestaXIrajáos dois times não compareceram ao jogo
Municipais0X2SapopembaÁrbitro: Antonio Saint Justo Filho (S.C. São José)
Recreio1X0CoqueiroÁrbitro: Miguel Veríssimo dos Santos (Internacional F.C.)
Estrela D’Alva1X0ArgentinoÁrbitro: Alberto Alves (Coqueiro F.C.)

Segunda Fase

Rio F.C.XInternacionalO Internacional venceu por W.O.
Floresta/IrajáXSapopembaO Sapopemba venceu por W.O.
Recreio1X0Estrela D’AlvaÁrbitro: Jorge Perrot (Sapopemba A.C.)

Semifinal

Internacional1X0SapopembaÁrbitro: Alberto Lambert (Argentino F.C.)

FINAL

Internacional0X0Recreio F.C.Árbitro: Alberto Lambert (Argentino F.C.) O Inter venceu no critério de escanteios: 1 a 0.

Arquibancadas inauguradas em 1929

No domingo,às 13 horas, do dia 18 de Agosto de 1929, a diretoria do Sapopemba inaugurou as arquibancadas e demais dependências da sua Praça de Esportes, localizado próximo da Estação de Deodoro.

Sapopemba altera o nome em 1931

Na terça-feira, do dia 28 de abril de 1931, a diretoria Sapopemba Athletico Club solicitou filiação a Liga Metropolitana, já com o novo nome: Deodoro Athletico Club.

Time base de 1928 – Agnaldo; Jesuino e Ribeiro; Pery, Mamão e Manata; Campista, Jahú, Machado, Novello e Jayme. Técnico: Juvenal de Oliveira

Time base de 1929 – Agnaldo; J. Augusto (Jesuino) e Ribeiro; Pery, Mamão e Manata; Machado, Jahú, Fraga, Marcello e Luveira (Jarbas). Técnico: Juvenal de Oliveira.

FONTES: A Manhã (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ)

Unidos de Manguinhos Futebol Clube – Armação de Búzios (RJ): Fundado em 1959

O Unidos de Manguinhos Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Armação de Búzios (RJ). Fundado na terça-feira, do dia 23 de Junho de 1959. A sua Sede fica localizado na Av. José Bento Ribeiro Dantas, s/n, no bairro Manguinhos, em Búzios. As suas cores: verde e branco.

A história desta agremiação é limitada, mas dentro do que foi possível resgatar será contada. O clube alviverde, juntamente com o Perynas Atlético Clube,  ganhou a filiação na LCD – Liga Cabofriense de Desportos (situada na Rua Major Belegard, nº 525, no bairro São Bento, em Cabo Frio), título de a experiência por 365 dias (um ano), em 14 de julho de 1961. Com isso, o Unidos de Manguinhos disputou o Campeonato Citadino de Cabo Frio, em 1961 e 1962.

No domingo, às 11h30min., do dia 16 de Julho de 1962, foi realizado o Torneio Início da LCD, no Estádio Municipal. Participaram seis equipes: Associação Atlética Cabofriense, Clube Esportivo Sergipe, Perynas Atlético Clube, Tamoio Esporte Clube, Unidos Atlético Clube e Unidos de Manguinhos. Na final, que teve a duração de 60 minutos, a Cabofriense ficou com o título, ao vencer o Perynas por 3 a 2.

Resultados

Tamoio0 (1)X0 (2)CabofriensePênaltis: João Marcos (AAC) e Luiz (TEC)
Sergipe1X0Unidos de ManguinhosGol(S): Renato, de pênalti.
Unidos A.C.0 (1)X0 (2)PerynasPênaltis: Roberto (PAC) e Wilson (UAC)
Cabofriense3X1SergipeGol(S): Luiz, Walter e João.
Perynas2X3CabofrienseGol(S): Célio, duas vezes, e Manuel (AAC); Ailton e Edílson (PAC).

O Campeonato Citadino de Cabo Frio, teve início no domingo, do dia 30 de Julho de 1962, até domingo, do dia 11 de novembro de 1962. Devido a falta de praças de esportes, os primeiros jogos foram realizados no Estádio Municipal.

1ª Rodada

30/07/62C.E. Sergipe2X0Unidos A.C.
06/08/62Perynas A.C.1X1A.A. Cabofriense
13/08/62Tamoio E.C. X Unidos de Manguinhos F.C.

2ª Rodada

20/08/62Unidos A.C. X A.A. Cabofriense
27/08/62Unidos de Manguinhos F.C. X C.E. Sergipe
03/09/62Tamoio E.C. X Perynas A.C.

3ª Rodada

10/09/62A.A. Cabofriense X Unidos de Manguinhos F.C.
17/09/62Perynas A.C. X Unidos A.C.
24/09/62C.E. Sergipe X Tamoio E.C.

4ª Rodada

1º/10/62Unidos de Manguinhos F.C. X Perynas A.C.
08/10/62A.A. Cabofriense X C.E. Sergipe
15/10/62Unidos A.C. X Tamoio E.C.

5ª Rodada

22/10/62C.E. Sergipe X Perynas A.C.
29/10/62Unidos A.C X Unidos de Manguinhos F.C.
05/11/62Tamoio E.C. X A.A. Cabofriense

No domingo, às 11h30min., do dia 05 de Agosto de 1962, foi realizado o Torneio Início da LCD, no Estádio Municipal. Estiveram presentes nove equipes: Associação Atlética Cabofriense, Arraial Esporte Clube, Clube Esportivo Sergipe, Esporte Clube Operário, Guarany Esporte Clube, Perynas Atlético Clube, Tamoio Esporte Clube, Tupy Esporte Clube e Unidos de Manguinhos.

Na grande final de Aspirantes, por causa da falta de luz (foram jogados oito minutos), precisou ser realizado no outro domingo: 12/08/62, no mesmo local. Nos 52 minutos finais, O Tupy, mesmo com nove jogadores, conseguiu sustentar o placar em branco nos primeiros 30 minutos. 

Porém, na meia-hora final, a Cabofriense soube se aproveitar da vantagem numérica e goleou o Tupy pelo placar de 4 a 0. Os gols foram assinalados por Carlinhos, Aguinaldo, Zé Carlos (pênalti) e Cinho.       

1º Jogo

Tamoio E.C.1X0Unidos de Manguinhos F.C.Gol(S): Joel
Árbitro: Nelson de Oliveira / Auxiliares: Jovino Tavares de Almeida e Virgilio Alves da Cunha

2º Jogo

Tupy E.C.0 (3)X0 (0)Perynas A.C.Pênaltis: Abiud
Árbitro: Jovino Tavares de Almeida / Auxiliares: Joaquim Soares dos Santos e Virgilio Alves da Cunha

3º Jogo

Arraial E.C.0 (3)X0 (1)E.C. OperárioPênaltis: João Mangona
Árbitro: Miguel da Silva / Auxiliares: Nelson de Oliveira e Joaquim Soares dos Santos

4º Jogo

A.A. Cabofriense1X0C.E. SergipeGol(S): Jorginho
Árbitro: Joaquim Soares dos Santos / Auxiliares: Nelson de Oliveira e Miguel da Silva

5º Jogo

Guarany E.C.0 (3)X0 (2)Tamoio E.C.Pênaltis: João Pires (GEC)
Árbitro: Virgilio Alves da Cunha / Auxiliares: Miguel da Silva e Joaquim Soares dos Santos

6º Jogo

Tupy E.C.1X0Arraial E.C.Gol(S): Abiud
Árbitro: Nelson de Oliveira / Auxiliares: Joaquim Soares dos Santos e Virgilio Alves da Cunha

7º Jogo

A.A. Cabofriense1X0Guarany E.C.Gol(S): Emanuel
Árbitro: Joaquim Soares dos Santos / Auxiliares: Nelson de Oliveira e Miguel da Silva

8º Jogo

A.A. Cabofriense4X0Tupy E.C.Gol(S): Carlinhos, Aguinaldo, Zé Carlos e Cinho.         
Árbitro: Joaquim Soares dos Santos

A partir daí, não foi encontrado mais informações do Unidos de Manguinhos, na década de 60. Segundo relatos, essa agremiação disputou outras edições do certame de Cabo Frio.

Contando com a ajuda do pesquisador Mario Ielo, o Unido de Manguinhos participou do Campeonato Citadino de Cabo Frio de 1971, organizado pela Liga Cabofriense de Desportos.

Lembrando que tanto Arraial do Cabo quanto Armação de Búzios eram distritos de Cabo Frio. Apenas em 1985, Arraial do Cabo e 1995, Armação de Búzios, obtiveram a emancipação, ganhando o status de munícipio. A competição, que teve a Cabofriense como a grande campeã, contou com a presença de dez equipes:

Associação Atlética Cabofriense (Cabo Frio);

Arraial Esporte Clube (Arraial do Cabo);

Atlético Clube Tufão (Cabo Frio);

Clube Esportivo Sergipe (bairro da Passagem, em Cabo Frio);

Esporte Clube Operário (Cabo Frio);

Guarany Esporte Clube (Arraial do Cabo);

Perynas Atlético Clube (Cabo Frio);

Tamoyo Esporte Clube (Cabo Frio);

Tupy Esporte Clube (Arraial do Cabo);

Unidos de Manguinhos Futebol Clube (bairro Manguinhos, em Armação de Búzios).

A partir daí, na década de 70, o clube atravessava um crise institucional, e, Raimundo Farias alterou o nome para Búzios Esporte Clube, tendo seu CNPJ 30.345.011/0001-74, sendo aberto em 1º de Janeiro de 1978. Este clube existe até hoje. Já o Unidos de Manguinhos, há um movimento para recolocá-lo novamente em atividade, a fim de disputar as competições de veteranos na região.

Fotos: Prof. José Francisco de Moura, Chicão

FONTES: Última Hora (RJ)Flávio Rebel

Sport Club Fluminense – Niterói (RJ): Fundado em 1916, jogou duas edições do Campeonato Fluminense em 1926/27

O Sport Club Fluminense (atual Fluminense de Natação e Regatas) foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). Fundado na quinta-feira, do dia 27 de julho de 1916, por um grande grupo de remadores, composto por:

Armando Magalhães, Arthur Mattos Silva, Benjamin Costa, Carlos Imbassahy, Célio Ferreira da Costa, Cezar Gonçalves de Mattos, Eduardo Imbassahy, Emílio Mattos, Eugênio Duarte, Francisco Mattos Silva, Hamilton Peçanha, João Mello, José de Oliveira Campos Junior, José Mattos, Lourival Barbosa e Murillo Souza Soares.

As atividades da agremiação azul e branco se iniciaram com a aquisição daeeira “Rapa o Yole a 2 baliza” e a partir daí, tem início uma trajetória de sucesso e demonstração de apreço ao remo. A sua Sede ficava localizada na Rua (atual Avenida) Visconde do Rio Branco, nº 197, no Centro de Niterói.

A 1ª Diretoria do clube Alvianil foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – José de Oliveira Campos Junior;

1º Secretário – Murillo Souza Soares;

2º Secretário – Alfredo Rosa;

1º Thesoureiro – Frederico Lago;

2º Thesoureiro – João Vaz de Andrade;

Diretor Geral de Sport – Francisco Mattos Silva.       

Inaugurado a Praça de Esportes

Apesar do “carro-chefe” ser o iatismo, remo e natação, em menos de seis meses depois, o clube inaugurou o seu Ground, no domingo, do dia 14 de Janeiro de 1917, situado na Rua Santa Rosa, nº 354, no bairro Santa Rosa, em Niterói. Com isso, o futebol foi inserido no seio dessa agremiação niteroiense.  

