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Pedreira Esporte Clube – Belém (PA): Escudos e uniformes dos anos 70 e 90

JANELAS DO TEMPO: PEDREIRA ESPORTE CLUBE

Consta em registro cartográfico de 1680 a referência mais antiga à Ilha: aPonta da Musqueira, localizada a sudoeste, aos pés da baía de Santo Antônio. Tal denominação teria sido atribuída à presença do pirata espanhol Ruy de Moschera naquela região, em 1520. O certo é que, após a ocupação dos portugueses, com a construção dos alicerces da Cidade Velha de Belém, no século XVIII, esse lugar ficou conhecido como Ponta da Pedreira, exatamente por ser uma das pedreiras do Reino, de onde muitas pedras foram retiradas para as referidas obras. Em 1924, com a instalação da Uzina Santo Antônio da Pedreira pela firma Bitar & Irmãospara o beneficiamento da borracha e a extração de óleos, essa ponta da Ilha recebeu o nome de Ponta do Bitar.

Os primeiros funcionários da Fábrica Bitar, após suas atividades diárias, costumavam jogar futebol na praia do Areião, iniciando, assim, o beach soccer mosqueirense.

Um ano depois, no dia 7 de Setembro de 1925, fundaram um clube social com o nome de Pedreira Esporte Clube, cujo primeiro Presidente foi o Sr. Santiago Moura Palha, estando a sede localizada na Rua da Pedreira.

Em 1928, houve uma cisão na Diretoria do Pedreira e os sócios dissidentes fundaram o Botafogo F.C.. Outra associação, já na década de 1940, teria sua origem na Fábrica Bitar: trata-se do FABRIL, em cuja sede na 2ª. Rua, esquina com a Siqueira Mendes, aconteceram bailes carnavalescos animadíssimos, promovidos pelos padres da Igreja Matriz.

Foto de 1995

Ao Sr. Moura Palha sucederam os seguintes Presidentes: Comandante Ernesto Dias, Francisco Simões, Arlindo Machado, Possidônio Cruz, Carlos Miranda, José da Silva Figueiredo, Raimundo Bastos (Mundiquinho), Álvaro Adamor Mello, Oscar Bastos, Aurélio Reis, Armínio (Ari) Gonçalves, Davi Teixeira, Wolckemer Tabosa dos Reis, Carlos Roberto Simões Mathias, Orlandino Sodré Bastos, Walter Amaral, Fernando Robalo, Raimundo Nonato de Araújo, Sinomar Dias Naves, Raimundo Brito e Carlos Roberto Simões Mathias (que dirigiu o clube até 2010).

Na gestão do Sr. Francisco Simões, a sede da associação foi transferida para a residência do citado presidente, na 2ª. Rua da Vila. Depois, com a prática do futebol estabelecida no Largo de São Sebastião (terreno de propriedade da Igreja), na confluência da 4ª. Rua com a Av. Getúlio Vargas, o clube alvi-azul ficou sediado em frente ao campo, na 4ª. Rua, atual 15 de Novembro.

A Paróquia de Nossa Senhora do Ó fez a doação perpétua desse terreno ao Pedreira E.C., fato reconhecido pela Prefeitura Municipal de Belém em 1946,na gestão do Sr. José da Silva Figueiredo, quando o campo de jogo passou a chamar-se Praça de Esportes Magalhães BarataTempos depois, o nome foi mudado para Estádio São Sebastião, justo reconhecimento de sua origem.

O clube ainda funcionaria durante alguns anos em casa alugada, na Trav. Comandante Ernesto Dias, até que, na gestão do Sr. Oscar Bastos, a sede própria seria adquirida, na Trav. Pratiquara, 331 e, com o passar do tempo, reconstruída, na administração do Sr. Wolckemer Tabosa, que também edificou a primeira arquibancada do estádio.

Nos velhos tempos, o Pedreira E.C. sempre teve uma vida social bastante intensa, com a realização de bailes memoráveis em datas comemorativas, especialmente na quadra carnavalesca. Esses bailes eram frequentados pela elite da Ilha e, com certeza, deixaram gratas recordações. Na época do confete e da serpentina, concursos de rainhas do carnaval, a formação de blocos de salão e a participação da criançada em bailes infantis eram sucesso garantido. Na década de 1940, um bloco de salão que ganhou as ruas foi o“Alvi-Azul”, empolgando os torcedores pedreirenses com a sua marchinha, que se tornou quase um hino:

“No céu azul,                                             O Alvi-Azul do Mosqueiro

Uma estrela brilhou.                                   Nesta Vila é oprimeiro:

Todo mundo está cantando                        Não é por ser do Pedreira

E os clarins anunciando:                            Nem por ser do Papão,

O Alvi-Azul chegou!                                   Mas é sempre Campeão!”

 

 

 

Botafogo F.C., adversário sempre ferrenho desde as origens, criou o bloco “Enfeza”, para rivalizar nas ruas, como o fazia nos campos de futebol e nas festas carnavalescas. Em 1950, a turma pedreirense tinha os Marujos do Amor” e os botafoguenses, os “Foliões da Vila”. Assim era a rivalidade entre os clubes que tiveram uma origem comum.

E como não sentir saudades daquela bandinha de música, antes comandada pelo Seu Paizinho e, depois, pelo Coré, acompanhado de Sandoval, Preguiça e Maurício, animando os jovens e a velha guarda, com marchinhas e frevos da época. E o que dizer do “Bloco da Saudade” que, às seis da manhã da quarta-feira de Cinzas, arrastava os foliões da festa para a tradicional despedida do Carnaval, no coreto da Praça da Matriz?

Mas as batalhas de confete e os bailes de Carnaval tiveram a sua época de ouro nas décadas de 1970 e 1980, com as administrações de Wolckemer Tabosa dos Reis, Carlos Roberto Simões Mathias e Orlandino Sodré Bastos.Tabosa atraiu os foliões belenenses; Carlos Mathias popularizou os bailes além de dar-lhes nomes (Baile do Azul e Branco, Baile do Vermelho e Preto, Baile do Havaí, Baile Até o Sol Raiar), atingindo o auge; e Orlandino Sodrécontinuou o sucesso das festas, além de priorizar a eleição da Srtª. Joana Lucinal Dias, candidata do clube, como Rainha das Rainhas do Carnaval Mosqueirense de 1982. O Pedreira faria outra Rainha das Rainhas em 1987:Srtª. Maria Lúcia Favacho Cezar.

 

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Equipe prepara sede para o Carnaval, na década de 70 (FOTO: Arquivo)

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Decoração criada por Dílson Nery de Araújo (sentado) FOTO: Arquivo

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Claudionor Wanzeller (Secretário) e Raimundo Paixão (Tesoureiro)

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FOTO: Arquivo

Uniforme dos anos 70

Embora, desde o início, o futebol amador tenha sido o carro-chefe das atividades do clube, o Pedreira formou, na década de 1960, a sua equipe de voleibol, para disputar partidas memoráveis com o Bom Jardim (sem dúvida, o melhor time da Ilha na época), Parazinho e Grêmio Recreativo, entre outros.

Filiado à Federação Paraense de Desportos (FPD), desde 1945, o Pedreira conquistou, naquele ano, o I Campeonato Oficial de Futebol do Mosqueiro,vencendo, na partida final, a equipe do Independência E. C. pelo placar de 1×0.

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Time de futebol do Pedreira, na década de 70 (FONTE: Jornal Nativo de Mosqueiro)

Filiou-se, depois, à Federação Paraense de Futebol e, em sua trajetória, conquistou diversos títulos no Campeonato Distrital de Futebol do Mosqueiro, o que lhe valeu o cognome de Gigante da Ilha.

Em 1994, participou do Campeonato Paraense de Futebol da Segunda Divisão, sagrando-se Campeão Invicto e conquistando o acesso ao Futebol Profissional da Primeira Divisão. Disputando durante alguns anos, a partir de 1995, na elite do Futebol Paraense, sua melhor participação resultou na 5ª. Colocação, embora tenha conseguido vitórias expressivas contra Paysandu, Remo e Tuna. Atualmente, integra o grupo da 2ª. Divisão do Futebol Profissional.

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Sinomar Naves, Alonso Guimarães e Coronel Nunes (FONTE: Nativo de Mosqueiro)

Nos seus 86 anos de existência, o Pedreira E.C. viu passarem, em suas equipes, grandes atletas, entre os quais muitos se destacaram no cenário maior do Futebol Paraense: Sidoca, China, Fernando Pau Preto, Taioba, Airton, Edmar Ferreira, Almeida Cambalhota, Zé Augusto (o Zé da Galera do Paysandu), Nuno, Luís Carlos Trindade, Paquinha, Marcelo Moraes, Fábio, entre outros.

Nos anos 70 e 80, tivemos a oportunidade de secretariar quase todos os presidentes do clube e testemunhar um excelente trabalho em prol da coletividade, que não deve ser esquecido pelos mosqueirenses. Era fácil a percepção do gostar do clube em inúmeras personagens, entre as quais citamos Hermano Pinheiro, Carlos Alberto Mathias, João Soares, Paulo Cruz,também testemunhas do passado glorioso da instituição.

Embora de Utilidade Pública Municipal e Estadual, a Associação Pedreira Esporte Clube vive hoje um ostracismo social incompreensível, não condizente com sua trajetória fulgurante. Talvez careça do apoio de órgãos públicos, mas, com certeza, necessita da vontade e da força de um trabalho jovem, capaz de despertar o Gigante Adormecido.

FONTES & FOTOS: Blog Mosqueirando – Jornal Nativo de Mosqueiro – Claudionor Wanzeller – Nuno Robalo e Cristian

Liga de Esportes da Força Pública (SP): Fundado em 1932

O redesenho do escudo, bandeira e uniforme seguem as orientações apresentadas no Decreto Lei nº 5.420 de 04 de Março de 1932, no item ‘VII – Distintivo’ – Artigo 82. A Liga de Esportes da Força Pública (LEFP), participou do Campeonato paulista pela Federação Paulista de Futebol (entidade sem vínculo com a atual) na década de 30. Segue também a discrição do escudo que não é difícil de faze-lo, por sem bem simples.

 

FONTE: Assembléia Legislativa de São Paulo

Club Negro – Bôa Vista do Rio Branco – Amazonas (Atual Estado de Roraima)

Nesta publicação uma foto raríssima de 1926, que se refere ao Club Negro, situado na Vila de Boa Vista, no Rio Branco, que na época era município do Amazonas e hoje é a capital de Roraima. Presidido por Octavio José de Vasconcellos, o Club Negro tinha se sagrado campeão da Primeira Divisão do Rio Branco.

FOTO & FONTE: Revista Amazonense Redenção – Gaspar Vieira Neto

Barroso Football Club – Niterói (RJ): Participou do Torneio Aberto Carioca de 1936 e do Torneio Aberto da Liga Carioca de Football de 1937

O Barroso Football Club foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). O ‘Verdejante’ foi Fundado nos anos 30. A Sua Sede ficava localizado no Bairro de São Francisco, em Niterói. Além do futebol, o clube contava com outras modalidades, como o tênis de mesa, basquete, voleibol, entre outros.

Torneio Aberto Carioca de 1936

No Torneio Aberto Carioca de 1936, o Barroso não foi bem e acabou sendo eliminado após perder seus dois jogos. No domingo, do dia 05 de abril de 1936, foi derrotado pelo Nacional por 3 a 2. No domingo, do dia 03 de maio de 1936, foi derrotado pelo Sport Club América por 4 a 2.

Torneio Aberto da Liga Carioca de Football – 1937

O Barroso participou do Torneio Aberto da Liga Carioca de Football, de 1937. Estreou, no domingo, do dia 11 de Abril de 1937, com vitória sobre o Vila Joppert pelo placar de 6 a 4, no Estádio da Rua Campos Sales, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio.

No 2º jogo, na quinta-feira, do dia 29 de Abril de 1937, novo triunfo. Dessa vez diante do Paraíso das Borboletas, por 4 a 2, no Estádio da Rua Campos Sales, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Assim avançou para a Fase Classificatória (Chave Principal), e voltou a vencer. A vitima dessa vez foi o Independentes, que caiu pelo incrível marcador de 8 a 2, no domingo, do dia 02 de Maio de 1937, no Estádio das Laranjeiras, no Bairro das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.

Na 2ª rodada eliminatória, o adversário foi a Aviação Naval, no domingo, do dia 09 de Maio de 1937, no Estádio Teixeira de Castro (propriedade do Bonsucesso F.C.).

O jogo terminou com o placar de 5 a 0 para a Centro de Aviação Naval. No entanto, o clube militar acabou desclassificado por ter realizado substituições irregulares no intervalo da partida. Com isso, o Barroso avançou na competição.

Contudo, no jogo seguinte uma verdadeira pedreira: o tradicional Fluminense Football Club. E não deu para o Barroso que acabou goleado por 9 a 3, no domingo, do dia 30 de Maio de 1937, no Estádio da Rua Campos Sales, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Apesar da derrota, o Verdejante de Niterói ainda conseguiu uma vaga na repescagem. No domingo, do dia 13 de Junho de 1937, enfrentou o Ramos, e conseguiu a reabilitação ao golear o adversário por 5 a 1, no Estádio da Rua Campos Sales, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Para chegar na fase final do Torneio Aberto da Liga Carioca de Football e se juntar a Portuguesa Carioca, Bonsucesso, América, Fluminense e Flamengo, o Barroso teria que superar o forte Atlético Mineiro.

Mesmo tendo feito um grande jogo, Na quarta-feira, do dia 16 de Junho de 1937, o Verdejante de Niterói não resistiu e acabou eliminado ao ser derrotado pelo clube mineiro pelo placar de 3 a 1, no Estádio da Rua Campos Sales, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio. Paulista, Alfredo Bernardino e Resende marcaram para o Atlético-MG, enquanto Tião fez o tento de honra para o Alviverde de Niterói.

No final, a campanha foi excelente terminando entre os oito primeiros. Foram sete jogos, com quatro vitórias e três derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 26, com um saldo de um gol.

Filiação na ANF

Se filiou a Associação Nictheroyense de Football (ANF), na quarta-feira do dia 24 de abril de 1940. Disputou o Campeonato Niteroiense da Segunda Divisão, em 1941 e 1942.

Filiação na FMF melou

Na terça-feira, do dia 10 de março de 1942, o Barroso se filiou a Federação Metropolitana de Futebol (FMF). Para ter a sua filiação, o clube niteroiense alugou um escritório para ser a sua Sede, localizado na Avenida Rio Branco, nº 137 / Sala 816, no Centro do Rio.

Apesar de todo o esforço protocolar, o clube acabou vetado pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), o que acabou inviabilizando a sua participação no Campeonato do Rio, organizado pela FMF.

Amistosos diante do Flamengo e Corinthians Paulista

O Barroso enfrentou, amistosamente, o Clube de Regatas Flamengo duas vezes. No primeiro encontro, acabou goleado pelo Rubro-Negro por 6 a 1. No último, no sábado, do dia 27 de julho de 1940, nova goleada. Dessa vez o Barroso perdeu por 8 a 2.

No sábado, do dia 29 de Junho de 1941, o Barroso foi até São Paulo, enfrentar o Sport Club Corinthians Paulista, no Estádio do Pacaembu. No final, o Timão goleou por 6 a 1.

No domingo, dia 03 de novembro de 1941, o Barroso F.C. fez a preliminar de Flamengo e Botafogo, quando enfrentou os reservas do Botafogo.

Time-base de 1942: Nelson; Amaro e Adalberto; Divo, Morgado (Paulista) e Juldemar João (José), Berlo, Octavio, Genésio e Durval.

FONTES: A Batalha – A Manhã – Jornal dos Sports – Correio da Manhã – O Jornal – Jornal A Noite – Gazeta Esportiva