Arquivo da categoria: Rio de Janeiro (antigo Estado do RJ)

Esporte Clube São José – Campos dos Goytacazes / RJ

Catalogando o EC São José, do Distrito de Goytacazes, de Campos dos Goytacazes, clube de funcionários da Usina São José, que tinha o apoio financeiro da propria Usina. Fundado em 1938, disputou vários campeonatos campista, obtendo seu unico título em 1952. Alguns destes campeonatos foram classificatório para o campeonato fluminense na decada de 50 e 60.

 

Fontes: RSSSF e blog do futebol campista

(*)  O desenho do modelo utilizado para representar o uniforme foi redesenhado do “Guia Oficial 2009 do Campeonato Paulista”, do editor Rodolfo Kussarev.

 

CAMPEONATO FLUMINENSE – 1913 até 1974

Seguindo a sugestão e compartilhando com os amigos a belíssima pesquisa feita pelo Pesquisador e Historiador Auriel de Almeida.  Na realidade o Fonseca conquistou 11 títulos na 1ª Divisão de Niterói (RJ). A lacuna dos quatro títulos a menos pode ser que na conta, tenham somando o famoso Tetracampeonato do Fonseca na categoria de Aspirantes, mas isso não é quadro principal.

 Vejam abaixo os Campeões Fluminenses / Niteroienses de futebol (1913 até 1974):
1913 – Guarany
1914 – Ararigboya (1)
1915 – Ararigboya
1916 – Parnahyba
1917 – Odeon (LSF) / Byron (AFDT)
1918 – Nictheroyense (LSF) / não concluído (AFDT) (2)
1919 – Fluminense
1920 – Fluminense
1921 – Barreto (3)
1922 – Byron
1923 – Barreto
1924 – Byron
1925 – Byron (LSF) / Serrano (AFEA) (4)
1926 – Ypiranga (LSF/FFE) / Elite (AFEA)
1927 – Gragoatá (AFEA) (5)
1928 – Byron (6)
1929 – Ypiranga
1930 – Ypiranga e Fluminense (7)
1931 – Ypiranga
1932 – Fluminense
1933 – Canto do Rio
1934 – Canto do Rio (ANEA) / Byron (LNF) (8)
1935 – Ypiranga
1936 – Ypiranga
1937 – Nictheroyense e Fonseca (9)
1938 – Fluminense
1939 – Fonseca
1940 – Fluminense
1941 – Icaraí (10)
1942 – Icaraí
1943 – Icaraí
1944 – Fluminense
1945 – Canto do Rio (11)
1946 – Humaitá
1947 – Fluminense
1948 – Canto do Rio
1949 – Ypiranga
1950 – Fonseca
1951 – Oliveiras
1952 – Cruzeiro
1953 – Fonseca (profissional) / não concluído (amador) (12)
1954 – Fonseca (profissional) / Canto do Rio (amador)
1955 – Fonseca (profissional) / Oliveiras (amador)
1956 – Serrano (profissional) / Cruzeiro Atlético (amador) (13)
1957 – Fonseca (profissional) / Marítimo (amador)
1958 – Ypiranga (profissional) / Heróis (amador) (14)
1959 – Fonseca (profissional) / Pery (amador)
1960 – Fonseca (15)
1961 – Fonseca
1962 – Fonseca
1963 – Eletrovapo (profissional) / Manufatora (amador) (16)
1964 – Eletrovapo (17)
1965 – Ypiranga
1966 – Bangu
1967 – Ypiranga
1968 – Canto do Rio
1969 – Manufatora
1970 – Manufatora
1971 – Espanhol
1972 – Espanhol
1973 – Espanhol
1974 – Tiradentes (18)

 

TOTAL DE CONQUISTAS:

Nº.

Equipes

11

Fonseca

10

 Ypiranga

08

Fluminense

06

Byron

06

Canto do Rio

03

CR Espanhol

03

Icaraí

03

Manufatora

02

Ararigboya

02

Barreto

02

Eletrovapo

02

Nictheroyense

02

Oliveiras

02

Serrano

01

Bangu

01

Cruzeiro Atlético (Barreto)

01

Cruzeiro de Pendotiba

01

Elite

01

Gragoatá

01

Guarany

01

Heróis

01

Humaitá

01

Marítimo

01

Odeon

01

Parnahyba

01

Pery

01

Tiradentes

 

  Esclarecimentos importantes:

(1) Por um equívoco de pesquisa, o título de 1914 já foi atribuído erroneamente ao Rio Branco, por ocasião do jogo Rio Branco 3×1 Ararigboya. Este jogo foi à rodada final do campeonato, mas o Ararigboya já era campeão, com muita antecedência. Por confusão de “rodada final” com “a final do campeonato”, entendeu-se que o Rio Branco tinha sido campeão, o que não foi verdade.

(2) Campeonato interrompido por conta da gripe espanhola, que fez muitas vítimas no Ararigboya, e jamais continuado. O Byron liderava o campeonato.

(3) Em várias matérias sobre a história do Canto do Rio é dito que o clube conquistou a sua primeira taça em 1921. Muitos entenderam tratar-se da taça do campeonato niteroiense, e por isso várias fontes colocam o clube como o campeão de 1921. Porém, o que Canto do Rio conquistou em 1921 foi uma taça amistosa contra o Fluminense (de Niterói), ficando longe do título niteroiense (fez uma má campanha, o campeão foi o Barreto).

(4) O Serrano era de Petrópolis. Os campeonatos, até então, valiam pelo título do Estado do Rio, mas eram quase sempre exclusivamente disputados por equipes de Niterói, o que conferia certa ambigüidade ao campeonato. Um bom exemplo é o torneio de 1925: Fluminense (de Niterói) e Serrano (de Petrópolis, o único clube de fora de Niterói na competição) terminaram empatados em primeiro lugar. No jogo-extra, o Serrano venceu e ficou com o título de “campeão fluminense”. Porém o Fluminense recebeu uma taça, como o “campeão de Niterói” – título, provavelmente, meramente simbólico de “melhor equipe da cidade”, já que o mesmo não consta em nenhuma relação encontrada de campeões da cidade.

(5) Em 1927, pela última vez, o campeonato foi diretamente organizado pela federação estadual. Até então ele valia, oficialmente, o título de campeão do estado, embora a opinião pública o considerasse municipal. De certa forma, pode-se dizer que valia pelos dois. Os campeonatos seguintes foram organizados por Sub-ligas ou departamentos da federação fluminense.

(6) O verdadeiro campeão de 1928 é o Byron. Byron e Ypiranga terminaram empatados na primeira colocação, mas o Byron conseguiria os pontos de um empate contra o Ypiranga e ficaria com o título. A insatisfação foi tamanha que no começo de 1929 os clubes disputaram uma taça amistosa, que a opinião pública considerou uma “decisão moral do título”, taça esta vencida pelo Ypiranga, que passou a se considerar o “verdadeiro campeão”, confundindo a vida de muito pesquisador… O fato é que o Byron é o campeão de 1928 e o Ypiranga de uma taça amistosa, e apenas isso.

(7) O Ypiranga liderava o campeonato, com certa folga, quando o mesmo foi interrompido por uma crise na federação niteroiense. A maioria dos clubes, liderada pelo Fluminense, optou por continuar o certame à revelia da entidade, disputando os jogos restantes da tabela. O Ypiranga não aceitou, preferindo aguardar o fim da crise. Assim sendo, pela tabela dos clubes “rebeldes” o Ypiranga perdeu vários jogos por W.O., e terminou na segunda colocação. Quando a entidade voltou da crise, declarou os jogos “independentes” como não-válidos, porém não os remarcou e decidiu encerrar o torneio sem esses jogos, com o Ypiranga na primeira colocação. O Fluminense protestou, e posteriormente foi proclamado co-campeão… Para atrapalhar as pesquisas, volta e meia alguma lista considera apenas o Ypiranga campeão ou apenas o Flu…

(8) O campeonato da ANEA só teve um turno realizado. O Canto do Rio foi declarado campeão, porém nenhuma lista posterior considera esse título. O campeonato da LNF, vencido pelo Byron, foi profissional.

(9) O campeonato de 1937 foi semiprofissional. Fonseca e Nictheroyense disputaram 4 jogos para desempatar o campeonato. Após Quatro empates seguidos, o título foi dividido. Algumas listas consideram apenas o Fonseca como campeão, sem explicação.

(10) O campeonato, a partir de 1941, oficialmente foi apenas amador, em respeito à lei dos Desportos de Getúlio Vargas. O Icaraí, porém, era descaradamente profissional (amadorismo marrom, melhor dizendo). Também em respeito à tal lei a liga de Niterói foi desmanchada e o campeonato passou a ser organizado por um departamento autônomo da federação fluminense.

(11) O Canto do Rio disputava o campeonato carioca com seu quadro profissional e o niteroiense com o amador.

(12) A partir de 1953 foi disputado um campeonato profissional e um amador, em Niterói, com clubes diferentes. Como os principais se tornaram profissionais todas às listas consideram como “o” campeão de Niterói desses anos apenas o profissional, esnobando o amador. Porém, coloco o amador como informação. O campeonato amador de 1953 teve pouquíssimos jogos, e não foi concluído.

(13) O Serrano de Petrópolis, a exemplo de 1925, foi participante solitário de um campeonato com clubes de Niterói. A título de curiosidade, não sei qual foi o “campeão moral” de Niterói desse ano, se Fonseca ou Niteroiense. No amador, o Cruzeiro Atlético Clube, do Barreto, chamado pela imprensa de “Cruzeiro Atlético” para diferenciar do Cruzeiro FC de Pendotiba, foi campeão.

(14) O Manufatora foi vice do profissional, classificando-se para as finais do Campeonato Fluminense, do qual seria campeão, com a desistência do Ypiranga.

(15) A partir de 1960 o campeonato foi unificado, com a adoção dos clubes amadores ao regime misto (semiprofissional).

(16) O campeonato profissional de 1963 não saiu do papel, e os clubes voltaram a disputar um campeonato amador (que foi resolvido na justiça, em uma briga pelo título entre Ypiranga e Manufatora). Em 1964, porém, o campeonato profissional de 1963 acabou sendo disputado. Porém houve confusão sobre há qual ano a competição profissional, vencida pelo Eletrovapo, deve fazer parte, se 1963 ou 1964.

(17) A partir de 1964, todos os campeonatos amadores, embora com alguns clubes profissionais ou semiprofissionais campeões, como Canto do Rio, Manufatora, Eletrovapo, Tiradentes, Espanhol, Bangu. Seus campeões, embora por vezes requisitassem, nunca participaram das finais dos campeonatos fluminenses profissionais, pois a FFD não aceitava a inscrição de campeonatos onde alguns clubes fossem amadores.

(18) Em 1974 o campeonato niteroiense, diretamente ligado á antiga Federação Fluminense de Desportos, foi disputado pela última vez. Depois o Departamento Niteroiense de Futebol (ex-Departamento Autônomo) foi fechado. Essa competição não teve relação com a participação do Tiradentes no campeonato fluminense de 1974 – as zonas centro profissionais da FFD dos campeonatos de 74 a 77 valiam taças avulsas. Em 1977 foi fundada a Liga Niteroiense de Desportos, exclusivamente amadora, e a mesma não considera os títulos do período “clássico” do futebol de Niterói.

Esporte Clube Sapucaía – Campos dos Goytacazes / RJ

Catalogando o EC Sapucaía, de Campos dos Gytacazes, clube dos funcionários da Usina Sapucaía, com apoio financeiro da propria Usina, fundado em 1938, com a fusão de dois times de funcionários, o Progresso FC e o Brasil.

Disputou o campeonato campista, que era classificatório para o campeonato fluminense na decada de 70, chegando ao título estadual em 1974.

 

Fontes: RSSSF e blog do futebol campista

(*)  O desenho do modelo utilizado para representar o uniforme foi redesenhado do “Guia Oficial 2009 do Campeonato Paulista”, do editor Rodolfo Kussarev.

Fonseca Atlético Clube – Niterói / RJ

Catalogando o Fonseca AC, do bairro do Fonseca em Niterói, clube com mais títulos do campeonato niteroiense, 11 campeonatos da 1a Divisão e com várias participações no campeonato fluminense, conquistando 3 títulos de campeão.

De suas fileiras sairam para clubes do Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul como Inácio (Bonsucesso), João Teixeira (Canto do Rio), Nestor (Vasco), Almir (Canto do Rio), Didi (América), Edmur (Vasco), Niraldo (Portuguesa), Jorge Valença(América), Aldeir(Siderúrgica de MG), Celmo(América), Fefeu (Flamengo), Edelfo (Bangu), Mário(Canto do Rio), Franz (São Cristóvão) além de Orlando Peçanha que saiu campeão do juvenil do Fonseca para ser campeão carioca de 56 e de 58 além do título mundial conquistado em 58 na Suécia.

 No  futebol de salão, que ganhou mais importância nos anos 60, foi tricampeão de Niterói de 66 a 68, tetra da Copa de Niterói e campeão metropolitano após uma disputa diante do Tio Sam. No tênis de mesa, comandado por Claudio Vovô, o Fonseca conseguiu vários títulos no estado.

 Fontes: RSSSF, Auriel de Almeida e site do clube

(*)  O desenho do modelo utilizado para representar o uniforme foi redesenhado do “Guia Oficial 2009 do Campeonato Paulista”, do editor Rodolfo Kussarev.

 O Fonseca foi o pioneiro do bairro no futebol, que estimulou a surgir outros clubes, como o Paulistano FC, Far-West (depois virou São Januário) e Figueira FC, por exemplo. Era um bairro familiar cuja recreação era dividida entre clubes como o Niterói, América, Clube Fluminense de Ping-Pong, CR Líder, Santa Tereza, Agra que a cada fim de semana serviram de ponto de encontro para os jovens do bairro acompanhados de pais ou responsáveis.

Em 61, 62 e 63, representou o futebol do RJ na Taça Brasil da CBD diante de clubes do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

C.R. ESPANHOL – O TRICAMPEÃO NITEROIENSE (RJ)

 

 

O Centro Recreativo Espanhol de Niterói (escudo inédito acima) surgiu num período turbulento da história do nosso país. Afinal, quando 25 pessoas rapazes fundaram o clube na quinta-feira, no dia 26 de março de 1964, nem imaginaram que cinco dias depois aconteceria o Golpe Militar no Brasil, e que culminaram no dia 1º de abril, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, o Jango.

Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN).

 

O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos da América e acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então se declararam herdeiros e continuadores da Revolução de 1964. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1960.

 

Voltando ao Centro Recreativo Espanhol de Niterói, foi idealização da comunidade galega para reunir os espanhóis residentes na cidade e nos municípios adjacentes. E a modalidade escolhida no início para ser o carro-chefe para atrair sócios foi o futebol.

O uniforme do Espanhol era idêntico ao da Seleção Espanhola: camisas vermelhas, golas amarelas, shorts azuis. No  seu escudo, o mapa representa a Península Ibérica (formada por:  Portugal, Espanha, Gibraltar, Andorra e uma pequena parte da França).

Nos anos 70, o Español fez bonito, ao conquistar o Tri do Campeonato de Niterói: 1971 – 1972 – 1973. Nesse período a equipe era semiprofissional. Apesar dos bons resultados do Espanhol no futebol, em 1972, um grupo de quinze espanhóis se juntou e comprou um terreno de 75.000 m2  em Itaipu (Niterói), para que fosse construída uma sede destinada às solenidades sociais e esportivas do Club. Aos poucos o clube se afastou do futebol profissional para dedicar-se a vida social. Longe do futebol, o clube decidiu mudar de nome e escudo em 15 de abril de 1981, passando a se chamar: Club Español de Niterói.

 

Escudo atual

 Site: http://www.clubespanol.com.br/

Pesquisador: Auriel de Almeida

Texto: Sérgio Mello

Byron Football club – Niterói / RJ

 Catalogando o Byron FC, do bairro do Barreto em Niterói, um dos clubes com mais títulos do campeonato fluminense, pesquisado e publicado pelo historiador e membro deste blog Auriel de Almeida.

 

Fonte: Auriel de Almeida.

 (*)  O desenho do modelo utilizado para representar o uniforme foi redesenhado do “Guia Oficial 2009 do Campeonato Paulista”, do editor Rodolfo Kussarev.

A seleção de Niterói foi campeã em 1928. O Byron foi campeão niteroiense neste, assim foi declarado como representante oficial do estado do Rio de 1928.

Tiradentes Atlético Clube – Niterói (RJ)

Tiradentes AC

O futebol niteroiense além de já ter revelado grandes jogadores, no começo do século passado era recheado de diversos times, como por exemplo, o Tiradentes Atlético Clube (antigo Grêmio Recreativo Social Desportivo Tiradentes). O time Alvinegro (escudo inédito acima) era um clube oriundo da Polícia Militar, ligado ao 5º Batalhão de Niterói (atual 12º Batalhão), conhecido carinhosamente como ‘Os Riscadinhos de Neves’, devido ao uniforme de listras finas verticais, embora que em 1974 o clube utilizava uma camisa inteiramente branca, com listras apenas no lado do escudo (semelhante ao uniforme do Campo Grande, na década de 60).

Um ponto intrigante está no porquê de ‘Neves’, já que o bairro Neves, é do município vizinho de São Gonçalo. Segundo as pesquisas em jornais da época, feitas por Auriel de Almeida, as reportagens consideravam Neves um bairro niteroiense. Já algumas pessoas que viveram aquele tempo, acreditam que Neves pertencia à Niterói, podendo ser um inter-bairro, e a ‘Polícia Militar do 5º Batalhão’ fosse subordinada à Niterói, e não ao de São Gonçalo.

Geografia à parte, o Tiradentes teve seu momento marcante em 1975. A equipe Alvinegra disputou o Campeonato Fluminense e por muito pouco não chegou à decisão, terminando na 3ª colocação com 13 pontos, um pontinho atrás do Americano (vice-campeão) e Sapucaia (campeão), ambos de Campos dos Goytacazes.

A fase final da competição contou com a presença de seis times: Fluminense Atlético Clube, de Nova FriburgoTiradentes Atlético Clube, de Niterói, representando a ‘Zona Centro’; Americano de CamposEsporte Clube Sapucaia como os classificados da ‘Zona Campista’; e Associação Atlética Barbará, de Barra MansaClube Regatas Flamengo, de Volta Redonda como os representantes da ‘Zona Sul-Fluminense’.

Apesar de ter enfrentado equipes acostumadas à competição, ‘Os Riscadinhos de Neves’, não fizeram feio e honrando as tradições do futebol niteroiense por pouco não lutou pelo Caneco.

O Tiradentes teve dois momentos capitais, jogando em casa, onde poderia ter definido favoravelmente, o título ao seu favor. No primeiro, no dia 6 de abril, restando duas rodadas para o final, a equipe Alvinegra recebeu o Americano de Campos, no Estádio Caio Martins, e se vencesse pularia para a liderança, mas acabou empatando sem gols. E pela última rodada, recebeu o Barbará, em casa, precisando vencer, mas novamente ficou no empate em 1 a 1, dando adeus ao título.

Na disputa do título, as duas equipes campistas: Sapucaia e Americano terminaram iguais em tudo. Com isso, foram realizados quatro jogos para definir o campeão. No primeiro jogo, no dia 27 de abril, o Sapucaia saiu na frente, vencendo por 1 a 0, no Estádio Ary de Oliveira e Souza, gol de Osvaldo Guariba aos 15 minutos da primeira etapa.

Na segunda partida, no dia do Trabalhador (1º de maio), o Americano deu o troco vencendo pelo mesmo placar, no Estádio Godofredo Cruz. O gol da vitória foi assinalado por Adalberto aos 34 minutos do primeiro tempo. No terceiro encontro, no dia 4 de maio, as duas equipes não saíram do zero.

Então, no quarto e último duelo, no dia 11 de maio, saiu o campeão. O Sapucaia goleou o Americano por 4 a 2, ficando com o título. A equipe rubro-negra campista encaminhou a conquista ainda no primeiro tempo, quando Valmir abriu o placar aos 14 minutos, depois Betinho ampliou aos 25, e novamente Valmir marcou o terceiro aos 34. Na etapa final, o Americano esboçou uma reação com dois gols em menos de 5 minutos: Messias diminuiu aos 4 minutos, e em seguida Chico fez o segundo. Contudo, Joaquinzinho fez o quarto aos 25 minutos, jogando uma ducha de água fria no ímpeto do Cano.

A partida teve no apito Arnaldo Cesar Coelho, que sete anos depois seria o árbitro da final da Copa do Mundo de 1982 (Itália 3 a 1 na Alemanha). Apesar de a competição ser semi-amadora, um excelente público esteve presente no Estádio Ary de Oliveira e Souza: 10 mil pagantes, que proporcionaram uma renda de Cr$ 49.420,00.

Apesar da perda do título, o Americano teve o goleador máximo do torneio: Chico com 10 gols, uma a mais do que Gonzaga, do EC Sapucaia com nove.

EC SAPUCAIA: Roque, Charuto, Admilson, Folha e Albérico; Amaritinho e Joaquinzinho; Betinho, Valmir (Osvaldo Guariba), Toninho (Joélio) e Alcir.

AMERICANO FC: Bodoque, Guaraci, Zé Henrique, Luisinho e Capetinha; Adalberto (Jamil Abud), Ico e Messias (João Francisco); Tatalo, Chico e Paulo Roberto.

Veja abaixo, os resultados das 10 rodadas da fase final do Campeonato Fluminense de 1975:

PRIMEIRO TURNO DA FASE FINAL

1ª rodada (16 de fevereiro)

Barbará         0 x 1   Americano

Tiradentes     1 x 1   Sapucaia

Fluminense  1 x 1   Flamengo

2ª rodada (23 de fevereiro)

Americano    2 x 0   Flamengo

Barbará         0 x 2   Sapucaia

Tiradentes     5 x 1   Fluminense

3ª rodada (02 de março)

Flamengo     2 x 2   Barbará

Americano    2 x 1   Tiradentes

Sapucaia      3 x 0   Fluminense

4ª rodada (09 de março)

Barbará         2 x 1   Fluminense

Sapucaia      1 x 1   Americano

Flamengo     1 x 1   Tiradentes

5ª rodada (16 de março)

Barbará         0 x 0   Tiradentes

Fluminense  2 x 1   Americano

Flamengo     0 x 0   Sapucaia

SEGUNDO TURNO DA FASE FINAL

6ª rodada (23 de março)

Americano    2 x 2   Barbará

Sapucaia      0 x 1   Tiradentes

Flamengo     2 x 1   Fluminense

7ª rodada (30 de março)

Flamengo     1 x 5   Americano

Sapucaia      3 x 2   Barbará

Fluminense  1 x 2   Tiradentes

8ª rodada (06 de abril)

Barbará         2 x 0   Flamengo

Tiradentes     0 x 0   Americano

Fluminense  1 x 4   Sapucaia

9ª rodada (13 de abril)

Fluminense  0 x 1   Barbará

Tiradentes     2 x 1   Flamengo

Americano    1 x 1   Sapucaia

10ª rodada (20 de abril)

Tiradentes     1 x 1   Barbará

Americano    3 x 0   Fluminense

Sapucaia      3 x 1   Flamengo

Classificação da Fase Final:

Nº.

EQUIPES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

EC Sapucaia

14

10

5

4

1

18

08

10

 2º

Americano FC

14

10

5

4

1

18

08

10

Tiradentes

13

10

4

5

1

14

08

06

AA Barbará

10

10

3

4

3

12

12

0

CR Flamengo

06

10

1

4

5

09

19

-10

Fluminense AC

03

10

1

1

8

08

24

-16

Pesquisa: Auriel de Almeida

Texto: Sérgio Mello

Pery Atlético Clube – Niterói / RJ

Mais um escudo inédito dos clubes participantes do campeonato fluminense, do antigo Estado do Rio, pesquisado pelo historiador Auriel de Almeida.

Em 1960 e 1961, aconteceram dois campeonatos citadinos profissionais, o da capital Niterói e o de Campos dos Goytacazes, e com as regras da Federação Fluminense de Desportos,  classificaram seus campeões para a decisão final, que definiu o campeão fluminense em cada ano, e o indicado do estado para Taça Brasil do ano seguinte.

O Pery Atlético Clube disputou o campeonato niteroiense profissional nestes dois anos, considerados também como classificatórios para as finais do estadual. O clube do Cubango “imitava-homenageava” o uniforme e o escudo do Botafogo carioca.

 

 Fonte: Auriel de Almeida.

 (*)  O desenho do modelo utilizado para representar o uniforme foi redesenhado do “Guia Oficial 2009 do Campeonato Paulista”, do editor Rodolfo Kussarev.

Em 1960, os finalistas foram o Fonseca AC, campeão niteroiense, e o Goytacaz FC, campeão campista. 

O Goytacaz não disputou perdendo por WO. O Fonseca foi declarado bi-campeão fluminense, pois já havia vencido também o título de 1959, e classificou novamente para a Taça Brasil de 1961.

 

Em 1961, os finalistas foram o Fonseca AC, campeão niteroiense, e o CE Rio Branco, campeão campista. 

O Fonseca venceu as finais, conquistando o título de tri-campeão fluminense e classificou novamente para a Taça Brasil de 1962.