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A maior goleada da história do Brasileirão (1983): Corinthians (SP) 10 x 1 Tiradentes (PI)

A história, no entanto, reservou um revés para a Sociedade Esportiva Tiradentes. Onze dias após ser derrotado pelo adversário, o Corinthians entrou com uma sede incontrolável em mostrar quem mandava no pedaço. Azar do Tiradentes que acabou entrando na história do futebol brasileiro ao sofrer a maior goleada no campeonato Nacional, que aliás perdura até os dias de hoje.

O placar de 10 a 1, retrata bem o que foi o jogo: um massacre do Timão. Diante do que aconteceu nos 90 minutos, o resultado final ficou barato. Poderia ter sido pior para o Tiradentes. O destaque da partida foi o meia Sócrates que marcou, nada mais e nada menos do que cinco gols.

 

S.C. CORINTHIANS (SP)

10

X

1

S.E. TIRADENTES  (PI)

LOCAL: Estádio Osvaldo Teixeira Duarte, ‘Canindé’, em São Paulo (SP)
CARÁTER: 1ª Fase – 6ª Rodada – Taça de Ouro
DATA: Quarta-feira, do dia 9 de Fevereiro de 1983
RENDA: Cr$ 10.656.000,00
PÚBLICO: 17.821 pagantes
ÁRBITRO: Aristóteles Cantalice (PE)
CORINTHIANS: Solito; Alfinete, Mauro, Daniel González e Wladimir;  Paulinho, Sócrates e Zenon (Eduardo, 32 do 2º); Biro-Biro, Ataliba (Vidotti, 32 do 2º) e Paulo Egídio. Técnico: Mário Travaglini
TIRADENTES: Neto; Valdinar, Baiano, Vágner e Zezé (Jeová, 17 do 2º); Zuega, Sabará e Hélio Rocha (Etevaldo, 17 do 2º); Luís Sérgio, Durval e Joniel.  Técnico: Alberino de Paula
GOLS: Sabará, de pênalti, aos 18 minutos (Tiradentes);  Sócrates, de pênalti, aos 24 minutos (Corinthians); Sócrates aos 31 e 42 minutos (Corinthians);  Biro-Biro aos 37 minutos (Corinthians);   Paulo Egídio aos 44 minutos (Corinthians); no 1º Tempo.  Ataliba aos quatro minutos (Corinthians); Wladimir aos oito minutos (Corinthians); Paulo Egídio aos 17 minutos (Corinthians); Sócrates, de pênalti, aos 33 minutos (Corinthians); Vidotti aos 42 minutos (Corinthians); no 1º Tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: Revista Placar

Taça de Ouro de 1983: A zebra passeou em Teresina – Tiradentes (PI) 2 x 1 Corinthians (SP)

Por falar na Sociedade Esportiva Tiradentes, o clube viveu dois momentos emblemáticos num espaço de 11 dias. Literalmente do céu ao inferno. No primeiro capítulo, do dia 29 de Janeiro de 1983, válido pela 3ª Rodada, da 1ª Fase da Taça de Ouro (atual Campeonato Brasileiro da Série A).

Então líder do Grupo D, o Corinthians foi enfrentar o modesto Tiradentes, em Teresina (PI), acreditando que a vitória seria tranquila. No entanto, empurrado por mais de 40 mil pessoas, o clube piauiense cresceu em campo. Jogando como se fosse uma final de Copa do Mundo, o Tiradentes fez a sua melhor partida em 1983, e foi para o intervalo com a vantagem de dois gols. O segundo, assinalado por Hélio Rocha foi um golaço.

O meia pegou na intermediária e soltou um foguete, acertando o ângulo direito do goleiro Solito, que voou, mas não alcançou. Na segunda etapa, o Corinthians conseguiu equilibrar o jogo e até diminuiu, com Sócrates, marcando de pênalti, mas não o suficiente para evitar a derrota! Fim de jogo, e uma festa que começou no gramado e se estendeu por toda o estado do Piauí. Um dia histórico para o futebol piauiense.

S.E. TIRADENTES (PI)

2

X

1

S.C. CORINTHIANS (SP)

LOCAL: Estádio Alberto Silva, ‘Albertão’, em Teresina (PI)
CARÁTER: 1ª Fase – 3ª Rodada – Taça de Ouro
DATA: Sábado,  do dia 29 de Janeiro de 1983
RENDA: Cr$ 9.945.200,00
PÚBLICO: 41.265 pagantes
ÁRBITRO: Wilson Carlos dos Santos (RJ)
TIRADENTES: Batista; Valdinar, Vágner, Válter Maranhão e Válter Piauí; Zuega, Sabará e Hélio Rocha; Luís Sérgio (Carlinhos), Olivã (Durval) e Joniel.  Técnico: Alberino de Paula
CORINTHIANS: Solito; Alfinete (Zé Maria), Mauro, Daniel González e Wladimir;  Paulinho (Paulo Egídio), Sócrates e Zenon; Ataliba, Casagrande e  Biro-Biro. Técnico: Mário Travaglini
GOLS: Sabará, de pênalti, aos 34 minutos (Tiradentes);  Hélio Rocha aos 39 do 1º Tempo. Sócrates, de pênalti, aos 28 minutos (Corinthians); no 2º Tempo.

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: Revista Placar

Foto de 1983: Clube Atlético Taquaritinga – Taquaritinga (SP)

Em 1942 o clube nascia tricolor, inspirado nas cores da bandeira da Itália, almejando promover o esporte na região, tão quanto elevar o nome da cidade no cenário futebolístico. Todavia, como à época o Brasil estava em campanha na II Guerra Mundial do lado oposto aos italianos, legalmente italianos e descendentes não podiam integrar altos escalões e fundar clubes de reunião. Assim, avisado pela Secretaria de Segurança do Estado, fora obrigado a alterar o branco original de suas cores pelo preto, talvez sinal de luto pela afronta. Surgia assim uma combinação de cores única em todo o país.

Até 1954 o clube permaneceu disputando os certames regionais do Campeonato Paulista do Interior. Em pouco tempo tornou-se um clube assíduo da Segunda Divisão de Profissionais. Em revés, do final dos anos sessenta ao início dos setenta, permaneceu licenciado, somente voltando à Terceira Divisão em 1974, e em um período de inconstância (do time e do número de divisões do campeonato estadual) chegou a frequentar a Quarta Divisão. A volta por cima iniciou-se em 1981com o acesso à Segunda Divisão, culminando com o título estadual, deste nível, no ano seguinte. Enfim, em 1983, após 41 anos de sua fundação o clube alcançava a elite do futebol paulista.

O estádio

O título conquistado da segunda divisão do Campeonato Paulista de Futebol assegurava uma vaga entre os melhores clubes do Estado na 1ª Divisão de Profissionais. Contudo, a cidade não possuía um estádio condizível com os padrões e normas requeridos para aquela competição. Aconteceu então o fato mais significativo de toda a história do clube, e talvez do município. A população se mobilizou de tal forma, que em três meses, algo que estava fora do alcance e impedindo a realização de um sonho, enfim concretizou-se tornando o desejo dos cidadãos possível. O mutirão ergueu para a Prefeitura o Estádio Adail Nunes da Silva – no coração de todos os Cateanos, Taquarão.

O jogo amistoso de inauguração contou com um visitante ilustre, o Cruzeiro de Minas Gerais. Casa cheia, a partida ficou gravada para sempre na alma do povo taquaritinguense e na placa honorífica estampada na entrada do Estádio até os dias de hoje.

Títulos

Estaduais

Outras conquistas

FONTES & FOTO: Blog do clube – Revista Placar

16 de dezembro de 1935 – O dia em que o Tricolor renasceu para o futebol

José Porphyrio da Paz, de farda, na inauguração da Sede do São Paulo, em 1936

O São Paulo Futebol Clube, fundado no dia 25 de janeiro de 1930, celebra na data de hoje os 81 anos do reinício das atividades do clube – em 16 de dezembro de 1935 – em memória aos tricolores que não deixaram os símbolos e tradições são-paulinas desaparecerem.

Neste ano, os associados do São Paulo aprovaram um novo Estatuto. Nele, uma justiça histórica se fez valer: o reconhecimento, por todos, de que o Tricolor foi fundado em 25 de janeiro de 1930. O fato por si só não é novidade. A data já constava nos Estatutos entre 1956 e 1973 (e também posteriormente, em segundo plano). Como se sabe, o São Paulo nasceu em berço de ouro, fruto da fusão de sócios e jogadores de dois grandes times da era amadora do futebol no Brasil – fato que gerou as cores do clube (o vermelho do CA Paulistano, o preto da AA das Palmeiras e o branco comum a ambos), o símbolo, a bandeira, os uniformes…

Também é de conhecimento de muitos que, quando o clube se restabeleceu em 16 de dezembro de 1935, a mesma situação abastada não se repetiu. Reconstruído do zero, os jogadores, sócios e dirigentes do Tricolor batalharam muito para voltar a ocupar um lugar de destaque no cenário nacional.

O CLUBE DA FÉ

Após a conquista de um Campeonato Paulista, em 1931, quatro vice-campeonatos estaduais (1930, 1932, 1933 e 1934), além de outro segundo lugar no Torneio Rio São Paulo de 1933, o Tricolor se viu em meio a tribulações do futebol no Brasil decorridas da disputa entre defensores do profissionalismo e do amadorismo e da consequente cisão das ligas esportivas, que atingiu o ápice durante e após a Copa do Mundo de 1934.

Alijado de vários dos principais atletas do clube por meses, que foram cooptados pela CBD – federação a qual o São Paulo não era federado, o Tricolor foi extremamente prejudicado no Campeonato Paulista. Contudo, pouco tempo depois, os principais clubes da APEA, a federação estadual, abandonaram a entidade e fundaram uma nova liga, desta vez filiada à CBD – que os “conquistou” com rendas e promessas de amistosos internacionais. Esta mudança de rumos dividiu os são-paulinos. Muitos preferiam ver o fim do time a se associarem com a entidade que tanto prejudicou a equipe anteriormente. Mesmo assim, a filiação ocorreu! Isto, aliado a outras disputas internas decorrentes, levou a maioria dos 205 sócios fundadores a aprovar a fusão com o CR Tietê em 14 de maio de 1935.

ARTIGO ESPECIAL COM A HISTÓRIA DETALHADA SOBRE 1930-1935

Na prática, o que aconteceu foi a cessão do patrimônio e passivos do clube (os quais, em maioria, eram débitos com os próprios dirigentes) ao vizinho de Chácara da Floresta, que passou a se chamar Clube de Regatas Tietê-São Paulo. Ou seja, os boatos sobre o prejuízo causado pelo uso do Palácio do Trocadero como sede social não passam de lendas. O futebol profissional do Tricolor, instalado em 1933, era superavitário e o valor dos “passes” de craques como Friedenreich e Araken eram exorbitantes!

Contudo, o Tricolor não acabou ali. Em verdade, em momento algum deixou de existir. Enquanto o CR Tietê-São Paulo, no primeiro estatuto dele após a fusão, rejeitava o uso das cores, símbolos e do nome do São Paulo Futebol Clube, não se apoderando deles, o Grêmio Tricolor, entidade nascida em 9 de fevereiro de 1935 entre os sócios são-paulinos e reconhecida dentro da própria associação, mantinha vivo o legado moral, institucional e histórico do Esquadrão de Aço. Foi este grêmio que articulou a criação do Clube Atlético São Paulo, em 4 de junho de 1935, como também conclamou os tricolores a comparecerem à reunião que selou o destino do clube em 16 de dezembro de 1935.

Por causa dessa fase tempestuosa, o famoso jornalista Thomaz Mazzoni, em 1937, batizou o São Paulo como o “Clube da Fé”, pois só com “a fé em seu destino e o amor ao seu hoje”, o Tricolor voltaria a se tornar um dos grandes do futebol. E foi em 16 de dezembro de 1935 que tudo recomeçou.

A REFUNDAÇÃO

A directoria do Grêmio Tricolor convida todos os srs. conselheiros e consócios para uma nova reunião a fim de tratar de assumptos do interesse geral que terá lugar hoje, ás 20 horas, na rua 11 de Agosto, 9-A.

Vale notar nessas poucas linhas publicadas no jornal Correio de São Paulo do dia 16 de dezembro que convidaram os são-paulinos a se reunirem e a reerguerem o São Paulo Futebol Clube que, especificamente, não tratava da fundação ou refundação de associação alguma. Parecia, meramente, uma reunião normal sobre as atividades do Grêmio. O que demonstra, mais uma vez, a continuidade da entidade.

Embora inativo dentro das quatro linhas entre maio e dezembro daquele ano, o Tricolor Paulista não havia abandonado o coração dos torcedores por um segundo sequer. Esses aficionados se concentraram em frente ao local anunciado com antecedência e, às 19h, grande multidão já aguardava a reunião que daria novos rumos ao Clube da Fé.

Às 20 horas teve início a assembleia mais intensa e emocionante da história do São Paulo. A sessão magna foi aberta pelo Tenente Porphyrio da Paz, cujas palavras de abertura fizeram vibrar a todos na casa. Terminado o discurso, o próprio Porphyrio foi indicado pelos colegas ali presentes a presidir os trabalhos da noite.

Entre exclamações e muita animação foram propostos o estudo e aprovação dos estatutos, trabalho esse que durou mais de duas horas. Aprovados que foram os mesmos, deu-se início então à eleição da Diretoria, que ficou assim constituída:

  • Presidente, Manoel Carmo Meca;
  • 1º Vice-Presidente, Alcides Borges;
  • 2º Vice-Presidente, Francisco Pereira Carneiro;
  • 1º Secretário, Éolo Campos;
  • 2º Secretário, Luiz Felipe Paula Lima;
  • 1º Tesoureiro, Manoel Arruda Nascimento;
  • 2º Tesoureiro, Izidoro Narvaes;
  • Diretor Geral de Esportes: Tenente Porphyrio da Paz.

Meca, o aclamado Presidente, não estava presente no início da assembleia em que foi honrado pois, justamente no dia anterior ao momento tão esperado por todos os são-paulinos, seu filho falecera. Ainda assim, sob luto, compareceu no decorrer da reunião e foi o primeiro signatário da ata que batizou o Tricolor.

A continuidade do clube é demonstrada, mais uma vez, no registro da própria ata datada de 16 de dezembro de 1935, quando o presidente Manoel Carmo Meca prometeu que “os membros da diretoria não mediriam sacrifícios para que o Pavilhão Tricolor voltasse a tremular glorioso nos campos esportivos do Brasil, elevando cada vez mais o nome do São Paulo Futebol Clube, cognominado o Esquadrão de Aço“, apelido este concedido ao Tricolor pelo time de Friedenreich.

Por volta da meia-noite, debaixo de salva de palmas e urras de vivas ao Clube, a São Paulo e ao Brasil, foi finalizada a sessão que trouxe de volta ao mundo o time que futuramente se tornaria um bastião do futebol arte e da competitividade, refletidos na vasta gama de jogadores exemplares e de conquistas obtidas.

 

A ATA

Aos dezesseis dias do mês de dezembro de mil novecentos e trinta e cinco, nesta cidade de S. Paulo, às vintes horas, numa das salas do prédio nº 9ª, da Rua Onze de Agosto, perante grande número de pessoas interessadas que atenderam a um convite feito por intermédio da imprensa pela Diretoria do Grêmio Tricolor, realizou-se a assembléia que teve por fim fundar o ‘São Paulo Futebol Clube’.

Na qualidade de um dos diretores do Grêmio Tricolor presente à reunião, o Sr. Tenente José Porphyrio da Paz, depois de expor os motivos da convocação da assembléia, pediu que indicassem um dos presentes àquela reunião, para dirigir os trabalhos. Por unanimidade foi indicado o nome do Sr. Tenente José Porphyrio da Paz, que assumindo a Presidência da mesa escolheu para seus secretários os Srs. Éolo Campos e Francisco Pereira Carneiro.

Depois de agradecer a sua indicação, o Sr. Presidente deu conhecimento da ordem dos trabalhos que obedeceram a seguinte ordem do dia: a) Leitura, discussão e aprovação dos Estatutos; b) Eleição da diretoria; c) Admissão de sócios como fundadores; d) Isenção de jóia; e) convocação de nova assembléia para eleição do Conselho Deliberativo e Fiscal; f) Registro dos Estatutos.

Atendendo, pois, a ordem do dia, o sr. Presidente mandou que o Secretário procedesse a leitura dos estatutos. Pede a palavra o sr. Dr. José Carlos da Silva Freire, que propôs que a discussão e aprovação dos estatutos fossem feitas por capítulos e pediu permissão para que ele mesmo procedesse a leitura dos estatutos a fim de facilitar os esclarecimentos que fossem necessários in laudo durante a discussão.

Aprovada esta proposta, o sr. Dr. Freire deu início à leitura e o sr. Presidente foi pondo à discussão e aprovação, capítulo por capítulo, sendo aprovados sem debates os capítulos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º. Após a leitura do capítulo 6º, o sr. Edgard de Toledo pediu a palavra e propôs que a esse capítulo fosse aumentado o seguinte parágrafo, nas atribuições da Diretoria: ” m) elaborar e afixar em lugar ostensivo da sede social o balancete mensal do movimento financeiro do clube para conhecimento dos associados”. Esta emenda foi recebida com muita simpatia e aprovada unanimemente.

Em seguida, passou-se à discussão e aprovação os demais capítulos, sendo todos eles aprovados e declarados em pleno vigor, desde aquele momento, os estatutos, que em seguida vão transcritos:

[…]

Passa-se depois à segunda parte da ordem do dia: eleição da Diretoria. Depois de diversas indicações foi aclamada e eleita para o primeiro biênio a seguinte Diretoria, que tomou posse imediatamente, entrando logo em função: Presidente: Manoel Carmo Meca; 1º Vice-Presidente: Alcides Borges; 2º Vice-Presidente: Francisco Pereira Carneiro; 1º Secretário: Éolo Campos; 2º Secretário: Luiz Felippe Paula Lima; 1º Tesoureiro: Manoel de Arruda Nascimento; 2º Tesoureiro: Isidoro Narvaes e Diretor Geral de Esportes: Tenente José Porphyrio da Paz.

As terceira e quarta partes da ordem do dia, admissão de sócios fundadores e isenção de joia, foram discutidas conjuntamente, sendo resolvido que fossem aceitos como sócios fundadores a todos que se inscrevessem e preenchessem as formalidades dos estatutos até 31 de dezembro corrente e isento de joia todos os que se inscreverem até 31 de janeiro de 1936.

Antes de levantar a sessão, o sr. Presidente declarou que a diretoria iria tomar as providencias necessárias para que os estatutos fossem prontamente registrados e prometeu que todos os membros da Diretoria estavam dispostos a não medirem sacrifícios para que o pavilhão tricolor voltasse a tremular glorioso nos campos esportivos do Brasil, elevando cada vez mais o nome do São Paulo Futebol Clube, cognominado o ‘Esquadrão de Aço’.

Debaixo de aplausos dos presentes, o sr. Presidente propôs que se consignasse em ata um voto de louvor e agradecimento ao dr. José Carlos da Silva Freire pelo esforço e dedicação que demonstrou na confecção dos estatutos do S. Paulo Futebol Clube e pelo interesse que tem dispensado para tudo que lhe é solicitado pelos seus diretores, sendo esta sua proposta unanimemente aprovada.

Nada mais havendo a tratar, o sr. Presidente declarou encerrado os trabalhos da Assembleia e mandou que se lavrasse a presente ata, o que foi feito por mim, secretário, e assinada pelos presentes.

  • Manoel do Carmo Meca
  • Cid Mattos Viana
  • Francisco Pereira Carneiro
  • Éolo Campos
  • Manoel Arruda Nascimento
  • Izidoro Narvaes
  • Francisco Ribeiro Carril
  • José Porphyrio da Paz
  • Eduardo Oliveira Pirajá
  • Frederico Antônio Germano Menzen
  • Francisco Bastos
  • Sebastião Portugal Gouvêa
  • Dorival Gomes dos Santos
  • Deocleciano Dantas de Freitas
  • Carlos A. Azevedo Salles Júnior

Assinaturas póstumas:

  • Alcides Rodrigues Borges
  • Álvares de Azevedo Bittencourt
  • Pedro Virgolino de Freire Sobrinho
  • Edmundo Granville Sobrinho
  • Thomaz Carlos André Mauri
  • Manoel Martins
  • Lázaro Pedroso
  • Álvaro Magalhães Leite
  • Paulo Brandão
  • Mário Ambuba
  • Edison Fonseca
  • José Azevedo Ribeiro
  • Brasilino Marcucci
  • Manoel Lopes
  • Manoel Pereira Amarante
  • Jarbas de Castro
  • Edgard Toledo
  • Edmundo Toledo
  • Jayme Roso
  • Ariosto Amalfi
  • Egydio Toledo
  • Waldemar R. Albien
  • Herculano Bastos
  • Adonyram Alves de Oliveira
  • Mário Silva Pereira
  • Olívio Alves
  • Antônio Queiroz
  • Joaquim Ribeiro
  • Antônio Góngora
  • Arnaldo Tedeschi
  • Joaquim Garcia
  • Humberto Sprovieri
  • Luís Felipe de Paula Lima
  • Álvaro Moraes
  • Jorge Paulo Moura
  • João Abílio Rogério
  • Ignácio Barbuchi
  • José F. Moreira
  • João Cananta Almeida
  • Pedro Pallow Sobrinho
  • Sebastião Rodrigues Negrão
  • Antônio Martins de Siqueira
  • Antônio Moraes Junior
  • Manoel dos Santos
  • Ruben Pazzanese
  • (Nome ilegível)
  • Bernardino Sampaio
  • José Penido
  • Oswaldo Richtman
  • Durval de Figueira Filho
  • José da Silveira Cintra
  • Luiz de Freitas
  • Cícero Faro
  • Sylvio Faro
  • Eduardo Faro
  • Paulo Ribeiro Villela
  • Polycarpo Meca
  • J. B. Gomes Parnahyba
  • João Sarrea
  • Cyro de Barros Azevedo
  • Aloísio de Souza Vianna
  • Terante J. Abílio
  • João Gomes Martins Sobrinho
  • Diamantino Cravo
  • José de Oliveira Filho
  • Vitoriano Garcia da Fonseca
  • José Moreira de Toledo
  • José Loureiro
  • Antônio M. Sobrinho
  • Renato A. Ribeiro
  • George de Assis Fonseca
  • João Camargo de Souza
  • José Bueno Franco

E outros 206 nomes que assinaram após o lavramento da ata.

Fonte: site do clube

Torneio Início da LECI (São Paulo-SP) – 1930

LIGA ESPORTIVA DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA
DATA: 16 DE MARÇO DE 1930
LOCAL: SÃO PAULO / SP

1º JOGO

PLATINA

1-0

REPARTIÇÃO DE ELETRICIDADE

2º JOGO

KNOWLES AND FORSTERS

1-0

ANGLICUS

3º JOGO

GENERAL MOTORS

W0-0

TEXTIS

4º JOGO

ARMOUR

1-0

CASA PRATT

5º JOGO

STANDARD OIL

2-1

ALPARGATAS

6º JOGO

BOSELLO

1-0

MUNICIPAL

7º JOGO

PLATINA

1-0

CAMA PATENTE

8º JOGO

GENERAL MOTORS

1-0

KNOWLES AND FORSTERS

9º JOGO

STANDARD OIL

1-0

ARMOUR

10º JOGO

BOSELLO

1-0

PROGRESSO NACIONAL

11º JOGO

PLATINA

2-1

GENERAL MOTORS

12º JOGO

STANDARD OIL

2-0

BOSELLO

FINAL

PLATINA

0-0

STANDARD OIL (1-0 ESC)

CAMPEÃO – CLUBE ESPORTIVO PLATINA (SÃO PAULO-SP)