Arquivo da categoria: 04. Eduardo Cacella

Bouderbala, o Maestro de Marrocos em 1986!!!

Aziz Bouderbala é provavelmente o mais talentoso jogador que já teve o futebol marroquino em todos os tempos, com a categoria de bater oponentes com habilidade, agilidade e uma grande velocidade, ele cortava completamente as defesas mais fechadas como uma faca quente através da manteiga, criando possibilidades para seus companheiros de clubes ou de seleção.

Bouderbala era extremamente confiante em sua própria habilidade, e não tinha medo para tentar absolutamente qualquer coisa dentro dos gramados, era brilhante quando estava com a posse da bola, ele pode ser descrito como imaginativo, criativo e um embaixador do verdadeiro jogo de futebol.
Esteve sempre ansioso para ter a bola em seus pés, se perdesse a posse dela, trabalhava duramente para tentar recuperá-la.

Nasceu em 1960 em Casablanca, e foi no clube WAC que começou sua carreira nas categorias de base em 1979,tornou-se profissional em 1984, se transferiu para o Sion da Suiça , depois foi para o Racing Matra de Paris, mas não obteve o mesmo sucesso, por ter um físico frágil, encerrou sua carreira no Lyon também da França.

Bouderbala foi incluído na seleção da Copa do Mundo de 1986 no México quando aos 26 anos impressionou o mundo por seus muitos dribles, habilidade e dedicação em campo. Nesta Copa, Marrocos alcançou a segunda fase antes de ser batido pela Alemanha Ocidental, muito graças a Aziz Bourderbala o maestro dos Leões do Atlas e que nunca mais saiu das mentes de quem gostava de ver o futebol clássico e habilidoso.

Recentemente na Suiça, Bourdebala obteve o diploma de treinador A, antes disso em 2005 foi assistente da seleção marroquina e em 2006 assumiu o cargo de treinador do WAC Casablanca, onde não obteve muito sucesso.Atualmente o craque marroquino vive em Cincinnati nos Estados Unidos com sua esposa e três filhos.

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E a França esperou 68 anos para sua redenção!!!

Uma espera de 68 anos por uma Copa foi certamente uma injustiça cometida pelo destino com os franceses. Afinal, em 21 de maio de 1904, quando a FIFA foi fundada, já existia a idéia de um torneio de futebol que unisse os países praticantes.
E dois franceses, Robert Guerin , que se tomou o primeiro presidente da entidade e Jules Rimet estavam na linha de frente na batalha pela difusão do esporte ao ponto de ser o mais popular do planeta, como hoje. Mas curiosamente ninguém se inscreveu para o evento e ele foi cancelado.
Em 1928, porém, foi graças ao francês Jules Rimet, que propôs a criação do torneio, que foi agendada a Copa do Mundo no Uruguai. A França estreou no torneio com uma vitória de 4 a 2 sobre o México, mas acabou caindo perante a Argentina e Chile. Coube então ao Uruguai, seleção campeã olímpica em 1924 e 1928, o privilégio de ser a primeira a levantar a Copa.

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Em 1938 os franceses organizaram sua primeira Copa, mas acabaram caindo nas quartas-de-final defronte a um poderoso time italiano que partia firme para o bicampeonato.
Na Copa seguinte, em 1950, no Brasil, os franceses desistiram em cima da hora, indispostos para a longa viagem e com as altas temperaturas brasileiras.
Na Copa seguinte, na Suíça, na temperatura que os franceses julgariam ideal, os franceses não passaram de um nono lugar, saindo na primeira fase.
Em 1958, foram à Copa da Suécia com pretensões ao título e ainda tiveram o artilheiro mas acabaram sendo massacrados por Pelé.Somente em 1958 a França foi à Copa com um time com pretensões de vencedor, a começar pelo artilheiro Just Fontaine, até hoje o jogador a fazer mais gols em uma só edição da Copa. Na Suécia Fontaine balançou as redes 13 vezes. Mas nas semifinais acabaram massacrados pelo Brasil por 5 a2.

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Dali em diante, foram só decepções (não classificados em 1962, 1970 e 1974, eliminados na primeira etapa em 1966 e 1978), até surgir a geração de Michel Platini. Em 1982, ele e mais Giresse, Amoros, Trésor e Tigana levaram os Bleus a uma emocionante semifinal com a Alemanha que acabou nos pênaltis depois de uma vibrante prorrogação. Ali a decepção francesa.
Nos mesmos pênaltis, porém, quatro anos depois, em 1986 no México, eles eliminaram o Brasil em um jogo emocionante, que ficou marcado pela penalidade máxima durante o tempo normal, cobrada por Zico e defendida pelo goleiro Bats. No entanto, nas semifinais os franceses pela segunda vez cairiam diante da Alemanha.

Foram longos anos, a partir dali. A geracão campeã da Eurocopa-84 estava se despedindo e a França entrou em um processo de renovacão e investimento, mas ficando fora das Copas de 1990 e 1994. Na primeira em 1990, não se classificou por causa de uma derrota para Israel.Mas os frutos acabaram sendo colhidos em 1998, quando se vingaram em definitivo da derrota de 1958 quando mais uma vez jogando em casa derrotaram o Brasil por 3×0.

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Fonte:Guia da Copa 2002

Equipes campeãs gaúchas!!!!!

PARTE 1

1919 -Brasil PE – Frank, Nunes e Ari, Floriano, Pedro e Babá, Farias,Ignácio e Proenca, Alberto e Alvariza.

1920 – Guarany BA – Feio, Granja e Seixas, Levi, Argeu e Olivella,Indio e Grecco, Ruival, Rui e Fortunato.

1921 – Grêmio – Lara, Py e Neco, Gertum, Dorival e Assumpção, Meneghini, Lagarto, Bruno, Ramão e Loureiro.

1922 – Grêmio – Lara, Py e Neco, Meneghini, Dorival Fonseca e Sardinha, Leo, Lagarto, Honório Totte, Ribeirinho e Ramão.

1925 – Bagé – Júlio Amaral, Fortunato e Antônio, Misael, Moreira e Machado, Leonardo, Pasqualito, Oliveira, Argeu e Amaral.

1926 – Grêmio – Lara, Sardinha e Adroaldo, Pitoco, Adão e Carrilho, Domingos, Coró, Luiz Carvalho, Esperança e Nenê.

1927 – Internacional – Môeller, Grant e Meneghetti, Ribeiro, Paulo e Lampinha, Veiga, Barros, Rose, Miro e Nenê.

1928 – Americano – Alegrete, Heitor e Luiz Luz, Malério, Barulho e Delorenzi, Fernando, Totte, Hugo, Joãozinho e Vitor Hugo.

1929 – Cruzeiro – Chico, Espir e Hugo, Totte, Emílio e Salatino, Ferreira, Torres, Nestor, Germano e Campão

1930 – Pelotas – Bordini, Dano e Grant, Coi II, Martial e Tritão, J. Pedro, Torres, Tutu, Mario Reis e Chico.

1931 – Grêmio – Lara, Dario e Sardinha 1, Mabilia, Poroto e Russo, Artigas, Amâncio, Foguinho, Luiz Carvalho e Nenê

1932 – Grêmio – Lara, Dario e Sardinha 1, Heitor, Poroto e Sardinha II, Laci, Artigas, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê

1933 – São Paulo RG – Odoico, Valentim e Fernando, Guido, Darci Encarnação e Riquinho, Arquimino, Cardeal, Oscar, Balester e Scala

1934 – Internacional – Penha, Natal e Risada, Garnizé, Poroto e Levi, Chato, Tupã, Mancuso, Cavaco e Darci Encarnação

1935 – 98 Reg. Infantaria PE – Brandão, Jorge e Chico, Rui, Itararé e Celistre, Berila, Bichinho, Cerrito, Cardeal e Gasolina.

1936 – Rio Grande – Munheco, Fruto e cazuza, Juvêncio, Chinês e Roberto, Ernestinho, Carruíra, Souza, Marzol e Pesce.

1937 – Grêmio Santanense – Brandão, Alfeu e Pedro Seringa, Garnizé, Mascarenhas e Pepe Garcia, Zorrinho, Beca, Cabeça d’Água, Hortêncio Souza e Tom Mix

1938 – Guarany de Bagé – Jorge, Jorjão e Gancho, Dini, Balão e Fidelcino, Picão, Libinho, Medina, Salvador Rubilar e Quesada

1939 – Riograndense RG – Brandão, Cazuza e Armando, Pelado, Pacheco e Mariano, Osquinha, Carruíra, Cardeal, Chinês e Piá

Fonte:Anuário do Futebol Gaúcho

Correção capixaba!!!

Amigos outro dia o Rodolfo Stella me perguntou se eu não tinha o escudo do CEUNES que jogou o capixabão de 1977.Bom, fui dar uma pesquisada e descubri algumas coisas interessantes. Primeiro a um erro ortográfico no nome do clube CEUNES, não significa Clube Esportivo UNIVERSITÁRIO do Espírito Santo com sede em Vitória mas sim CENTRO ESPORTIVO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DO ESPIRITO SANTO com sede na cidade de São Mateus.
Li documentos do CEUNES e na verdade ele é um braço da UFES, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO, esta sim com sede em Vitória.Ainda disputa em outros esportes amadores, no futebol não atua mais.Nestes documentos consegui um escudo do CEUNES, da universidade não da equipe de futebol.
Posso estar equivocado mas em 1977, acho muito improvável a equipe ter feito um escudo específico para o futebol, nesta época não era raro equipes usarem camisas sem escudo e minha experiência no assunto me mostrou que Universidades sempre deixam a sua marca aparecer.Portanto eu irei agregar a Soccer Logos e a meus arquivos e vai ficar na margem de erro, 50% de ser o certo ou 50% de ter um específico.Ele não é inventado, retirei de um documento.
Se alguém possuir alguma outra fonte..ficaremos no aguardo.

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América, campeão carioca de 1913!!!

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O ano de 1913 foi um ano agitado no América, com muitas alegrias e algumas decepções. O fato marcante foi a conquista do título máximo, pela primeira vez na história do clube, assunto que merece, por isso, prioridade em nosso relato.
O campeonato foi difícil e disputadíssimo. Participaram, na ordem da classificação final obtida, América, Botafogo e Flamengo, Paissandu, Fluminense, São Cristóvão, Atlético Clube, Rio Cricket, Esporte Clube Americano, Bangu e Mangueira. Os três últimos, de acordo com a nova regulamentação do certame, foram desclassificados ao fim do 1° turno e não participaram da segunda etapa.

Eis um ligeiro resumo da vitoriosa campanha:

1° jogo: Foi no sábado 3 de maio que estreamos no campeonato, vencendo amplamente em Campos Sales ao Americano por 9 x 1. Nossa equipe estava formada por Marcos, Belfort e Luís; Mendes, Jônatas e Lincoln Soares; Witte, José Moreira da Silva (o Juquinha), Ojeda, Álvaro Cardoso e Celso Pedra Pires
(o Aleluia). Os tentos foram assinalados por Álvaro (3), Juquinha (3), Ojeda (2) e Aleluia. Como novidade, foi nessa partida adotado o sistema de separarem-se as torcidas dos dois contendores: a diretoria do América, para evitar os costumeiros desentendimentos entre assistentes, reservou um setor nas arquibancadas, isolado por grossas cordas, para os associados do clube. A medida teve excelente receptividade, tanto que foi imitada, a partir de então, nos demais campos da cidade.

2° jogo: No dia 11 de maio, no campo do Fluminense, derrotamos ao Mangueira por 5 x 0. O placar dilatado não diz como foi difícil a partida, sobretudo na primeira etapa, quando, ajudados pelo árbitro, os mangueirenses opuseram tenaz resistência, não nos permitindo obter mais do que a vantagem mínima. Na fase complementar é que, melhor entrosado, o ataque rubro marcou os quatro tentos que consolidaram o triunfo. A equipe foi a mesma da semana anterior e os tentos foram consignados por Ojeda (2), Juquinha, Aleluia e Álvaro.

3° jogo: O São Cristóvão compareceu a Campos Sales credenciado por brilhante vitória, obtida na rodada anterior sobre o Flamengo. Mas não conseguiu resistir à maior pujança do time americano. Vencemos, com tranqüilidade, por 7 x 1, a 18 de maio. No lugar de Álvaro, estreou Osman Medeiros, dono de possante canhota, que, comprovando suas qualidades de artilheiro, foi o autor de dois gols.
Os outros foram assinalados por Juquinha (3), Jônatas e Witte.

4° jogo: Com a equipe completa (Gabriel reapareceu no lugar de Osman), pela primeira vez no campeonato, a 1° de Junho, defrontamos o poderoso Fluminense, em seu próprio campo, à Rua Guanabara. Foi um dos mais sensacionais confrontos do certame, e terminou com a vitória dos rubros por 3 x 1. Gabriel fez dois gois e Ojeda completou o escore.

5° jogo: Esse era um dos compromissos mais temidos, menos pelo valor técnico do Rio Cricket, do que pelo mal hábito que os chamados “ingleses de Niterói” tinham, de jogar sempre bem contra nós.Realizou-se a 8 de junho, em nosso campo. De fato, com seu goleiro em dia de graça e ajudados pelas copiosas chuvas que alagaram o gramado, nossos adversários venderam caro a derrota, não nos permitindo ir além de um modesto 1 x 0. Gabriel foi o marcador. Osman jogou no lugar de Aleluia, na ponta esquerda.

6° jogo: Ao Botafogo coube quebrar nossa invencibilidade, derrotando-nos, em General Severiano, a 6 de julho, por 2 x 0. Jogamos completos, isto é, com Marcos, Luís e Belfort; Mendes, Jônatas e Lincoln; Witte, Juquinha, Ojeda, Ga¬briel e Aleluia.

7° jogo: Em Campos Sales, a 3 de agosto, contra o Bangu. Não tivemos maior dificuldade em sobrepujar o alvirrubro por 3 x 0, tentos de Ojeda, Luís e Aleluia. Juquinha, lesionado, não jogou, sendo substituído por Osman. Só na derradeira partida do certame, aliás, voltamos a contar com a participação do nosso dedicado meia-direita.

8° jogo: Ainda em Campos Sales, a 10 de agosto, sob forte temporal, vencemos ao Paissandu por 3 x 0. A equipe foi a mesma da semana anterior, cabendo a feitoria dos tentos a Gabriel (2) e Ojeda.

9° jogo: Encerrando o 1°turno, enfrentamos, no dia 31 de agosto, em Campos Sales, ao Flamengo, derrotando-o por 1 x 0. Foi uma das vitórias mais difíceis, decidida graças a certeira cabeçada de Ojeda. A saída simbólica, para o 2.° tempo, foi dada pelo Dr. A. Irarrazagabal, Ministro do Chile, por convite especial dos litigantes.O certame foi, então, interrompido, durante o mês de setembro, para que pudéssemos hospedar a seleção chilena.

Nossa primeira apresentação, no returno, estava marcada para 5 de outubro, quando enfrentaríamos o São Cristóvão. Acontece, entretanto, que o clube alvo indicou para local da partida o terreno público da então Praça Marechal Deodoro, conhecido ainda hoje como Campo de São Cristóvão. Era um campo sem a menor segurança, onde, sete dias antes, se desenrolaram cenas lamentáveis, com brigas, invasão do gramado, etc.
O América, muito justificadamente, recusou-se a comparecer. Até porque, a própria Liga tinha por princípio não aprovar campos que não fossem cercados, e não era certo abrir exceção em prejuízo do América, a quem, em 1910, ela recusara referendar o campo da Rua Sergipe. A celeuma foi enorme e só tivemos ganho de causa devido à ação enérgica dos dirigentes rubros. Nova partida foi marcada para 23 de novembro, ao término do campeonato.

10° jogo: Foi contra o Fluminense, a 12 de outubro, em, Campos Sales. Fizemos um primeiro tempo avassalador, marcando ampla vantagem por 4 x 1. Na etapa final, entretanto, o adversário reagiu e, não fora a extraordinária atuação de Marcos, talvez a vitória até nos escapasse. O resultado final foi de 5 x 4, a nosso favor, gols de Osman (2), Ojeda, Gabriel e Witte. Segundo a opinião geral dos jornais da época, o primeiro gol do Fluminense foi um presente do árbitro, pois a bola não chegou a ultrapassar a última linha.

11°jogo: Outra vez, o Botafogo interrompeu nossa marcha vitoriosa, a 26 de outubro, derrotando-nos, em General Severiano, por 1 x 0. Marcos falhou no tento alvinegro, mas o peso da derrota deve ser repartido com o ataque, cuja produção, nessa tarde, foi decepcionante. Nossa equipe foi a mesma da partida contra o Fluminense: Marcos, Luís e Belfort; Mendes, Jônatas e Lincoln; Witte, Gabriel, Ojeda, Osman e Aleluia.

12° jogo: Marcado para 1.° de novembro, deixou de ser realizado, porque o adversário, o Paissandu, fez, antecipadamente, a entrega dos pontos.

13° jogo: Não foi sem receio que atravessamos a Baía de Guanabara, para enfrentar o Rio Cricket, a 9 de novembro. Chovia a cântaros, o que não era novidade. Pior é que estávamos desfalcados de Jônatas e Aleluia. Seus substitutos foram, respectivamente, De Paiva e Paula Ramos, dois nomes que evocamos com a mais comovida emoção, símbolos que vieram a se tornar do entusiasmo e do ardor na defesa do América. A duras penas, vencemos por 2 x 1, gois de Osman e Paula Ramos.

14° jogo: A 18 de novembro, no campo do Botafogo, sofremos a terceira derrota, na temporada. Caímos diante do Flamengo por 1 x 0. Jogamos sem Jônatas, que, aliás, não disputou nenhuma outra partida nesse campeonato, sempre substituído por De Paiva.

15° jogo: Mesmo com a derrota para o Flamengo, continuamos na liderança e bastaria um empate, no derradeiro compromisso, para termos garantido o cobiçado laurel de campeões cariocas de 1913. Faltava-nos enfrentar o São Cristóvão, em cumprimento à partida transferida do dia 5 de outubro.
Mas os grandes interessados eram o Flamengo e o Botafogo, que, distantes dois pontos do primeiro posto, que ocupávamos, isolados, torciam para um descuido do América, que lhes permitiria igualarem-se a nós, em um tríplice empate.
A partida foi jogada no campo do Botafogo, a 23 de Novembro. Sem Marcos, Luís, Mendes, Jônatas e Aleluia, que, por motivo que não tardaremos a revelar, deixaram de comparecer ao campo, tivemos de improvisar a equipe: César Fagundes, Paula Ramos e Belfort; De Paiva, Lincoln e Berthelot; Witte, Juquinha, Ojeda, Osman e Gabriel. A derrota, por 1 x 0, nessas condições, não chegou a surpreender.

Mas não foi o fim de nossas esperanças. Essas ressurgiram, dois dias depois, ao ser comprovado que nossos adversários haviam incluído um jogador não registrado na Liga, José Amarante Camarinha Filho, fazendo-o passar por seu irmão Artur, este, sim, legalmente inscrito. A diretoria americana agiu pronta e eficazmente na defesa dos interesses do clube. Impetrou enérgico recurso, fundamentado em duas provas irretorquíveis: o testemunho do próprio presidente da Liga, a quem José Camarinha confessou a fraude; e a súmula do jogo, rasurada, na calada da noite, com a anteposição de um “A” ao nome do jogador, que o capitão do time, conforme o costume, grafara abreviadamente, como “Camarinha” apenas.

O julgamento foi marcado para a noite de 26. Segundo o Correio da Manhã, do dia seguinte, “uma verdadeira multidão de desportistas interessados na solução do caso acotovelava-se na pequena sala da LMSA e nos seus corredores”. Também na sede do América, a expectativa era imensa. Os debates foram acalorados, após os quais ficou aprovada a anulação da partida, por 8 votos contra 2. Discordaram, apenas, o Vila Isabel Futebol Clube e o próprio América, que pleiteava, como direito líquido e certo, os dois pontos, conforme rezavam os estatutos da Liga.
A nova partida foi marcada para 30 do mesmo mês de novembro, no campo do Fluminense. Com as tribunas completamente lotadas, disputou-se, então, renhido combate, à altura de sua importância. O América formou apenas sem Jônatas: Marcos, Luís e Belfort; Mendes, Lincoln e Berthelot; Witte, Gabriel, Ojeda, Juquinha e Aleluia. Aos 8 minutos do primeiro período, Gabriel marcou o único tento do cotejo, dando a vitória e, mais do que ela, o título de campeão carioca de 1913 ao América.

Fonte:Campos Salles,118

PARANAVAÍ, o vermelhinho do Fim da Linha

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O famoso ACEPÊ,ou Vermelhinho do fim da linha, por ser na época o último clube de futebol profissional na região Noroeste do Estado, deixou saudades de sua época de ouro, quando era praticamente imbatível em seus domínios.

Fundado em 14 de março de 1946, passou a maior parte de sua história na Segunda Divisão estadual, ou mesmo licenciado, acabando substituído por outros clubes da cidade.
Quando disputou campeonatos, a equipe foi campeã da Segunda Divisão em 1967, 1983 e 1992, vice em 2003 e campeã em 2007.

O Paranavaí desfruta de um dos principais patrimônios no interior do Estado: o estádio Waldomiro Vagner – o Felipão, em homenagem ao antigo prefeito Rubens Felipe saudoso desportista que foi um dos baluartes da história do querido clube, de propriedade do município e com capacidade para 25 mil pessoas. A arquitetura do estádio é uma réplica do Coliseum, de Los Angeles, e foi inaugurado pela Seleção Brasileira, em 1992, quando o Brasil derrotou a Costa Rica por 4 a 2.

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Em 1960, a equipe que se destacou foi; Viraci, Polaco, Periquito, João Preto, Ferreira, Osmar e Alemão; Danúbio, Paraná, Padreco, Reis e Pedrinho. Destaques: O goleiro Viraci, considerado um dos melhores do Estado, atuou pelo Grêmio de Maringá, São Paulo de Londrina, Apucarana FC e outras equipes do interior.

Periquito, um dos melhores zagueiros da história, assim como João Preto. Danúbio, ponta-direita, atuou no Grêmio de Maringá. Padreco jogou no Operário de Ponta Grossa, no Ferroviário de Curitiba e em diversas equipes do Paraná. Reis jogou no Coritiba FC, tendo sido campeão paranaense em 1968/69.

Outros destaques foram as equipes de 1961 Mangaba, Polaco, Américo, Ayala, Reis e Vitor; Danúbio, Ramom, Paraná, Pelezinho. De 1962; Veludo, Polaco, João Preto, Américo, Ditinho e Vitor. Maninho, Tião Medonho, Ranulfo e Laurinho. De 1963; Mangaba, Eraldo, João Preto, Polaco, Ditinho e Tatu. Damoriê, Tião, Bahia, Osvaldinho e Jurandir. E de 1964 com Fernando, Periquito, Polaco, Vitor, Alduino, João Preto, Memê, Ditinho, Tião Medonho, Ranulfo e Laurinho.

Em 2003, o time fez jus à grandeza do estádio. Com um time que teve como base jogadores rodados no interior paranaense, como o meia Júlio e os atacantes Neizinho e Aléssio, o ACP foi o vice-campeão paranaense, perdendo apenas um jogo durante toda a campanha: o último, por 2 x 0, para o Coritiba, no Couto Pereira. No dia seguinte à derrota na capital, Paranavaí recebeu o Vermelhinho como se a equipe tivesse erguido o troféu, como reconhecimento pela heróica campanha.

Em 2007, conquistou o 1º título estadual da Primeira Divisão, sem perder uma única partida no campeonato jogando contra os times da capital, após empatar sem gols com o Paraná Clube, na Vila Capanema.

Esse título foi o primeiro de uma equipe do interior do estado sobre uma equipe da capital desde que o extinto Grêmio Maringá sagrou-se campeão, em 1977, sobre o Coritiba.

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FONTE: Site Oficial e Interior Bom de Bola