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Esporte Clube Corrêas Campeão do Campeonato Petropolitano de 1952

Ao longo de sua história, o Esporte Clube Corrêas participou de dezenas edições do Campeonato Citadino de Petrópolis. O seu maior feito ocorreu no ano de 1952, quando faturou o seu único título! O Corrêas chegou na última partida, necessitando de simples empate para se sagrar campeão.

Contudo, a missão não era tão simples. Afinal, teve de encarar uma das forças do futebol petropolitano naquela época: Cruzeiro do Sul Futebol Clube. E para apimentar ainda mais a peleja seria na casa do adversário.

Com tantos ingredientes, o final do certame de 1952, organizado pela Liga Petropolitana de Desportos (LPD), teve um desfecho digno de uma grande competição. No final, no domingo, do dia 05 de outubro de 1952, um empate heróico, em 1 a 1, que resultou no título inédito na história do Esporte Clube Corrêas.

Após o jogo os jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores realizaram uma grande passeata na Avenida 15 de Novembro, no Centro de Petrópolis, a fim de  festejar o título de 1952. O EC Corrêas atuou da seguinte forma: Lourenço; Vivinho e Paulo; Mozart, Bené e Gilberto; Waldir, Aluísio, Walter, Joaquim e Waldomiro. Os reservas: Toninho, Osvaldo, Caveira, Juarez e Gaguinho. O departamento médico esteve a cargo do Dr. Ernani Duarte.

O Cruzeiro do Sul jogou com: Jair; Silvério e Átila; Jair II, Djalma e Cláudio; Vale, Wilton, Amarino, Paulo e Rei.

FONTES: A Noite – Diário Carioca

Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: Esporte Clube Sul Americano – Bairro do Bom Retiro, Zona Centro – São Paulo (SP)

O Esporte Clube Sul Americano, do bairro do Bom Retiro, foi fundado na data de 25 de julho de 1932.

Foi um dos grandes clubes do bairro do Bom Retiro. Seu estádio era situado próximo a Marginal do Rio Tietê, onde hoje está estabelecido um conjunto de prédios de moradias populares.

FONTES: álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60, e o historiador Waldevir Bernardo, o “Vie”.

Fundação São José Esporte Clube – Duque de Caxias (RJ): Fundado por Tenório Cavalcanti, o “Homem da Capa Preta”

O Fundação São José Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Duque de Caxias, situada na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. A sua Sede e o Estádio dos Eucaliptos ficam localizados na Avenida Gomes Freire, s/n, no Bairro da Vila São José (antigo Bairro Pantanal), em Duque de Caxias.

História

Em seus últimos anos de vida o lendário Tenório Cavalcanti dedicou-se à Fundação São José e ao Educandário Maria Tenório. A razão pelo qual o “Homem da Capa Preta” criou essas instituições na Vila São José, teve um motivo nobre.

Em 1958, a cidade de Duque de Caxias foi atingida por um temporal que gerou milhares de problemas, sobretudo, na Favela do Mangue que foi arrasada, deixando mais de mil famílias desabrigadas.

Diante de tantas promessas de ajuda, apenas um homem, de fato, prometeu e ajudou: Tenório Cavalcanti. Com a sua influência, conseguiu junto ao Presidente da República, Juscelino Kubitschek, verbas federais repassadas a Legião Brasileira de Assistência (LBA).

Assim num enorme espaço no Bairro Pantanal foi construindo a Vila São José, que sete anos depois já tinha se tornado o lugar mais populoso de Caxias. Tenório Cavalcanti não parou por aí. Ajudou na construção de escolas, agremiações sociais.

Diante de tantas obras sociais, Tenório Cavalcanti foi o responsável da Fundação do clube Alviceleste da Vila, no dia 16 de Outubro de 1965. Na época, a sua Sede ficava na Rua 27 de Setembro, congregando a família dos ex-flagelados e funcionários da administração da Vila.

Apesar de tantos afazeres, o “Homem da Capa Preta” atuava como diretor do clube. Além do futebol, o clube realizavam diversos eventos como bailes e concursos para escolher a Rainha do clube.

Alguns fatos marcantes

No Campeonato Citadino de Duque de Caxias de 1967, organizado pela Liga de Desportos de Duque de Caxias, o Fundação São José fez uma campanha impecável, chegando a ficar 19 partidas sem perder um jogo.

No Campeonato Citadino de Duque de Caxias de 1973, o Alviceleste da Vila faturou o título com uma bela campanha! Foram 10 jogos, com: sete vitórias, dois empates e uma derrota; marcando 15 gols, sofrendo cinco tentos, com saldo positivo de 10.

Curiosidade

Em 1974, as Federação Carioca de Futebol e a Federação Fluminense de Desportos (que começaram a fazer uma aliança que culminou com a fusão quatro anos depois, em 29 de Setembro de 1978), iniciaram um projeto a fim de criar o Torneio de Integração, que já tinham alguns clubes confirmados: Bangu, Bonsucesso, Campo Grande, Madureira, Madureira, Portuguesa e São Cristóvão.

Para participar desta competição os clubes deveriam se profissionalizar. De Niterói os possíveis candidatos: Manufatora, Tiradentes, Agra e Espanhol. Em Duque de Caxias, dois clubes estavam cotados: Nacional e o Fundação São José.

 

Estádio dos Eucaliptos, na Vila São José

Antes mesmo desse espaço tornar-se um campo, ladeava ele a um córrego que vinha do Rio Sarapuhy, totalmente despoluído. Assim, em grandes chuvas, quando o rio transbordava, jogava peixes em centenas que se espalhavam por onde seria o campo dos Eucaliptos.

Portanto, esse local é sagrado, visto que foi batizado por peixes. À medida que o Rio Sarapuhy foi morrendo, esse fenômeno deixou de existir. Com a vinda da Vila São José, em 1959, no quesito lazer, criou-se o Campo dos Eucaliptos, visto ser essa área cheia dessas árvores de um perfume inesquecível. E ainda fizeram uma cerca branca no seu entorno, o que tornava essa nova área de esporte mais bela.

Criou-se então o time representante da Vila São José, o forte Fundação São José Esporte Clube. Grandes jogadores passaram por lá: Carlinhos Rosquinha, Neném Piranha, Paulinho Binha, Pardal, Haroldo, Lamparina, Ximbica, o goleiro Zé Áureo, entre outros.

Ganhar do Fundação no campo dos eucaliptos era quase impossível. O campo ficava lotado aos domingos. O adversário tremia. Até o infanto-juvenil do Clube de Regatas Vasco da Gama foi abatido em 1973, num categórico 3 a 0 só no primeiro tempo. A famosa Rádio Difusora de Caxias fazia transmissões no local.

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O estádio deu lugar ao CIEPs, nos anos 80

Nos anos 80, o Governador Leonel Brizola acolheu um projeto cultural sugerido por Darcy Ribeiro e implantou os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), mais conhecidos por “Brizolões“. O local escolhido foi justamente o Estádios dos Eucaliptos, criando uma ironia: dando vida a educação e matando o principal local de lazer da região.

A partir daí a Vila São José ficou desprovida desse lazer essencial. Como um prêmio de consolação construíram os “7 Campos“, onde antigamente estavam os campos do Brasil e do Cerâmica, no Pantanal, Morro do Sossego.

Contudo, a ex-presidente da república Dilma Rousseff acabou com os “7 Campos“, criando no local “Minha casa, minha vida“, deixando o Bairro São José órfão de um campo de futebol.

 

Time de 1966: Lula; Valito, Juca e Careca; Reco e Ximbica; Lamparina, Joaquim, Joãozinho, Válter e Miltinho.

Time base de 1967: Lula; Valito (Joaquim), Juca (Nequinha), Itamar (Erli) e Zé Maria; Osmi (Paulinho) e Bolão; Ximbica, Válter (Chico), Joãozinho (Macau) e Duca (Lamparina).

Time de 1968: Lula; Braga, Juca, Duca e Lamparina; Bolão e Válter; Paulinho, Gafu, Joãozinho e Nino.

Time base de 1973: Cebola (Zé Áureo); Carlinhos (Robson), Gilson, Bolão (Dias) e Domingos (Valdeci); Batista (Carlos Augusto), Jorge Davi (Sendas) e Paulinho (Lutércio); Almir (Arnaldo), Pardal (Morais ou Silva) e Melro (Jorginho). Técnico: Carlos Ramos de Souza, ‘Lelê’

 

PS: Uma detalhe que é importante citar. Em 1954, Tenório Cavalcanti fundou o jornal Luta Democrática, que usaria como ferramenta de propaganda política, especialmente para atacar desafetos e adversários, entre eles Getúlio Vargas. O jornal, de forte apelo sensacionalista, chegou a ser o terceiro maior do Rio de Janeiro nos anos 60. Por isso, que o clube ganhou tanto espaço neste veículo, nos ajudando a poder contar uma boa história.

FONTES: A Luta Democrática – Dias de São José – Jornal do Brasil – O Fluminense

Nacional FC de Belo Jardim/PE

O Nacional Futebol Clube foi fundado em 1973 e é originário do bairro São Pedro em Belo Jardim, Pernambuco.
Apesar de muitas dificuldades ao longo dos anos, o Azulão do São Pedro (como é conhecido pelos seus torcedores) conseguiu ser campeão belo-jardinense nos anos de 1997 e 2013.

Participou da Terceira Divisão Pernambucana (competição amadora cujo campeão ganhava o acesso e a profissionalização) em pelo menos 2 oportunidades: 2000 (eliminado na 3ª Fase pelo Comercial de Pesqueira) e 2002.

Pesquisa e Redesenho do escudo: Givaldo Santos
Fontes: http://belojardinense.tumblr.com, http://www.nogirodacidade.com.br (fora do ar atualmente)

Segue o uniforme do clube: