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A “Locomotiva” voltou à Especial a todo vapor

O retorno da Ferroviária de Araraquara à Divisão Especial, levantando o Campeonato da Primeira Divisão de 1966 foi a apoteose de uma temporada irrepreensível. Apenas quatro derrotas em 52 jogos demonstraram o poderio da agremiação da Estrada de Ferro.

Enfrentando o forte “Nhô Quim” de Piracicaba, em duas partidas realizadas no Pacaembu, a AFE empatou a primeira e venceu a segunda, em peleja emocionante e disputada com muito aguerrimento por parte dos litigantes, no encharcado gramado da Municipalidade bandeirante.

A ficha técnica do jogo
Dia 21 de dezembro de 1966, quarta-feira (noite)
Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Primeiro tempo – 0 a 0
Final – Ferroviária 1 x 0 XV de Novembro de Piracicaba
Marcador – Dorival (contra), aos 10’ do 2º tempo
Renda – Cr$ 12.861,00
Juiz – Armando Marques, auxiliado por Germinal Alba e Wilson Antônio Medeiros
Quadros:
Ferroviária – Machado; Beluomine, Brandão, Rossi e Fogueira; Bebeto e Bazzani; Passarinho, Maritaca, Téia e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga). Capitão: Fogueira
XV de Piracicaba: Claudinei; Nelson, Kiki, Proti e Dorival; Chiquinho e Lopes; Nicanor, Mazinho, Rodrigues e Piau. Técnico: Gaspar. Capitão: Kiki
Ocorrência – Fogueira, contundido, aos 5’ da fase derradeira, passou a jogar na ponta esquerda, recuando Pio para a lateral.

Eis como a Gazeta Esportiva (através de Solange Bibas) comentou o feito da Morada do Sol:
“O bom filho à casa torna – Não demorou muito, ei-la aí de volta. Nem chegou a cair: saiu de férias. Mas que férias duras, seu moço! A campanha da Ferroviária de Araraquara para retornar ao seu lugar na Divisão Especial foi uma dessas coisas… Era favorita, porque mais primoroso e técnico o seu futebol de alto padrão. Sempre foi figura brilhante, enquanto lutou na Especial. E, se caiu, foi porque os maus fados conspiraram contra a equipe da Morada do Sol. E todo mundo ficou triste quando a “locomotiva” partiu. Ferroviária faz falta na Divisão Especial. Mas, ei-la que retorna. O bom filho à casa torna. Palmas redobradas para a Ferroviária de Araraquara! Porque, quem sobe à Especial é grande! E maior ainda é quem consegue se erguer depois da queda! Benvinda, Ferroviária! Benvinda, “locomotiva” velha de guerra!”
“Sem desmerecer o XV de Novembro de Piracicaba, que lutou bravamente, a Ferroviária acabou fazendo por merecer a vitória, na noite de ontem, uma vitória apertada, que, inclusive, obrigou o quadro de Araraquara a ser mais defensivo, depois do gol e em face da contusão de Fogueira. O XV foi à frente, mas o bloqueio da turma araraquarense existiu sempre, principalmente no “miolo”, onde se postou o próprio Bazzani, onde ficou Bebeto, buscando sempre destruir, embora sem nunca renunciar ao direito de atacar. Apareceu maios o XV, porém, diga-se, defendeu-se muito a equipe vencedora, completando-se em seu sistema recuado.
Não se poderia exigir mais da partida, dos times, dentro daquele estado lastimável da cancha. Temos a impressão, inclusive, que o time mais prejudicado foi o da Ferroviária, pois era tecnicamente melhor. Inclusive, os araraquarenses começaram bem mais certos em seu trabalho, fazendo recuar um pouco Téia, para fugir da marcação, dali partindo com a bola para as tramas curtas com o rápido Maritaca. E vinha sempre o acionamento dos ponteiros, embora Passarinho, pela direita, esquecesse de dar mais velocidade à bola, preferindo o jogo individual, contra uma defensiva rígida, pesada, como a do XV. Mas, com o trabalho de Bebeto, no meio do campo, impulsionando rapidamente a bola, a Ferroviária teve mais presença, conquanto esquecendo um ponto importante para o estado da cancha: os tiros a gol. De resto, o XV, atacando menos, também os esqueceu, resultando daí poucas emoções nas duas áreas. Mas via-se a Ferroviária melhor entrosada e mais rápida em seus movimentos, com uma retaguarda que se apresentava bem posta, com os laterais guardando posição e fazendo coberturas centrais. O XV defendia-se e jogava em profundidade, talvez mais praticamente, porém, sem encontrar caminha para as penetrações, sobretudo porque aquele que parecia ser seu homem mais importante, na ofensiva, o ponta esquerda Piau (também individualista) era sempre bloqueado.
Na realidade, naquele estado da cancha, era difícil, se não impossível, firmar um esquema, a não ser mais em sentido defensivo, mas deve-se dizer que, se o XV tinha Lopes, um grande lutador (primeiro jogando mais atrás, depois saindo e dando maior potencial ao XV), contou a equipe araraquarense com uma dupla central mais móvel, com Bebeto e Bazzani, este experimentado e guardando posição quando o primeiro saía, realizando os dois bom trabalho de revezamento. Ademais, a Ferroviária, como já dissemos, mantinha firme seu setor de retaguarda, com esplêndida antecipação e marcação.
Não houve gols na primeira etapa e, na segunda, perdendo Fogueira, que passou à ponta esquerda, tendo que recuar Pio, trabalhou inteligentemente, abrindo Téia para a esquerda e movimentando o veloz Maritaca na frente. Recuava ainda Passarinho, dando mais força, depois do gol, ao sistema defensivo. Assim um trabalho de maior sentido coletivo, enquanto o XV, lutando leoninamente, andou “abrindo” a defesa, conquanto se possa dizer que as penetrações de Nelson, pelo setor desguarnecido de Fogueira, criou boas situações.
A verdade, porém, é que a Ferroviária, marcando aquele gol, aos 10 minutos, sentiu que podia garantir, como, realmente, garantiu, teimando o XV em levar seu jogo, praticamente todo ele, para o “miolo”, onde Mazinho e Rodrigues eram bloqueados. Piau teve oportunidades, raras, mas faltou a complementação e, se o XV esteve próximo do empate, num lance de contra-ataque a Ferroviária fez o necessário para ganhar, apenas de 1 x 0, mas tendo méritos, indiscutivelmente.
Repetimos: sem desmerecer o XV, um quadro valente e de grande espírito de luta, a Ferroviária pareceu-nos melhor armada, pelo trabalho coletivo, pela melhor compreensão entre seus homens. Isolou praticamente Maritaca na frente, porém, de posse da bola, saindo quase sempre por Passarinho, o quadro de Araraquara mostrou maiores recursos técnicos. Enfim, parabéns ao XV, pelo denodo, mas parabéns maiores à Ferroviária, pelo maior sentido de equipe, pela grande vitória.”

Bola no barbante
Tudo aconteceu aos 10’ do 2º tempo, quando a Ferroviária, por intermédio de Brandão, cortou uma avançada do XV de Novembro. A bola foi enviada em profundidade a Bazzani, que penetrava pelo meio. E desceu alta. Bazzani tentou a cabeçada, apesar de acossado, por trás, por Proti. Saiu a cabeçada do meia para a direita, por onde entrava rapidamente Maritaca. Passou por Dorival, indo quase à linha de fundo, pressentindo a saída de Claudinei. Maritaca chutou e a bola, batendo no braço de Dorival, desviou-se de sua trajetória, entrando para as redes, marcando a vitória grená.

O melhor do jogo

Fogueira, Maritaca e Machado (destaques da partida)

Maritaca merece boa nota, como a merece Rossi, um jogador excelente. Mas temos que dar a Fogueira o destaque maior dentro da partida. No primeiro tempo, foi soberano, na destruição, marcação e cobertura, mostrando uma notável segurança. Na fase final, contundido, passou a ser ponta esquerda, tendo contudo extraordinário espírito de valentia para recuar e também marcar, apesar de “capengar” visivelmente. Um grande jogador, que não se entregou nunca. No XV, Lopes merece registro, pelo espírito de luta, pelo sentido de jogo, vindo a seguir Proti e Kiki. Finalmente, não esqueçamos o valor de Brandão.

O juiz foi assim
Dirigiu a partida o conhecido Armando Marques, auxiliado nas “bandeiras”, por Germinal Alba e Wilson Antônio Medeiros. Partida difícil de ser dirigida, pelo estado escorregadio, pesado, da cancha. Mesmo assim, acompanhando bem todos os lances, Armando Marques mostrou sua categoria. E note-se que houve lances de choque, entre adversários, houve jogadas que pareceram violenta, sendo que, em todos os instantes, Armando Marques estava em cima da jogada, apitando tudo, com precisão.

Como o público viu o jogo
A chuva incessante que caiu ontem sobre São Paulo impediu que um número maior de torcedores fosse ao Pacaembu. Mas os que vieram de Araraquara e Piracicaba, mostraram toda a gama de entusiasmo pelas suas equipes e não se cansaram de as incentivar durante todo o jogo. A alegria maior ficou para os araraquarenses, que desde o início afirmavam que o “XV é freguês”. O público deixou nas bilheterias Cr$ 12.861.000,00 e no final do encontro apareceram muitos torcedores com camisas da Ferroviária, algumas que levaram de casa e outras que arrancaram dos jogadores na hora de invadir o gramado.


E ELA VOLTOU… – Depois de haver perdido todos os seus galões em 1965, conseguiu a Associação Ferroviária de Esportes, um ano depois, reconquistar o seu lugar na Divisão Especial de Profissionais. Tendo produzido para o futebol paulista e brasileiro uma infinidade de bons jogadores como Galhardo, Tales, Baiano, Faustino, Pimentel, Bazzani, enfim, tantos craques, foi preciso preparar nova “fornada” para que o público da “Cidade Morada do Sol” sentisse o seu poderio técnico. Assim é que na noite chuvosa que tornou o Pacaembu verdadeiramente impraticável, a opinião de 70% dos torcedores era a de que o clube de Araraquara não conseguiria levantar o título, na luta contra o seu grande rival, XV de Piracicaba, pois era um quadro leve e não se adaptava ao terreno, naquelas circunstâncias; no entanto, foram bastante diferentes e o resultado foi que a Ferroviária chegou, de maneira brilhante, na noite de 21 de dezembro, ao título máximo da Primeira Divisão de Profissionais, depois de uma campanha brilhante e acima de tudo meritória.

Nossos aplausos ao grande campeão.

Na volta da delegação a Araraquara:
Bandeira da AFE dominando o desfile e as demonstrações de júblio coletivo.

Pelas ruas principais da cidade, o corso da vitória se desenrolou interminavelmente, diante dos olhares do povo que não se cansava de vivar os vencedores do Pacaembu

Fonte:
A Gazeta Esportiva, edições dos dias 22 e 24 de dezembro de 1966.
Edição: Paulo Luís Micali

1966: Um ano perfeito da Locomotiva

Locomotiva - Mascote da Ferroviária de Araraquara (foto: site oficial Afe)

Rebaixada em 1965, a Ferroviária de Araraquara reagiu de pronto: disputou o Campeonato Paulista da Primeira Divisão em 1966, realizando uma excelente campanha, tornando-se campeã e retornando à Divisão Especial. A temporada mostrou uma destacada competência do elenco afeano. Dos 52 jogos realizados, 38 foram vencidos, 10 empatados e apenas 4 perdidos. 73,1% de vitórias, 19,2% de empates e 7,7% de derrotas. Time ofensivo, com 115 gols marcados e 40 sofridos; saldo significativo de 75 gols.

Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, na Arena Fonte Luminosa

São apresentados a seguir os 52 jogos realizados pela Ferroviária em 1966, com resultados, datas, finalidades e artilheiros grenás:

1 – AFE 1 x 0 Noroeste – 30.01.66 –Amistoso – Osmar

2 – AFE 3 x 2 Londrina – 02.02.66 –Amistoso – Osmar, Capitão e Dejair

3 – AFE 3 x 2 Barretos – 06.02.66 –Amistoso – Adão, Téia e Osmar

4 – Barretos 1 x 0 AFE – 13.02.66 –Amistoso

5 – São Carlos Clube 0 x 2 AFE – 27.02.66 –Amistoso – Rossi e Téia

6 – Londrina 2 x 4 AFE – 06.03.66 –Amistoso – ????

