Arquivo da categoria: Escudos

Cordeiros Futebol Clube – São Gonçalo (RJ): Fundado em 1922

O Cordeiros Futebol Clube é uma agremiação da cidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. O Alvinegro de Santa Isabel foi Fundado no dia 17 de Julho de 1922, e a sua Sede e o Estádio José Jorge Cordeiro, ficam localizados na Estrada da Fortuna, nº 111, no Bairro de Santa Izabel, no Distrito de Monjolos, na zona leste de São Gonçalo.

O Cordeiros foi um assíduo participante do Campeonato Citadino de São Gonçalo. Durante muito tempo, o clube foi apoiado pela antiga Viação Santa Izabel. Mas com a falência da empresa de ônibus, o clube acabou encerrando as suas atividades futebolísticas.

Porém, o seu campo, que conta com iluminação e vestiários subterrâneos que dão acesso ao gramado, ainda é utilizado pela Liga Gonçalense de Desportos para a realização de campeonatos amadores e torneios das divisões de base.

O momento que mais marcou o Cordeiros aconteceu no ano de 1972. Mané Garrincha tinha “pendurado as chuteiras” um ano antes, e, a diretoria do clube gonçalense fez um grande esforço para que o craque bicampeão mundial jogasse, mesmo que num amistoso, pelo clube.

Após conseguir o apoio dos produtores de laranja, da região (muito forte e conceituada, naquela época), finalmente o objetivo foi alcançado. A partida foi contra o grande rival do Cordeiros: Pachecos Futebol Clube.

Com o estádio superlotado o jogo se encerrou prematuramente aos 15 minutos do segundo tempo, devido a um forte temporal, com o placar de 2 x 0 favorável ao Cordeiros. Garrincha marcou um gol numa cobrança de falta. A partida foi arbitrada por José Silveira.

 Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=dINzU1I8pg4

FONTES & FOTOS: Futebol Gonçalense – Papo Esportivo – Retratos do Futebol Fluminense – Flickr

Esporte Clube Potiguar – Mossoró (RN) – Bicampeão Citadino de 1951-52

O Esporte Clube Potiguar (que revelou Dequinha, centro-médio do Flamengo) se sagrou Bicampeão do Campeonato Citadino de Mossoró (RN). O título veio ao golear o Salinista por 7 a 0.

O time acima posado. EM PÉ (da esquerda para a direita): Alírio, Romildo, Mimi, Edilson, Gute e Aristóbulo. AGACHADOS (da esquerda para a direita): Dinha, Vila, Cachorrinho, Aurino e Nenê.
FONTES: Revista Sport Ilustrado 

Foto Rara, de 1952: Nacional Atlético Clube – Capivari Baixo (SC)

O Nacional Atlético Clube foi uma agremiação do Município de Capivari Baixo (SC). Foi Fundado em 26 de Setembro de 1949, por empregados da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Da fundação até 1961, o clube era alviverde. A partir de 1962, com a inauguração do seu estádio trocou para  alvi-grená.

HISTÓRIA
Foi na Era Vargas que o sul de Santa Catarina recebeu maiores investimentos econômicos e, conseqüentemente, político. Um destes investimentos foi a chegada da CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, no bairro de Capivari de Baixo, que provocou grandes modificações nos cenários econômico, político e social no distrito. Porém, outro cenário muito importante para todos os brasileiros também recebeu grade destaque com o início das atividades da CSN: o futebol.

Com a CSN em “pleno vapor”, algumas pessoas ligadas à companhia começaram a pensar na fundação de uma agremiação esportiva com o intuito de entreter o povo capivariense. Foi neste contexto que empregados da CSN fundaram, em 14 de julho de 1943, o primeiro clube de futebol de Capivari: o Siderurgia Atlético Clube. Com uniforme inspirado no clube alvinegro carioca Botafogo e mais tarde adotando as cores azul, branca e vermelha, o Siderurgia tornou-se o imponente “tricolor de Capivari”, com sede no antigo restaurante da companhia.

Considerando o fato de que o futebol, além de mania nacional, é feito de rivalidades (o que o torna ainda mais emocionante), surge o arquirrival do Siderurgia: o Nacional Atlético Clube, fundado em 1949, também por empregados da CSN. Suas cores eram o verde e o branco, e o campo era o mesmo do Siderurgia, havendo um revezamento durante a semana para a realização dos jogos.

Em 1956, os dois rivais disputaram pela primeira vez o campeonato da cidade de Tubarão, com Hercílio Luz, Ferroviário e Grêmio Cidade Azul. Por não possuírem campo fechado, o Siderurgia jogava no campo do Hercílio e o Nacional no campo do Ferroviário.

Depois do 1º clássico capivariense, com vitória de virada de 5 a 2 do Siderurgia, alguns torcedores e dirigentes do Nacional invadiram a sede do vencedor. Somente o diretor geral da CSN foi quem conseguiu acabar com a briga de dirigentes e torcedores.

Por conta da grande rivalidade e do jogo histórico, as divergências continuaram. Com a chegada do Engº Lírio Búrigo, de Miguel Ximenes de Melo e de outros altos dirigentes da CSN, que se encontravam nas instalações da empresa, as coisas logo foram resolvidas, ali mesmo, no Clube Siderurgia.

Depois de ouvir as duas partes, os dirigentes da CSN resolveram cortar a subvenção que mantinha com ambos os clubes e exigiu que o Nacional ficasse com a parte esportiva e o Siderurgia com a recreativa.

Apesar de insatisfeitos, os integrantes do Clube Siderurgia acataram a ordem e transformaram sua sede em um salão de festas e bailes para a comunidade. Já o Nacional ganhou da companhia um estádio com dimensões oficiais com toda a estrutura necessária para dirigentes, jogadores e torcedores. Concluído em 10 de julho de 1960, o estádio recebeu o nome do diretor geral de Santa Catarina da CSN: Estádio Engº Lírio Búrigo.

O Nacional passou a usar a cor grená e branca e recebeu iluminação cedida pela CSN no final do ano de 1962. No final da década de 60, com a passagem da CSN para a Carbonífera Próspera, o Nacional voltou a ser um time amador permanecendo até hoje.

Esta combinação entre CSN e futebol na Era Vargas causou grandes transformações para a sociedade capivariense. A companhia patrocinou o futebol em uma região que até então era pouco conhecida e povoada, fazendo desta mania nacional um produto de entretenimento e lazer para o povo batalhador de Capivari de Baixo. Futebol também é história.

 
FONTES: Revista Sport Ilustrado – Jornal NortiSul