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Volta Redonda Futebol Clube – Volta Redonda (RJ): Uniforme de 1977

 

HISTÓRIA DO CLUBE

 

Sua camisa, seu escudo, suas cores, sua história…

A criação do Tricolor do Aço se confunde com a história da política nacional e do esporte no estado do Rio de Janeiro. Tais características justificam o grande amor dos torcedores apaixonados pelo Voltaço.

Na década de 70, Volta Redonda foi considerada Área de Segurança Nacional. Vivíamos em plena Ditadura Militar, tempo de muita repressão política e forte censura. Como fazer para oferecer um pouco de lazer aos milhares de operários da CSN, afastando a possibilidade de movimentos grevistas, por exemplo? O futebol sempre foi o esporte de maior apelo popular do país e na Cidade do Aço não seria diferente. Desde 1945, quando foi criada a Liga de Desportos de Volta Redonda, os campeonatos amadores na cidade eram organizados pela Companhia. No final da década de 40, o presidente da CSN, general Sylvio Raulino de Oliveira, resolveu financiar a construção de um estádio que abrigasse as partidas de futebol da cidade. Na obra que acabou batizada com o nome do seu idealizador, foi utilizado o aço da Siderúrgica para a estrutura das pequenas arquibancadas. No entanto, em 1959, a CSN resolveu delegar, em regime de comodato, a administração do estádio Raulino de Oliveira ao Guarani Futebol Clube, tradicional time amador da cidade.
Voltando ao campo político, em 1975, pouco depois de assumir a Presidência da República, o general Ernesto Geisel manifestou o interesse de unir os estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. Desde 1960 a capital havia sido transferida para Brasília e o Rio deixado de ser Distrito Federal. A proposta foi aprovada no Congresso sem maiores problemas em 1º de julho de 1975, e tudo foi feito muito rapidamente. Hoje, trinta anos depois, ainda existem muitas dúvidas quanto a viabilidade política e econômica desta polêmica fusão.

No futebol do Rio de Janeiro e da Guanabara havia federações e campeonatos distintos. A Federação Fluminense de Desportos, fundada em 1925, organizava um torneio disputado por equipes do então Estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói. De 1951 até 1975, foi disputado oCampeonato Fluminense de Futebol com equipes como o Fonseca, de Niterói, o Central Sport Clube, de Barra do Piraí, além do Goytacaz, Americano e Rio Branco, de Campos, entre outros.

A Federação Carioca de Futebol, oriunda da Liga Metropolitana de Football, era bem mais antiga. O seu primeiro campeonato foi disputado em 1906 e teve o Fluminense Football Club como campeão. Neste certame só participavam equipes do atual município do Rio de Janeiro. A única exceção era o Canto do Rio, de Niterói, que disputou a competição entre 1941 e 1964.

Com a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, era inevitável a unificação também das duas entidades. Já em meados de 1975, abriu-se a possibilidade da participação de três clubes do interior no Campeonato Carioca do ano seguinte. Assim, foi realizada uma verdadeira peregrinação nas ligas e nos clubes do estado para a escolha das equipes do interior que participariam do campeonato. Visitou-se Volta Redonda, Resende, Barra Mansa, Vassouras, Valença e, também, as cidades do Norte Fluminense como Campos eItaperuna. Vale lembrar que o processo de união definitiva das duas entidades foi concluído somente em 1979.

O Dr. Guanayr de Souza Horste era presidente do Clube de Regatas Flamengo de Volta Redonda e tinha o sonho de ver seu time noCampeonato Carioca, representando a cidade. Ele era assessor do prefeito Nélson Gonçalves e muito amigo de Eduardo Vianna, ex-presidente da Federação Fluminense de Futebol. Mantendo ótimo relacionamento com o dirigente, Guanayr queria transformar seu sonho em realidade. Na época, o único clube com atividade de futebol profissional na cidade era o Flamenguinho, como era carinhosamente chamado, fundado em 1972. Outros clubes como oGuarani Esporte Clube e a Associação Atlética Comercial dedicavam-se apenas as atividades sociais. Dessa forma, tudo parecia caminhar para a indicação do rubro-negro local no certame.

Em outubro de 1975, o prefeito Nélson Gonçalves entrou em contato com Otávio Pinto Guimarães, presidente da futura Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, propondo a melhoria no estádio Raulino de Oliveira, onde o clube da cidade mandaria suas partidas. A praça de esportes, construída no final da década de 40, pertencia a CSN que a havia cedido, em comodato, ao Guarani Esporte Clube. Diante da sinalização positiva da federação e com o aval da estatal revogando a cessão do Raulino, em 5 de janeiro foram iniciadas as obras no estádio. Os operários trabalharam 24 horas por dia até a instalação de arquibancadas tubulares, aumentando a sua capacidade de 5 mil para 25 mil pessoas.

A sede social do Flamengo de Volta Redonda, na Vila Americana, conhecida como Castelinho, recebeu vários jogadores emprestados peloVasco da Gama, Flamengo, Fluminense e América que começaram a treinar sob o comando-técnico de Paulinho de Almeida e a supervisão de Flávio Costa. Porém, não faltaram pessoas influentes da cidade para indicar jogadores e as despesas começaram a aumentar.

Por outro lado, no campo político existiam dois partidos. De um lado a ARENA, situação, e do outro o MDB, oposição. Coincidentemente, o presidente da ARENA era o almirante Heleno de Barros Nunes, também presidente da Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF. Nos bastidores ficou acertada a participação do novo clube também no Campeonato Brasileiro. Todo parecia caminhar bem, mas por determinação do almirante Heleno Nunes deveria haver a troca do nome. “Já basta um Flamengo no mundo”, disse o dirigente, vascaíno confesso. Numa reunião na prefeitura municipal, Guanayr Host chegou a aceitar a mudança para Clube de Regatas Volta Redonda, desde que fossem mantidas as cores preta e vermelha. Pouco depois, novas exigências da CBD desfizeram todos os acordos anteriores.

O campeonato se aproximava, as obras no Raulino seguiam a todo vapor, mas um grande ponto de interrogação pairava no ar. No meio deste imbróglio surgiu um fato novo. Diante do impasse criado, foi aprovada na Câmara Municipal uma moção indicando a Associação Atlética Comercial como representante de Volta Redonda no campeonato estadual. Todos os jogadores, que treinavam há 15 dias na sede do Flamengo, foram para o Comercial. Junto com eles, as despesas de salários, alimentação, hospedagem e material esportivo. Com uma semana de treinamentos o conselho deliberativo do Comercial constatou que os gastos eram incompatíveis com a receita e o patrimônio do clube.

Diante da escolha, as duas equipes de Campos que participariam do Campeonato Carioca – Americano e Goytacaz – a FERJ não poderia esperar mais por Volta Redonda. No dia 9 de fevereiro de 1976, aconteceu uma reunião definitiva, na sede da Federação Carioca de Futebol, para definir esta situação. Estavam na Rua da Ajuda, a diretoria do Flamengo, do Comercial, o prefeito Nélson Gonçalves, além do próprio almirante Heleno Nunes e o presidente da Federação Otávio Pinto Guimarães. O encontro transcorreu em meio a muitas discussões e pouco entendimento. Foram horas de muita tensão e até ameaças de enquadramento de alguns dirigentes mais exaltados no AI-5.

Quando tudo parecia caminhar para mais um impasse, prevaleceu o bom-senso e aconteceu o tão esperado acordo. Surgia o Volta Redonda Futebol Clube com as cores – preta, branca e amarela – e o distintivo inspirado no município. Enfim, a cidade teria o seu representante no Campeonato Carioca que começaria em pouco mais de um mês. Foi indicado o Conselho Diretor composto por dois representantes da prefeitura, dois do Flamengo e dois do Comercial. Ysnaldo dos Santos Gonçalves, irmão do prefeito, foi escolhido para ser o primeiro presidente. A primeira partida do Volta Redonda no estadual foi uma vitória épica de 3 a 2 sobre o Botafogo, no Raulino, seguida de uma grande festa na cidade, mas isso é outra história…

 

FONTES: Revista Placar – Site do Clube

Nova agremiação na esfera profissional: P.F.C. (Pituaçu Futebol Clube) Cajazeiras – Salvador (BA)

O P.F.C. (Pituaçu Futebol Clube) Cajazeiras é uma agremiação da belíssima cidade de Salvador (BA).A sua Sede administrativa fica situada na Avenida Luís Viana, 13.223 / Bloco Angar 2 / Sala 214, no Bairro de São Cristóvão, em Salvador. Originalmente as suas cores eram o verde e amarelo, mas depois optaram em trocar pelo preto, branco e amarelo. Fundado em 2013, pelo ex-jogador Igor Manassés com passagens em clubes brasileiros e internacionais, e atualmente empresário, presidente da ONSOCCER Brasil, e diretor da instituição social Manassés.

O PFC Cajazeiras que se prepara para disputar o Campeonato Baiano da Segunda Divisão. Segundo Manassés, a proposta é investir em talentos oriundos do estado, “Tivemos em Portugal, e percebemos que existem muitos baianos jogando,do mesmo jeito em São Paulo e no Rio de Janeiro, por isso decidimos investir na Bahia, e atrair os talentos dessa terra“, explicou Igor Manassés.
Este ano, o PFC Cajazeiras já está sentindo o gosto de participar da esfera profissional. O clube participou da VIII Copa Governador do Estado da Bahia de 2016. Com a presença de 8 (oito) clubes, a competição foi dividida em dois grupos de quatro.

O PFC Cajazeiras terminou na 3ª colocação do Grupo 2, com uma vitória e duas derrotas e acabou de fora, da fase semifinal. Neste momento, a competição se encontra na final. No jogo de ida, o Vitória da Conquista, jogando como visitante, derrotou o Jacobina por 2 a 0. Neste domingo, (20/11/2016), acontecerá o jogo de volta, às 16 horas, no Estádio Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista, onde os donos da casa podem até perder por um gol de diferença que mesmo assim ficará com o título.

 

 

FONTES: Pindobaçu News – Fala Cajazeiras – Cajazeiras News – Federação Baiana de Futebol (FBF)

Foto Rara, de 1975: Alagoinhas Atlético Clube – Alagoinhas (BA)

O Alagoinhas Atlético Clube é uma agremiação da cidade de Alagoinhas (BA). Após análises dos sucessivos sucessos dos campeonatos de futebol amador da cidade de Alagoinhas, em que destacavam-se o Grêmio, Ferroviário, Agulha, Juventus, Botafogo e Gato Preto, e das participações da Seleção Alagoinhense nos campeonatos intermunicipais de seleções, com a inauguração do Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro (Estádio Antônio Carneiro – o Carneirão), os desportistas de Alagoinhas, resolveram fundar e inscrever um clube para disputa do Campeonato Baiano de Futebol.

Um novo Clube, que unificasse todos os amantes de futebol da cidade sob uma só bandeira, assim surgiu o Alagoinhas Atlético Clube, Fundado no dia 02 de Abril de 1970, e a sua Sede fica localizada na Praça Professor Mário Laerte, s/n, no Centro de Alagoinhas.

Sócio fundador, conselheiro e torcedor apaixonado, Saturnino Peixoto Pinto concentrou seu poder de imaginação para criar o escudo do Atlético, clube de seu coração e, explicando seu significado:“O escudo é de forma circular e sua periferia é contornada por uma roda dentada em esmalte sable (preto), significando pela forma, o trabalho e, pela cor, a prudência e o poder. Segue-se a faixa concêntrica em metal prata (brancol), significando pureza e paz, Nessa faixa está colocada a legenda Alagoinhas Atlético Clube, sendo separada por três estrelas que representam os elementos da natureza: Terra, Água e Ar. O círculo central, em esmalte galês (vermelho), significa soberania e luta e nele está localizada as letras “AAC”, de traçado concêntrico e em metal prata (branco)”.

Para a festa que a cidade de Alagoinhas preparou para inauguração do Estádio do Carneirão em 24 de janeiro de 1971, com o jogo Bahia 3 – 1 Corinthians (que tinha como principal atração o tri-campeão mundial Roberto Rivelino), foi reservado a emoção de naquele dia, ver nascer o símbolo do Atlético, o Carcará.

O “pai da ideia” foi o desportista, conselheiro e sócio-fundador Heraldo Aragão. Com outros desportistas (Edvalson Lima e Walter Campos), todos eles sentiram a necessidade de criarem um fato que lembrasse o Atlético, nesse evento, que seria a invenção do símbolo do clube. O Radialista Antonio Pondé visualizou um boneco, com a cabeça em forma de laranja, para ser o mascote, o que não vingou. Na época, havia um feirante que vendia folhas medicinais que possuía um pássaro, o carcará, que fora lembrado por Heraldo e, procurando-o, combinou para no dia dessa festa, levasse seu pássaro para o estádio e desse uma exibição diante da torcida. Foi uma sensação, mas diante de tanta gente, o animal ficou assustado e, bateu asas sumindo, levando o dono ao desespero, pela perda, vindo a cobrar do pai da ideia, a quantia de 50 mil cruzeiros de indenização. Mas felizmente o pássaro voltou, para alegria não só do dono, como também, de Heraldo Aragão que seria obrigado a desembolsar tal quantia.

A partir daí, o Carcará, já consagrado, passou a ser o símbolo do Atlético.

Com a documentação em dia, diretoria já constituída, com o time formado e o Estádio Antonio Carneiro (o Carneirão), pronto, só faltava disputar o campeonato baiano de profissionais.

A diretoria do Atlético fora à Federação Baiana de Futebol para convencer ao então interventor, Dr. Cícero Bahia Dantas, à inclusão no campeonato. Mesmo não garantindo, prometeu lutar, alegando as qualidades do Estádio do Carneirão, que era um dos melhores do estado. Não deu tempo em atender a reivindicação por Ter sido substituído pelo Dr. Jorge Radel que deu a triste notícia: “o Atlético não deverá participar do campeonato de 71, os novos estatutos não permitem”.

Com o prestígio do então Prefeito de Alagoinhas, Dr. Murilo Cavalcante, que levou a Diretoria ao Governador do Estado, Dr. Luiz Viana Filho, para exporem a situação, veio o sinal verde, após interferir junto a FBF.

A primeira partida amistosa, disputada pelo Atlético, foi em 30 de janeiro de 1971, num jogo amistoso, no Estádio do Carneirão, contra o Fluminense de Feira de Santana, em que fora vencido pelo placar de 1 x 0.

A primeira partida oficial, válida pelo Campeonato Baiano/71, foi no dia 11 de abril de 1971, também no Carneirão, contra o Leônico, em que o Atlético venceu pelo escore de 2 x 1. O primeiro gol surgiu aos 37 minutos da fase inicial, quando Dida recebeu um lançamento de Olívio, driblou dois zagueiros e da entrada da grande área, chutou no ângulo esquerdo do goleiro “adversário”, sem chance de defesa. Alegria total nas arquibancadas, era gol do Atlético. No segundo tempo, o Leônico voltou ameaçador empatando aos 18 minutos, emudecendo por completo a plateia que lotava o estádio. Mas, houve uma reação, jogando melhor e, aos 43 minutos, Dida aproveitando a cobrança de um escanteio, pela direita, fez um bonito gol, levando a torcida ao delírio e, um carnaval tomou conta da cidade. Era o Atlético ingressando no cenário esportivo profissional.

A escalação do time A escalação do time naquele dia foi:
* Bruno
* Zezinho
* Gaguiho
* Ênio
* Chico
* Olívio
* Biriguda (Dilson)
* Dida
* Mário
* Luciano

Técnico:Antônio Conceição

Literatura de Cordel – José Olívio

HISTÓRIA DO ATLÉTICO DE ALAGOINHAS

O investimento em lazer
Revela sabedoria
O Esporte é fonte segura
De saúde e alegria
Preparando a pessoa
Pra luta do dia-a-dia.

A rotina do trabalho
É preciso ser quebrada
Uns curtem um belo show
Outros curtem caminhada
Investir no futebol,
É fazer grande jogada.

O futebol nessa terra
Há muito é tradição
O Juventus, Gato-Preto,
O Grêmio, a Seleção,
Agulha, Ferroviário…
Principalmente o Fogão.

Ao campo Ferroviário
E ao campo do Curtume
Campo da LDA
Ir domingo era costume

Torcida tão numerosa
Hoje um estádio não reúne.

Tendo em vista o talento
Que havia na cidade
O numerário de craques
Era uma realidade
Era preciso um plantel
Profissional de verdade.

O dentista Walter Campos
O radialista Pondé
Osmário e Valdo Souza
Não deram de marcha-ré
Frei Virgínio, reuníram-se,
Sob o auspício da Fé.

É dito pelos antigos
Que o Atlético nasceu
Desse papo entre amigos
Na Matriz – não minta eu
Foi em março de setenta
Ano em que o Brasil venceu.

Aos dois de abril desse ano
Consta em ata o relato

Nosso Gavião Coral
Era nascido de fato
Quem batizou foi Leléu
Um atleticano nato.
Em cada canto daqui
O assunto palpitante

Era o ingresso do Atlético
No certame interessante
Algo diz que o Carcará
Tá voltando ao que era antes.
O prefeito Carneirinho
Dando prova de amor
À terra, fez o Estádio
Destaque no interior
Precisava do Atlético
Pra ilustrar seu valor.
Ao grande Heraldo se deve
Símbolo do Carcará
Foi num Bahia e Corinthians

No dia de inaugurar,
Ao estádio Carneirão
Levou a ave pra lá.
O bicho se assanhou
Vendo aquela multidão
Bateu asas e voou
Provocando sensação
Na torcida e virou símbolo
Como quis o Aragão.
Valdo Souza e Benigno
O seu hino compuseram
Que agora está no site
Mas em CD é que quero
Até eu fiz uma marcha
Que não é de cemitério.
Peixoto, digo, Satu
Foi quem o emblema fez
Foi quem traçou o escudo

Muitos não sabem, talvez
Embora na mocidade,
Nos lembrasse um português.
No ano setenta e um
Eu me lembro, era criança,
O assunto era um só
Na esquina, bar, vizinhança
Pra ingresso no certame
Foi preciso aliança.
Segundo a Federação
O prazo tava encerrado
Pra inscrever novo clube
Era fato consumado
No campeonato baiano
Que seria disputado.
Time certo, direção,
Papeleta toda em dia
Deslocou-se a Comissão

À capital da Bahia
A resposta foi que só
No outro ano ingressaria.
Foi Murilo Cavalcante
Que assumiu a direção
Segurou firme a bandeira
E foi até seu patrão
Tomou bênção e pediu
Do governo a intervenção.
Trouxe a confirmação
Do ingresso do Carcará
Ainda naquele ano
Para poder disputar
A federação cedeu
Se não ia se ferrar.
Nosso primeiro amistoso (30.01.71)
Foi com o grande rival
O Fluminense de Feira
Um a Zero no final
Não lembro quem fez o gol
Do nosso time coral.
Da estréia do Atlético (11.04.71)
No certame oficial
Não esqueço, o Leônico,
Tomou um gol no final
Dois a um se não me engano
Para alegria geral.
Olívio lançava a bola
E Dida arrematava
Luciano na esquerda
Lateral não segurava
Inda bem que meu xará
Meu nome não envergonhava.
Em setenta e três o Atlético
Foi o vice-campeão
Foi terceiro colocado
Em mais de uma  ocasião
Dos times do interior
Era a maior expressão.
Judélio Carmo, prefeito,
Foi quem fez a doação
De uma área de terra
Pra fazer a construção
Da sede  e o Presidente

Era Filadelfo, então.
Sua sede social
Inda não foi construída
Nos miremos no Vitória

Que teve a sua concluída
Onde a prata da casa
Teve atenção merecida.
Atlético de Merica
Atlético de Dendê
Do goleador Coroço
Nos deram grande prazer
Agora chegou a hora
De novamente se erguer.
O famoso Carneirão
Se vestiu de roupa nova
Quem acaso duvidar
É só ir tirar a prova
Qual água de correnteza
Que constante se renova.
A Nação Atleticana
Com toda força e vigor
Associação do Atlético
Um sangue novo ganhou
Volta ao ninho o Gavião
Resgatando seu valor.
E várias outras torcidas
De força descomunal
Eu já vi na arquibancada
Dando de vida o sinal
Como as torcida daqui
No Brasil não tem igual.
Nossa Nação Carcará,
A Torcida Organizada
No ano dois mil e nove
Ela foi condecorada
A Melhor do Interior
Por ser a mais animada.
Lembro de outras torcidas
Dedicando seu amor
Jovem Coral de Gilberto
A Fiel e a Coamor
A Tora e a Força Jovem
E Bolão que Deus levou.
A Torcida Atleticana
Deixo aqui minha gratidão
Abençoe o nosso Atlético
E toda sua direção
Pra ver sempre o  Atlético
Na Primeira divisão.
O cordelista agradece
Leitores, muito obrigado!
Uma vida sem lazer
É um caso complicado
A função do futebol
Já é fato comprovado.

 

FONTES: Revista Placar – Blog do clube

Centro Sportivo Canavieiro – Capela (AL): Cinco edições na Elite Alagoana

Centro Sportivo Canavieiro foi uma agremiação da cidade de Capela (AL). O Alviverde capelense foi Fundado em 1972. O Canavieiro mandava os seus jogos no Estádio Municipal Manoel Moreira, com capacidade para 5 mil pessoas. O clube disputou o Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1974, 1975, 1976, 1977 e 1978, tendo como melhor colocação um 4º lugar em 1976.

Abaixo a reportagem da Revista Placar, em 1977:

‘Na mão do homem o pau quebra a pedra, a água vence o fogo, até o sertão vira mar. Na mão de Zé Cláudio o Canavieiro assombra os irmãos do sertão e amedronta os rivais da capital, prova de que o açúcar pode ser amargo para os que chegam ao pote com muita sede. O Canavieiro é um clube cheio de singularidades, a partir da figura de Zé Cláudio, misto de Dom Quixote e Sancho Pança, mas sempre de pés plantados no chão somente onde brota a cana que faz a riqueza de Capela e garante a sobrevivência do Canavieiro.

Capela é uma cidade com tradição no futebol. Qualquer torcedor do CSA ou CRB lembra os anos de 1959 e 1962 quando o Capelense não fez por menos: foi campeão estadual. Muitos não conseguiram esconder um certo alívio quando o clube encerrou suas atividades em 1968. Alegria que durou pouco.

 Em 1972, Capela ressurgia para o futebol, com o Canavieiro. Naquele mesmo ano foi vice-campeão do Campeonato Matuto, feito que se repetiria em 1973. Finalmente, em 1974, o Canavieiro achou chegada a hora de começar a incomodar os grandes e conseguiu a vaga na divisão principal. Foi o quinto. Nos dois últimos anos foi o quarto, firmando de vez a condição de melhor time do interior.

 Enquanto CSA e CRB se apagavam no campeonato brasileiro de 1976, o Canavieiro fazia das suas no Torneio incentivo. Foi campeão com 16 vitórias e dois empates. Tal feito merece uma explicação sucinta de José Cláudio da Silva, presidente, técnico, preparador físico, médico, massagista e disciplinador do Canavieiro.

 

– Nesse time só joga cabra macho, homem com H maiúsculo.

No Torneio Divaldo Suruagy, cujo titulo o Canavieiro perdeu para o CSA, ao ser derrotado por 1×0, gol de pênalti, nos final do segundo tempo, houve um jogo com o Ferroviário que entrou para a historia. No final do primeiro tempo, o Canavieiro perdia por 2×0. Então Zé Cláudio entrou com sua psicologia sertaneja.

 – Deu para ver que tenho 11 afeminados em campo. Agora vocês têm 45 minutos para provar que são machos. Vão lá e virem o jogo. Eu quero ganhar e vocês vão ganhar.

 No final, o Canavieiro, com menos dois – Cigano e Pistola foram expulsos – virou e venceu por 3×2. Mágoas esquecidas. Zé Cláudio saiu do campo nos braços dos jogadores.

 Para que possa exigir de seus homens-machos, Zé Cláudio providencia para eles cuidados especiais. Assim, todas as manhãs, os jogadores tomam uma dose do Biotônico Fontoura, que revigora e rejuvenesce. À noite não pode falta uma colher de Emulsão de Scott. As duas drogas são necessárias para que os jogadores não sintam as caminhadas diárias de 6km pelos canaviais e morros próximos a Capela.

 Tantos cuidados explicariam o sucesso do time ? Para Zé Cláudio o que movimenta toda a engrenagem é a disciplina sertaneja. Disciplina rígida, de pai para filho, de marido para mulher. Zé Cláudio é quem diz.

 – Indisciplina, pode ser até o Pelé, roda em 24 horas. Comigo é na lei do cão. No futebol brasileiro todo jogador é marginal até ser contratado pelo Canavieiro. Aqui, ele se torna um bom caráter ou vai ser marginal na casa da peste. No clube ele não fica. O lateral Café chegou aqui e se meteu a conquistador de mulher casada. Não tive dúvidas, mandei Café para o xadrez. Não é força de expressão. Mandei mesmo para o xadrez. Cana dura, garantida pelo carcereiro Bernardino, ex-ponta direita do Capelense.

 Aconteceu em Capela mesmo. O goleiro Cícero engoliu um frango e um torcedor começou a xingar a mãe do goleiro. Zé Cláudio ouviu e não gostou. Na segunda vez não teve dúvidas. Pulou o alambrado e expulsou o torcedor de campo depois de lhe dar uns tabefes”.

FONTES: Capela Alagoas – Wikipédia – Revista Placar

Centenário Esporte Clube – Centenário do Sul (PR): Campeão da Segundona Paranaense de 1976

O Centenário Esporte Clube é uma agremiação do Município de Centenário do Sul, no estado do Paraná. Suas cores são azul, vermelho e branco. A principal conquista da equipe é o título do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão de 1976. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Sergio Victor Meca. Sobre a Fundação há duas datas, na Revista Placar menciona que o Centenário é de 1952, e no Wikipédia afirma ser de 20 de dezembro de 1931.

FONTES: Wikipédia – Revista Placar

Lusitana Futebol Clube – Bauru (SP) – campeã do torneio “Initium”, da Liga Bauruense de Futebol, no ano de 1931

 

 

Lusitana Futebol Clube – Bauru (SP) – campeã do torneio “Initium”, da Liga Bauruense de Futebol. Os jogos foram realizados no domingo dia 16 de agosto de 1931.

OBS: o nome do clube é mesmo LUSITANA FUTEBOL CLUBE e não Lusitania Futebol Clube, como aparece em alguns trechos da matéria publicada pelo jornal.

Fonte: Diário Nacional