7 – Rio Preto 1 x 1 AFE – 13.03.66 – Amistoso – ?

8 – AFE 4 x 1 Rio Preto – 16.03.66 – Amistoso – Téia (2), Dejair e Mateus

9 – Ponte Preta 2 x 2 AFE – 20.03.66 – Amistoso – Téia e Bazzani

10 – AFE 2 x 1 Ponte Preta – 23.03.66 – Amistoso – Rezende e Bazzani

11 – CAT 0 x 1 AFE – 27.03.66 – Amistoso – Dejair

12 – AFE 2 x 0 CAT – 30.03.66 – Amistoso – Téia (2)

13 – Catanduva 0 x 6 AFE – 19.04.66 – Amistoso – Téia (2), Pio (2), Raimundinho e Rossi

14 – AFE 3 x 1 Paulista de Jundiaí – 27.04.66 – Amistoso – Téia, Pio e Raimundinho

15 – Paulista de Jundiaí 1 x 2 AFE – 30.04.66 – Amistoso – Passarinho e Resende

16 – Tupã 1 x 3 AFE – 08.05.66 – Campeonato Paulista, 1ª Divisão – Téia (2) e Bazzani

17 – AFE 3 x 0 Jaboticabal – 15.05.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani (2) e Osmar

18 – Batatais 1 x 1 AFE – 22.05.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Rezende

19 AFE 1 x 1 CAT – 29.05.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani

20 – Votuporanguense 0 x 1 AFE – 05.06.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bebeto

21 – Francana 0 x 0 AFE – 12.06.66 – Camp. Paulista, 1ª Div.

22 – AFE 1 x 0 Osvaldo Cruz – 19.06.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Raimundinho

23 – Barretos 2 x 0 AFE – 26.06.66 – Camp. Paulista, 1ª Div.

24 – AFE 4 x 1 Rio Preto – 03.07.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani (2) e Maritaca (2)

25 – Corinthians-PP 1 x 1 AFE – 10.07.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Téia

26 – AFE 3 x 0 Santacruzense – 17.07.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani (2) e Téia

27 – América (SJRP) 1 x 2 AFE – 24.07.66 – Amistoso – Maritaca e Bazzani

28 – XV de Piracicaba 1 x 2 AFE – 07.08.66 – Amistoso – Dejair e Passarinho

29 – AFE 3 x 0 XV de Piracicaba – 10.08.66 – Amistoso – Téia, Maritaca e Passarinho

30 – AFE 6 x 1 Tupã – 14.08.66 – C. Paulista, 1ª Div. – Dadico (contra), Maritaca, Bebeto, Téia e Bazzani (2)

31 – Rio Preto 0 x 1 AFE – 20.08.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Passarinho

32 – AFE 5 x 1 Batatais – 27.08.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani (2), Pio, Maritaca e Téia

33 – Osvaldo Cruz 4 x 3 AFE – 04.09.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Adão e Dejair (2)

34 – Caldense (MG) 0 x 4 AFE – 07.09.66 – Amistoso – Passarinho, Maritaca (2) e Mateus

35 – CAT 1 x 1 AFE – 11.09.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Dejair

36 – AFE 3 x 2 Corinthians-PP – 18.09.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Téia, Raimundinho e Passarinho

37 – AFE 3 x 0 Votuporanguense – 25.09.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Pio, Passarinho e Rossi

38 – Jaboticabal 1 x 2 AFE – 02.10.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Dejair (2)

39 – Santacruzense 1 x 0 AFE – 09.10.66 – Camp. Paulista, 1ª Div.

40 – AFE 3 x 1 Barretos – 16.10.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Téia (2) e Passarinho

41 – AFE 3 x 0 Francana – 22.10.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Maritaca (2) e Raimundinho

42 – Tanabi 1 x 2 AFE – 30.10.66 – Amistoso – Raimundinho e Téia

43 – Fernandópolis 0 x 3 AFE – 13.11.66 – Amistoso – Passarinho, Téia e Bazzani

44 – AFE 2 x 0 CAT – 23.11.66 – Amistoso – Passarinho e Dejair

45 – Santacruzense 1 x 1 AFE – 27.11.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bazzani

46 – AFE 1 x 0 Barretos – 30.11.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Bebeto

47 – Francana 1 x 3 AFE – 04.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Dejair (2) e Bebeto

48 – Barretos 0 x 1 AFE – 08.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Dejair

49 – AFE 0 x 0 Santacruzense – 11.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div.

50 – AFE 5 x 1 Francana – 14.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. – Téia (2), Dejair (2) e Maritaca

51 – XV de Piracicaba 1 x 1 AFE – 18.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. (Decisão) – Passarinho

52 – AFE 1 x 0 XV de Piracicaba – 21.12.66 – Camp. Paulista, 1ª Div. (Decisão) – Dorival (contra)

Principais artilheiros da Ferroviária no Campeonato Paulista da Primeira Divisão:  Bazzani, 13 gols; Téia, 11; Dejair, 10.

Na temporada, faltando os marcadores de cinco gols grenás nos amistosos, a colocação dos artilheiros é a seguinte:

1º) Téia, 24 gols; 2º) Bazzani, 17; 3º) Dejair, 15; 4º) Maritaca e Passarinho, 11.

Os campeões da Primeira Divisão da Federação Paulista de Futebol em 1966, defendendo as cores da equipe de Araraquara:

Machado – Beluomini – Brandão – Fernando – Fogueira – Bebeto – Rossi – Passarinho – Raimundinho – Dejair – Maritaca – Téia – Bazzani – Pio.

Técnico: Agenor Gomes (Manga) – Presidente do clube: Aldo Comito.

