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Taça Amazonas de 1972: resultados e números, que resultou no Bicampeonato do Fast Clube!!

A 5ª edição da Taça Amazonas de 1972, organizado Federação Amazonense de Futebol (FAF), teve início no domingo, do dia 09 de Julho e terminou na quinta-feira, do dia 24 de agosto de 1972.

Ao todo foram marcados 42 gols em 15 jogos, o que deu uma média de 2,8 gols por partida.

Por decisão do Conselho Arbitral, América Futebol Clube e Sul América Esporte Clube não disputaram o torneio. Com isso, participaram seis equipes, todos da cidade de Manaus:

Associação Atlética Rodoviária;

Atlético Rio Negro;

Nacional Fast Club;

Nacional Futebol Clube;

Olímpico Clube;

São Raimundo Esporte Clube.

Fast Club fatura o Bi

Como o Campeonato Estadual foi realizado no primeiro semestre, a Taça Amazonas foi realizado para preencher a lacuna do segundo semestre do futebol no estado.

Campeão da Taça Amazonas de 1971, o Fast Club acabou conquistando, de forma invicta, o bicampeonato. No decorrer da competição, o Nacional, campeão amazonense de 1972, que vinha afirmando que não daria tanta importância ao torneio, acabou sendo indicado como representante amazonense no Campeonato Brasileiro de Clubes e assim, jogou com os reservas.

A Taça ficou paralisada por uma semana, de 1º a 9 de agosto, para a Federação realizar uma partida da Seleção Amazonense contra a Seleção Olímpica do Brasil, antes de embarcar para os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique.

Enquanto era um momento misto para o Nacional, que estava em excursão por Roraima, ele voltou para Manaus e foi disputar os jogos da Taça enquanto os campeões foram focar no Campeonato Nacional de Clubes.

O amistoso realizado no dia 6 de setembro de 1972 entre Seleção do Amazonas e Seleção Olímpica do Brasil terminou com a vitoria dos donos da casa. Na preliminar, Olímpico e Rodoviária, jogaram pela Taça Amazonas. O resultado foi:

6 de setembro de 1972 – Sel. do Amazonas 1×0 Sel. Olímpica do Brasil – Estádio Vivaldo Lima – Renda: Cr$ 81.629,00 – Público: 16.253 pagantes.

Sem disputar o torneio, a disputa terminou entre Fast Clube e São Raimundo. O jogo entre os dois foi o último do torneio, e, antes do jogo que poderia garantir o desempate, o elenco do São Raimundo foi a um centro espírita para que seu time encontrasse tranquilidade para enfrentar o jogo. Não funcionou e o Fast Club venceu, sem nenhuma derrota, e se tornou bicampeão do torneio.

Abaixo as 15 partidas realizadas na Taça Amazonas de 1972:

1ª Rodada:

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
09/07/1972Olímpico2X2São RaimundoParque AmazonenseCr$ 2.433,00429
12/07/1972Fast Clube2X0Rio NegroVivaldo LimaCr$ 8.722,002.121
16/07/1972Nacional3X1RodoviáriaVivaldo LimaCr$ 10.665,00Não divulgado

2ª Rodada:                               

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
19/07/1972São Raimundo4X3Rio NegroIsmael BenignoCr$ 3.474,001.193
23/07/1972Fast Clube2X1RodoviáriaParque AmazonenseCr$ 7.081,002.086
26/07/1972Nacional1X0OlímpicoIsmael BenignoCr$ 9.365,002.759

3ª Rodada:

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
30/07/1972Rio Negro2X1RodoviáriaParque AmazonenseCr$ 3.702,001.117
06/08/1972Olímpico2X1RodoviáriaVivaldo LimaCr$ 81.629,0016.253 *
09/08/1972São Raimundo3X1NacionalIsmael BenignoCr$ 8.107,002.581

* Preliminar do amistoso Seleção do Amazonas x Seleção Olímpica do Brasil

4ª Rodada:

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
13/08/1972Fast Clube3X3OlímpicoVivaldo LimaCr$ 50.951,0012.957
13/08/1972Rio Negro1X0NacionalVivaldo LimaCr$ 50.951,0012.957

5ª Rodada:

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
17/08/1972Olímpico1X0Rio NegroIsmael BenignoCr$ 6.038,00Não divulgado

4 e 5ª Rodada (atrasada):

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
20/08/1972São Raimundo0X0RodoviáriaVivaldo LimaCr$ 53.716,0013.427
20/08/1972Fast Club1X1NacionalVivaldo LimaCr$ 53.716,0013.427

3ª Rodada (atrasada):

DATAR E S ULTAD  O  SLOCALRENDAPÚBLICO
24/08/1972Fast Clube1X0São RaimundoIsmael BenignoCr$ 18.358,002.746

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Fast Clube85320954
São Raimundo65221972
Olímpico65221871
Nacional55212660
Rio Negro4520368-2
Rodoviária1501449-5

FAST CLUBE (AM)                       1          X         0          SÃO RAIMUNDO E.C. (AM)

LOCALEstádio Ismael Benigno, “da Colina“, bairro São Raimundo, em Manaus (AM)
CARÁTERDecisão da Taça Amazonas de 1972
DATAQuinta-feira, do dia 24 de Agosto de 1972
HORÁRIO19 horas (de Brasília)
PÚBLICO2.746 pagantes
RENDACr$ 18.358,00
ÁRBITROJúlio Cezar (FAF)
AUXILIARESManuel Luís Bastos (FAF) e Antonio Pereira (FAF)
FAST CLUBEMarialvo; Antonio Piola, Casemiro, Zequinha Piola e Pompeu; Zezinho e Holanda; Mano (Paulo), Jorge Cuíca, Nilson e Ivo (Barrote). Técnico: Ismael Kurtz  
SÃO RAIMUNDOToinho; Zé Raimundo, Paulinho, Itamar e Nascimento; Adonias e Almir; Bôlo (Ronildo), Saúva (Luís Darque), Rolinha e Orange. Técnico: Arlindo Loucahrds
GOLIvo aos 31 minutos (Fast Clube), no 1º Tempo.
PRELIMINARPolícia Militar 2 x 0 Polícia Federal
OBSERVAÇÃODurante a partida preliminar, o jogo foi paralisado por cerca de 20 minutos por falta de luz. Nesse jogo estava em disputa a Taça Duque de Caxias, ofertada pelo General Álvaro Cardoso, do comando militar da Amazônia

Bilheteria geral por clube:

NacionalCr$ 32.268,00
Fast ClubeCr$ 47.674,00
São RaimundoCr$ 25.851,00
Rio NegroCr$ 15.619,00
OlímpicoCr$ 14.562,00
RodoviáriaCr$ 10.938,00

PS: Para ler os recortes dos jornais é só dar um Zoom!

FONTES: Wikipédia – Jornal do Commercio (AM)

Campeão Carioca de 1926: São Cristóvão F.R. lança “Projeto Cadete 1926” para retornar esse ano a esfera profissional

O São Cristóvão de Futebol e Regatas foi Fundado no dia 12 de Outubro de 1898 com o nome de Club de Regatas São Christóvão. No dia 13 de Fevereiro de 1943, ocorreu a fusão com o São Christóvão Athletic Club (Fundado no dia 15 de Julho de 1909).

O maior título conquistado foi, indiscutivelmente, o Campeonato Carioca de 1926. A campanha foi memorável: 30 pontos em 18 jogos; 14 vitórias, dois empates e duas derrotas; marcando 70 gols, sofrendo 37 e um saldo pomposo de 33 tentos.    

O São Cri-Cri sempre foi, ao longo de sua história, um celeiro de craques. Em Figueirinha, Ronaldo Fenômeno, João Paulo, Djalminha e Leônidas da Silva deram os primeiros chutes. E João Cantuária consagrou sua vida ao clube. 

Porém, em 2021, quando torcedores e simpatizantes recordaram os 95 anos do primeiro título carioca do São Cristóvão, a diretoria tomou uma atitude drástica. O time Cadete decidiu que não disputaria o Campeonato Carioca da Série C (o equivalente à quinta divisão).

Após dois anos “sabático” o São Cristóvão de Futebol e Regatas segue o refrão da música de Jorge Aragão: “(…) Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima” e planeja o retorno ao futebol profissional.

A meta é clara: voltar a disputar as competições subir as divisões. O centenário do título estadual de remo já passou em 2018, mas o de futebol será em 2026. E, sejam noventa minutos ou cem anos, como diria Cazuza, “o tempo não para”. 

Estádio Figueira de Melo com Capacidade para 1.800 pessoas

Por isso, o São Cristóvão acaba de lançar o “Projeto Cadete 1926“, formado por profissionais de diversas áreas e todos os seus membros estão relacionados diretamente com o universo do futebol.

Com um olhar profissional e apolítico devolver a grandeza ao Clube, resgatar a credibilidade e prestígio do mercado e de sua torcida perante as demais do Estado do Rio de Janeiro.

Uma gestão que atinja todos os pontos críticos do clube e desenvolva o melhor ambiente e infraestrutura para prática de esportes, com INOVAÇÃO, HONESTIDADE, CRIATIVIDADE, EQUILÍBRIO FINANCEIRO e PARCEIROS de alto nível

Institucionalmente, temos como objetivos:

• Realizar eventos que aproximem o clube da população, eventos na sede: esportivos, sociais, culturais e lazer em geral, trazer o bairro para dentro do clube.

• Captar através de oportunidades REAIS de estágios e trabalhos mão de obra qualificada voltada para todas as áreas que atingem o futebol, como: administração, educação física, nutrição e fisioterapia.

• Criação do museu RONALDO, na própria sede voltado para o maior atleta já revelado pelo clube, com isso atrair um número maior de visitantes.

um plano de patrocínio coletivo para 2023, cujas cotas têm valores a partir de R$ 2 mil mensais.

O clube contam com duas sedes: na Rua Figueira de Melo (do lado do Elevado Rufino Pizarro), nº 200, e a náutica, diante da estação Maré do BRT. Ambas com potencial para publicidade, eventos e ações sociais (uma delas relevou Giovanna Carneiro, campeã de jiu-jítsu)

Tem também uma equipe de e-sports, modalidade que conta com grande audiência. Além das categorias de base, onde se continua a garimpar os talentos em formação.

Mas falta o time principal, para lançamento dos novos profissionais. E para devolver o São Cristóvão à elite do futebol carioca. Aos interessados em divulgar suas marcas e associar sua imagem à tradição e à simpatia do Clube Cadete, o contato para obter a íntegra do projeto e tirar dúvidas é:

pelo email – presidencia.saocristovao@gmail.com

ou pelo celular/Whatsapp – (21) 99116-1361.

Para maiores informações o PDF explicando de forma minuciosa:

FONTES: Laércio Becker – São Cristóvão de Futebol e Regatas

Escudo raro de 1906: Foot-Ball and Athletic Club – Rio de Janeiro (RJ)

POR: Sérgio Mello

O Football and Athletic Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 27 de Setembro de 1903, por moradores dos bairros da Tijuca, Andaraí e Engenho Velho {São Francisco Xavier do Engenho Velho é uma antiga freguesia (conjunto de bairros) que compreendia toda a região hoje denominada Grande Tijuca}.

As cores escolhidas foram o vermelho e o branco. Porém, é importante ressaltar que o verde foi agregado, não sabemos se num curto período ou de forma esporádica. No desenho acima, há o verde num dos uniformes, realizado no domingo, do dia 20 de Maio de 1906, no campo da Rua Sá Ferrer, na derrota para o Bangu pelo placar de 3 a 1.

A sua Sede era no Andaraí, e depois na Rua Haddock Lobo, nº 187 A, na Tijuca. A sua Praça de Esportes (terreno da antiga Praça Hippodromo Nacional) ficava na Rua Campos Sales, na Tijuca, na zona norte do Rio.

O seu campo de treino ficava na Rua Asylo Izabel (atual Rua Mariz e Barros), na Tijuca. Pelo seu campo passava o Bonde de Asylo Izabel, servindo também os Bondes de Andarahy (Leopoldo) e Villa Izabel que transpunham perto.

Suas cores eram o vermelho e o branco. A sua 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros e cargos:

Presidente – Claudino Reis;

Procurador – Arthur Irineu de Souza;

Thesoureiro – Joaquim José de Almeida Coutinho;

Secretário – Oscar Fagundes.

Descrição da bandeira, uniforme e cores

Seu uniforme consiste em camisas vermelhas com o monograma F.A.C. em branco no peito e calções brancos. Sua bandeira era listrada em vermelho e branco na horizontal com o monograma no quadrante superior esquerdo em vermelho, em estilo semelhante à bandeira dos Estados Unidos. Em uma partida amistosa contra o Bangu Atlético Clube, em 1904, o clube usou um uniforme tricolor (verde, branco e vermelho).

O Football and Athletic Club seguiu vencendo amistosos e logo se tornou uma das equipes mais fortes da cidade, contando com bom número de sócios na zona norte.

Foto posada do Football and Athletic Club, em 20/05/1906

Athletic ajudou a fundar a Liga Metropolitana de Football

A partir da iniciativa dos dirigentes do Athletic, este em conjunto com os clubes Fluminense, Botafogo, Bangu, Paysandu e Rio Cricket fundaram a Liga Metropolitana de Football, no sábado, do dia 08 de Julho de 1905.  que organizou o Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1906.

Athletic jogou o 1º Campeonato Carioca da 1ª Divisão em 1906

O Athletic, no entanto, terminou em sexto e último lugar (foram dois pontos em 10 jogos: uma vitória e nove derrota; marcando dois gols, sofrendo 55 tentos e um saldo negativo de 53). A única vitória aconteceu na última rodada, em razão do Rio Cricket, não ter comparecido para jogar no Campo da Guanabara, em Laranjeiras. Consequentemente o Athletic foi declarado vencedor por W.O.

Mudança: sai o ‘Athletic’ e entra o ‘Internacional

Na quarta-feira, do dia 21 de novembro de 1906, mudou a sua denominação Associação Athletica Internacional. A sua Diretoria foi formada com os seguintes membros e cargos:

Presidente – tenenteSantiago Rivaldo;

Vice-Presidente – José da Rocha Gomes;

1° Secretário – Lindolpho Costa;

2° Secretário – Gaspar Marques Leite;

1° Thesoureiro – Armando de Carvalho;

2° Thesoureiro – Arnaldo Werneck Campello;

Procurador – João Leite;

Comissão de Campo – Hildebrando Paranhos; Alberto Alvarenga, “Baby”; John Walmsley e Álvaro Alvarenga.

Em 1907, também disputou o campeonato ao ficar em 3° lugar, empatado com o Paysandu. A Internacional ainda seguiu disputando alguns poucos amistosos, até o seu fim definitivo, nos idos de 1912.

Algumas formações do Foot-Ball and Athletic Club

Time base de 1904:

Goal keeper – Octavio Nascimento Silva (Americo Couto e Irineu de Souza);

Full-backs – Armando Cerqueira (Luiz Steele ou Luiz Maia) e Gaspar Leite (Arthu Irinco de Souza ou Jayme Cardoso);

Half-backs – Cesar Leite (Octavio Jardim), Lindolpho Costa (Amélio P. Silva) e Antonio Pereira da Silva (Carlos Leite ou I. Paranhos);

Forwards – Ary Werneck (João Pereira), Antonio Carneiro de Mendonça (Raul Muniz), Francisco Coelho (Álvaro de Alvarenga), Jerony Mesquita (Mario Kock de Vasconcellos) e Antonio Martins Pereira (Alberto de Alvarenga, ‘Baby’);

Reservas – Cordeiro Junior e Armando de Carvalho.

Capitães: Francisco Coelho, Alberto de Alvarenga e Armando Cerqueira.

Time base de 1905:

Goal keeper – Octavio Nascimento Silva (Arnaldo Cerqueira);

Full-backs – Luiz Steele e Hildebrando Paranhos (Gaspar Leite);

Half-backs – Frank Slade, Luiz Maia (Cesar Paranhos) e Alberto de Alvarenga, ‘Baby’ (Souza Netto);

Forwards – Antonio Carneiro de Mendonça (Guedes de Mello), Adhemar Faria (A. Vieira), Julio Cramer (Alencar), Nabuco (Teixeira Pinto) e Augusto Alvarenga (Carlos Leite).

Time base de 1906:

Goal keeper – Octavio Nascimento Silva (J. Maragliano, Americo Couto e Ary Werneck);

Full-backs – H. Helbert (H. Ellis ou Armando Motta) e Hildebrando Paranhos (Luiz Steele);

Half-backs – Luiz Maia (Edgard), Gaspar Leite  (Julio Cramer) e Cesar Paranhos (Arnaldo Cerqueira ou Djalma Bittencourt);

Forwards – B. Alvarenga (João Pereira), J. Abreu (J. Allen), Amado Gay Filho (John Walmsley) e Adhemar Faria (Torres ou Alberto de Alvarenga, ‘Baby’).

Capitão: Luiz Maia.

Colaboraram: Auriel de Almeida – Flávio Almeida

FOTO: Acervo de Cláudio Galvão

FONTES: Correio da Manhã (RJ) – Wikipédia – Revista da Semana (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Jornal do Commercio (RJ)

Desvio Dona Zizinha Atlético Clube (DDZAC) – São Gonçalo (RJ): enfrentou o C.R. Flamengo!

O Desvio Dona Zizinha Atlético Clube (DDZAC) é uma agremiação da cidade de São Gonçalo (RJ). O “Alviverde Gonçalense” foi Fundado na sexta-feira, do dia 17 de Abril de 1959, pelo Deputado Estadual Aécio Nancio, então aos 47 anos. A sua Sede (que foi uma doação do terreno por parte da prefeitura de São Gonçalo) está localizada na Rua Dr. Getúlio Vargas, nº 1.515, no bairro Santa Catarina, em São Gonçalo (RJ).

Se filiou na Liga Gonçalense de Desportos (LGD), no mês de abril de 1961.

A origem do nome curioso

Numa reportagem de 1973, no jornal O Fluminense, explica: A antiga Avenida Serrano era, praticamente, o que existia no local. O “Desvio” porque os bondes cruzavam uns pelos outros para seguir viagem.

Já “Dona Zizinha” porque era a pessoa mais conhecida na localidade, dona de um comercio de gêneros alimentícios. Não havia morador que não a conhecesse. Era quem emprestava dinheiro às famílias mais pobres e, muitas vezes, mandava alimentos para pessoas que sabia não poder comprá-los.

Alviverde Gonçalense enfrentou o Flamengo

O DDZAC Enfrentou o time misto do Flamengo, na noite da quarta-feira, às 21h30min., do dia 26 de Abril de 1961, no Estádio da Estação, em São Gonçalo. No final, o rubro-negro venceu por 2 a 0. O Mengão contou com jovens valores como Gerson (que mais tarde ganhou o apelido de “Canhotinha de Ouro”), Mauro, Edmar, Bolero, Hugo, Beirute, Manuelzinho, entre outros.

Três participações no Campeonato Gonçalense de Futebol

Disputou três edições do Campeonato Gonçalense: 1977, 1978 e 1979. Na estreia, em 1977, num jogo foi tumultuado e com quatro expulsões, o DDZAC venceu o Vila Guedes pelo placar de 2 a 1.

Os gols foram assinalados por Crispim e Aécio, enquanto Adib fez o de honra do Vila. Os vencedores jogaram: Jorge; Jair, Luisão, Dejair (Careca) e Miguel; Azul, Liderval e Toninho; Crispim, Aécio e Caco.

Em 1978, o DDZAC ficou com o vice da Taça da Cidade de São Gonçalo, organizado pela Liga Gonçalense de Desportos (LGD). O grande campeão foi o Brasilândia, então com apenas dois anos de existência.

Na temporada seguinte, pelo Campeonato Gonçalense, Desvio Dona Zizinha perdeu na final, para o Unidos do Porto da Pedra, ficando com vice-campeonato de 1979.   

Algumas formações

Time base de 1960: Carlinhos; Jico e Bringela (Nonô); Rubinho (Jorge), Dodo e Daniel (Careca); Fernando (Carlinhos), Mimi, Loloca, Cizinho (Paulinho) e Gabriel (Carlinhos II).

Time base de 1977: Jorge; Jair, Luisão, Dejair (Careca) e Miguel; Azul, Liderval e Toninho; Crispim, Aécio e Caco. Técnico: Mão de Onça.

Time base de 1978: Jairo; Wladimir, Carlinhos, Miguel e Danilinho; Neném, Potoca (Carlinhos Danilo) e Richard; Milton (Inaldo), Mário e Ademir. Técnico: Mão de Onça.

Time base de 1979: Careca (Nero ou Moreno); Baiano (Odir), Lenilton, Carlinhos e Miguel; Ademir (Adib), Luiz Ricardo (Carlos Alberto) e Potoca (Nelsinho); Richard (Neném), Inaldo e Richard II. Técnico: Carlinhos Danilo (depois Sebastião Silva).

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – O Fluminense (RJ) – Última Hora (RJ)

Escudo inédito, dos anos 30: Tupy Esporte Clube – Arraial do Cabo (RJ) 

Tupy Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Arraial do Cabo (RJ). O Alvinegro foi Fundado no domingo, do dia 19 de Abril de 1914. A sua Sede fique localizada na Avenida Getúlio Vargas, nº 50, no Bairro da Praia Grande, em Arraial do Cabo. Como registro, o Tupy participou na década de 60, do Campeonato Citadino de Cabo Frio.

Tupy Esporte Clube, manda os seus jogos no Estádio Municipal Hermenegildo Barcellos, o “Barcelão” (Capacidade para cerca de 5 mil pessoas), em Arraial do Cabo, para disputa dos campeonatos citadinos.

FOTO: Acervo de José Francisco de Moura, o Chicão

FONTES: O Fluminense – YouTube – Google Maps

Amistoso Nacional de 1950: Atlético Mineiro (MG) 4 X 2 Olaria A.C. (RJ)

Na noite da sexta-feira, do dia 24 de Março de 1950, o amistoso nacional, foi realizado em Belo Horizonte (MG), e o Atlético Mineiro venceu o Olaria Atlético Clube (RJ), pelo placar de 4 a 2.

O jogo foi prejudicado pelas fortes chuvas, que deixou o gramado em condições impraticáveis. O primeiro tempo terminou com vantagem para o Galo que foi para o vestiário vencendo por 2 a 1.

EM PÉ (esquerda para a direita): Juca, Mão de Onça, Afonso Silva, Zé do Monte, Carango e Moreno;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Lucas Miranda, Lauro, Alvinho e Nivio.

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Ricardo Díez

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Curiosidade

O técnico do Olaria era Domingos da Guia (Foto abaixo), considerado por muitos especialistas como um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. Após encerrar a carreira no Bangu, o Domingos deu os seus primeiros passos como treinador no clube da Rua Bariri.  

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 4       X       2       OLARIA A.C. (RJ)

LOCALEstádio Antonio Carlos, no bairro Lourdes, em Belo Horizontes/MG
CARÁTERAmistoso Nacional de 1950
DATASexta-feira, do dia 24 de Março de 1950
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 11.322,00
ÁRBITROEgidio Nogueira {Federação Metropolitana de Football (atuação regular)}
ATLÉTICOMão de Onça; Juca e Capineiro (Oswaldo); Afonso, Monte (Paulo Curi) e Carango; Lucas Miranda, Lauro (Paulo Maia), Osni, Ubaldo Miranda (Biguá) e Nivio. Técnico: o uruguaio, Ricardo Díez
OLARIAMilton; Amaro e Lamparina; Olavo, Moacir e Ananias; Jarbas, Alcino (J. Alves), Mical (Jair), Maxwell (Washington) e Esquerdinha. Técnico: Domingos da Guia
GOLSUbaldo (Atlético); Nivio (Atlético); Mical (Olaria), no 1º Tempo. Maxwell (Olaria); Osni (Atlético); Nivio (Atlético), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Marcelão Marcelo Santos

FONTE: A Noite (RJ)

1º jogo internacional em Minas Gerais, em 1928: Associação Atlética Guaxupé – Guaxupé (MG) versus Peñarol Universitário (URU)

A Associação Atlética Guaxupé foi uma agremiação do município de Guaxupé, com uma população de 51.911 habitantes (segundo o censo do IBGE/2015), situado a 478 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

Os Tigres Mineiros foi Fundado em 1924, cuja 1ª diretoria foi composta pelos seguintes membros: Presidente – Carlos Costa Monteiro;

Vice- Presidente – João dos Santos Coragem;

1º Secretário – André Cortez Granero;

Tesoureiro – Osvaldo Moreira.

A diretoria trabalhou arduamente a partir de 1926, para a construção de seu estádio Carlos Costa Monteiro. Além d o futebol ser o seu carro-chefe, o clube social, promovia bailes aos domingos e bailes carnavalescos.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Alguns momentos da história do clube

No domingo, do dia 06 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé ficou no empate com o Club Athletico Muzambinho em 1 a 1. Segundo a reportagem de A Gazeta, cerca de 6 mil torcedores compareceram para assistir a peleja. Zé Pedro abriu o placar para o Muzambinho. Depois Omar deixou tudo igual para o Guaxupé, na primeira etapa.

No domingo, do dia 13 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé bateu, nos seus domínios, o Operário de Tambahu por 3 a 0.

Guaxupé perdeu para o C.A. Silex

No domingo, do dia 31 de Outubro de 1926, em amistoso, o Guaxupé acabou derrotado pelo Club Athletico Silex, em amistoso, pelo placar de 2 a 0. Com o resultado, os paulistas ficaram com a Taça São Paulo-Minas. A partida foi arbitrada pelo Sr. João Resaffe (do Silex).

Após forte chuva, o jogo começou com o estado do campo (que por sinal era de terra) estava ruim. Ocorreram algumas chances de gol, porém sem êxito. Assim o primeiro tempo terminou sem abertura de contagem.

Na etapa final, Pedro centrou na área. Nazareth rebateu e Lara, que num sem pulo acertou o canto direito do goleiro Tatutino, colocando os paulistas em vantagem. Restando 10 minutos para o fim, Pedrinho ampliou para o Silex.

Guaxupé: Matutino; Scafi e Nazareth; Jacy, Rueda e Motta; Sebastião, Bugelli, Miguel, Zezeca e Toninho.

Silex: Nicola; Moretti e Guarnieri; Allemão, Janeiro e Bertocco; Pedro, Figueiredo, Perim, Lara e Cezar

Inauguração da Praça de Esportes

No domingo, do dia 1º de maio de 1927, a Associação Atlética Guaxupé enfrentou o Club Athletico Sorocabano, na inauguração do seu Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. Infelizmente, não foi encontrado o resultado dessa peleja.

Guaxupé enfrentou o Bicampeão Paulista

No domingo, às 16 horas, do dia 23 de outubro de 1927, foi realizado um amistoso nacional, entre a Associação Atlética Guaxupé (MG) versos Club Athletico Paulistano (SP), que tinha se sagrado Bicampeão do Campeonato Paulista daquele ano, pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), em 1926 e 1927.

O árbitro do jogo foi o Sr. Amphiloquo Marques, o “Filó“. A renda da partida foi revertida para a Santa Casa de Misericórdia. A delegação paulista ficou hospedada no Grande Hotel Cobra.

Nessa peleja os valores dos ingressos ficaram definidos:

Arquibancada (adultos) – 10$000 (dez mil réis);

Arquibancada (senhoras e senhoritas) – 5$000(dez mil réis);

Gerais – 5$000 (dez mil réis).

No final, melhor para o “Gloriosopaulista que venceu pelo placar de 3 a 2, no Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. O Paulistano faturou o troféu oferecido pelo Instituto Paulista.

Na primeira etapa, o Paulistano abriu o placar, aos 25 minutos, após Friedenreich, El Tigre, dar passe para Seixas que driblou o zagueiro Scaf e soltou um foguete.

A bola explodiu na trave e quando o goleiro Matutino tentou defender, acabou se enrolando, colocando a bola contra o próprio patrimônio. Cinco minutos depois, o Guaxupé chegou ao empate! Tonin arriscou um chute de fora da área, acertando o ângulo de Rhormens que nada ode fazer.   

Na etapa final, aos 7 minutos, Abbate bateu falta, quase próximo ao centro de campo. A bola subiu e acabou encobrindo o arqueiro Matutino, recolocando os visitantes em vantagem. Novamente o Guaxupé, conseguiu o empate. Sebastião arrancou em velocidade, sem ser alcançado. Dentro da área, tocou na saída do goleiro, colocando para o fundo das redes.  

Aos 25 minutos, o gol da vitória veio com El Tigre, quando escapou pelo centro, driblou dois marcadores, e deu um chute a meia altura, sem chances para Matutino. Dando números finais a peleja.

As equipes foram com os seguintes atletas:

A.A. Guaxupé – Matutino; Scaff e Arnaldo; Motta, Tranquilin e Aziz; Tonin, Carlos, Annibal; Sebastião e Jamillo. Técnico: Waldemar Rheider.

C.A. Paulistano – Rhormens; Clodô e Barthô Faria; Abbate, Rueda e Alves; Formiga, Seixas, “El Tigre” Friedenreich, Miguel e Julio.

 A acolhida feita à caravana paulista foi das mais agradáveis e cativantes. Toda a comitiva foi levada de automóvel a passeio pelas ruas da cidade. Depois do jogo, os paulistanos dirigiram-se à Fazenda Monte Alto, para as devidas comemorações.

“El Tigre” Friedenreich atrás da bola (no centro)

1º jogo com “El Tigre” no Guaxupé

No domingo, às 16h30min., do dia 20 de novembro de 1927, o Guaxupé jogou amistosamente, em casa, contra o Esporte Clube Itapirense, de Itapira, situado no interior Paulista. Em disputa, uma artística taça, ofertada da exma. sra. D. Anna Magalhães Costa. O árbitro foi o Sr. Aracy (do Club Athleico Paulistano).

A.A. Guaxupé – Matutino; Arnaldo e Scaff; Aziz, Tranquilin e Jamillo; Renato, Sebastião, Carlos, “El Tigre” Friedenreich e Tonin. Técnico: Waldemar Rheider.

E.C. Itapirense: Annibal; Rosa e Nico; Garcia, Francisco e Thomaz; Juca, Pepico, Mello, Augusto e Tatico.

No primeiro tempo, o Guaxupé abriu o placar aos 20 minutos. Carlos driblou Garcia, escapando pela esquerda e tocou para Tonin. Na entrada da área, passou pelo zagueiro Rosa e chutou firme, vencendo o goleiro Annibal, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Logo depois, Renato recebe passe de El Tigre, avança e passa para Sebastião que toca na saída de Annibal, marcando o gol. O árbitro Aracy apontou para o centro do campo, mas após a reclamação dos visitantes, voltou atrás e anulou o gol, marcando impedimento de Sebastião.

Aos 35 minutos, Augusto recebendo passe de Pepico, tocou para Mello, que livre bateu colocado para deixar tudo igual. 

Na etapa final, o Itapirense chegou a virada. Juca lançou Mello que passa por Arnaldo e chutou forte, sem chances para Matutino. No entanto, pouco depois, nova igualdade. Sebastião avançou pela direita e chutou para o gol. Thomaz na tentativa de interceptar a bola, acabou desviando com mão. Pênalti, que El Tigre cobrou com categoria, colocando a bola no fundo do barbante. O gol da vitória saiu dos pés de El Tigre, no minuto final, dando números finais a peleja.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Guaxupé jogou o 1º jogo internacional do estado de Minas

O clube marcou época na história do futebol mineiro, no domingo, às 16 horas, do dia 27 de Maio de 1928, ao realizar a 1ª partida internacional no estado de Minas Gerais. Deu o pontapé inicial, o deputado estadual, Francisco Lessa.

Contando com cerca de 5 mil torcedores, a Associação Atlética Guaxupé venceu o Peñarol Universitário, do Uruguai, pelo placar de 2 a 1. O árbitro foi Augusto de Castro (substituído no 2º tempo por Odilon Penteado do Amaral).

Na primeira etapa, apesar do maior volume dos mineiros, o jogo terminou sem abertura de contagem. Na etapa final, logo aos 4 minutos, os uruguaios abriram placar. Minoli deu belo passe para Lerena que tocou para o gol.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé – Troféu do jogo entre Guaxupé x Peñarol Universitário

Aos 15 minutos, o árbitro marcou pênalti, que Luiz converteu para deixar tudo igual. Minutos depois, Luiz deu belo passe para Marques que tirou do goleiro para decretar a virada do Guaxupé. Após os ânimos serem acalmados, o árbitro foi substituído pelo Sr. Odilon Penteado do Amaral.

Nos 15 minutos finais, o quadro uruguaio dominou por completo o jogo, mas sem conseguir marcar o tento de empate. Essa marcação gerou uma grande confusão e o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos. Fim de jogo, e vitória do Guaxupé para delírio dos seus torcedores.

O feito histórico valeu uma taça ao time guaxupeano, hoje exposta no salão principal do Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá, em Guaxupé.

Foto tirada nesse jogo do “El Tigre” Friedenreich

A.A. GUAXUPÉ (MG)         2          X         1          PEÑAROL UNIVERSITÁRIO (URU)

LOCALEstádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé/MG
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 27 de Maio de 1928
HORÁRIO16 horas
PÚBLICOCerca de 5 mil pagantes
ÁRBITROAugusto de Castro (depois Odilon Penteado do Amaral)
GUAXUPÉRaposo; Scaff e Tranquinha; Assis, José e Janillo; Marques, Macha, “El Tigre” Artur Friedenreich, Luiz e Torrinho.
PEÑAROL UNIVERSITARIOSposito; Arminana e Oddo; Dominguez, Carbone e P. Campo; Cambon, Chelsi, Minoli, Fierro e Lerena. Técnico: E. Diaz.
GOLSLerena aos 4  minutos (Peñarol); Luiz, de pênalti, aos15 minutos (Guaxupé); Marques aos 22 minutos (Guaxupé), no 2º Tempo

Club Peñarol Universitário

Foto posada da A.A. Guaxupé na partida diante do Peñarol Universitário

A história desse clube em solo brasileiro, rendeu muitas críticas. Seja pelo comportamento dentro e fora de campo, a postura de cobrar dinheiro para cada partida realizada no Brasil, o que na época foi considerado inadequado.

Vale lembrar que na década de 20, o futebol brasileiro era amador e a imprensa não aceitava descobrir que um clube atuasse de forma profissional. Portanto, o fato da reportagem do jornal paulista “Diário Nacional” ter publicado uma nota do Presidente do Club Atletico Peñarol, o Sr. Juliano Soares, afirmando que o Club Peñarol Universitário, não tinha nenhum vinculo com o aurinegro foi mais uma forma de tirar a credibilidade do que um fato grave.

Pelo que pesquisei, o Club Peñarol Universitário não veio ao país declarando ser um “genérico” do original. O que entendi era que o que incomodou a imprensa foi a forma ríspida nos jogos, atitudes deselegantes nos locais aonde esteve hospedado e, principalmente, ter agido de forma comercial a sua participação nos amistosos! Acredito que esse foi o ponto que mais desagradou a imprensa e aos clubes.               

Dito isso, essa agremiação uruguaia, era filiada a Liga Universitária de Football (subordinada à Associação Uruguaya de Football), 565excursionou no Brasil, em maio de 1928. O Correio Paulistano foi passando algumas informações.

No dia 18 de Maio daquele ano, citou que a Associação Uruguaya de Football, tinha autorizado o Peñarol Universitário a viajar para o Brasil a fim de realizar alguns jogos.

Seis dias depois, desembarcou do navio Werra, em Santos/SP, chefiada pelo Sr. Alberto Corchis, doutorando de medicina da Universidade de Montevidéo; o secretário Jorge Belhot; jornalista Ricardo L. Zécca, do jornal ‘El Imparcial’ de Montevidéu; Pedro Belhot, representante da República Oriental e os seguintes jogadores:

Goleiros – Sposito (Olimpia F.C.) e Nario (Missiones);

Zagueiros – Oddo (Sul-Americain) Arminana (Central) e João Belhot (AC Peñarol e capitão do Peñarol Universitário);

Médios – Uslenghi (Nacional), Carbone (Uruguay FC), P. Campo (Rosarino), Dominguez (Lito FC) Rios (Racing) e Nunez (Belgrado);

Atacantes – Fierro (Missiones), Lerena (Capurro), Cheschi (AC Peñarol), Chelsi (Defensor), Miloni (Racing), Cambon (Nacional), Sosa (Uruguay-Positos) e Hernandez (Defensor) e o massagista e técnico, E. Diaz.

Abaixo os resultados, na ordem, com a data, resultado e local:

29 de abril de 1928Palestra Itália/SP2X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
1º de maio de 1928Sport Club Corinthians Paulista1X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
06 de maio de 1928Seleção Paulista4X0Peñarol UniversitárioParque Antarctica
13 de maio de 1928Seleção Santista4X1Peñarol UniversitárioPortuguesa Santista
17 de maio de 1928Portugueza de Esportes1X3Peñarol UniversitárioRua Cesario Ramalho, no Cambucy
20 de maio de 1928Guarani FC (Campinas)0X0Peñarol UniversitárioCampinas
24 de maio de 1928Floresta AC (Amparo)0X0Peñarol UniversitárioVilla Afonso Celso
27 de maio de 1928A.A. Guaxupé/MG2X1Peñarol UniversitárioGuaxupé/MG
17 de junho de 1928Comercial FC (Ribeirão Preto)2X0Peñarol Universitário Estádio da Rua Tibiriçá
29 de junho de 1928Associação Athletica Ferroviária1X1Peñarol UniversitárioAraraquara
05 de julho de 1928Rio Preto Sport Club2X4Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
08 de julho de 1928Rio Preto Sport Club1X1Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
18 de agosto de 1928XV de Novembro de Piracicaba2X1Peñarol UniversitárioPiracicaba
29 de setembro de 1928Flamengo/RJ2X1Peñarol UniversitárioLaranjeiras

Pelo levantamento que fiz, o Peñarol Universitário realizou 14 jogos (citados acima), em território brasileiro. Foram três vitórias, cinco empates e seis derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 24 e um saldo negativo de sete.  

Guaxupé bateu o Palestra Itália

No domingo, do dia 26 de maio de 1929, o Guaxupé enfrentou, em amistoso, em casa, o poderoso Palestra Itália (SP). Diante de grande público, os donos da casa venceram a equipe paulista pelo placar de 2 a 1.

Em agosto de 2018 – A secretaria de cultura esporte e turismo promoveu no foyer do teatro municipal, uma exposição sobre a história do futebol de Guaxupé no século XX.

Dentre várias fotos memórias, foi exposto o troféu conquistado pela antiga Associação Atlética Guaxupé contra o Peñarol do Uruguai. A exposição fez parte de uma série de eventos pelo dia do profissional da educação física.

COLABOROU: Moisés H G Cunha

FOTOS: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé/MG

FONTES: Secretaria de Cultura Esporte e Turismo da Prefeitura de Guaxupé/MG – Jota Araújo – Rádio Comunitária 87 FM (juracelio87.blogspot) – Revista Placar – A Lavoura (MG) – A Noite (RJ) – A Gazeta (SP) – Diário Nacional (SP) – Correio Paulistano (SP)