Arquivo da categoria: Curiosidades

Associação Atlética Santa Rita – Mendes (RJ): Escudo e uniforme dos anos 70

Ao visitar a página do AntigoMendes, no Facebook, encontrei mais um escudo da Associação Atlética Santa Rita. Essa agremiação fica no Município de Mendes, no Sul Fluminense (RJ). Fundado em 1967, a sua Sede fica na Rua Prefeito Marco Antônio Caramez, s/n – no Bairro de Santa Rita. Já o seu campo, fica Rua Prefeito José de Macedo, também no Bairro de Santa Rita. No currículo, a A.A. Santa Rita tem três títulos na Copa Cidade de Mendes: 2000, 2003 e 2006.

Fábrica Yolanda Futebol Clube – Recife (PE): Fundado na Década de 20

Por Sérgio Mello

A Fábrica Yolanda Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). Incentivado pelo inglês Harry Black (um dos donos da Cia. Fábrica Yolanda S/A), o clube Proletário foi Fundado nos anos 20, por funcionários da indústria de tecelagem, como Fábrica Yolanda Foot-Ball Club e as cores em vermelho e branco.

HISTÓRIA

O seu 1º Presidente: Raphael Addobbati (também diretor-presidente da Cia. Fábrica Yolanda S/A). Até o final dos anos 30, a sua primeira Sede ficava localizada na Rua São Miguel, 2.113, no Bairro do Jiquiá, no Recife.

No Domingo, 25 de agosto de 1925, inaugurado o Estádio do Giquiá (Parque Esportivo Fábrica Yolanda), no Recife. Vale ressaltar que a construção foi um presente do inglês Harry Black ao clube alvianil do Jiquiá. Durante anos, o estádio, construído no estilo dos campos ingleses, foi considerado o melhor e mais bonito do futebol suburbano recifense.

MUDANÇA DAS CORES

Em 1937, o Iolanda passou por uma reorganização o que culminou com algumas mudanças, como por exemplo, a troca das cores vermelha e branca pelo azul e branco.

Na década de 40, mudou de Sede e se fixou na Avenida José Rufino, 13, no Jiquiá. Esta vila era composta de residências dos operários que trabalhavam na Fábrica Yolanda.

Nos anos 30, o Iolanda se filiou a Associação Suburbana de Desportes Terrestres (ASDT). Na década seguinte passou para a Federação Pernambucana de Desportos (FPD). Ao longo de quatro décadas de existência, participou do Campeonato Suburbano e Segunda Divisão.

JOGOS CONTRA SPORT E SANTA CRUZ

No dia 8 de fevereiro de 1942 inaugurou a sua nova praça de esportes, num amistoso diante do Sport Recife. Apesar dos jornais destacarem como “nova praça de esportes“, na verdade o antigo estádio foi remodelado, permanecendo o Iolanda no endereço e campo.

No Domingo, 27 de Janeiro de 1946, o Iolanda enfrentou o Santa Cruz, no seu Estádio completamente lotado. Apesar de todo o poderio e prestigio, clube Proletário fez uma grande partida e foi para o intervalo com uma vantagem de dois a zero. Na etapa final, bastaram cinco minutos de desatenção para o Santa empatar. Daí até o final, o Iolanda jogou de igual para igual e por muito pouco não venceu a peleja.

Nos anos 50, nova mudança. Desta vez a Sede passou a ser na Vila Yolanda, s/n, no bairro de Jiquiá, no Recife. Nos anos 60, a última mudança de Sede: Rua Harry Black, s/n – Jiquiá, Cidade Recife.

TÍTULOS

Campeão do Torneio Início (Zona Sul) de 1939;

Campeão do Torneio Início da 2ª Divisão de 1966;

Pentacampeão do Campeonato Suburbano: 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962.

Campeão do Campeonato da 2ª Divisão: 1965

Elenco de 1926: Illo, Juca, Nilo, Jorge, Sebastião, Miro, Bá, Agnello, Zilo, Rodrigues, Jorge II, Oliveira, Aymbiré, Meira, Joaquim, Baptista, Edgard, Virgilio, Ruy, Joaquim II, Erbraim e Ivan.

Time-base de 1937: Neco; João Elias e Duda; Aldemar, Rubens e Fernando; Miôlo, Juca, Edgar, J. Pequeno e Mangueira.