S.C. Fluminense organizou a 1ª Regata Náutica de Niterói, em 1917

Na quarta-feira, do dia 07 de março de 1917, graças a gentileza do Clube de Regatas Lage, que cedeu o seu lugar para o Sport Club Fluminense, filiado (no dia 02 de fevereiro de 1917) a União das Sociedades do Remo, da Lagoa Rodrigo de Freitas, que realizou a 1ª regata náutica de Niterói.

O evento, transcorreu na enseada da Armação de Niterói, no domingo, do dia 10 de junho daquele ano. O local foi no cais da Rua Visconde de Rio Branco, defronte a Sede do Sport Club Fluminense, compreendendo a extensão nunca inferior a 500 metros, achava-se repleto de famílias  e cavalheiros que acompanhavam a disputa dos páreos.

O Clube de Regatas Jardinense (uniforme: vermelho e âncora branca) terminou na 1ª colocação no geral: quatro ouros e três pratas; em 2º lugar o Club de Regatas Piraquê (uniforme: rubro-negro em listas horizontais) com quatro ouros e duas pratas; na 3ª posição o Sport Club Fluminense (uniforme: azul e branco em listas verticais) com um ouro e duas pratas; no 4º lugar o Clube de Regatas Lage (uniforme: branco e emblema verde) com um ouro e uma prata.

Em 1919, deixou a União das Sociedades do Remo. No ano seguinte, mais precisamente na terça-feira, do dia 28 de dezembro de 1920, se filiou na Federação Brasileira das Sociedades do Remo. Em 1921, o clube contava com cerca de 300 sócios.

Algumas aparições no esporte bretão

Em 1917, era filiado a Associação Nictheroyense de Football (ANF). Em 1918, disputou o Campeonato Fluminense, organizado pela Associação Fluminense de Desportos Terrestres (AFDT).

No entanto, a competição não terminou, uma vez que a ‘gripe espanhola(foi uma pandemia – muito similar a Covid-19 – que aconteceu entre 1918 e 1919, atingindo todos os continentes e deixando um saldo de, no mínimo, 50 milhões de mortos ), fez o mundo parar. O Byron liderava até ser interrompido. Posteriormente, o Campeonato Fluminense de 1918 não foi reconhecido como uma competição estadual pela FFD (Federação Fluminense de Desportos).

Nova Sede é inaugurada

No sábado, às 21 horas, do dia 06 de Março de 1926, o clube inaugurou a sua nova sede, na Rua (atual Avenida) Visconde do Rio Branco, nº 171, no Centro de Niterói. No evento, esteve presente o então governador do estado do Rio de Janeiro, Feliciano Pires de Abreu Sodré (23/12/1923 a 22/12/1927), acompanhado dos seus secretários.

O edifício (arquitetado pelo Sr. Albano Pereira do Nascimento) é uma linda construção arquitetônica, possuindo dois pavimentos, sendo o superior constante de um salão para bailes e recepções, secretaria, arquivo, toillet (toalete) para as damas e terasse (terraço); na parte inferior acham-se a garagem, rouparia, banheiros, aparelhos sanitários e  área com diversos aparelhos para cultura física.

Campeão de Water Polo Juvenil e Infantil

O Sport Club Fluminense quebrou uma seqüência de cinco títulos seguidos do Centro de Canoagem Guanabara, e faturou a inédita conquista de Water Polo Juvenil de 1925, da Federação Brasileira das Sociedades do Remo (FBSR).

Na final, a equipe Alvianil bateu o Guanabara por 3 a 1. O time campeão foi: Geraldo Imbassahy de Mello, Waldemar Marques, Francisco Watson, João Pinto Rodrigues Filho, Araken do Prado Rabello, Oriente Ferreira e Jesus Pinheiro Motta.

Em 1927, foi à vez da equipe infantil, que na grande final venceu o Clube de Regatas Guanabara pelo placar de 4 a 0, no pitoresco Retiro da Saudade, na Lagoa Rodrigo de Freitas, organizado pela FBSR.

O Fluminense conquistou o título de forma invicta e sem sofrer nenhum gol. Os gols foram assinalados por: Almir (duas vezes), Moacyr e Haroldo. O quadro vencedor: Lício, Haroldo, Moacyr Braga Land, Joasil, Oswaldo, Almir de Castro LIsboa e Mira.

SC Fluminense ajudou a fundar a AFEA

Às 20h30min., da terça-feira, no dia 09 de novembro de 1924, foi fundado a Associação Fluminense de Esportes Athléticos (AFEA). A Sede provisória ficava no Canto do Rio: Praia de Icarahy, nº 407, no bairro de Icaraí, em Niterói.

Os clubes fundadores foram os seguintes: Rio Cricket Associação Atlética; Canto do Rio Football Club, Grupo de Regatas Gragoatá, Club de Regatas Icarahy, Internacional Football Club e Sport Club Fluminense, todos da cidade de Niterói e a exceção: Serrano Football Club, de Petrópolis.

Após algumas reuniões, na quarta-feira, do dia 07 de janeiro de 1925, em assembléia geral, foi constituída a 1ª Diretoria da AFEA, com os seguintes cargos e membros:

Presidente – Rodolpho Fernandes de Macedo;

Vice-Presidente – L. E. Rogers;

1º Secretário – Arthur Pereira Legey;

2º Secretário – Mucio Soares;

1º Thesoureiro – Odmar Bastos;

2º Thesoureiro – Ismar Barbosa.  

PS: Menos de seis meses, Rodolpho Fernandes de Macedo, alegando problemas pessoais, renunciou o cargo. Após a reunião anterior ter definido o vencedor, na sexta-feira, do dia 24 de julho de 1925, tomou posse o coronel José Ferreira Aguiar a presidência da AFEA.

O Campeonato Fluminense de Futebol da AFEA começou em 1925, mas o Sport Club Fluminense participou pela 1ª vez em 1926, e, repetindo à dose no ano seguinte (1927).

Em 1947, o clube alterou o nome

No início da década de 40, a agremiação aportuguesou o nome, passando a se chamar: Esporte Clube Fluminense. Posteriormente, veio outra mudança: oficialmente, na segunda-feira, do dia 27 de Janeiro de 1947, alterou o nome para Fluminense Natação e Regatas.

Time base de 1917: Bambu; Oscar e Luiz; João I, Oscarino e Pedro; Paschoal, Octacílio, João II, Vadinho e Nelson.

Uniforme, escudo, pesquisa e texto: Sérgio Mello

COLABOROU: Auriel de Almeida

FOTOS: Companhia Nacional de Tabacos Olympicos – Vida Sportiva (RJ) – Careta (RJ)

FONTES: A Razão (RJ) – O Brasil (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Lanterna: Diário Vespertino (RJ) – O Brasil (RJ) – O Fluminense (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Imparcial: Diário Ilustrado do Rio de Janeiro (RJ) – O Paiz (RJ) – Sport Ilustrado (RJ)

Royal Sport Club – Recife (PE): jogou a Segunda Divisão nos anos 10

O Royal Sport Club foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). O “Gallos de Campina da Serra” foi Fundado no dia 13 de Maio do início da década de 10. O clube alvinegro passou por algumas Sedes, citando as principais:

Em 1918, na Rua Bernardo Vieira de Mello, nº 611, no Centro. No ano seguinte, se transferiu para a Estrada de Belém, nº 611, no bairro Campo Grande. Em 1936, na Rua Padre Floriano, s/n, no bairro São José; todos no Recife (PE).

Em 1918, o “Gallos de Campina da Serra” participou das competições da Liga Sportiva Suburbana (ora chamado Campeonato Suburbano e ora Segunda Divisão), mandando os seus jogos no Campo na Mangabeira de Dentro.

Time base de 1912: J. Vianna Filho; M. A. Lopes e J.P. Novaes (A. Lellys); A. Campos, J. Correia (C. Campos) e Ludgero Silva (A. Ramos); Antônio Beltrão, Eduardo Lemos (M. Lopes Barros), Gastão Bom-Fim, Júlio Porto Carreiro e João Beltrão. Reservas: M. Rodrigues, O. Antunes, E. Dantez, B. Câmara, M. Guimarães e P. Campos.

Time base de 1913: S. de Barros (Gaumont ou Armando Godim); P. Ribeiro e J. Ribeiro; G. Silva, C. Vieira e V. Machado; J. Menor, F. Lacerda, A. Oliveira, Arnaldo A. Coelho (J. Mattos) e Camillo Porto (R. Almeida). Reservas: J. Coelho e M. Hollanda.

Time base de 1918: A. Campos (Carlos Santos); Antenor (Carlos Miranda) e M. Loureiro (R. Braga); R. Campos (A. Ferreira), J. Jesus (Ruy Campos) e Rochinho (M. Arlindo); M. Campos (Nestor Bastos), Edemar Campos (Ademaso), C. Campos (Luiz Carlito), Cícero e O. Silva (Manoel). Reservas: A. Mantarroyos e J. Campos.

Time base de 1919: Carlos Santos (Ludgero); Pedro Guimarães (Ruy ou Conto) e Rocha (Rubens); Manta (Carlos Filho), Couto (Eugenio Cunha) e Gerson (Antenor ou Electrico); Adhemar (Arminio), Arlindo, Soares (Carlito), Cícero e Aldemaro (Manoel).

Time base de 1928: Henrique; Miguel e Lino; Ignacio, Bellarmino e Godola; M. Pedro, Amando, J. Ceará, Annanias e J. Matinada. Reservas: S. Sant’Anna, Rodolpho, Henrique II.

FONTES: Jornal de Recife (PE) – A Província (PE) – Diário de Pernambuco (PE) – Pequeno Jornal (PE) – Diário da Manhã (PE)

Maringá Atlético Clube – Maringá (PR): Campeão Estadual da 2ª Divisão de 1989

O Maringá Atlético Clube foi uma efêmera agremiação da cidade de Maringá (PR). A história do clube tem relação com a paixão pelo futebol de Elnio Silveira Pohlmann. O desportista fundou o Grêmio de Esportes Maringá, popular “Apucarana“, nome histórico e folclórico do futebol paranaense.

Já foi diretor do Grêmio de Esportes Maringá e, posteriormente, Fundou na terça-feira, do dia 03 de Janeiro de 1989, o Maringá Atlético Clube, o MAC. A sua Sede administrativa ficava situada na Rua Santos Dumont, nº 2.675/ Sala 06 / 2º Andar, no bairro Zona 01, em Maringá (PR).

Suas cores correspondem a bandeira da cidade de Maringá: branco, amarelo e vermelho. A mascote era o Cachorro! A equipe mandava os seus jogos no Estádio Regional Willie Davids, com capacidade para 16 mil pessoas.

Campeão da Segunda Divisão Paranaense de 1989

O MAC debutou na esfera profissional ainda em 1989, quando disputou o Campeonato Paranaense da 2ª Divisão, organizado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). E, de cara, faturou o título inédito!

A competição contou com a participação de 22 clubes, divididos em quatro grupos (três chaves com seis equipes e um com quatro times). O MAC ficou na “Chave Norte” juntamente com:

Arapongas Esporte Clube (Arapongas),Sociedade Esportiva e Recreativa Japurá (Japurá), Nacional Atlético Clube (Rolândia), Jandaia Esporte Clube (Jandaia do Sul) e Clube Atlético Cambé (Cambé).

Na 1º Fase, o MAC terminou na 2ª colocação, com 14 pontos em 10 jogos: sete vitórias e três derrotas; marcando 24 gols e sofrendo 12, com um saldo positivo de 12.

Avançaram para a 2ª Fase, o MAC, Japurá e Arapongas, que se enfrentaram em turno e returno. No final, o Maringá terminou com o mesmo número de pontos do Arapongas, mas ficou em 2º lugar no saldo de gols: foram oito pontos em seis jogos; duas vitórias e quatro empates; marcando seis gols e sofrendo três, um saldo de três.   

Na 3ª Fase, o Maringá ficou na Chave C, com o Comercial Esporte Clube (Ubiratan) e Clube Esportivo Caxias (Palmas). O MAC terminou na 1ª posição com Seis pontos em quatro jogos: duas vitórias e dois empates; marcando nove gols e sofrendo quatro, com um saldo positivo de cinco.

Com isso, o time avançou para as Semifinais. No jogo de ida, domingo, do dia 19 de novembro de 1989, o MAC venceu, em casa, o União Operário Esporte Recreativo (Laranjeiras do Sul)pelo placar de 3 a 0.   

No jogo da volta, domingo, do dia 26 de novembro de 1989, o MAC arrancou empate em 1 a 1, fora de casa, com o União Operário Esporte Recreativo (Laranjeiras do Sul), avançando para a grande final.

No 1º jogo da decisão, domingo, do dia 03 de dezembro de 1989, o MAC foi até Arapongas e bateu o time da casa pelo placar de 2 a 1. No jogo final, domingo, do dia 10 de dezembro de 1989, o Maringá Atlético Clube voltou a vencer o Arapongas Esporte Clube (Arapongas), por 1 a 0, se sagrando campeão Paranaense da Segunda Divisão pela 1ª vez na sua curta história!

No total, a campanha do MAC foi a seguinte: 35 pontos em 24 jogos: 14 vitórias, 07 empates e 03 derrotas; marcando 46 gols e sofrendo 21, com um saldo positivo de 25.

Debuta na Elite do futebol da Paraná sem perder para os grandes

O título rendeu ao MAC o direito de jogar pela vez no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1990. A competição contou com a  participação de 22 clubes, divididos em dois grupos Azul e Branco.     

O Maringá Atlético Clube ficou no Grupo Azul, terminando na 9ª colocação com 17 pontos, em 21 jogos, foram cinco vitórias, sete empates e nove derrotas; marcando 17 gols e sofrendo 17, com saldo zero. No geral, o MAC ficou na 14ª posição.

Um fato, no mínimo, curioso, foi que o Maringá enfrentou os quatro grandes do estado e não perdeu. Foi uma vitória e três empates: no domingo, do dia 04 de fevereiro de 1990, venceu o Londrina por 1 a 0, no Estádio Willie Davids.

No domingo, do dia 04 de Março, empatou com o Coritiba em 0 a 0, no Estádio Couto Pereira; No quarta-feira, do dia 14 de Março, outro empate, dessa vez com o Paraná Clube em 0 a 0, no Estádio Willie Davids. No sexta-feira, do dia 25 de Maio, ficou no empate sem gols, com o Athletico Paranaense, no Estádio Joaquim Américo.

Estadual de 1991, clube abandona após três rodadas

O MAC teve uma participação melancólica no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1991. A competição teve a presença de 24 equipes. O Maringá Atlético, estava no Grupo A, começou bem. Estreou, no domingo, do dia 24 de fevereiro, empatando, em casa, em 1 a 1 com o Apucarana.  

Pela segunda rodada, no domingo, do dia 3 de março, perdeu, fora de casa, pelo placar de 1 a 0 para o Campo Mourão. Na 3ª rodada, na sexta-feira, do dia 8 de março, o Maringá Atlético recebeu o Paranavaí e venceu por 2 a 0.

Após esse jogo, a diretoria do Maringá Atlético tomou uma decisão radical e comunicou a Federação Paranaense de Futebol (FPF), que o clube estava desistindo do campeonato.

A FPF decidiu anular os seus jogos e o clube foi automaticamente rebaixado para o Campeonato Paranaense da Segunda Divisão. No final do ano, mais precisamente no dia 10 de dezembro de 1991, a direção informou que o clube estava fechando às portas para nunca mais retornar.

DESENHO DOS ESCUDOS, UNIFORMES E TEXTO: Sérgio Mello

COLABOROU: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Museu dos Esportes

FONTES: Wikpédia – Arquivos de Levi Mulford Chrestenzen