Na quarta-feira, do dia 16 de setembro de 1964, o município de Jacutinga (MG) comemorava o aniversário de 63 anos de emancipação. Nessa data, a modesta Associação Desportiva Jacutinguense enfrentou e derrotou o time misto da Sociedade Esportiva Palmeiras (SP).
Mauá é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence à região do ABC Paulista, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, A densidade demográfica é de 6 753,01 habitantes por quilômetro quadrado. Porém a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. Em 2014, era o 20° município do estado em produto interno bruto. Com 418.261 habitantes (Censo 2022), Mauá é o 15° município mais populoso do estado de São Paulo, e o 57° município mais populoso do Brasil.
Etimologia
Ver também: Topônimos tupi-guaranis no Brasil
O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere que o topônimo “Mauá” pode provir de “Magûeá“, que era o nome de uma aldeia tamoia que se localizava na baía de Guanabara no Século XVI. Originalmente, o nome “Mauá” designava uma área onde hoje situa-se o bairro de Mauá, em Magé, onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O imperador dom Pedro II, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão de Mauá.
Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome “Mauá” passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo “Pilar“, que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Ribeirão Pires.
O Mocidade Futebol Clube do Jardim Zaíra, é uma agremiação da cidade de Mauá (SP). O “Tricolor do Zaíra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de abril de 1970. Em Mauá é uma das mais tradicionais equipes do futebol amador da região do ABC. Seu nome é uma homenagem à escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel dado pelos fundadores Ademir Geremias Silva e Otaviano da Cunha.
Atualmente a equipe disputa o Campeonato Mauaense da 1ª Divisão, competição que o Mocidade FC já conquistou em três oportunidades:1977, 1979 e 2001. Em sua extensa galeria de títulos e troféus, também constam o título do Campeonato da 2º Divisão em 1989, a Copa Amizade de 1997 e os diversos títulos dos veteranos e do cinquentão, com destaque para o campeonato invicto conquistado pelos veteranos em 2008.
O primeiro jogo do Mocidade foi contra o Congregação Mariano e o placar de 2 a 0 para o cobra coral já era um indício de que nascia ali um time predestinado às vitórias. O Mocidade jogou com: Geraldinho; Cláudio Neri, Ezequiel, Pedro Luiz e Silvão; Garrinchinha, Otávio e Lula; Bilão, Natal e Geremias. O primeiro gol coube ao centroavante Natal, de cabeça.
A 1ª Diretoria da equipe, além de seus fundadores, foi composta com os seguintes nomes e cargos:
Presidente – Felício Garcia;
Vice-Presidente – Otaviano da Cunha;
Tesoureiro – Silvão;
Secretário – Nino;
Diretor Esportivo – Ademir Geremias Silva;
Presidente do Conselho – Manoel Alves;
Vice-Presidente do Conselho– Pata;
Conselheiros – Lula, Albino, Jessé e Rocão.
Outra curiosidade relacionada ao Mocidade FC é que a equipe quase tornou-se profissional e que poderia ter disputado a 2º Divisão de Profissionais do Campeonato Paulista de 1978. O então prefeitoDorival Resende da Silva havia prometido que colocaria o Mocidade na disputa, uma vez que, em 1977, a equipe vinha de conquistas tanto no principal como nos aspirantes, sendo o mais forte time de Mauá, na época. Mas tal promessa não se concretizou.
Mesmo com a negativa sobre a profissionalização da equipe, o “Tricolor do Jardim Zaíra” continuou revelando seus talentos, muitos dos quais atuaram no futebol profissional, entre os quais podemos destacar o ex-volante Valter, que jogou no Paulista de Jundiaí, o ex-lateral Dirceu, que jogou no extinto Saad, de São Caetano, o Caca, que jogou em Portugal e está na Alemanha e o zagueiro Bamba, que jogou no Grêmio Mauaense e no Oeste de Itápolis. Outro grande destaque foi o Coutinho, que foi da diretoria do Mocidade e jogou pelo União Bandeirante (PR), pelo Fluminense de Feira de Santana (BA) e encerrou carreira no Saad (SP). Outro importante atleta foi Cândido, que deu seus primeiros chutes como juvenil do Mocidade e depois brilhou com as camisas do Atlético Mineiro e do América de São José do Rio Preto.
PASSADO DE GLÓRIAS-FUTURO VENCEDOR.
A história de conquistas do Mocidade FC tem sua raiz na comunidade do jardim Zaíra, em Mauá. A relação da agremiação com o bairro vem desde sua fundação e ainda hoje é muito forte, conforme relata o presidente Evandro Fiorentini, o Picolé:
“Naquele tempo se jogava pela várzea mesmo, você defendia o time de seu bairro, da sua comunidade, jogava para representar a vila”, destaca. “Quem não lembra da famosa Maria Coquinha, a antiga torcedora-símbolo do Mocidade e das partidas em que reuníamos mais de 800, 1000 torcedores por jogo”, rememora Fiorentini.
A Sede social do Mocidade Futebol Clube está localizado na Rua Sebastião Antônio da Silva nº 51, no Jardim Zaíra, em Mauá/SP, onde a tradicional agremiação esportiva guarda suas relíquias, vivas na memória de seus simpatizantes, muitos deles ex-jogadores, como o Bilão, que conta com muita alegria como era o Zaíra do passado, na época do surgimento do Mocidade.
“O Jardim Zaíra tinha muito mato e ruas de terra, que dificultavam o acesso das pessoas para o fundo do bairro. O ponto final do ônibus ficava onde hoje está a sede do Juá Futebol Clube, no bar do Zé Pimenta”, relembrou Bilão.
A realidade do Mocidade FC é a mesma da maioria de nossos clubes amadores da região, ou seja, vivendo da abnegação de seus dirigentes e da relação com sua comunidade.
E assim segue o Mocidade FC, com sua tradição de revelar jogadores, com sua trajetória vencedora e repleta de glórias e conquistas e com sua profunda relação na comunidade do Jardim Zaíra, que continua com a mesma energia que o consagrou como uma das maiores equipes de futebol amador que a cidade de Mauá produziu.
ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FONTES: Acervo pessoal – danielalcarria.blogspot – Facebook – Jornal Diário do Grande ABC
O São Cristóvão Futebol Clube, do Brás, foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede social ficava na Rua Lucas, nº 69; depois se transferiu para a Rua Jairo Gois, nº 95 a 99; ambos no bairro do Brás, na região Central de São Paulo/SP. O local contava com televisão, um salão de “snooker” (sinuca), mesas de xadrez, biblioteca, sala de leitura, rádio vitrola, um ótimo bar.
Os “Diabos Varzeanos” foi Fundado na terça-feira, do dia 29 de setembro de 1914, por um grupo de rapazes componentes revendedores de jornais e outro grupo de estudantes do Instituto Eduardo Prado, da escola de padres dirigida pelo mosteiro de São Bento e cuja escola localizava-se na Rua Florêncio de Abreu, no Centro da cidade.
O diretor nesse como foi D. Placido Broders, o S.B., o grande animador para a fundação do clube, que a princípio se denominou Sport Club Eduardo Prado, até 1918, quando adotou o nome São Christovam Football Club. No início e por muito tempo (até a década de 30) era conhecido pelo “Clube dos Jornaleiros”.
Da sua primeira geração de fundadores, dirigentes e futebolistas se destacaram Thomaz Mazzoni, Francisco Labate, os irmãos Scagliusi, Miguel Sirabello, Francisco Carrone, João Pellegrini, J. Oliva, J. Zuppo, depois Saverio Mastrochirico, Laselva, Carrieri, Settani, Salvador, entre outros.
Foi seu dinâmico fundador em conjunto com uma porção de nomes que não nos vem a memória, o popular Thomaz Mazzoni, também conhecido por Olympicus. Grandes foram os seus feitos, grandes vitorias e muitas derrotas também que amarguravam os seus jogadores e torcedores se bem que os simpatizantes também.
Foi um dos quadros que mais furor fizeram na várzea paulista, sendo respeitado em todo lugar onde se apresentava, sendo que em uma época levava junto a sua torcida a famosa Tarantela doSão Cristóvão F.C.
Além dofutebol, o clubetambém contava com umaequipe de tênis de mesa, que era filiada a Federação Paulista de Ping-Pong (FPPP), na década de 30.
Títulos do Alvinegro do Braz
Dentre as suas glórias, destacam-se os seguintes campeonatos: Em 1924, organizado pelo saudoso Canga Argueles, institui um campeonato varzeano cujo finalista foi o São Cristóvão F.C.
Há a lembrar-se que nesse campeonato foi cognominado de “Diabos Varzeanos“, em vista da banda que eles levavam aos jogos, e que era conhecida a Tarantela doSão Cristóvão F.C., do Mastrochirico, do Bicudo e dos Cunhadinhos, e pelo barulho que faziam os seus jogadores se entusiasmavam e pareciam uns diabos correndo em campo, daquele nome e grandes vitorias.
Em1930, um jornal instituiu um campeonato varzeano e deu-lhe o nome de Campeonato Olímpico, organizado pelo Jornal O Dia (SP), e novamente se consagrou campeão da várzea o “Alvinegro do Braz”, há a lembrar-se um caso curioso, pois a finalista foi realizada em dia de semana ou por outra de trabalho.
Daí reuniu-se uma comissão e foi as redações de jornais a fim de pedir que fosse expedida a edição da tarde um pouco mais cedo afim de que os jornaleiros pudessem ir assistir ao jogo de seu clube, se bem que muitos dos jornaleiros também eram jogadores, alguns ou a maioria dos jornais ficaram encalhados, como dizem os jornaleiros.
Com o tempo os seus dirigentes se enquadraram dentro dos bons clubes e inscreveram o “Alvinegro do Braz” na FPF (Federação Paulista de Futebol) e vindo assim a disputar os seus campeonatos amadores, campeonatos. Tornaram-se dessa forma campeões em 1944, na 1ª Divisão de Amadores. No ano seguinte (1945), campeões da Divisão principal, e vindo a ser vice-campeão da cidade.
Inúmeras viagens feitas ao Hinterland paulista de onde sempre voltou com vitórias sendo que bem poucas vezes no Interior Paulista, o São Cristóvão conheceu o amargor da derrota.
Na década de 50, o quadro de futebol só disputava partidas matutinas, mais para o divertimento de seus associados do que competições à vera. Em suma, o futebol passou a ser um entretenimento e não mais uma competição.
FONTES E FOTOS : A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta (SP) – Correio de S. Paulo (SP)
Vila Guilherme é um distrito situado na zona norte do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Vila Maria.
História do bairro
Inicialmente, as terras da hoje Vila Guilherme, denominada à época “Tapera”, pertenciam ao Capitão-mor Jerônimo Leitão, que as repassou como sesmaria (terreno inculto ou abandonado que os reis de Portugal distribuíam a colonos ou cultivadores) para o donatário Salvador Pires de Almeida e a seus descendentes.
Já no século XIX, chegaram ao Barão de Ramalho e, por herança, à sua filha, Joaquina Ramalho Pinto de Castro, que as vendeu a Guilherme Braun da Silva. Esse, por último, as loteou em sítios e chácaras, que foram vendidas principalmente a imigrantes portugueses, impulsionando o seu desenvolvimento.
Na quinta-feira, do dia 12 de setembro de 1912, o comerciante fluminense Guilherme Braun da Silva, adquiriu junto a Dona Joaquina Ramalho Pinto de Castro, herdeira do Dr. Joaquim Inácio Ramalho, o “Barão de Ramalho”, uma área de cerca de 115 alqueires de terra, que ia do rio Tietê até a estrada da Bela Vista, oficializando-se tal data como a fundação do bairro de Vila Guilherme.
Associação Atlética Aliança Paulista
A Associação Atlética Aliança Paulista é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Clube da Amizade” foi Fundado no sábado, do dia 19 de dezembro de 1925, por um grupo de amigos portugueses moradores do bairro da Vila Guilherme.
A sua 1ª sede foi no Bar do “Pedalada”, na Rua Chico Pontes com a Rua Joaquina Ramalho, na Vila Guilherme. O salão de festas (bailes) nos fundos do Armazém de Secos & Molhados, do Sr. Antônio (Campeão), na Rua Maria Cândida esquina com a Rua Joaquina Ramalho. Onde foram realizados bailes de carnaval, casamentos e lindas festas..
Depois inaugurou a sua nova Sede social (do lado do Bar do Sidônio), no sábado, do dia 20 de novembro de 1954, na Rua Maria Cândida, nº 1.142 (Fundos), em Vila Guilherme, com um baile, com a presença de familiares dos associados. Tinha seu salão de festas na Rua Amazonas da Silva(atualmente chamada: Rua Lagoa Panema, bem em frente à Escola Santa Tereza), na Vila Guilherme.
O endereço atual da Sede social fica situado na Rua Laurindo Sbampato, nº 235 – Chácara Cuoco. Bairro de Vila Guilherme, em São Paulo/SP.
Aliás, a vida social no clube era movimentada. Com a realização de bailes, shows, carnaval, festas juninas, etc. O clube também patrocinado a Corrida de Rua Noturna chamada “A.A. Aliança Paulista”, com amplo destaque nos principais jornais da cidade e com a grande número de corredores e o público compareciam em grande número. Em julho de 1957, o clube se filiou a Federação Paulista e Atletismo (FPA).
O seu campo de futebol situava-se na Rua Joaquina Ramalho (esquina com a Rua Pedra Sabão), onde há hoje um prédio de apartamentos de nome “Morada da Fonte”.
Mas o clube não vivia apenas do esporte. A cultura também tinha espaço. Em janeiro de 1958, o professor Solon Borges dos Reis (presidente do Centro do Professorado Paulista) doou 100 livros para a riquíssima Biblioteca do clube.
Curiosidades
Em Assembleia Geral ordinária realizada na quarta-feira, do dia 19 de janeiro de 1944, foi eleita e empossada a nova diretoria da Associação Atlética Aliança Paulista, para o exercício de 1944, cuja constituição é a seguinte:
Presidente: Albertino José da Costa Filho;
1º vice-presidente: Teodoro de Almeida;
2º vice-presidente: Alfredo Augusto Pires;
Secretário geral: Mario Antero Sebastião;
1º Secretário: Antônio Rueda Martins Filho;
2º Secretário: Americo Augusto Fernandes;
1º Tesoureiro: Augusto Abdias;
2º Tesoureiro: Eduardo Cordeiro;
Diretor de esportes: José Americo Sebastião;
Comissão fiscal: Batista Cucera, Tomaz Castro Andrade e Joaquim dos Reis;
Comissão de Sindicância: Alberto Simões, Manuel Pinto e Mario Gouveia Marquez.
Aliança Paulista goleou por 10 a 0 a Estrela do Tucuruvi
No domingo, do dia 14 de novembro de 1948, o esquadrão dirigido por Djalma dia a dia mais se destaca no futebol extraoficial. Jogando em seu campo, com o Estrela de Tucuruvi, “desmontou” o seu leal adversário pela expressiva contagem de 10 a 0. Na preliminar, o Aliança Paulista goleou o oponente pelo placar de 4 a 0.
Toca, o ex-ponta-direita da seleção de Sant’Ana, foi o “artilheiro” com 7 belíssimos tentos; Leopoldo, duas vezes e Pinguim, um gol, completaram a contagem.
O Aliança Paulista alinhou-se com a seguinte constituição: Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.
Aliança Paulista ingressou na Federação Paulista
Na quinta-feira, do dia 03 de março de 1955, a Associação Atlética Aliança Paulista solicitou filiação ao Departamento Varzeano da Federação Paulista de Futebol (FPF). Em 1942, contava com número de 40 sócios. Em 1940 a 1944, disputava as competições organizadas pela Sub-Liga Esportiva de Sant’Anna, onde fez campanhas modestas.
Aliança vice-campeão do Torneio Início Setor 27
No domingo, do dia 17 de julho de 1955, na grande final do Torneio Início do Setor 27 (Campeonato Varzeano de Santana), o Aliança Paulista acabou sendo derrotado por 2 a 1, pelo GDR Vasco da Gama, do bairro da Vila Guilherme, no campo do Vasco.
Na estreia do torneio, o Aliança venceu o Tupy por 3 a 0. O campeão ficou com a Taça Ari Silva, enquanto o Aliança recebeu a Taça João Carlos Tabeiras pelo vice. Os gols foram de Gabriel e Bodinho. Na arbitragem ficaram a cargo de Gilberto Gatto, Marcelino Arruda e Antônio de Carvalhos.
Em 1956, disputou o Campeonato Varzeano da FPF(Federação Paulista de Futebol), do Setor 12 – Tatuapé.
Aliança Paulista é campeão Invicto do Campeonato Varzeano da FPF, do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957
O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) foi uma disputa acirrada do início ao fim. O Doze de Setembro começou liderando, mas depois o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme) assumiu a ponta até o Aliança Paulista colar e brigar pelo título até o fim.
No final, o clube lusitano comandos por Jorge Faiad e José Maria dos Anjos superaram o rival e carimbaram o título sem sofrer nenhuma derrota. Abaixo vamos destacar alguns resultados nessa belíssima campanha do Aliança Paulista.
Participaram desse torneio as seguintes agremiações:
Grêmio Dramático Recreativo Vasco da Gama (Vila Guilherme);
Guaracininga Futebol Clube (Vila Guilherme);
Herói Brasil Futebol Clube (Vila Izolina);
Sociedade Esportiva Palmeirinha (Carandiru);
Flor da Espanha Futebol Clube(Carandiru).
No domingo, do dia 07 de julho de 1957, goleou o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 7 a 0. Nos Segundos Quadro nova goleada, dessa vez por 8 a 0.
Os gols foram assinalados por Dado, Túlio e Dado, dois gols cada um; e Vermelho um tento. O Aliança Paulista jogou com: Dito; Adriano e Tico; Júlio, Vermelho e Milton; Silvio, João, Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 21 de julho de 1957, nova goleada. Dessa vez em cima do Guaracininga FC pelo placar de 7 a 3. Nos Segundos Quadro também venceu: 1 a 0. Os gols foram marcados por Túlio, cinco vezes; Silvio e Xim, um gol cada; enquanto Adilson, duas vezes, e Bolinha fizeram os tentos do Guaracininga.
No domingo, do dia 28 de julho de 1957, o Aliança Paulista jogou manteve a invencibilidade ao golear o Brasil FC por 5 a 0. Nos Segundos Quadro goleada de 9 a 2. Os gols foram: Dado, duas vezes; Túlio, Xim e Júlio, um tento cada.
No domingo, do dia 25 de agosto de 1957, num jogão que valia a liderança, na preliminar da Portuguesa x Ipiranga (pelo Campeonato Paulista), o Aliança Paulista venceu o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme), por 2 a 1, no Estádio do Canindé.
O árbitro foi Remy Zangrossi, auxiliado por Álvaro André Pestana Teixeira e Bernardino José Valente. Os gols do Aliança Paulista, que alcançou a 7ª partida invicta, foram do destaque do jogo: Anibal, autor dos dois gols.
O Aliança Paulista formou: Dito; Milton e Tico; João, Zé Preto e Júlio; Silvio, Anibal, Túlio, Xim e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 1º de setembro de 1957, o Aliança Paulista chegou a 8ª partida invicta, ao vencer o Corinthians por 2 a 0. Com isso, assumiu a liderança isolada, uma vez que o CDRVasco da Gama (Vila Guilherme) ficou no empate com o Palmeirinha.
O árbitro foi Mario Fonseca de Oliveira. Os gols foram de Anibal e Tico. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; Vermelho, João, Zé Preto e Milton; Lando, Anibal, Túlio, Júlio e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
No domingo, do dia 15 de setembro de 1957, pelo returno, o Aliança Paulista voltou a golear o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 4 a 0. Nos Segundos Quadro outra goleada: 5 a 0.
Na manhã de domingo, do dia 13 de outubro de 1957, o Aliança Paulista derrotou o Palmeirinha FC por 3 a 0. Com esse resultado se sagrou campeão do Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, assegurando o seu lugar no Torneio dos Campeões (batizado como Torneio Mendonça Falcão). Ao todo foram 18 jogos sem sofrer nenhuma derrota!
O árbitro foi Luiz Diepedro. Os três gols foram assinalados pelo craque Anibal. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; João, Zé Preto e Cabeção; Silvio, Xim, Túlio, Anibal e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Torneio Mendonça Falcão de 1958
Na sexta-feira dia 7 de fevereiro de 1958, teve início o Torneio Mendonça Falcão (Torneio dos Campeões), organizado pelaFPF (Federação Paulista de Futebol). Os jogos eram em caráter eliminatório. Ou seja: venceu, segue. Perdeu está eliminado.
Pela 1ª fase, em jornada dupla: às 19 horas, entre o Grêmio Esportivo XV de Novembro da Barra Funda5 x 6Associação Atlética Aliança Paulista. Depois, às 21 horas, Chavantes Futebol Clube1 x 2 Grêmio Maranhense. Os jogos foram no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), na da Rua Javari, na Mooca.
O adversário era “osso duro de roer”: tricampeão da Barra Funda e campeão invicto do certame, mas o Aliança Paulista não se intimidou e num jogo de 11 gols, venceu o XV de Novembro da Barra Funda por 6 a 5.
Os gols foram de Túlio e Dado, dois gols; e Moraes e Canhoteiro, um tento cada. O time jogou: Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Silvio, Túlio, Canhoteiro, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Na 2ª fase, na terça-feira, às 21 horas, dia 25 de fevereiro de 1958, no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), o Aliança Paulista enfrentou o Grêmio Maranhense, na da Rua Javari, na Mooca.
E, o Aliança Paulista acabou sofrendo uma goleada totalmente inesperada e acabou dando adeus ao torneio ao perder por 8 a 0. Os gols foram de Neguinho e Acácio, duas vezes cada; Clodo, Ciloca, Cação e Bolinha, um tento cada, para a equipe grená.
Jogou na preliminar entre o São Paulo F.C. (SP) x America F.C. (RJ)
No sábado, do dia 29 de março de 1958, na preliminar da vitória do São Paulo FC sobre o America Football Club (RJ), por 4 a 0, válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedroza de 1958, no Estádio do Pacaembu, o Aliança Paulista enfrentou o Sete de Setembro de Água Rasa. A Renda foi de Cr$ 144.045,00, com um Público de 4.337 pagantes.
O Aliança Paulista derrotou pelo Sete de Setembro por 4 a 3. O árbitro foi Walter Marques, auxiliado por Manoel Alvares Sanches Filho e Ubirajara B. de Souza. Os gols foram marcados: Túlio, duas vezes; Dado e Zé Preto, um tento cada. O time formou: Dema; Tico e Tino (Adriano); João, Zé Preto e Milton; Silvio (Canhoteiro), Nelson Dadinho, Paes (Xim), Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Jovem promessa se transferiu para o São Paulo F.C.
Em maio de 1958, o São Paulo Futebol Clube contratou uma jovem revelação da Associação Atlética Aliança Paulista. Nelson Cordeiro, o Dadinho, de 17 anos, considerado uma das melhores pontas esquerdas do futebol varzeano. O centroavante, Túlio e o meia Zé Preto também treinaram (teste) no Tricolor Paulista.
Campeonato Varzeano da FPF de 1958
O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1958, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), contou com a presença das seguintes agremiações:
Associação Atlética Vila Izolina (Vila Izolina);
Grêmio Esportivo São Sebastião (Vila Guilherme);
Vila Pizotti Futebol Clube(Vila Guilherme);
Marcilio Franco Futebol Clube;
Sociedade Esportiva Vila Santa Luzia;
Flor da Espanha Futebol Clube(Vila Guilherme).
Pela 1ª rodada, do Aliança Paulista estreou com vitória, no domingo, do dia 17 de agosto de 1958, ao vencer o Flor da Espanha FC por de 4 a 2. Nos Segundos Quadro também triunfou por 4 a 0. Os gols foram de Picete, duas vezes; Cláudio e Túlio, um gol cada.
O time jogou: Dema; Milton e Tico; Anibal, Zé Preto e Júlio; Silvio, Gilberto, Túlio, Cláudio e Picete.
Pela 2ª rodada, do Aliança Paulista, fora de casa, no domingo, do dia 24 de agosto de 1958, acabou derrotado pelo São Sebastião por de 1 a 0, no campo do São Sebastião. O gol foi assinalado pelo meia Carioca.
O Aliança Paulista seguiu somando vitórias: 2 x 0Vila Pizzotti FC (1º/09/58); 5 x 2Vila Izolina (12/10/58); 6 x 0SE Vila Santa Luzia (18/10/58); 2 x 0SE Vila Santa Luzia (30/11/58). Infelizmente, com o fim da temporada de 1958, a partir da temporada de 1959, A Gazeta Esportiva não tem essa sequencia disponibilizada para pesquisa, o que impediu a conclusão desse certame. Em 1990, conquistou o Troféu Atlas.
Algumas Formações:
Time base de 1948:Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.
Time base de 1949:Hugo (Janela); Rodolfo (Mano) e Nezinho; Moura, Caldarelli e Bororó (Osmar); Pacheco (Saguí), Osvaldinho, Neno, Júlio e Toca (Mau).
Time base de 1952:Mario (Janela); Pox (Ditó ou Rubens) e Rueda Cordeiro (Tico); Paulo (Guerra), Valdemar (Pacheco) e Luiz (Adão); Talarico (Nelson), Zé Mau (Esquerdinha), Fausto (Olavo), Júlio (Geraldo) e Mingo (Pinheiro).
Time base de 1953:Mario (Né ou Baliza); Pox e Tico (Renato); Luiz (Dacio), Paulo (Guerra) e Rubens (Adão); Nelson (Pacheco), Talarico (João), Zé Mau (Olavo), Júlio (Wilson) e Mingo (Milton).
Time base de 1954:Wilson (Mario); Pox (Renato ou Mano) e Rueda (Noilton ou Tico); Paulo (Uberaba), João (Moacir) e Júlio; Pacheco (Dema), Talarico (Osvaldo), Fernando, Gomes (Mozart) e Carneiro (Bororó).
Time base de 1955:Mario (Dema); Renato (Bastião) e Tico; Pox (Jorge), Júlio (João ou Luiz) e Carneiro (Wette); Pacheco (Cordão), Moacir (Pacheco), Fernando (Cabide), Gomes (Talarico ou Teiga) e Mozart (Viana ou Osvaldo). Técnicos: Alfredinho e Osvaldo.
Time base de 1957:Dito (Mario); Adriano (Junqueira) e Tico; Vermelho, João (Zé Preto) e Milton (Cabeção); Silvio (Anibal), Moraes (Xim), Túlio, Olavo (Dado) e Júlio. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
Time base de 1958:Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Moraes (Anibal), Silvio (Tala ou Cláudio), Canhoteiro (Nelson Dadinho), Túlio (Gilberto) e Dado (Eden ou Picete). Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.
ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP) – Acervo de Zézinho Barbeiro– blog do clube
FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário da Noite (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Facebook – Site do clube – Edgard Martins
A Associação Atlética Matarazzo foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundada no sábado, do dia 14 de novembro de 1914, reunia os empregados dos escritórios comerciais e industriais da S/AIndústrias Reunidas Francisco Matarazzo.
Breve história
Voltada principalmente ao “cultivo do futebol“, segundo estabelecia seu 1º estatuto (1928), a Associação também se destinava à promoção de festivais esportivos e recreativos, bem como bailes com a participação de sócios e seus familiares.
Ao ser admitido a um daqueles escritórios, automaticamente, o empregado se tornava sócio dessa agremiação. Como os escritórios sempre mantiveram uma média de 1.800 funcionários, este também deveria ser o número aproximado dos associados da Atlética Matarazzo.
As mensalidades pagas variavam segundo faixas salariais. Os valores envolvidos eram pequenos, mas regularmente descontados das folhas de pagamento. Assim, todos os funcionários dos escritórios contribuíam, mesmo aqueles que não frequentavam a Atlética. Os funcionários não poderiam optar entre serem ou não associados. Como informou um ex-diretor, todos eram obrigados a se filiar:
Na Atlética era o seguinte. Você entrava como empregado na Matarazzo, automaticamente, você era sócio. Então você fazia parte do quadro da Atlética. (…) Descontava-se a mensalidade na folha de pagamento. (…) Quando você assinava o contrato de trabalho, você já era sócio da Atlética. Era obrigatório. Várias pessoas tentaram mais tarde sair, quando ela já não oferecia nada… Mas não era possível. Nunca ninguém conseguiu. Então eles descontavam. Não era uma coisa exorbitante, mas vinha descontado na folha de pagamento. (…) Você era obrigado a entrar. (L.R.)
Sedes Sociais
Em julho de 1931, a diretoria resolveu desocupar a sala situada na Av. Brigadeiro Luís Antônio nº 44. Alegava tratar-se “De um prédio muito acanhado, fora de mão e de aluguel demasiado alto“.
Em 1932, a Associação comprou um terreno situado na Alameda Casa Branca, de propriedade do Conde Luiz Eduardo Matarazzo, onde foi instalada a praça de esportes. Além de um bangalô e de uma quadra de tênis já existentes no local, a Associação pretendia construir um ginásio para jogos de basquete, aproveitável também para bailes.
O Conde Francisco Matarazzo Jr., então administrador gerente da S/A Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, prometia que, durante o primeiro ano posterior à compra, a empresa contribuiria com a soma de um conto de réis (1:000$000) por mês, a fim de auxiliar a Associação a saldar sua dívida de 400 contos de réis!
A tarefa, bastante árdua, não foi levada adiante e, em maio de 1936, a Associação desfez o negócio, passando, então, a alugar o mesmo terreno, utilizando-se apenas da quadra de tênis. Nesse mesmo ano, uma nova sede social (alugado) foi instalada num conjunto de salas do Edifício Martinelli.
Associação Atlética Matarazzo, montou no 19º andar, a sua sede, onde ocupava praticamente três quartos do espaço físico. Pegava toda a parte da Avenida São João e parte da Rua Líbero Badaró.
Tinha uma mesa de bilhar, tinha uma bonita biblioteca, um bar, mesa de pingue-pongue, xadrez, dama, dominó. Naquela ocasião, o clube já contava com time de futebol, onde disputava o campeonato, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
Em 1940, devido às dificuldades financeiras pelas quais passava, a Atlética deixou de alugar a quadra de tênis. Os custos com sua manutenção e com a compra do material para a prática do esporte tornaram-se muito onerosos. Para os jogos de futebol, a Atlética alugava o campo da vila operária Maria Zélia, na Rua Catumbi.
No Martinelli, a Associação ficou até 1956, quando recebeu uma notificação para desocupar as salas. Mudou-se, então, para um salão de propriedade da empresa num edifício recém-construído na Av. do Estado.
Finalmente, por volta de 1958, a empresa permitiu que o clube construísse a sede definitiva em um terreno de sua propriedade, situado à Av. Ordem e Progresso, no bairro do Limão.
Lá permaneceu até 1986, quando a empresa vendeu a praça de esportes para uma fábrica de retentores. Hoje, a Atlética Matarazzo se resume à sua secretaria, que funciona precariamente numa das salas dos escritórios da fábrica do Belenzinho.
Futebol na Matarazzo
O futebol era praticado na Associação Atlética Matarazzo, desde sua fundação, em campeonatos internos entre as diferentes seções dos escritórios centrais, de onde selecionavam-se os integrantes da equipe principal. Esta, por sua vez, disputava os campeonatos internos interfábricas, que reuniam os grêmios das Indústrias Matarazzo da Capital e também do interior do estado de São Paulo.
A partir da década de 30, esse quadro passou por transformações. Em 1933, a primeira participação da Atlética no Campeonato da Liga Esportiva Comércio e Indústria (LECI), quando obteve a 2ª colocação.
Já nessa época, a diretoria constatava e criticava o pequeno entusiasmo dos associados com relação ao desempenho do time de futebol, problema que se intensificaria nos anos seguintes: “Provavelmente teríamos obtido ainda melhor colocação se houvesse mais entusiasmo por parte dos senhores sócios por esta modalidade de esporte, fato este, aliás, já consignado no relatório da Diretoria relativo a 1932“.
A inclusão no torneio da LECI motivou a Atlética Matarazzo a admitir jogadores dos grêmios das fábricas para integrar sua equipe. Com isso, os campeonatos internos interfábricas ganharam novo ânimo, acirrando ainda mais as disputas entre os jogadores que, agora, deparavam-se com a possibilidade de participar de um campeonato oficial e de aumentarem seus proventos, projetando-se como futebolistas.
Desse modo, favoreceu-se a profissionalização paralela de operários-jogadores, que dependiam do emprego para seu sustento e que não encaravam o esporte como diversão, mas como uma forma de complementação salarial.
No entanto, com o passar do tempo, esses operários-jogadores deixaram de ser privilegiados pela Atlética Matarazzo em virtude da entrada no time de jogadores profissionais de fato.
A partir dos anos 40, o quadro de futebol manteve-se muito próximo da administração da empresa, despertando o interesse dos filhos do Conde Jr., que chegaram a integrar a equipe como jogadores. Pode-se mesmo afirmar que o time de futebol estava mais estreitamente ligado à administração da empresa que à própria diretoria da Atlética Matarazzo. Era quase outro clube.
A adoção do profissionalismo parecia ocorrer de modo concomitante a uma maior autonomia do departamento de futebol dos clubes em relação às suas demais atividades.
Essa autonomia garantia maiores recursos à prática do futebol, pois, caso se mantivesse equiparada às outras atividades do clube, as verbas teriam que ser divididas.
Ainda na década de 40, a Associação deixou de participar com frequência dos torneios da LECI. Sua maior atividade centrava-se, então, na disputa de jogos amistosos contra times varzeanos, até, finalmente, ser incluída entre os clubes com direito à participação do Campeonato Amador da Cidade de São Paulo, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
Ao contrário do Campeonato Amador do Interior, as exigências da FPF para a inscrição no torneio da Capital eram menores. A partir de determinado número de associados, os clubes já teriam condições de participar, mesmo não dispondo de instalações necessárias à prática do futebol, como era o caso da Atlética Matarazzo.
Na década de 50, com a participação dos irmãos Ermelino e Eduardo Matarazzo, filhos do Conde Júnior, foi decisiva nesse sentido. Cuidaram de dotar a Atlética das condições necessárias à manutenção de uma equipe profissional.
Montaram uma comissão técnica com massagista, roupeiro e um técnico de futebol com experiência anterior, que já era funcionário da empresa. Mas, sobretudo, passaram a fornecer o dinheiro para o pagamento do “bicho” aos jogadores.
Craques de bola
Ermelino, então goleiro da equipe juvenil do Palmeiras(entre os anos 1943/45), valendo-se de sua influência no meio futebolístico, também conseguiu reunir jogadores profissionais, seus colegas, para integrarem, eventualmente, o time da Matarazzo.
Durante a disputa do Campeonato Amador da Capital e dos torneios da LECI e do Serviço Social da Indústria (SESI), a equipe da Atlética era formada basicamente por jogadores profissionais de clubes da cidade, que, mais tarde, tornar-se-iam nomes famosos do futebol brasileiro como, por exemplo: Colombo (Corinthians); Gino Orlando, Bibe, Savério e Bauer 121(apelidado “o monstro do Maracanã” por sua atuação na Copa do Mundo de 1950), todos do São Paulo F.C. entre outros.
Matarazzo campeão da Divisão de Comércio e Industria (ACEA) de 1955
Na quinta-feira, às 21 horas, do dia 22 de dezembro de 1955, a AtléticaMatarazzo se sagrou campeão da Divisão de Comércio e Industria, organizada pela ACEA (Associação Comercial de Esportes Atheticos. Fundada em 1930), ao vencer a Metalúrgica Matarazzo F.C. por 1 a 0, no Estádio do Pacaembu, na capital paulista.
O gol do título saiu aos 23 minutos do primeiro tempo. Após receber o passe, Mineiro toca para Yube, que rapidamente centra a meia altura para Mineiro, que mesmo marcado, conseguiu dominar e chutar firme para o gol da noite. Arbitragem ficou a cargo de João Etzel.
A.A. Matarazo: Tião; Cardoso e Oldemar; Chico, Marino e Douglas; Mineiro, Yube, Piloto, Dante e Gasolina.
Met. Matarazzo: Bilu; Pires e Stelvio; Mario, Carlito e Moraes; Jacob, Abelha, Hélio, Placido e Valdemar.
Detalhe: O Metalúrgica Matarazzo Futebol Clube foi Fundado na quinta-feira, do dia 15 de Junho de 1933. A sua Sede social ficava localizada na Rua da Mooca, nº 609, no bairro da Mooca, na região leste da cidade de São Paulo/SP. Em 1942, contava com número total de 1.300 sócios.
Campeonato Paulista de Futebol Amador do Estado de 1955
No primeiro jogo, fora de casa, Matarazzo arrancou empate
No domingo, às 15 horas, do dia 2 de junho de 1956, foi realizado o 1º jogo, na melhor de três, entre AtléticaMatarazzo (campeão da capital)e Associação Atlética Itapetininga (campeão do Interior), para definir o CampeãoAmador do Estado de São Paulo, certame este referente ao ano de 1955, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
O Matarazzo arrancou empate em 2 a 2, fora de casa, após estar perdendo por dois gols. O primeiro tempo foi marcado pelas defesas sobressaindo os ataques e o placar terminou sem gols.
Na etapa final, Alceu marcou duas vezes colocando os itapetininganos em vantagem. No entanto, Dante e Mario deixaram o placar novamente em igualdade. O árbitro foi Norberto Rodrigues de Paula e a Renda foi de 26 mil cruzeiros.
Itapetininga: Bili; Rubens e Roque; Silvio, Cacau e Tempero; Tico-Tico, Alceu, Name, Coquita e Quitu.
Matarazzo: Tião; Cardoso e Oldemar; Chicão, Marino e Douglas; Mario, Yube, Piloto, Dante e Zeca.
Na segunda partida, Matarazzo goleou
A segunda peleja da série melhor de três será realizada no domingo seguinte, às 15 horas, do dia 9 de junho de 1956, entre AtléticaMatarazzo e Associação Atlética Itapetininga, no Parque Antarctica. A partida foi transmitida pela Rádio Panamericana.
Com a entrada franca, o que se viu foi de um público apenas regular. O árbitro foi Casimiro Gomes, que cometeu alguns erros, mas em que nada influíram no resultado final.
O Matarazzo conquistou uma imponente goleada sobre o Itapetininga pelo placar de 5 a 0. Com o resultado, o time só precisava de um ponto no terceiro jogo para fica com o título.
O primeiro tempo foi fraco tecnicamente, com poucas chances de gol. Mas quando melhor chance surgiu o Matarazzo abriu o placar aos 5 minutos. Yube tocou para Mario, pela direita, que driblou o seu marcador e centrou na área. Piloto testou firme para o 1º gol.
Na segunda etapa, o Matarazzo ampliou aos 6 minutos. Após bela jogada, Piloto deu passe “açucarado” para Mario, que dentro da área, fuzilou a meta de Bili, que nada pode fazer.
Com o Itapetininga atordoado, veio o 3º gol. Dante deu ótimo passe para Zeca que tocou na saída do goleiro, colocando a bola no fundo das redes. O 4º tento saiu aos 22 minutos, quando Dante lançou Yube fez um golaço com maestria.
O 5º tento, saiu aos 38 minutos, numa arrancada de Zeca, que invadiu a grande área e foi derrubado por Rubens. Pênalti, Yube cobrou com categoria, dando números finais a peleja.
Matarazzo: Mion; Cardoso e Oldemar; Chicão, Marino e Douglas; Mario, Yube, Piloto, Dante e Zeca.
Itapetininga: Bili; Rubens e Roque; Silvio, Cacau e Tempero; Tico-Tico, Alceu, Marolo, Coquita e Quitu.
Matarazzo volta a vencer e fica com o título inédito do Estadual Amador
No domingo, às 15 horas, do dia 16 de junho de 1956, foi realizado o 3º jogo e último, na melhor de três, entre AtléticaMatarazzo e Associação Atlética Itapetininga, no Estádio do Esporte Clube São Bento, em Sorocaba, no Interior Paulista. Mais uma vez o árbitro foi Casimiro Gomes, que teve uma atuação regular. A Renda foi de Cr$ 12.530,00.
Após um empate (2 a 2) e uma vitória (5 a 0), a AtléticaMatarazzovoltou a derrotar o Itapetininga pelo placar de 2 a 1, ficando com o inédito título do Campeonato Paulista de Futebol Amador do Estado de 1955.
Ao contrário dos dois primeiros jogos, a primeira etapa foi agitada com as duas equipes buscando o gol. Melhor para o Matarazzoque abriu o placar aos 12 minutos, após o zagueiro Rubens cometer um pênalti. Ciro cobrou com categoria. Porém, aos 18 minutos, o Itapetininga conseguiu o empate por intermédio de Alceu. O que se viu até o final da primeira etapa foi um jogo equilibrado.
No segundo tempo, melhor coordenado, o Matarazzovoltou a ficar na frente do placar aos 20 minutos por intermédio de Mario. O clima esquentou e o meia do ItapetiningaTempero agrediu o árbitroCasimiro Gomes. Na sequência o juiz expulsou quatro jogadores Itapetininga: Tempero, Roque, Quitu e Tico-Tico. Com isso, sem forças e emocionalmente abalado o Itapetininga não foi páreo e viu a Associação Atlética Matarazzo ficar com o título!
Matarazzo: Mion; Cardoso e Oldemar; Chicão, Marino e Douglas; Mario, Yube, Piloto, Dante e Zeca.
Itapetininga: Bili; Rubens e Roque; Silvio, Cacau e Tempero; Tico-Tico, Alceu, Marolo, Coquita e Quitu.
Desenho dos escudos e uniformes: Sérgio Mello
FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP)
FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – “Futebol de Fábrica em São Paulo”, um trabalho de Dissertação de Mestrado em Sociologia apresentada ao Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, por Fátima Martin Rodrigues Ferreira Antunes.
O Campinas Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Campinas (SP). O “Tricolor Vilense” ou “Moleque Apeano” foi fundado na segunda-feira, do dia de 7 de setembro de 1929, por um grupo de desportistas do bairro da famosa Vila Industrial, onde o clube possuía a sua Sede social.
Seu 1º Presidente foi o Sr. Francisco Muniz Pacheco. Já os seus fundadores do Campinas Futebol Clube foram os seguintes: Adolpho Bonturi, Afonso Guarulhos, Álvaro Urbano, Antônio Ferreira, Antônio Bento Gonçalves, Dino Bonturi, Firmino Gomes, Guido Bonturi, José Tavil e o esportista Elegância.
O “Tricolor Vilense” fazia contra o Guarani Futebol Clubeo famoso “Derby Campineiro”. Já Guarani FC x AA Ponte Pretaé o clássico máximo do futebol de Campinas até os dias de hoje.
Dentre suas principais conquistas, destacamos: Campeão da Terceira Região da APEA em 1931, Campeão da Série Campineira (Campeonato de Campinas de Futebol da 1ª Divisão) de 1934 e Campeão do Torneio Início da Liga Campineira de Futebol em 1935 e 1937.
O Campinas Futebol Clube seguiu a sua jornada nas décadas de 40 até 70, quando encerrou suas atividades devido a problemas financeiros. Após meio século o simpático “Moleque Apeano” ainda deixa saudades.
A Sociedade Esportiva Gisela é uma agremiação da cidade de São Caetano do Sul, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, que fica a 13 km da capital do estado, conta com uma população de 161.127 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2019.
Fundado na sábado, do dia 10 de outubro de 1953, por um grupo de desportistas do bairro Boa Vista. A sua Sede social, fica situado na Rua Sebastião Diogo, nº 99, no bairro Boa Vista, em São Caetano do Sul/SP.
Logo após a sua fundação, o clube foi incluído no álbum de figurinhas da firma Morcilo & Bisquolo, editado por volta de 1955. Ο jornalista Edèlcio Cândido, do Diário do Grande ABC, contou a história do Gisela em 1977 e lembrou de seus grandes feitos: campeão da Segunda Divisão de São Caetano em 1954, campeão amador da cidade, em 1958 e 1975 e campeão da Copa Di Thiène em 1976.
O time que aparece no álbum do pesquisador Moacyr Antonio Ferrari, de Mauá, é o seguinte, seguindo a antiga formação tática2-3-5:Zinho; Orion e Cananéia; Bonato, Marcos e Guerreiro; Narciso, Adolfo, Tom Mix, Geraldo e Três Potes.
Destes 11, dois jogadores aparecem na seleção do Gisela descrita por Edélcio: Adolfo e Narciso. Os outros grandes jogadores do Gisela em todos os tempos: José de Sá (jogador símbolo), Nelsinho, Cacetão, Rosinha, Nivaldo, Ditinho, Chico Parra, Boca, Orion e Salgado. O primitivo – nome do Gisela era Sociedade Esportiva Gisela. Em 1973, alterou para Centro Esportivo Recreativo Gisela.
Artes: escudo e uniforme Sérgio Mello
FONTES: Facebook – álbum de figurinhas da firma Morcilo & Bisquolo – Jornal Diário do Grande ABC – Álbum publicado em 1977 pelo Diário do Grande ABC
Após ter sido realizado na Argentina (1916) e Uruguai (1917), respectivamente, a 3ª edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919, aconteceu no Brasil. Na realidade a competição deveria ter acontecido um ano antes, porém devido a epidemia mundial de gripe espanhola adiou em um ano. A doença vitimou mais de 50 milhões de pessoas pelo mundo, só no Brasil matou mais de 35 mil.
Para fazer bonito, o Estádio da Rua Guanabara (atual Estádio das Laranjeiras e de propriedade do Fluminense), foi construído para o torneio, com capacidade para 25 mil torcedores, na época era o maior estádio das Américas. Localizado na Rua Guanabara, atual Rua Pinheiro Machado, no bairro das Laranjeiras, situado na Zona Sul do Rio/RJ.
O torneio contou com a participação de quatro países: Brasil, Argentina, ChileeUruguai. O regulamento simples, todos contra todos e aquele que somasse mais pontos ficaria com o título.
Brasil estreia com goleada
Na tarde de domingo, às 15 horas, do dia 11 de maio de 1919, a Seleção Brasileira não tomou conhecimento e goleou o Chile pelo placar de 6 a 0, no Estádio das Laranjeiras, que estava lotado. Os gols foram assinalados por Haroldo, uma vez; Neco, duas vezes e Arthur Friedenreich, que balançou as redes em três oportunidades.
Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Gallo; Menezes, Neco, Arthur Friedenreich, Haroldo e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
Chile: Guerrero; Gatica e Poirier; Baez, Baeza e Gonzalez; Fuentes, Dominguez, Francia, Muñoz e Varas.
Segundo jogo e nova vitória
A segunda partida, aconteceu na tarde de domingo,às 15h30min., do dia 18 de maio de 1919, quando o Brasil bateu a Argentina por 3 a 1, novamente com o Estádio das Laranjeiras estava abarrotado. Os gols da partida, foram assinalados por Heitor, Amílcar e Millon para os brasileiros e Carlos Izaguirre fez o de honra para “Los Hermanos”. O árbitro da partida foi o uruguaio A. Minoli.
Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Fortes; Millon, Heitor, Arthur Friedenreich, Neco e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
Argentina: Isola; Castagnola e Reys; Mattozzi, Uslenghi e Martin; Calomino, Laiolo, Clarke, Izaguirre e Perinetti.
Brasil e Uruguai ficam no empate
Brasileiros e uruguaios venceram os seus dois jogos e se enfrentaram para definir quem ficaria com a taça! De um lado, a Celeste lutando pelo seu 3º título e do outro, a Seleção Canarinho buscando uma inédita conquista.
Na tarde de sábado, às 15h30min., do dia 25 de maio de 1919, bola rolando e o que se viu foi uma partida truncada e muito disputada. Final de jogo e o empate em 2 a 2, no Estádio das Laranjeiras (adivinha? Casa cheia!). O árbitro foi o chileno R. L. Todd.
Nos 18 primeiros minutos houve uma grande superioridade dos uruguaios que abriram dois gols com Isabelino Gradín e H. Scarone. Com o desenrolar da peleja o Brasil conseguiu reequilibrar a partida. Mas foi no segundo tempo, que a Seleção Canarinho voltou com tudo, chegando ao empate com dois gols de Neco.
Seleção Brasileira: Marcos de Mendonça; Píndaro e Bianco; Sérgio Pires, Amílcar e Fortes; Millon, Neco, Arthur Friedenreich, Heitor e Arnaldo. Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
Uruguai: Saporiti; Varella e Foglino; Vauzzino, Zibecchi e Nagun; H. Scarone, Carlos Scarone, Carlos, Gradin e Maran.Técnico: Severino Castillo.
Reunião definiu o jogo-extra
Após o resultado, no período da tarde e começo da noite, os Srs. Hector Gomes, presidente da Confederacion Sudamericana, B. Pereyra e R. Mibelli, delegados uruguaios, tiveram uma conferência com a diretoria e membros da comissão terrestre da Confederação Brasileira, tendo ficado resolvido:
a) desempatar o Campeonato Sul- Americano na próxima quinta-feira, 29 do corrente;
b) começar a prova ás 2 horas da tarde em virtude das prorrogações que podem ir até 3 horas, de acordo com o regulamento;
c) propor o Sr. J. Barbera, juiz argentino, para servir no desempate.
Jogo-extra e prorrogação: veio o título inédito para o Brasil
Apesar do Brasil ter um saldo melhor (8 a 3), o regulamento previa nesse caso, um jogo-extra e, se persistisse o empate: prorrogação. Então, na tarde de quinta-feira,às 14 horas, do dia 29 de maio de 1919, Brasil e Uruguai voltaram a campo para definir o campeão.
Após 150 minutos (com direito a duas prorrogações), o Brasil superou o desgaste físico e bateu o Uruguai por 1 a 0, ficando com o inédito título do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919.
A partida terminou empatado em 0 a 0. Veio a prorrogação e um novo empate sem ninguém ter balançado as redes. Aí veio a 2ª prorrogação! Não precisa ser um gênio para deduzir o nível absurdo de esgotamento físico e emocional dos dois lados. A partir daí o que restou foi a famosa frase: “Coração na ponta da chuteira”, a Seleção Brasileira foi para cima.
Aos 2 minutos do primeiro tempo da segunda prorrogação saiu o gol do Brasil. Neco avança pelo lado esquerdo e dá excelente lançamento para Arthur Friedenreich, que muito bem colocado, chutou firme a meia-altura, sem chance para o arqueiro uruguaio Cayetano Saporiti, que viu a bola morrer no fundo das redes.
Um baixinho invocado, de pele escura, olhos caros, filho de funcionário público e com mãe negra aproveitou a situação para anotar o gol do título brasileiro: Arthur Friedenreich, nascia ali o 1º herói do futebol brasileiro, para o delírio de 27.500 torcedores presentes no Estádio das Laranjeiras.
Artilharia foi verde e amarela
Os brasileirosArthur Friedenreich e Neco foram os artilheiros do Campeonato Sul-Americano de 1919, com quatro gols cada um. Além da dupla outros quatro brasileiros também deixaram a sua marca na competição: Haroldo, Heitor, Amílcar e Millon, com um gol cada.
Curiosidades pós-jogo
Após o apito final da partida, apesar dos esforços empregados pelos policiais não conseguiram evitar que os torcedores brasileiros invadissem o gramado para carregar nos ombros os jogadores brasileiros pelo inédito título.
A Taça Rio Branco foi oferecida pelo Ministro do Exterior, o Dr. Domício da Gama, fez a entrega ao Dr. Arnaldo Guinle, presidente da Confederação Brasileira de Desportos, uma rica e artística taça destinada ao campeão.
Preços durante a competição: o valor da arquibancada estava 5$000 (cinco mil réis) e a geral 3$000 (três mil réis). A cerveja 1$300 (um mil e trezentos réis); água mineral 1$000 (um mil réis); soda 600 réis e guaraná 800 réis. Os Bondes que levaram a maioria dos torcedores custavam 200 réis.
Tabela dos jogos do Sul-Americano de 1919
1ª Rodada:
Domingo, 11 de maio, às 15 horas
Brasil
6
X
0
Chile
Estádio das Laranjeiras
3ª-feira, 13 de maio (feriado), às 14 horas
Uruguai
3
X
2
Argentina
Estádio das Laranjeiras
2ª Rodada:
Sábado, 17 de maio, às 14 horas
Uruguai
2
X
0
Chile
Estádio das Laranjeiras
Domingo, 18 de maio, às 15h30min.
Brasil
3
X
1
Argentina
Estádio das Laranjeiras
3ª Rodada:
5ª-feira, 22 de maio, às 15h30min.
Argentina
4
X
1
Chile
Estádio das Laranjeiras
Domingo, 25 de maio, às 15h30min.
Brasil
2
X
2
Uruguai
Estádio das Laranjeiras
Jogo-Extra:
5ª-feira, 29 de maio, às 14 horas
Brasil
1
X
0
Uruguai
Estádio das Laranjeiras
BRASIL 1 X 0 URUGUAI
LOCAL
Stadium da Rua Guanabara, no bairro das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio/RJ
CARÁTER
Final do Campeonato Sul-Americano de 1919
DATA
Quinta-feira, do dia 29 de maio de 1919
HORÁRIO
14 horas (de Brasília)
RENDA
Não divulgado
PÚBLICO
27.500 pagantes
ÁRBITRO
Juan Pedro Barbera (ARG)
AUXILIARES
Ernesto Matozzi (ARG) e Armindo Castagnola (ARG)
BRASIL
Marcos de Mendonça (Fluminense); Píndaro (Flamengo) e Bianco (Palestra Itália, atual Palmeiras); Sérgio Pires (Paulistano-SP), Amílcar (Corinthians) e Fortes (Fluminense); Millon (Santos), Neco (Corinthians), Friedenreich (Paulistano), Heitor (Palestra Itália-SP) e Arnaldo (Santos). Comissão Técnica: Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
URUGUAI
Cayetano Saporiti; Manuel Varela e Alfredo Foglino; Rogelio Naguil, Alfredo Zibechi e José Vanzzino; José Pérez, Héctor Scarone, Angel Romano, Isabelino Gradín e Rodolfo Marán. Técnico: Severino Castillo.
GOL
Arthur Friedenreich, aos 2 minutos (Brasil), no 1º Tempo da segunda prorrogação.
Classificação Final do Sul-Americano 1919
Nº
PAÍSES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
BRASIL
7
4
3
1
–
12
3
9
2º
Uruguai
5
4
2
1
1
7
5
2
3º
Argentina
2
3
1
–
2
7
7
0
4º
Chile
0
3
–
–
3
1
12
–11
Elenco da Seleção Brasileira no Sul-Americano de 1919
ATLETAS
CLUBES
Marcos de Mendonça
Fluminense F.C. (RJ)
Píndaro de Carvalho
C.R. Flamengo (RJ)
Bianco Gambini
S.S. Palestra Itália (SP)
Sérgio Pires
C.A. Paulistano (SP)
Amílcar Barbuy
S.C. Corinthians Paulista (SP)
Fortes Filho
Fluminense F.C. (RJ)
Adolpho Millon
Santos F.C. (SP)
Neco
S.C. Corinthians Paulista (SP)
Arthur Friedenreich
C.A. Paulistano (SP)
Heitor Domingues
S.S. Palestra Itália (SP)
Arnaldo Silveira
Santos F.C. (SP)
Dyonísio
C.A. Ypiranga (SP)
Palamone
A.A. Mackenzie College (SP)
Laís
Fluminense F.C. (RJ)
Picagili
S.S. Palestra Itália (SP)
Martins
São Cristóvão A.C. (RJ)
Carregal
C.R. Flamengo (RJ)
Arlindo
America F.C. (RJ)
Haroldo
Santos F.C. (SP)
Gallo
C.R. Flamengo (RJ)
Luiz Menezes
Botafogo F.C. (RJ)
Junqueira
C.R. Flamengo (RJ)
A Comissão Técnicacomposta por Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto convocaram 22 jogadores, todos o eixo Rio São Paulo: sendo 10 cariocas e 12 paulistas.
O clube mais cedeu jogadores foi o Flamengo com quatro atletas. Depois com três jogadores: Palestra Itália, Santos e Fluminense. Na sequencia, com dois atletas o Paulistano e o Corinthians. Com um jogador, cinco clubes: Botafogo, America, São Cristóvão, Mackenzie College e Ypiranga.
DESENHOS DOS ESCUDOS E UNIFORMES: Sérgio Mello
FOTOS: O Malho (RJ) – Arquivo Nacional – Vida Sportiva (RJ)
FONTES: CBF – Wikipédia – O Malho (RJ) – Vida Sportiva (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Correio da Manhã (RJ)