Time-base de 1946: Caruaru; Tiburcio e Rubam; Demostenes, Pompilio e Mizael; Carlos, Alberico, Galego, Zé Pequeno e Djalma. Técnico: Ilo Just

Time-base de 1957: Lunga; Aluisio, Vavá, Toinho e Valdeck; Tuta, Jair e Vavá; II, Jackson e Albérico.

Time-base de 1961: Vado; Joel e Toinho; Zé Maria, Vando e Etênio; Neca, Neco, Nago, Jaques e Lelo.

Time-base de 1965: Neném; Guabera, Toinho, Xó e Mirim; Zé Queiroz e Gilberto; Peba, Jair, Jairo e Leló.

FONTES: Diário de Pernambuco (PE) – Jornal de Recife (PE) – A Província (PE) 

Associação Atlética Santo Amaro – Recife (PE): 1º Escudo

O 1º escudo da Associação Atlética Santo Amaro foi no início de 1961. A agremiação Alvirrubra da cidade de Recife (PE), foi Fundado em 1º de Janeiro de 1950 com o nome de Associação Atlética das Vovózinhas, por esportistas do bairro  de Santo Amaro, liderado pelo deputado estadual e jornalista Alcides Teixeira, que também foi seu 1º presidente.

A sua Sede ficava localizada na Rua Maria de Fátima Teixeira, 63, no Bairro de Santo Amaro. Já o seu Estádio era da TSAP (Tecelagem de Seda e Algodão de Pernambuco), com capacidade para 1.200 pessoas. O clube só disputou jogos e torneios amadores e amistosos com equipes da Primeira e Segunda Divisões até 1965. Em 1966 o clube se profissionalizou para disputar campeonato pernambucano, onde se destacava pelas péssimas campanhas, alternando com o Íbis Sport Club.

 

FONTE: Diário de Pernambuco 

1ª Copa do Interior de Seleções Municipais de 1961: Números e curiosidades

Após a introdução do que foi a 1ª Copa do Interior de Seleções Municipais de Pernambuco e a Seleção de Caruaru se sagrando a grande campeã, segue agora os números deste torneio, entre preços dos ingressos, apoio das prefeituras aos selecionados, curiosidades, tabela completa, todos os times-bases das dez seleções, artilharia, entre outros

VALORES DOS INGRESSOS

Para os jogos de Ida, foram cobrados, pelo ‘ingresso único’, 50 cruzeiros, sendo que nas cidades que existiam ‘gerais’ ou populares as mesmas custaram 40 cruzeiros. Para as cadeiras o preço foi definido em 100 cruzeiros.

 

DINHEIRO VEM… E VAI

A Prefeitura de Escada aprovou um projeto que destinava a quantia de Cr$ 15.000,00 para a Liga Desportiva da Escada para entre outras coisas, ajudar nas despesas para a I Copa do Interior.

Já a Liga Garanhuense de Desportos não recebeu e, pior… Ficou no prejuízo. Segundo os dirigentes, a Liga gastou todo o dinheiro e ainda ficou com uma dívida de 39 mil e 567 cruzeiros.

 

POLÊMICA E “BICHO”

Antes do último jogo, o clima nos bastidores esquentou. Caruaru e Limoeiro chegavam na partida derradeira com três jogos: duas como mandantes e uma como visitantes. A partida que definiria o campeão seria em Caruaru, e o Limoeiro considerava injusto e pressionou a Federação Pernambucana de Futebol para que a partida fosse realizada em campo neutro. Contudo, a tentativa não surtiu o efeito desejado.

Além disso,  para motivar os jogadores do Limoeiro foi prometido que o título renderia para cada jogador um prêmio de 5 mil cruzeiros, mas que poderia ser aumentada até o dia jogo, em face ao movimento organizado pelos principais desportistas da cidade.

 

JOGOS DE IDA (Domingo, 12 de Março de 1961)

Limoeiro          4          x          1          Garanhuns                    (árbitro: Sebastião Rufino)

Pesqueira        2          x          1          Caruaru                        (árbitro: Manoel Correia Lima)

Belo Jardim      0          x          0          Vitória de Santo Antão  (árbitro: Torres Sidrônio)

Barreiros         6          x          0          Escada                        (árbitro: Waldemir Wanderlei)

Olinda              2          x          3          Igarassu                      (árbitro: José Amaro Dutra)

 

JOGOS DA VOLTA (Domingo, 19 de Março de 1961)

Caruaru           2          x          1          Pesqueira                     (árbitro: Sebastião Rufino)

Igarassu*         2          x          1          Olinda                          (árbitro: Waldemir Wanderlei)

Garanhuns        0          x          2          Limoeiro*                    (árbitro: Torres Sidrônio)

Vitória              1          x          1          Belo Jardim                  (árbitro: José Amaro Dutra)

Escada             1          x          4          Barreiros*                    (árbitro: Manoel Correia Lima)

 

JOGO EXTRA, EM CAMPO NEUTRO (Domingo, 19 de Março de 1961)

Caruaru*          3          x          1          Pesqueira                     (árbitro: Waldemir Wanderlei), no Estádio dos Aflitos, no Recife

Vitória*                        2          x          1          Belo Jardim                  (árbitro: José Manuel Vieira), no Estádio Pedro Victor de Albuquerque, em Caruaru.

 

* Classificados para a fase final

 

FASE FINAL

1ª RODADA (Domingo, 02 de Abril de 1961)

Limoeiro           4          x          0          Igarassu

Vitória              5          x          2          Barreiros

 

2ª RODADA (Domingo, 09 de Abril de 1961)

Igarassu           1          x          3          Caruaru            (árbitro: Norton Gomes Pereira)

Limoeiro           1          x          2          Barreiros                      (árbitro: Lídio Zeferino da Luz)

 

3ª RODADA (Domingo, 16 de Abril de 1961)

Caruaru 2          x          0          Vitória                          (árbitro: Sebastião Rufino)

Barreiros          1          x          0          Igarassu                       (árbitro: Torres Sidrônio)

 

4ª RODADA (Domingo, 23 de Abril de 1961)

Caruaru 1          x          0          Barreiros                      (árbitro: Waldemir Wanderlei)

Vitória              1          x          2          Limoeiro                       (árbitro: Sebastião Rufino)

 

5ª RODADA (Domingo, 30 de Abril de 1961)

Caruaru 2          x          3          Limoeiro                       (árbitro: Argemiro Felix Sena, Sherlock)

Vitória              1          x          0          Igarassu                       (árbitro: Waldemir Wanderlei)

 

JOGO EXTRA (Domingo, 07 de Maio de 1961)

Caruaru 3          x          1          Limoeiro                       (árbitro: Sebastião Rufino), 15hs, no Estádio dos Aflitos, no Recife

 

SELEÇÔES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

Caruaru

08

05

4

0

1

11

05

06

Limoeiro

06

05

3

0

2

11

08

03

Vitória

04

04

2

0

2

07

06

01

Barreiros

04

04

2

0

2

05

07

-2

Igarassu

00

04

0

0

4

01

09

-8

 

 

Abaixo, os times-bases das dez seleções municipais que participaram da I Copa do Interior:

BARREIROS (Alvi-azulino): Ruton; Moreno e Sebastião; Bira, Dema e Hélio; Digandí, Vero, Arnaldo, Marinho e Lula. Técnico: Geraldo Jordão, o ‘China’.

 

BELO JARDIM: Tininha (Geraldo); Raposo (Ninha) e Aluizio; Wilson (Fernandes), Siqueira (Pinheiro) e Benedito (Cincinatto); Edmundo (Ruy), Marconi (Juvenal),  Neco (Tide ou Zezito), Simão (Joel) e Garrincha (Missias).

 

CARUARU (Alviverde): Curau (Lessa); Berto (Tonho) e Airton (Pereira); Mariano (Da Silva ou Zé de Rita), Pereira (Araujo) e Alemão (Lala); Adriano, Felica (Adão), Maurício, Da Cunha (Arnould) e Pacheco (Maurílio). Técnico: Paulo Leal

 

ESCADA: Severino;  Abraão (Mergulhão) e Amaury; Zezinho (Belarmino), Nelson (Deda) e Pedro Amâncio; Tonho (Ivo), Maurino, Testinha, Biu (Rubens) e Dimas. Técnico: João Cavalcanti de Oliveira

 

GARANHUNS (Alvirrubro): Waldemar; Môco e Déo; Zé do Cabo, Jucelo (Zeca) e Geraldo (Romildo); Milton, Biléu, Edval (Zezinho), Índio e Nelson (Zé da Chica).

 

IGARASSU (Alviverde): Gordo; Lenildo (Caranha) e Allan; Arturzinho, Airton e Laurito; Jurandir (Otoniel), Zau (Veloso), Nilton, Binha e Nilton II.

LIMOREIRO (verde, branco e vermelho): Eugênio (Ceminha); Badu e Espanhol; Juvenil (Bibiu), Nilson (Walmir) e Zeca (Osman); Tidão (José Bugério), Millton, Nelson, João Carlos Dadá (Vi) e José Silva (Rinaldo).

OLINDA (ouro-anil): Henrique (Nildo); Alfredo e Badoque; Luciano, Dida e Papú (Laércio); Elias (Renan), Laércio II, Alvinho, Roberval (Etivaldo) e Lela.

 

PESQUEIRA (azul, branco e vermelho): Zito; Zé de Tonha (Ataíde) e Cicero; Garrincha (Natinho), Rivaldo (Adauto) e Aluizio (Paulo); Zezinho (Leijú), Diolindo (Teixeira), Zé Bastos, Ruiter e Ademir (Quina).

 

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO: Ivaldo (Horácio); Vanildo (Dantas) e Evaldo (Luís I); Buga (Adalberto), Everaldo (Véu) e Osmário (Dantas); Toinho (Luís II), Walter, Alemão, Ivan (João) e Dedé. Técnico: Maninho

 

ARTILHEIROS

9 Gols – João Carlos (Limoeiro);

7 Gols – Vero (Barreiros);

6 Gols – Maurício (Caruaru);

4 Gols – Arnaldo (Barreiros); Alemão (Vitória); Zeca (Limoeiro);

3 Gols – Adriano, Da Cunha e Maurílio (Caruaru); Ivan (Vitória);

2 Gols – Nilton II (Igarassu); Alvinho (Olinda); Zé Bastos (Pesqueira); Digande (Barreiros);

1 Gol – Airton e Airton II (Caruaru); Maurinho (Barreiros); Neco e Tide (Belo Jardim); Ademir e Ataíde (Pesqueira); Ivo (Escada); Jurandir, Teodoro e Otoniel (Igarassu); Luis e Dedé (Vitória); Lela, Tidão, Walmir e Nelson (Limoeiro); e Índio (Garanhuns).

 

Gol Contra – Osman (Limoeiro) a favor do Vitória

 

 

RENDAS (TOTAL DE 23 JOGOS: Cr$ 1.277.825,00)

Limoeiro          4          x          1          Garanhuns                    Renda: Cr$ 34.900,00

Belo Jardim      0          x          0          Vitória de Santo Antão  Renda: Cr$ 24.800,00

Pesqueira        2          x          1          Caruaru                        Renda: Cr$ 24.000,00

Olinda              2          x          3          Igarassu                      Renda: Cr$ 3.550,00

Barreiros         6          x          0          Escada                        Renda: Cr$ 6.090,00

 

Caruaru 2          x          1          Pesqueira                     Renda: Cr$ 132.370,00

Vitória              1          x          1          Belo Jardim                  Renda: Cr$ 61.805,00

Garanhuns        0          x          2          Limoeiro                       Renda: Cr$ 53.300,00

Escada             1          x          4          Barreiros                      Renda: Cr$ 10.230,00

Igarassu           2          x          1          Olinda                          Renda: Cr$ 5.040,00

 

Vitória              2          x          1          Belo Jardim                  Renda: Cr$ 39.900,00

Caruaru 3          x          1          Pesqueira                     Renda: Cr$ 34.850,00

 

Igarassu           1          x          3          Caruaru            Renda: Cr$ 85.290,00

 

Caruaru –           x          –           Vitória                          Renda: Cr$ 125.700,00

Barreiros          1          x          0          Igarassu                       Renda: Cr$ 13.180,00

 

Caruaru 1          x          0          Barreiros                      Renda: Cr$ 106.100,00

Vitória              1          x          2          Limoeiro                       Renda: Cr$ 71.300,00

 

Caruaru 2          x          3          Limoeiro                       Renda: Cr$ 157.085,00

 

Vitória              1          x          0          Igarassu                       Renda: Cr$ 12.125,00

 

Caruaru 3          x          1          Limoeiro                       Renda: Cr$ 204.320,00

 

ESTATISTICA

Além do sucesso da 1ª Copa do Interior de Seleções Municipais de Pernambuco em diversos aspectos, em termos de gols também não deixou nada a desejar. Afinal, foram 76 gols assinalados, em 23 jogos, o que corresponde a uma excelente média de 3,3 gols por partida.

 

FONTE: Diário de Pernambuco

1ª Copa do Interior de Seleções Municipais de 1961: Seleção de Caruaru é campeã

Se fora das quatro linhas o evento foi um sucesso, dentro de campo quem festejou foi a Seleção Caruaruense de futebol que se sagrou campeã da 1ª Copa do Interior de 1961, organizado pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF).

A campanha registrou cinco vitórias e duas derrotas, num total de sete jogos. O selecionado da Liga Caruaruense de Desportos marcou 14 gols (média de dois gols por partida) e sofreu oito.

Após o empate em número de pontos, a decisão contra o selecionado de Limoeiro foi realizada numa partida-extra, no domingo, do dia 07 de Maio de 1961,  às 15hs, arbitrado por Sebastião Rufino, no Estádio Eladio de Barros Carvalho (Dos Aflitos), no Recife.

O time comandado por Paulo Leal bateu o Limoeiro por 3 a 1, levantando a taça. A festa foi enorme, e os jogadores receberam um belo prêmio do presidente da Liga Desportiva Cararuense (LDC), Gersino Tabosa no valor de 10 mil cruzeiros para cada atleta.

FONTE: Diário de Pernambuco

1ª Copa do Interior de Seleções Municipais de 1961: Um divisor de águas no futebol pernambuco

Algumas histórias se destacam pelo pioneirismo e em outras pela emoção. Nesta caso, podemos assegurar que essa história possui os dois ingredientes. Em 1960, o futebol pernambucano seguia com as equipes da capital na Primeira Divisão, tendo como exceção de um time do Interior, a participação do Central de Caruaru no Estadual de 1937.

Essa exclusão tinha alguns elementos como a distância, os custos, a possível falta de interesse do público local em comparecer aos jogos, bons estádios, a precariedade dos municípios e um certo preconceito com os interioranos vistos sem a capacidade de montar times competitivos. Então, após a iniciativa das Ligas de Caruaru, Limoeiro, Vitória de Santo Antão, Olinda, Garanhuns, Escada, Barreiros, Belo Jardim, Pesqueira e Igarassu em mudar esse panorama.

O ‘primeiro divisor de águas’ foi montar uma comitiva para conversar com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Após algumas reuniões, chegaram a um acordo para a realização do 1ª Copa do Interior de seleções municipais.

A primeira pergunta que vem a mente é: “O que esse tipo de torneio poderia revolucionar e abrir as portas para os clubes do Interior na Primeira Divisão?” A resposta, por incrível que possa parecer, era apresentar as cidades aos recifenses e, com isso, mostrar que as localidades tinham condições técnicas e de organizar grandes eventos em nível estadual.

A principio o torneio estava marcado para fevereiro de 1961, mas devidos aos preparativos dos dez municípios foi adiado, sem falta, para o mês de março. Ao longo de quase dois meses a 1ª Copa do Interior de seleções municipais foi um sucesso de público, renda e todos os municípios fizeram obras de melhorias em termos de estradas, hospedagem, deixando um legado não só para quem se deslocava para as cidades, mas para quem morava no local.

Após  o final do torneio, diversos jogadores foram contratados pelos grandes clubes: Santa Cruz, Náutico e Sport Recife, comprovando que no Interior existia, sim, grandes talentos. Muito mais do que o sucesso da 1ª Copa do Interior de seleções municipais foi a prova cabal de que a partir daquele momento o futebol do Interior pernambucano, não havia mais nenhuma desculpa para se abrir as portas da elite do futebol pernambucano para os times de fora da capital.

O resultado concreto desta competição foi que a partir de 1961 até os dias de hoje, os times do interior fazem parte do Campeonato Pernambucano. Em 1961 e 1962 o Central de Caruaru esteve presente. Em 1963, o Central ganhou a companhia do Centro Limoeirense (Limoeiro).

Vale ressaltar que a ampla cobertura feita pelo Diário de Pernambuco que se tornou o elo de ligação entre a competição e os seus desfechos com a sociedade recifense, que passou a olhar o Interior com outros olhos.

 

 

FONTE: Diário de Pernambuco

Mixto Esporte Clube – Cuiabá (MT): Escudo raro de 1974

Um escudo raro encontrado no ano de 1974, do Mixto Esporte Clube destoa daquele modelo clássico que conhecemos. O Alvinegro da Getúlio Vargas foi Fundado no dia 20 de Maio de 1934, e tem a sua Sede na Rodovia BR 364, s/n, Distrito Industrial, na cidade de Cuiabá, capital mato-grossense.

O jogador Rômulo Augusto sendo entrevistado pelo radialista Lino Pinheiro

Considerado o clube mais popular de Mato Grosso, possuindo a maior torcida do estado, é também o maior vencedor do Campeonato Mato-Grossense, com 24 conquistas, além de ser o único a ter conquistado o tetracampeonato (em duas oportunidades, de 1951 a 1954 e de 1979 a 1982). Participou dos Campeonatos Brasileiros de 1976 a 1986. Seu maior rival é o Operário Futebol Clube com quem faz o Clássico dos Milhões.

 

FONTES: Site do clube – Wikipédia – Lino Pinheiro

Os 116 anos da criação do principal uniforme do Vasco

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Guarnição da canoa a quatro remos Vênus, em 1901

No ano em que comemoramos o Centenário da Institucionalização do Futebol no Club de Regatas Vasco da Gama (1915-2015), cabe-nos fazer referência a outro fato histórico da gloriosa trajetória deste Gigante.

No dia 16 de julho de 1899, reunidos em Assembleia Geral na sede da Travessa do Maia, os dirigentes vascaínos aprovaram, dentre outras coisas, a implantação de um novo primeiro uniforme do clube. Essa mudança trouxe consigo uma inovação na camisa do Vasco, a instituição passava a adotar a “lista branca a tiracolo”, ou, em termos contemporâneos, a famosa faixa transversal na cor branca.
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É do conhecimento de poucos o fato que, no contexto de seu primeiro ano de fundação (1898), o Vasco adotou um uniforme com camisa negra e faixa em posição horizontal, como nos esclarecem as fontes do clube. Sobre esta questão, traremos novas informações em momento oportuno.

Em junho de 1899 ocorreu uma cisão que marcou profundamente a instituição. O principal motivo do conflito estava relacionado à mudança do local da sede, então na Ilha das Moças, por não fornecer as condições necessárias para o bom desenvolvimento das atividades do esporte náutico. Uma parte dos dirigentes vascaínos defendia a instalação no bairro de Botafogo, enquanto a maioria, constituída de comerciários residentes no Centro da cidade, defendeu a mudança da sede para o Passeio Público, onde já estavam localizados outros clubes de regatas.
Após a decisão desfavorável, o presidente-fundador Francisco Couto Junior e parte de sua diretoria renunciaram aos seus cargos e abandonaram o clube. Os dissidentes levaram consigo grande parte dos equipamentos das práticas esportivas e todos os uniformes, exceto a Vaidosa – baleeira a quatro remos. Diante deste panorama desolador, os vascaínos que permaneceram fiéis à instituição, uniram-se no sentido de tomar decisões urgentes em prol da sobrevivência do clube, cuja situação poderia culminar na inviabilidade de suas atividades.
Desta forma, além de eleger como presidente interino João Candido de Freitas, uma das propostas promovidas pelos vascaínos remanescentes, tão logo ocorreu a transferência de sede, foi adoção de um novo primeiro uniforme, cujo modelo atravessou o tempo e permanece até os dias atuais:
“Passou-se em seguida á approvação do novo 1.º uniforme do Club apresentado pela meza, e que após varias considerações, foi approvado o seguinte; Kepi: preto com indeleveis guarnissões brancas, Camiza, preta com larga lista branca a tiracolo, tendo o peito a Cruz de Malta em encarnado, Cinto branco, Calção branco, Meias pretas e Sapatos brancos” (Ata da Assembleia Geral do Club de Regatas Vasco da Gama, 16 de julho de 1899)
*grafia original da época.

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A despeito de debates infrutíferos se este ou aquele clube usou primeiro a “faixa transversal” ou, pior, de que o futebol do Vasco se inspirou em clubes estrangeiros quando deixou de usar as “Camisas Negras” e adotou o uniforme do remo, esclarecemos e ressaltamos que desde a sua fundação, o Vasco sempre utilizou uma faixa branca em seu uniforme.

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Embora possa parecer apenas um detalhe, a adoção deste “novo” primeiro uniforme – com sua faixa branca a tiracolo – simboliza a luta dos pioneiros vascaínos pela própria sobrevivência do Club de Regatas Vasco da Gama e a esperança destes em tempos de glórias no porvir. Assim, torna-se imprescindível lembrarmos que neste 16 de julho de 2015, comemoramos os 116 anos de sua adoção.

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Alfredo Ruas – Atleta do Vasco, envergando o seu uniforme em 1913
AGRADECIMENTOS: Ao amigo Carlos Ruas que gentilmente cedeu a imagem digital da fotografia de seu pai, Alfredo Ruas, ao Centro de Memória
FONTES: Pesquisa, texto e imagens do Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama