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Bola Stadium – Propaganda de 1946
Bacacheri Atlético Clube – Curitiba (PR): Existiu entre 1948 a 1974
O Bacacheri Atlético Clube, ou simplesmente BAC, foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Áureo-negro Foi Fundado na quarta-feira, do dia 19 de Maio de 1948, por um grupo de desportivas, liderados por Walfrido do Rosário, que em 25 de Setembro de 1960, deu nome ao Estádio do BAC.
Por sinal, o Estádio e a Sede ficavam localizados numa área de cerca de 13 mil metros quadrados, na Rua Lodovico Geronasso, nº 805, no bairro Boa Vista, em Curitiba.
Excursões pelo interior do Paraná e Santa Catarina
Durante o seu período de existência (final da década de 40 até os anos 70), o BAC fez vitoriosas excursões por diversas cidades do Paraná e Santa Catarina, inclusive foi o primeiro clube amador a viajar de avião até Maringá, em 1951, quando a Cidade Canção comemorava quatro anos de existência.
Treinos eram realizados na Base Aérea da Aeronáutica
Como fato curioso, o Bacacheri realizava seus treinamentos no campo da Base Aérea. Nos primeiros anos, sua equipe contava com diversos jogadores pertencentes à Aeronáutica.
Exemplos: técnico Augusto Gil Cícero de Sá, sargentos Sérgio Olaia Pascoal (goleiro), Orlando Pires de Campos, Romeu Albuquerque, Mário Rosseto e Luiz Martins, cabos Miguel Chervenski Jamal e Levi Mulford, além do outro goleiro titular, Reinaldo Santana Ribeiro (Tato), que era motorista do comandante major-brigadeiro Artur Carlos Peralta.
Contava também com o concurso do ágil atacante Guedes, autor de dribles desconcertantes. Era também militar sargento do 20.º Regimento de Infantaria, quartel vizinho da Base Aérea.
Clube se filia a Federação Paranaense de Futebol
Depois de amistosos, o clube filiou-se à Federação Paranaense de Futebol (FPF) e foi logo conquistando o título do Torneio Início, realizado no Estádio Belfort Duarte (Alto da Glória) e que teve a participação de 17 equipes. Foi vice-campeão da série Acir Guimarães ainda em 1949.
Voltou a conquistar o Torneio Início em 1960, 1961 e 1964. Vice-campeão em 1953 e 1958. Vice-campeão suburbano em 1950, 3º lugar em 1952, 1954, 1960, 1965, 1966 e 1968.
Campeão de aspirantes em 1954 (17 jogos e 17 vitórias), 1957 e 1964; vice-campeão em 1952, 1965 e 1967. Licenciou-se da FPF em 1970. Em 30 de Novembro de 1974, passou a se chamar Esporte Clube Bacacheri e se transformou em clube de campo.
A diretoria atual vendeu o patrimônio do clube e o Estádio Walfrido Rosário, por R$ 11 milhões. Atualmente o local se transformou num supermercado (Rede Condor). O aurinegro das jaquetas quadriculadas virou saudade.
FONTES & FOTOS: Google Maps – Tribuna do Paraná – Gazeta do Povo – Levi Mulford – Blog Família Petroski
Foto Rara, de 1952: Caxias Futebol Clube – Joinville (SC)
FONTE: Paraná Esportivo
Grandes vitórias do Marcílio Dias sobre o Figueirense
Os confrontos entre Marcílio Dias e Figueirense remontam a 1930. Em 27 de julho daquele ano, houve o primeiro embate: vitória do Marinheiro por 3 a 0, em amistoso disputado no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí. Os gols foram anotados por Guarino (duas vezes) e Zé Macaco.
Duas expressivas vitórias marcilistas por 4 a 0 ocorreram em outro amistoso realizado em Itajaí em 1933 e numa partida do Campeonato Catarinense de 1964. Mas foi em 16 de junho de 1946, em mais um amistoso em Itajaí, que se registrou a maior goleada do Marcílio sobre o rival alvinegro: 6 a 1.
Um fato curioso ocorreu no Campeonato Catarinense de 1958. Em 11 de janeiro de 1959, o Marcílio Dias venceu o primeiro jogo em Itajaí por 4 a 0 – gols de Cirilo, Idésio (duas vezes) e Zênio. O Figueirense precisava vencer o segundo jogo no tempo normal e na prorrogação para se classificar.
Página esportiva do jornal Libertador, de Itajaí, em 1959. Acervo FGML
No dia 18 de janeiro as duas equipes se enfrentaram no Estádio Adolpho Konder, em Florianópolis. O time da Capital venceu no tempo normal por 2 a 0, mas a prorrogação de 30 minutos terminou sem gols. Uma nova prorrogação de 15 minutos foi disputada, sem movimentação no placar.
Depois de mais duas prorrogações de 15 minutos cada, totalizando 165 minutos sem balançar as redes, o jogo finalmente foi finalizado, tornando-se o mais longo da história do futebol de Santa Catarina. A vaga seria decidida numa terceira partida, em Blumenau, campo neutro, no dia 22 de janeiro de 1959. Deu Marinheiro: 2 a 1, dois tentos do goleador Idésio.
Outro jogo marcante para os marcilistas ocorreu em 3 de novembro de 1963. Jogando em Florianópolis, o Marinheiro bateu o Figueirense por 2 a 1, gols de Renê e Dufles. Era a primeira rodada do Campeonato Catarinense de 1963 e iniciava ali a campanha que levaria o Marcílio Dias à conquista do seu primeiro e único título da principal competição estadual. “Peguei a bola fora da área e enchi o pé. Acertei um belo chute, uma bomba, o goleiro nem se mexeu”, detalhou o autor do gol em depoimento ao livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963”.
Lelo vibra após gol da classificação no Orlando Scarpelli.
Foto: Reprodução
Uma partida especialmente guardada na memória da torcida rubro-anil foi a realizada em 3 de junho de 2000, pelas semifinais do Campeonato Catarinense. Depois do empate em 0 a 0 no jogo de ida em Itajaí, o Marinheiro precisava vencer no Orlando Scarpelli.
Marquinhos abriu o placar para o Marcílio, mas Fernandes empatou para o Figueirense. O jogo caminhava para o final quando o lateral-direito Lelo, numa cobrança de falta milimétrica, fez o gol que decretou a vitória por 2 a 1 e classificou o Marcílio Dias à final do Catarinão daquele ano.
18 de novembro de 2007 é outra data que entrou para a história deste confronto. Neste dia, o Marinheiro derrotou de virada o Figueirense por 3 a 1 no Orlando Scarpelli e sagrou-se campeão da Copa Santa Catarina. Os gols do Marcílio foram marcados por Felipe Oliveira, Dauri e Michel.
No jogo do primeiro turno, dia 28 de outubro, em Itajaí, outra vitória marcilista: 4 a 1 – gols de Dauri, Felipe Oliveira, Luís Ricardo e Márcio Alcides. O título da Copa Santa Catarina deu ao Marinheiro uma vaga na Recopa Sul-Brasileira, disputada em dezembro daquele mesmo ano e também vencida pelo Rubro-Anil.
Schwenck comemora gol contra o Figueirense em Camboriú.
Foto: Marcos Porto/ClicRBS/2015
No Campeonato Catarinense de 2015, outro jogo memorável. Jogando em Camboriú, debaixo de chuva e com apagões dos refletores durante a partida, o Marcílio Dias saiu na frente com Schwenck, mas o Figueirense virou para 3 a 1. Numa reação espetacular, o Marinheiro virou o placar para 4 a 3. Soares e Schwenck empataram e Rogélio, aos 45 do segundo tempo, fez de cabeça o gol da vitória, para delírio da apaixonada torcida rubro-anil que lotou a arquibancada do acanhado estádio Robertão.
FONTE
Baú do Marcílio – http://baudomarcilio.blogspot.com.br/
Foto Rara, de 1946: Coritiba Foot-Ball Club – Curitiba (PR)
FONTE: Paraná Esportivo
Seleção Paranaense de Futebol: escudo de 1960
FONTE: Paraná Esportivo
Foto Rara, de 1960: Real Esporte Clube – Curitiba (PR)
FONTE: Paraná Esportivo