Elenco da Ferroviária de Araraquara em 1966:

Machado – Dado – Wilson Botão – Fogueira – Galvão – Brandão – Paina – Valdomiro – Rossi – Adão – Joãozinho – Fernando – Beluomini – Tião Macalé – Bebeto – Bazzani – Passarinho – Raimundinho – Osmar – Maritaca – Rezende – Téia – Dejair – Pio – Mateus

Fontes:

Arquivo do Professor Antônio Jorge Moreira (Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, na Arena Fonte Luminosa)
Arquivo pessoal

Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Há um Século, o Flamengo fez a sua primeira partida oficial goleando o Mangueira por 16 a 2

Competição:  Campeonato Carioca 1912
Data :   03 de maio de 1912
Estádio (local) :  Rua Campos Salles ( Tijuca – Rio de Janeiro)
Time do Flamengo : Baena, Píndaro, Nery, Curiol, Gilberto, Galo, Baiano,Arnaldo, Amarante, Gustavo e Alberto Borgerth
Gols : Gustavo*(5), Arnaldo(4), Amarante(4)Alberto Borgeth(2),Galo
Curiosidade :  * Gustavo de Carvalho foi o autor do primeiro gol da história do Clube de Regatas Flamengo

 

Obs: Em 1903 os remadores de Flamengo e Botafogo se reuniram para um amistoso, porém este jogo não é oficial.

A SEGUIR DADOS DO JOGO : 

FLAMENGO   1  X   5  BOTAFOGO

Local: Estádio da Rua Paysandu, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio (RJ)

Data: 27 de outubro de 1903

Amistoso disputado pelos remadores de ambos os clubes

FLAMENGO: G.V.Castro, V.Fatam, H.Palm, Sampaio Ferraz, A.Gibbions, L.Neves, C.Pullen, M.Morand, A.Vasconcelos, D.Moutinho, A.Simonsen

Gol: A.Simonsen.

Obs: Este foi o primeiro jogo de futebol disputado pelo Clube de Regatas Flamengo, através de seus remadores e também pelos remadores do Botafogo. Porem não é o primeiro jogo  oficial no futebol do C.R.Flamengo

Curiosidade: Nesta partida, o Flamengo começa o jogo sem goleiro !!!!, pois o mesmo chegaria com 5 minutos de jogo, porém o placar fica 0x0 até o final do primeiro tempo, com os gols saindo somente no 2º tempo. 

 

Fontes: Jornal do Commércio  e Jornal do Sports (Comemorativo do Centenário do C.R.Flamengo Edição Especial 1995)

OS CLÁSSICOS MAIS ANTIGOS DO BRASIL

Os classicos mais antigos do Brasil são:

1- Fluminense 6 x 0 Botafogo (CLÁSSICO VOVÔ), desde 22/10/1905.
2- Grêmio 10 x 0 Internacional (CLÁSSICO GRE-NAL), 18/07/1909.
3- Náutico 3 x 1 Sport (CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS), 5/07/1909.
4- Ponte Preta x Guarani (DERBI CAMPINEIRO), 24/03/1912, não se sabe o resultado (*)
5- Fluminense 3 x 2 Flamengo (FLA-FLU OU CLÁSSICO DAS MULTIDÕES), 07/07/1912.
6- Botafogo 1 x 0 Flamengo (CLASSICO DA RIVALIDADE), 13/03/1913.
7- Santos 6 x 3 Corinthians (CLASSICO ALVINEGRO), 22/06/1913.
8- Remo 2 x 1 Paysandu (RE-PA OU CLÁSSICO-REI DA AMAZÔNIA), 10/06/1914.
9- Santos 7 x 0 Palmeiras (CLASSICO DA SAUDADE), 03/10/1915.
10- Santa Cruz 2 x 0 Sport (CLÁSSICO DAS MULTIDÕES), 06/05/1916.
11- Palmeiras 3 x 0 Corinthians (DERBY PAULISTA), 25/10/1936.
12- Santa Cruz 3 x 0 Náutico (CLÁSSICO DAS EMOÇÕES), 29/06/1917.
13- Ceará 2 x 0 Fortaleza (CLÁSSICO REI), 17/12/1918.
14- Cruzeiro 3 x 0 Atlético (RAPOSA VERSUS GALO), 17/04/1921.
15- Vasco 3 x 2 Fluminense (CLÁSSICO DOS GIGANTES), 11/03/1923.
16- Vasco 3 x 1 Botafogo (CLASSICO DA AMIZADE), 22/04/1923.
17- Vasco 3 x 1 Flamengo (CLÁSSICO DOS MILHÕES), 29/04/1923.
18- Avai 3×4 Figueirense (ClÁSSICO DA CAPITAL), 13/04/1924 – “Informação do Michel McNish”
19- Coritiba 6 x 3 Atlético (ATLETIBA), 08/06/1924.
20- São Paulo 2 x 2 Palmeiras (CLÁSSICO CHOQUE-REI), 30/03/1930.
21- Santos 2 x 2 São Paulo (CLÁSSICO SAN-SÃO), 11/05/1930.
22- Corinthians 2 x 1 São Paulo (CLÁSSICO MAJESTOSO), 25/05/1930.
23- Bahia 3 x 0 Vitória (CLÁSSICO BA-VI), 18/09/1932.

(*) A revista PLACAR GRANDES CLÁSSICOS, de maio de 2005, apresenta a versão de que
a primeira partida do Derbi Campineiro teria sido disputada em 1911, em dia e mês
desconhecidos  e terminado com a vitória da Ponte Preta por 1 a 0. Segundo o
pesquisador bugrino Fernando Pereira da Silva, esta versão é baseada em informação
oral de um único indivíduo, sem que fontes documentais a comprovem. Efetivamente,
em 24/03/2012 foi comemorado o Derbi  Centenário pelos dois clubes e pela imprensa
(notadamente pelo jornal TODO DIA, que publicou caderno especial com todas as fichas
técnicas da história do Derbi), sendo este o clássico de futebol mais antigo do
Estado de São Paulo.
Não há registro documental do resultado desta partida de 24/03/2012, embora neste
dia o jornal DIÁRIO DO POVO tenha publicado em sua página 2, que "pela primeira vez
se enfrentarão estes dois valorosos teams", partida esta que ocorreu no
Campo da Villa Industrial.

Fonte RSSSF e complementos de arquivos pessoal.

FERROVIÁRIA DE ARARAQUARA: OITO VITÓRIAS CONSECUTIVAS EM 2010

Durante a Copa Paulista de 2010, a Ferroviária estabeleceu a maior série de vitórias consecutivas de sua história: oito! Foi no período de 1º de agosto a 8 de setembro. Foram quatro jogos em casa e quatro fora; 21 tentos assinalados e apenas cinco sofridos. Traduziu-se, praticamente, numa quarentena de inspiração (e transpiração, principalmente).

Seguem as fichas técnicas dessas oito vitórias da agremiação grená de Araraquara.

 Primeira vitória: Francana 0 x 1 Ferroviária

Francana 0 x 1 Ferroviária

01.08.10, domingo, 11 horas; Estádio Dr. José Lancha Filho,
Franca (SP); Árbitro: Marcos Silva dos Santos Gonçalves; Público: 225 pagantes;
Gol: Everson Jaú 4 do 1º;
Francana: Guilherme; Duane (Alex), Rodrigo, Léo Olinda e Rinaldi; Régis, Thiago Silva, David (Sthevens) e Hilton Mineiro (Júnior Preto); Serjão e Gabriel. Técnico: Zinho.
Ferroviária: Eduardo; Geovane, Pedro Victor, Bruno Lopes e Fernando Luís; Cesinha, Everson Jaú, Daniel (Walker) e Leandro Miranda (Luiz Fernando); Giancarlo e Marcelo Tevez (Ronaldo). Técnico:
João Martins

 Segunda vitória: Ferroviária 3 x 1 Batatais

Ferroviária 3 x 1 Batatais

04.08.10, quarta-feira, 20 horas; Arena Fonte Luminosa,Araraquara (SP); Árbitro: Magno de Sousa Lima Neto; Público: 197 pagantes; Expulsões: Goiano (Batatais) e Pedro Victor (Ferroviária); Gols: Leandro Miranda (gol olímpico) 33 do 1º e Marcelo Tevez 11 e 23 do 2º p/ a Ferroviária; Anderson 16 do 2º p/ o Batatais;
Ferroviária: Eduardo; Geovane (Abuda), Pedro Victor, Bruno Lopes e Fernando Luís; Cesinha, Everson Jaú (Walker), Daniel e Leandro Miranda; Giancarlo e Marcelo Tevez (Felipe). Técnico: João Martins;
Batatais: João Guilherme; Roni, Paulinho e Jeferson Volpe; Fabiano, Goiano, Bozó, Anderson e Marcelo (Sidney); Jackson (Jaílson) e Fagner. Técnico: Sérgio Santos. Obs.: Aos 18 do 2º, Anderson (Batatais) perdeu pênalti.

Terceira vitória: Sertãozinho 1 x 5 Ferroviária

08.08.10, domingo, 11 horas; Estádio Frederico Dalmazo,Sertãozinho (SP); Árbitro: Marcelo Ferreira Vicente; Público: 226 pagantes; Expulsões: Misael (Sertãozinho) e Geovane (Ferroviária); Gols: Marcelo Tevez 24 do 1º e 23 do 2º, Leandro Miranda, de pênalti, 27 e 35 do 2º, e Walker 47 do 2º p/ a Ferroviária; Marcão 22 do 2º p/ o Sertãozinho;
Sertãozinho: Guilherme; Fidelis (Lucas Souza), Gasparetto, Misael e Ramon; Marcão, Elias, Barrinha e Luciano Ratinho (Lucas Galbis); Welton e Tales
(Fabrício); Técnico: Agnello de Souza;
Ferroviária: Eduardo; Ronaldo, Bruno Lopes e Fernando Presente; Geovane, Cesinha, Everson Jaú (Felipe), Daniel (Fernando Luís) e Leandro Miranda; Marcelo Tevez (Walker) e Guilherme Alves. Técnico: João Martins. Obs.: No 1º tempo, Leandro Miranda cobrou pênalti e Guilherme defendeu.

 Quarta vitória: Ferroviária 1 x 0 Oeste

Ferroviária 1 x 0 Oeste

18.08.10, quarta-feira, 20 horas; Arena Fonte Luminosa, Araraquara (SP); Árbitro: José Cláudio Rocha Filho; Público: 430 pagantes; Gol: Guilherme Alves 2 do 1º; Ferroviária: Eduardo; Abuda (Diego Perine), Pedro Victor, Bruno Lopes e Fernando Presente (Fernando Luís); Cesinha, Everson Jaú, Daniel e Guilherme Alves; Felipe (Walker) e Marcelo Tevez. Técnico: João Martins.
Oeste:Jeferson; Daylson, Fred, Pomarola (Gilberto) e Edinho (Cortez); Fonseca, Paulo Miranda, Rodrigo Menezes e Alex Willian; Mirandinha e Dil (Diego). Técnico: Paulo Cezar Catanoce. Obs.: Aos 47 do 2º, Marcelo Tevez (F) perdeu pênalti (a bola tocou o travessão).

Quinta vitória: São Carlos 0 x 4 Ferroviária

21.08.10, sábado, 18 horas; Estádio Prof. Luiz Augusto de Oliveira, São Carlos (SP); Árbitro: Ulisses Antônio Zampieri; Público: 285 pagantes; Expulsões: Buzzetto (São Carlos) e Diego Perine (Ferroviária); Gols: Guilherme Alves 17, Leandro Miranda 30 e Marcelo Tevez 40 do 1º; e Marcelo Tevez 14 do 2º.
São Carlos: Buzzetto; Marcos Vinícius, Babi, Anderson Carvalho e Éder Luna (Jefferson); Guilherme Lucas, Reinaldo e Rick; Luciano e Arthur Neto (Willian). Técnico: Edmilson de Jesus.
Ferroviária: Eduardo; Geovane, Pedro Victor, Bruno Lopes e Bira; Cesinha (Luiz Fernando), Felipe (Diego Perine), Daniel e Leandro Miranda; Guilherme Alves (Walker) e Marcelo Tevez. Técnico: João Martins.

Sexta vitória: Ferroviária 3 x 1 Comercial

Ferroviária 3 x 1 Comercial

01.09.10, quarta-feira, 20 horas; Arena Fonte Luminosa, Araraquara (SP); Árbitro: Cássio Luiz Zancopé; público: 715 pagantes; Gols: Marcelo Tevez 27 do 1º, Daniel 29 e Walker 33 do 2º p/ a Ferroviária; Laerte 35 do 2º p/ o Comercial.
Ferroviária: Eduardo; Geovane (Ronaldo), Pedro Victor, Bruno Lopes e Bira; Cesinha, Daniel, Felipe (Walker) e Leandro Miranda (Luiz Fernando); Guilherme Alves e Marcelo Tevez. Técnico: João Martins.
Comercial: Gustavo; Gustavo Marciano, Edson Batatais, Saul e Márcio Luís; Jordã, Ederson, Ferrari (João Paulo) e Bruno (Laertinho); Osny e Túlio (Thales). Técnico: Edison Só

Sétima vitória: Ferroviária 3 x 2 Francana

Ferroviária 3 x 2 Francana - Leandro Miranda (marcou o 3 gols da AFE)

05.09.10, domingo, 11 horas; Arena Fonte Luminosa, Araraquara (SP); Árbitro: Anderson Andrade Pires; Público: 675 pagantes; Gols: Leandro Miranda 14 (pênalti) e 31 do 1º e 11 do 2º p/ a Ferroviária; Gabriel 26 (pênalti) e Cristiano 50 do 2º p/ a Francana.
Ferroviária: Eduardo; Geovane, Pedro Victor, Bruno Lopes e Bira; Cesinha, Daniel (Walker), Felipe (Diego Perine) e Leandro Miranda (Everson Jaú); Guilherme Alves e Marcelo Tevez. Técnico: João Martins.
Francana: Rodrigo; Duane (Conrado), Daniel Menezes, Cristiano e Rinaldi; Régis, Diego (Leonardo), Tiago Recife e Cris; Júnior Preto e Gabriel (Ramon). Técnico: Paulinho Kobayashi

Oitava vitória: Batatais 0 x 1 Ferroviária

08.09.10, quarta-feira, 15 horas; Estádio Dr. Osvaldo Scatena, Batatais (SP); Árbitro: Giuliano Dutra Pellegrini; Público: 28 pagantes; Gol: Ronaldo 39 do 1º. Batatais: João Guilherme; Jeferson Volpe, Roni e Jaílson; Fabiano, Paulinho (Ronaldo), Bozó, Jackson e Tobias; Igor (Fagner) e Gabriel Kremer (Nei);
Técnico: Sérgio Santos.
Ferroviária: Eduardo; Júlio César, Pedro Victor, Ronaldo e Fernando Luís (Tatá); Luiz Fernando (Daniel), Diego Perine, Geovane, Everson Jaú (Giancarlo) e Leandro Miranda; Walker. Técnico: João Martins. Obs.: Feito histórico, a Ferroviária completa oito vitórias consecutivas, a maior série de sua existência.

 

FONTE:

Ferroviária em Campo – Seis décadas de futebol da  Ferroviária de Araraquara, Vicente Henrique Baroffaldi, Pontes, 2010
Fotos: www.araraquara.com

Texto: Vicente Henrique Baroffaldi

Edição: Paulo Luís Micali

C.R. Flamengo e os seus estrangeiros em 116 anos de histórias

Quando o clube é grande, as curiosidades sempre chamam a atenção. No Clube Regatas Flamengo há muitas situações interessantes. Poucos sabem – inclusive a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim – mas ao longo dos 116 anos de vida, 50 jogadores estrangeiros de 16 países já vestiram, pelo menos uma vez, o Manto Sagrado (como é chamado o uniforme do time pelos torcedores).

 

Dos países da América do Sul, apenas quatro nunca tiveram um jogador no rubro-negro: Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela. Do continente africano, o Flamengo já teve dois jogadores: o atacante argelino Haraoui Nino e o meio-campista moçambicano Carlos Jorge.

 Da Europa, o clube da Gávea já teve alemão, espanhol, húngaro, italiano, polonês, sérvio, sueco, tchecoslovaco e inglês. Nunca o Flamengo teve um atleta oriundo da América Central, Norte e Caribe; Ásia e Oceania.  

Apelido (nome completo) – Nascimento – local (Pais)

Engel (Fritz Engel) (Alemanha)

Haraoui Nino (Haraoui Nino) (Argélia)

Colace (Hugo Roberto Colace) – 6/1/1984 – Buenos Aires (Argentina)

Borghi (Claudio Daniel Borghi) – 28/9/1964 – Buenos Aires (Argentina)

Castillo (Júlio Castillo) – 1915 – Buenos Aires (Argentina)

Colleta (Sabino Colleta) – 12/5/1924 – Buenos Aires (Argentina)

 Darío Bottinelli (Darío Bottinelli) – 26-12-1986 Buenos Aires (Argentina)

Dominguez (Rogélio Antonio Dominguez) – 9/3/1931 – Buenos Aires (Argentina)

Doval (Narciso Horácio Doval) – 4/1/1944 – Buenos Aires (Argentina)

Fillol (Ubaldo Matildo Fillol) – 21/7/1950 – Buenos Aires (Argentina)

Gonzales (Alfredo Gonzales) – 11/3/1915 – Buenos Aires (Argentina)

Orsi (Raimondo Bibiano Orsi) – 2/12/1901 – Buenos Aires (Argentina)

Paolino (Jorge Paolino) – 12/7/1949 – Buenos Aires (Argentina)

Sanz (Rafael Sanz) – 3/5/1915 – Buenos Aires (Argentina)

Valido (Agustin Valido) – 31/1/1914 – Buenos Aires (Argentina)

Mancuso (Alejandro Victor Mancuso) – 4/9/1968 – Ciudadela (Argentina)

Naon (Arthur Naon ) – 31/12/1912 – La Plata (Argentina)

Volante (Carlos Martin Volante) – 11/11/1910 – Lanus (Argentina)

Sambueza (Rubens Omar Sambueza) – 1/1/1984 – Neuquén (Argentina)

Maxi (Maximiliano Ariel Biancucci Cuccittini) – 15/9/1984 – Rosário (Argentina)

Chamorro (Eusébio Chamorro) – 22/11/1922 – Rosário (Argentina)

Fierro (Gonzalo Antonio Fierro Caniullán) – 21/3/1983 – Santiago (Chile)

 Maldonado (Claudio Andrés del Tránsito Maldonado Rivera) – 03/01/1980 – Curiocó (Chile)

 Marcos González (Marcos Andrés González Salazar) – 9-06-1980 – Rio de Janeiro (Chile – naturalizado)

Rivera (Wagner Rivera) – 11/1/1963 – Quito (Equador)

Espanhol (José Armando Ufarte Ventoso) – 17/5/1941 – Pontevedra (Espanha)
Albert (Florian Albert) – 15/9/1941 – Hercegsszants (Hungria)

Sidney Pullen (Sidney Pullen) – 1895 (Inglaterra)

Welfare (Harry Welfare) – 22/08/1888 – Liverpool (Inglaterra)

Francisco (Francisco Miceli) – 29/5/1925 – Calabria (Itália)

Carlos Jorge (Carlos Jorge dos Santos Alves) – 15/9/1951 – Luanda (Moçambique)

Gavilan (Diego Antonio Gavilan Zarate) – 1/3/1980 – Assunção (Paraguai)

Cáceres (Juan Daniel Cáceres Rivas) – 6/10/1973 – Assunção (Paraguai)

Reyes (Francisco Santiago Reyes Villalba) – 4/7/1941 – Assunção (Paraguai)

Rivas (Severo Rivas) – 6/11/1916 – Assunção (Paraguai)

Monin (Carlos Monin Garcia) – 18/7/1939 – Concepcion (Paraguai)

Ramirez “El Tigre” (Cesar Ramirez Caje) – 24/3/1977 – Curuguaty (Paraguai)

Bria (Modesto Bria) – 8/3/1922 – Encarnacion (Paraguai)

Garcia (Sinforiano Garcia) – 22/8/1924 – Puerto Pinasco (Paraguai)

Benitez (Jorge Duílio Benitez Candia) – 23/4/1927 – Yaguaron (Paraguai)

Gamarra (Carlos Alberto Gamarra Pavón) – 17/2/1971 – Ypacarai (Paraguai)

Piekarski (Mariusz Piekarski) – 22/3/1975 – Bialystok (Polônia)

Petkovic (Dejan Petkovic) – 10/9/1972 – Majdanpek (Servia)

Rimbo (Rimbo Lundblad) – 17/5/1943 – Estocolmo (Suécia)

Peter (Peter Timko) – 13/2/1928 – Vzrohd (Tchecoslováquia)

Manicera (Jorge Carlos Manicera Fuentes) – 4/9/1939 – Montevidéu (Uruguai)

Mendoza (Carlos Anibal Mendoza) – 13/9/1945 – Montevidéu (Uruguai)

Peralta (Walter Horacio Peralta Saracho) – 3/6/1982 – Montevidéu (Uruguai)

Dario Pereyra (Alfonso Dario Pereyra Bueno) – 19/10/1956 – Sauce (Uruguai)

Ramirez (Sergio Ramirez D’Ávila) – 24/12/1951 – Treinta y Tres (Uruguai)

FERROVIÁRIA NA ARENA FONTE LUMINOSA

A Arena Fonte Luminosa, estádio municipalizado que abriga os jogos da Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara, foi inaugurada no dia 22 de outubro de 2009. Naquela oportunidade, a AFE enfrentou o Ituano, pela Copa Paulista, vencendo por 2 a 1. O primeiro gol da Arena foi consignado pelo ala/lateral Fernando Luís, de cabeça.

Jogo de inauguração da Arena

Desde então, foram 53 apresentações afeanas naquele próprio. O saldo é amplamente favorável, acusando 31 vitórias contra 15 derrotas e 7 empates. Os grenás da Morada do Sol assinalaram 84 gols e sofreram 64, livrando um belo saldo de 20 tentos.

O que mais a Ferroviária fez na Arena foi jogar pela Copa Paulista: foram 21 jogos. Pelo Campeonato Paulista da Série A2 registraram-se 17 jogos. Pelo certame paulista da Série A3, 14 jogos. E amistoso, apenas um, contra o  Santos de Neymar.

O maior público aconteceu na inauguração: 21.254 pessoas festejaram a abertura do novo palco de espetáculos com a bola.

O maior artilheiro da Ferroviária na Arena Fonte Luminosa segue sendo Leandro Miranda, que marcou dez tentos.

Leandro Miranda ( Foto: Cláudio Dias - www.araraquara.com)

Fabrício Carvalho, há pouco tempo defendendo a Locomotiva, já soma sete gols, o mesmo se dando com Danilo Martins e Tobias. Daniel deixou sua marca em seis ocasiões. Tuia em cinco e Clênio em 4. Esses foram os principais goleadores em partidas realizadas na Arena Fonte Luminosa, que segue tendo, também, a denominação de Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros.

 

(Jogo/Data/Finalidade/Artilheiros)

AFE 2 x 1 Ituano – 22.10.09 – Copa Paulista – Fernando Luís e Joel

AFE 2 x 0 Lemense – 03.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Giba e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Portuguesa Santista – 13.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 4 x 3 Juventus – 21.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Júlio César (2) e Danilo Martins (2)

AFE 1 x 2 Red Bull – 28.02.10 – Campeonato Paulista, A3 – Danilo Martins

AFE 1 x 1 São Carlos – 04.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda

AFE 4 x 0 Penapolense – 10.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda (2), Júlio César e Danilo Martins

AFE 1 x 0 Itapirense – 17.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Rodrigo César

AFE 1 x 0 XV de Piracicaba – 23.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Amarildo

 AFE 1 x 0 Batatais – 31.03.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 1 x 2 Palmeiras B – 11.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias

AFE 2 x 1 XV de Piracicaba – 21.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – Tobias (2)

AFE 2 x 1 Comercial – 25.04.10 – Campeonato Paulista, A3 – André e Leandro Miranda

AFE 3 x 0 XV de Jaú – 08.05.10 – Campeonato Paulista, A3 – Leandro Miranda, Danilo Martins e Tobias

AFE 0 x 3 Red Bull – 15.05.10 – Campeonato Paulista, A3

AFE 0 x 3 Santos – 04.07.10 – Amistoso

AFE 0 x 1 São Carlos – 18.07.10 – Copa Paulista

AFE 3 x 1 Batatais – 04.08.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez (2) e Leandro Miranda

AFE 1 x 0 Oeste – 18.08.10 – Copa Paulista – Guilherme Alves

AFE 3 x 1 Comercial – 01.09.10 – Copa Paulista – Marcelo Tevez, Daniel e Walker

AFE 3 x 2 Francana – 05.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda (3)

AFE 2 x3 Sertãozinho – 12.09.10 – Copa Paulista – Leandro Miranda e Ronaldo

AFE 1 x 0 Atlético Sorocaba – 29.09.10 – Copa Paulista – Daniel

AFE 2 x 4 Paulista – 09.10.10 – Copa Paulista – Felipe e Giancarlo

AFE 2 x 2 Grêmio Prudente – 17.10.10 – Copa Paulista – Daniel e Walker

AFE 0 x 2 União São João – 16.01.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x0 Rio Claro – 26.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia

AFE 2 x 3 Comercial – 29.01.11 – Campeonato Paulista, A2 – Tuia e Feijão

AFE 0 x 1 Grêmio Catanduvense – 05.02.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Sertãozinho – 12.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Ray e Luizinho

AFE 3 x 1 América – 23.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Luizinho, Moisés e Daniel

AFE 1 x 1 Marília – 26.02.11 – Campeonato Paulista, A2 – Moisés

AFE 3 x 4 Rio Preto – 13.03.11 – Campeonato Paulista, A2 – Raul, Cristiano e Luizinho

AFE 0 x 4 Monte Azul – 23.03.11 – Campeonato Paulista, A2

AFE 1 x 1 Velo Clube – 17.07.11 – Copa Paulista – Cesinha

AFE 1 x 0 Francana – 31.07.11 – Copa Paulista – Tuia

 AFE 2 x 3 São Carlos – 03.08.11 – Copa Paulista – Felipe Blau e Jobinho

AFE 2 x 0 Batatais – 04.09.11 – Copa Paulista – Clênio (2)

AFE 2 x 0 União São João – 18.09.11 – Copa Paulista – Tobias e Tiaguinho

AFE 4 x 1 Botafogo – 21.09.11 – Copa Paulista – Clênio, Daniel, Jobinho e Tuia

AFE 0 x 0 Comercial – 02.10.11 – Copa Paulista

AFE 0 x 3 Ituano – 08.10.11 – Copa Paulista

AFE 1 x 0 Noroeste – 22.10.11 – Copa Paulista – Tuia

AFE 1 x 0 Paulista – 26.10.11 – Copa Paulista – Wanderson

AFE 1 x 2 Comercial – 02.11.11 – Copa Paulista – Tobias

AFE 0 x 0 São José – 26.01.12 – Campeonato Paulista, A2

AFE 2 x 1 Santacruzense – 01.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Clênio e Rafael Dias

AFE 1 x 1 União Barbarense – 11.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Ricardinho

AFE 3 x 2 São Carlos – 18.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Ricardinho

AFE 3 x 2 Palmeiras B – 22.02.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2) e Jobinho

AFE 2 x 0 Rio Preto – 29.01.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho (2)

AFE 2 x 0 Velo Clube – 07.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Tatuí e Daniel

AFE 1 x 0 Rio Claro – 14.03.12 – Campeonato Paulista, A2 – Fabrício Carvalho

Praticamente classificada para a Segunda Fase do Campeonato Paulista da Série A2, a Ferroviária passa confiança à sua torcida, que, empolgada, vê com grande expectativa a possibilidade de retorno à Série
A1, de onde saiu no já distante 1996. Este ano já é o 16º sem futebol de elite em Araraquara, a não ser pela presença de grandes clubes do futebol paulista enfrentando outras agremiações que não a Ferroviária, fazendo uso assim da bela e acolhedora Arena Fonte Luminosa.

 Fonte:
Arquivo Pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

CAMISAS CAMPEÃS DA FERROVIÁRIA DE ARARAQUARA (1966 a 1969)

1966

Camisa AFE campeã da Primeira divisão 1966

Depois de dez anos na Divisão Especial do Campeonato Paulista, de 1956 a 1965, a Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara fez uma má campanha em 1965 e foi rebaixada para a Primeira Divisão. Em 1966, a cidade se uniu e a agremiação da Estrada de Ferro sagrou-se campeã da Divisão de Acesso, em decisão emocionante no Pacaembu, em duas partidas muito disputadas contra o XV de Novembro de Piracicaba. Empate de 1 x 1 no primeiro jogo e vitória por 1 x 0 no segundo e o retorno garantido. Para comemorar a volta, a Ferroviária recebeu o Cruzeiro de Belo Horizonte e empatou em 2 x 2 com o time de Tostão.

 

1967

Camisa AFE Campeã do Interior 1967

No ano da volta à Divisão Especial, a Ferroviária conseguiu sagrar-se Campeã do Interior. Além disso, participou de três torneios amistosos e os venceu. O primeiro deles foi o Torneio de Ribeirão Preto, contra Botafogo, Comercial e Náutico-PE. O segundo aconteceu em Recife, contra Náutico, Sport Recife e Santa Cruz. E o terceiro foi em Goiânia, contra Vila Nova, Goiás e Botafogo de Ribeirão Preto. No jogo de entrega das faixas de Campeã do Interior, presença do São Paulo FC em Araraquara, com vitória da Ferroviária por 3 a 2.

 

1968

Camisa AFE Bicampeã do Interior - 1968

A Locomotiva conseguiu o bicampeonato do Interior em 1968, e mais que isso: terminou o Paulistão em terceiro lugar, atrás apenas de Santos e Corinthians. E teve o artilheiro número um do campeonato, o centroavante Téia com 20 gols. Para comemorar o feito, foi realizada uma partida internacional na Fonte Luminosa, reunindo Ferroviária e Napoli da Itália. A equipe afeana estabeleceu 4 a 0 no vice-campeão italiano.

 

1969

Camisa AFE Tricampeã do Interior - 1969

Em 1969 a Ferroviária coroou a sua estupenda fase levantando o Tricampeonato do Interior, recebendo em definitivo o Troféu Folha de S. Paulo, em disputa. Na festa de entrega das faixas de tricampeã, presença do Palmeiras na Fonte e vitória da Ferroviária por 3 a 2.

Oportunamente, estaremos apresentando as campanhas da Ferroviária nos anos de 1966 a 1969.

FONTES:
Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, localizado na Arena Fonte Luminosa.
Arquivo pessoal.
Fotos tiradas no interior do Museu aludido, por Paulo Luís Micali.
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali