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Club Athletico Ponte Grande – São Paulo (SP): Quatro participações na Terceirona Paulista

O Club Athletico Ponte Grande foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado no dia 1º de Janeiro de 1914, como Ponte Grande Football Club. Em 1922, mudou a nomenclatura para C.A. Ponte Grande. O campo ficava no Bairro de Sant’Anna. Já a sua Sede, o clube, em 1920, estava locado na  Rua Eduardo Chaves, 44 – Bom Retiro (na época era Grande Ponte), em São Paulo.

A partir de 1929, se mudou para Avenida Tiradentes, nº 99 (sobrado), no Bairro da Luz (antigo: Ponte Grande), em São Paulo. Participou do Campeonato Paulista da 3ª Divisão em quatro oportunidades: 1927, 1929, 1930 e 1931. Em 1933, o voltou ao nome original: Ponte Grande Football Club.

FONTES: A Gazeta – Correio Paulistano – O Combate

Club Athletico Brasil – São Paulo (SP): Fundado por negros, foi campeão da Segundona Paulista de 1927

O Club Athletico Brasil foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Clube dos Homens de Cor” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Outubro de 1916, com o nome de Club dos Cravos Vermelhos por cinco desportistas: Theodoro do Nascimento, Fausto da Silva, José Pereira Paixão, Umberto Vaz de Almeida e Laureano José Barboza, os quais desde então começaram a trabalhar com afinco e boa vontade, para coroar de êxito essa tarefa estafante. 

Em 1927, a Sede ficava Rua da Glória, nº 196 – Bairro da Liberdade – São Paulo. E, nos anos 30, estava situado na Rua Glycerio, nº 175-A, no Bairro do Glycerio, no Distrito da Liberdade, na capital paulista.

Seis meses depois desse acontecimento, entrou para as suas fileiras o Sr. Norberto Rocha e Paulino de Castro. Estes senhores pleitearam e conseguiram que o clube instalasse uma salão danças. Posteriormente Norberto Rocha ficou encarregado de organizar o quadro de futebol.

Os ensaios dançantes corriam regularmente bem e por iniciativa da diretoria sempre operosa às suas expensas e nos salões realizaram-se vários casamentos de associados.

Enquanto isso, o quadro de futebol ia desenvolvendo-se de modo animador. Foi o seu 1º Presidente, o Sr. Fausto da Silva e três anos após (1919), o Sr. Theodoro do Nascimento assumiu a presidência do clube. Todos eles coadjuvados pelo Sr. Paulino de Castro e outros trabalhos estavam dando a vida e desenvolvimento ao clube. 

1927: Mudança de nome e título da Segundona

Em 1927, houve uma assembléia geral no qual tratou-se da mudança de nome do quadro de futebol que passou a denominar-se Club Athletico Brasil, a fim de filiar-se na Liga Amadora de Football (LAF). E o resultado veio no mesmo ano quando se sagrou Campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1927, recebendo como prêmio, a Taça Dr. Armando Prado.

Foram os seguintes jogadores componentes desse quadro campeão: Waldemar; Veneno e Cachimbo; Gradim, Dario e Rabudo; Edgard, Norberto, Argemiro, Armandinho e Ricardo.

 

Primeira prova esportiva de negros

Ainda, em um festival, promovido pelo Club Athletico Brasil, tomaram parte o então glorioso Paulistano e o Palmeiras, sendo esta a primeira vez que por iniciativa de homens de cor, dava-se em São Paulo a 1ª prova de iniciativa esportiva de negros.

Mais tarde, ainda por iniciativa do Club Athletico Brasil, organizou um encontro entre dois selecionados denominados: branco versus preto, passando a fazê-lo disputar todos os dias 13 de maio, conseguindo perder um jogo e ganhar dois.

Um dos encontros que mais sucesso alcançou, foi o que veio do Rio de Janeiro, da Liga Metropolitana, o qual foi abatido pela expressiva contagem de 7 x 1, ocasião em que todos os jornais paulistanos não regatearam elogios aos jogadores negros de São Paulo.

Nesse jogo formidável, destacaram-se os jogadores Bahianinho, Rabi, Nabor e Robertinho, astros de primeira grandeza na Association Bandeirante. Por essa ocasião, foi oferecido no Hotel do Braz, um banquete de 100 talheres, onde viam-se os azes Leônidas, Princeza, Augusto Américo e outros.

No champagne, falaram vários oradores e jornalistas cariocas, respondendo pelo Club Athletico Brasil, o então Secretário Gervasio de Moraes. Nesse trabalho de aproximação esportiva, muito se destacaram os senhores Salatiel de Campos e Oscar Souza Mello, dedicado e incansável thesoureiro do clube.

Assim pois, de iniciativa em iniciativa, o clube tendo em Norberto Rocha, um verdadeiro esteio, vem trabalhando para conseguir uma praça de esportes que honre a coletividade negra de São Paulo e do Brasil, pois como vimos, de lutas constantes tem sido a vida dessa pujante agremiação, cuja Sede repletas de taças, acha se instalada à Rua Glycerio, nº 175-A, no Bairro Glycerio (atual bairro da Liberdade). O povo negro pode orgulhar-se desse clube que tão bem tem-se portado durante tão longa existência, sempre conquistando louros e triunfos imensos.

A história do Club Athletico Brasil sofreu o seu primeiro baque, na terça-feira do dia 30 de dezembro de 1930, quando a Polícia fechou a sede, sob a alegação de irregularidades no último baile realizado. O incidente não desanimou a diretoria que conseguiu reverter o quadro e reabriram o clube.  No entanto, anos depois o clube acabou fechando às portas sem nenhum alarde. Contudo, ficou na lembrança pela sua luta pela inclusão dos negros na sociedade paulistana. 

 Participou do Campeonato Paulista da 3ª Divisão de 1927 e 1933; do Campeonato Paulista  da 2ª Divisão 1928 e 1929; e do Campeonato Paulista da 4ª Divisão de 1931. 

FONTES: Correio Paulistano – A Gazeta – O Kosmos – O Estado (SC) – Evolução (13-05-1933)

Inédito!! Itapeba Atlético Clube – Maricá (RJ): Duas participações na Terceirona do Rio

Após uma década de procura, enfim, uma lacuna foi preenchida. Graças a persistência do amigo André Luiz Pereira Nunes, o distintivo do Itapeba Atlético Clube foi encontrado. Esta agremiação ficava na cidade de Maricá, situado na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro. O Alvirrubro Maricaense foi Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Outubro de 1959. A sua Sede ficava Rodovia Amaral Peixoto, km 28, no Bairro de Itapeba, em Maricá.

Criado no fim da década de 1950, o Itapeba foi um dos três times de Maricá a disputar o futebol profissional do estado do Rio de Janeiro a exemplo do Esporte Clube Maricá e do Esporte Clube Taquaral. Anteriormente, o Itapeba participou de certames do Campeonato Citadino de Maricá.

Em 1992, fez a sua estreia no Campeonato Carioca da Terceira Divisão, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), terminando na 3ª colocação na classificação geral, atrás somente dos promovidos Esporte Clube Anchieta e São Paulo Futebol Clube. O Grêmio Esportivo Km 49, Everest Atlético Clube, Bela Vista Futebol Clube, Sport Club União de Marechal Hermes, Associação Atlética Colúmbia e Nilópolis Futebol Clube completaram a tábua de classificação.

Por conta de problemas financeiros, o time permaneceu afastado das competições até 1995 quando retornou ao Campeonato Carioca da Terceira Divisão. Ao final de dois turnos, no Grupo B, ficou na 6ª colocação, portanto, fora do octogonal final que definiu Tio Sam Esporte Clube e Belford Roxo Futebol Clube como os contemplados com as duas vagas para o módulo imediatamente acima. Cosmos Social Clube e Atlético Clube Apollo também foram desclassificados. Após essas duas experiências, a agremiação não mais disputou as competições de âmbito profissional.

FONTES: Wikipédia – O Fluminense – André Luiz Pereira Nunes 

Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: S.L. Benfica do Brasil – Bairro: Vila Maria – Zona Norte – São Paulo-SP

O Sport Lisboa e Benfica do Brasil, do bairro de Vila Maria, Zona Norte da cidade de São Paulo, foi fundado na data de 9 de julho de 1938.

Seu estádio se situa na Avenida Morvan Dias de Figueiredo número 213, próximo a Marginal do Rio Tietê.

Fontes: álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60, o historiador Waldevir Bernardo (Vie), meu acervo e google maps.

Itaguaí Futebol Clube – Itaguaí/Duque de Caxias (RJ): Disputou a Segundona de 2014

O Itaguaí Futebol Clube foi uma agremiação efêmera da cidade de Itaguaí/Duque de Caxias (RJ). Contar a história desse clube não é uma tarefa fácil. Oficialmente, foi Fundado em 2013, porém o seu “nascimento” aconteceu nos primeiros dias de 2014.

Vinte e três anos depois, a cidade de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, volta a ter um clube de futebol profissional. visando dar uma maior notoriedade ao Município de Itaguaí, o prefeito Luciano Mota fez parceria com o Tigres do Brasil, clube que se estabeleceu desde 2004 no distrito de Xerém, em Duque de Caxias.

Presidente de honra do Duque de Caxias e amigo pessoal de Luciano Mota (PSDB), prefeito de Itaguaí, o deputado federal Washington Reis (PMDB) foi quem intermediou as negociações. O clube estava se preparando, na época, para disputar o Campeonato Carioca da Série B de 2014. O distintivo remete ao brasão da cidade e o uniforme lembra o da seleção da Espanha, em vermelho e azul.

A partir daí começaram a surgir os problemas. Primeiro a troca do nome na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), não era algo simples. Depois, o município de Itaguaí não possuía um Estádio, pois naquele momento o que existia era um projeto que ainda não tinha saído do papel para construção de uma Arena para 10 mil pessoas, na área de um já existente, no Centro.

Outro ponto. Ainda não tinham definido, o que seria feito com toda a área do Tigres após a mudança definitiva do clube. O local conta com o estádio, seis campos, academia, alojamentos, refeitório, piscina, auditório e muito mais. Atualmente, o Duque de Caxias, como parte da parceria, e o próprio Itaguaí estão utilizando a estrutura.

Após conquistar o acesso para Elite do Futebol Carioca de 2015, a parceria desapareceu num passe de mágica. E o Tigres do Brasil disputou com o seu escudo e uniforme tradicional.

 

FONTES & FOTOS: O Lance! – FutRio – Anderson Castro