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Inédito!! Rosal Esporte Clube – Bom Jesus do Itabapoana (RJ)

O Rosal Esporte Clube é uma agremiação do município de Bom Jesus do Itabapoana, que possui uma população de 37.306 habitantes (segundo o Censo do IBGE/2021), fica a 366 km da capital do estado do Rio de Janeiro.

O “Alvirrubro bom-jesuense foi Fundado na quarta-feira, às 21 horas, do dia 25 de março de 1942, na sala da Escola Pública do Rosal. Na Assembleia Geral, foi constituída a 1ª Diretoria, composta pelos seguintes membros:

Presidente Interino – Caetano Lourenço;

Presidente – Anselmo Nunes;

Vice-Presidente – Walter Fiori;

1° Secretário – Caetano Lourenço;

2° Secretário – Durval Tito de Almeida;

1° Tesoureiro – Fluminense;

2° Tesoureiro – João Torres;

1° Captain – Jocelem Machado;

2° Captain – José André dos Santos;

Técnico – Antonio José dos Santos.

A sua Sede e o Estádio Chiquinho Nunes ficam localizados na Rua Francisco Diniz, s/n – Rosal (antiga Vila de Rosal), 3º Distrito de Bom Jesus do Itabapoana (RJ).

No domingo, do dia 02 de Abril de 1944, o Rosal Esporte Clube venceu o Pirapetinga Futebol Clube, de Pirapetinga (5º Distrito de Bom Jesus do Itabapoana), pelo placar de 4 a 2. Os gols foram assinalados por Dedé e Jocilin, ambos com dois tentos cada, para o Rosal; enquanto Zezé e Modesto fizeram os gols de honra dos visitantes.

A LBD (Liga Bonjesuense de Desportos), foi fundada no dia 11 de outubro de 1951. O Campeonato de Bom Jesus do Itabapoana, passou a ser realizado no ano seguinte. Dessas edições, há registros de que o Rosal Esporte Clube participou, pelo menos, de 11 edições: 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966.

Rainhas do Rosal nos anos de 1952, 1953 e 1954

Em 1956, quando o Olympico Futebol Clube conquistou o Bicampeonato (1955 e 1956) ao vencer o Cimento Paraíso por 2 a 1; o Rosal Esporte Clube encerrou a sua participação com vitória de 3 a 1 em cima do Liberdade.

 No domingo, do dia 14 de setembro de 1958, foi noticiado a realização de uma rodada do certame municipal, com três jogos: Pirapetinga x Ordem e Progresso; Fluminense x Liberdade; Rosal x Santa Maria.

Em 1959, a competição teve a participação de nove equipes: Liberdade Esporte Clube (4º Distrito Carabuçu), Santa Isabel Futebol Clube (Usina Santa Isabel), Rosal Esporte Clube (Bom Jesus), Pirapetinga Futebol Clube (Fazenda Pirapetinga), Ordem e Progresso (Bom Jesus do Norte/ES), Fluminense Futebol Clube (Bom Jesus), Olympico Futebol Clube (Bom Jesus), Italva (Italva) e Santa Maria Futebol Clube (Usina Santa Maria).

No sábado, do dia 04 de Julho de 1959, o Rosal Esporte Clube então líder e invicto, recebeu nos seus domínios os capixabas do Ordem e Progresso Futebol Clube, de Bom Jesus do Norte/ES, válido pelo Campeonato Citadino de Bom Jesus do Itabapoana.

Após 90 minutos de um jogo bonito, em que ambos os contendores se empenharam a fundo, o Rosal Esporte Clube saiu mais uma vez vitorioso pelo placar de 3 a 0. Os gols foram assinalados por Oswaldo, duas vezes, e Toninho. O árbitro da peleja foi o Sr. Eleon Navarro (boa atuação). Na preliminar, a equipe de Aspirantes do Rosal goleou o Ordem e Progresso pelo marcador de 5 a 0.

Rosal: Áureo; Décio e Noir; Tiaozinho, Hilton e Carlile; Celso, Oswaldo, Toninho, Parafuso e Iranel.

Ordem e Progresso: Chico Alfredo; José Jorge e Hélio; Paulo Garcia, Pedrinho e Vavá; Zé Adilson, Beni, Boêmia, Paulinho e Thiebaut.

No final, o Santa Maria foi o grande campeão de 1959 (antes tinha sido campeão em 1953 e depois alcançou o tricampeonato nos anos de 1959, 1960 e 1961), enquanto o Santa Isabel ficou com o vice-campeonato e o Rosal Esporte Clube terminou na 3ª colocação. O Olympico Futebol Clube também levantou o tricampeonato em 1964, 1965 e 1966.

Foto da década de 70

Classificação Final de 1966

CLUBESPontos Perdidos
Olympico Futebol Clube01
Santa Izabel Futebol Clube02
Motorista Futebol Clube06
Boa Vista Futebol Clube06
Rosal Esporte Clube07
Liberdade Esporte Clube08
Tamandaré Futebol Clube12

Em janeiro de 1964, o Rosal Esporte Clube, Santa Maria Futebol Clube e o Esporte Clube Italva foram pivôs de uma grave crise com a liga local. O presidente da LBD, Almenara Sueth desligou os três clubes além de aplicar pesadas multas.

A confusão chegou na Federação Fluminense de Desportos (FFD) – entidade máxima do esporte do estado do Rio – que cobrou que a LBD se submetesse ao pronunciamento da Junta Disciplinar Desportiva Bonjesuense.  

As razões pela exclusão e multa foi que as três equipes teriam deixado de saldar compromissos do campeonato de Bom Jesus, além de jogar amistosos sem licença.  

A diretoria atual em exercício (período de 17 de dezembro de 2022 a 17 de dezembro de 2023) do Rosal Esporte Clube é formada assim:

Presidente – Marcelo Brites Costa;

Vice-Presidente – João Batista Rodrigues da Silva;

1º Secretário – Nilton Pani Crisostomo;

2º Secretário – Wenderson Carlos P. da Silveira;

1º Tesoureiro – Douglas José F. da Silva;

2º Tesoureiro – Luís Carlos Torres de O. Júnior;

Diretor de Esportes – Arlindo Nazareth Barreto;

Diretor de Esportes – Paulo Sérgio Rosa.

Foto do time atual do Rosal E.C.

FOTOS: Acervo de Roberto S. Quintanilha

FONTES: O Jornal (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Última Hora (RJ) – O Fluminense (RJ) – Roberto S. Quintanilha – A Voz do Povo, da Divisão de Educação, Cultura, Esporte e Laser – PMBI – RJ

Maior público, entre clubes, da história do futebol mundial! Fla-Flu, com 194.603 presentes, em 1963!

EM PÉ (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Murilo, Marcial, Ananias, Luiz Carlos, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Espanhol, Nelsinho, Airton, Geraldo e Oswaldo.

A cidade estava inteiramente dominada pelo espetáculo que se desenrolou no Maracanã, que definiu o Flamengo como o campeão Estadual de 1963. Nessa partida, no domingo, às 17 horas, do dia 15 de dezembro de 1963, o Fla-Flu registrou o recorde do maior público, entre clubes, no futebol brasileiro e mundial: 194.603 presentes.

O goleiro Marcial saltava para defender, salvando o Flamengo, o juiz Cláudio Magalhães encerrou a partida. Luís Carlos (3) salta de alegria enquanto Murilo (2) corre para comemorar o título de 1963.

O Flamengo, que jogava pelo resultado igual, conquistou o título do Campeonato Carioca ao empatar com o Fluminense em 0 a 0, no Estádio do Maracanã. O Jornal dos Sports destacou o frenesi do pós-jogo pela torcida rubro-negra, que lotou e quebrou o recorde do então, maior estádio do mundo!

(…) a cidade inteira mergulhou em alegrias e comemorações, que se estenderam até a madrugada, em autêntica antecipação do Carnaval Carioca.

O Fla-Flu decisivo sob grande nervosismo, em prejuízo da técnica, mas não decepcionou os 200 mil torcedores que compareceram ao estádio, incluindo os sócios do Flamengo e os ingressos gratuitos.

O Fluminense começou melhor, pressionando bastante os 10 minutos iniciais, mas ao final do primeiro tempo havia igualdade nas ações. Na fase final, o panorama foi idêntico, mas o Fluminense dominava a meia-cancha e teve maiores oportunidades de gol, inclusive um chute de Escurinho na trave. Os times estiveram armados no 4-2-4, mas variavam muito para o 4-3-3, com o recuo dos extremas.

Além do título máximo do futebol, o Flamengo venceu cinco dos sete páreos de remo, pela manhã, na Lagoa Rodrigo de Freitas, encerrando a temporada com ‘chave de ouro’, pois o título já estava assegurado desde a regata anterior.

No final, a campanha do campeão Flamengo foi de um total de 39 pontos em 24 jogos; com 17 vitórias, cinco empates e duas derrotas; marcando 46 gols, sofrendo 17 e um saldo positivo de 29. Airton foi o artilheiro da equipe rubro-negra com 15 gols.    

O vice-campeão Fluminense fechou com 38 pontos em 24 jogos; com 16 vitórias, seis empates e duas derrotas; marcando 48 gols, sofrendo 10 e um saldo positivo de 38. Manuel foi o artilheiro do Tricolor das Laranjeiras com 17 gols.    

Com dois pontos de vantagem sobre o vice-campeão Botafogo, o time de do Fluminense sagrou-se bicampeão de Aspirantes, vencendo o Flamengo.    
EM PÉ (esquerda para a direita): Édson, Zé Luís, Valdez, Laurício, Íris e Nonô;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Calazans, Nélio, Ubiraci, Tito e Gilson.

ADEG informa: Borderô do Jogo

Arquibancadas138.264
Gerais21.525
Gratuidade17.583
Cadeiras numeradas6.341
Concessionários600
Militares402
Cadeiras especiais290
Camarotes de curva110
Camarotes laterais49
TOTAL (Pagantes)177.020
TOTAL (presentes)194.603

Curiosidades:

Os preços dos ingressos foram vendidos pelo preço de Cr$ 350,00;

O departamento médico da ADEG (Administração dos Estádios do Estado da Guanabara), do Maracanã atendeu 48 pessoas. Entre os quais, alguns clínicos, outros curativos em escoriações, contusões e lesões esteo-articulares, e um outro que teve de ser removido para o Hospital Sousa Guiar, com fratura do crânio. Nenhum em estado grave;

Após o jogo, o lateral-esquerdo Paulo Henrique ao sair do Maracanã para ir a sua residência, foi carregado pelos torcedores rubro-negros. Foi necessária a intervenção da Polícia para que o jogador saísse inteiro. Ele revelou: “Puxaram o meu braço direito, exatamente o que me machuquei”;

Os jogadores do Flamengo receberam Cr$ 150 mil pelo empate, havendo ainda uma promessa de mais de Cr$ 1,5 a 2 milhões pelo título.  

Após os 90 minutos de angustia do Fla-Flu, a torcida invadiu furiosamente o campo e carregou nos ombros os heróis do ano. Espanhol, o novo ídolo da Gávea, foi o mais ovacionado. Andou de mãos em mãos, exibindo na face e alegria de um time que venceu o campeonato pela fé inquebrantável (incansável) inspirado por seu comandante Flávio Costa.    

C.R. FLAMENGO (RJ)      0          X         0          FLUMINENSE F.C. (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã
CARÁTERFinal do Campeonato Carioca de 1963
DATADomingo, do dia 15 de dezembro de 1963
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 57.993.500,00 (cinquenta e sete milhões, novecentos e noventa e três mil e quinhentos cruzeiros)
PÚBLICO177.020 pagantes (194.603 presentes)
ÁRBITROCláudio Magalhães (FCF)
AUXILIARESGuálter Portela Filho (FCF) e Valdemar Meireles (FCF)
FLAMENGOMarcial; Murilo, Luís Carlos, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Aírton, Geraldo e Osvaldo. Técnico: Flávio Costa.
FLUMINENSECastilho; Carlos Alberto Torres, Procópio, Dari e Altair; Oldair e Joaquinzinho; Edinho, Manuel, Evaldo e Escurinho. Técnico: Fleitas Solich.  
GOLNenhum
PRELIMINARFluminense 1 x 0 Flamengo (Aspirantes)
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
ÁRBITROJorge Paes Leme (FCF)
AUXILIARESMário Vinhas (FCF) e Álvaro Siqueira (FCF)
FLAMENGOGustavo; Joubert, Paulo Lumumba, Ílton e Silas; Nélson e Carlos Alberto; Fio, Paulo Chôco, Foguete e Fraga.
FLUMINENSEÉdson; Laurício, Zé Luís, Valdez e Nonô; Iris e Tito; Calazans, Nélio, Ubiraci e Gilson.
GOLUbiraci aos 36 minutos (Fluminense), do 2º Tempo.
CURIOSDADEO Tricolor das Laranjeiras faturou o Bicampeonato Carioca de Aspirantes de 1962/63.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Manchete (RJ) O Globo/ Veja

FONTES: Diversos jornais cariocas    

Foto rara, de 1970: Tupi de Juiz de Fora (MG) 0 x 1 Flamengo (RJ)

EM PÉ (esquerda para a direita): Aluísio, João Carlos, Fred (irmão de criação do PC Caju), Campista, Duílio e Marcos (irmão do lateral Paulo Henrique);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Caldeira (falecido em SP, em 2019), Chiquinho (abandonou o futebol profissional em 1974, tornando-se Bancário, falecendo em 2016), Milton (ex-América, de Rio Preto, Flamengo e equipes do México), Ademir e Michila (irmão do Fio Maravilha).

O Clube de Regatas Flamengo descobriu que tem um bom número de torcedores em Juiz de Fora – a 2ª maior cidade mineira – e vai partir para lá com toda a suas forças, a fim de aumentar sua galera.

No domingo, do dia 11 de Outubro de 1970, o Flamengo mandou uma equipe mista para enfrentar o Tupi Foot Ball Club, no estádio Santa Terezinha, em Juiz de Fora, sem cobrar nada pelo jogo amistoso.

Nessa partida, o Galo Carijó fez a estreia de quatro jogadores: Alair, Volmir, César e Luís Augusto, recentemente contratados. A equipe rubro-negra comandado por Dorival Knipel, mais conhecido por ‘Yustrich’ venceu o Tupi pelo placar de 1 a 0.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Foto Rara, de 1966: Bangu Atlético Clube – Rio de Janeiro (RJ)

EM (esquerda para a direita): Ubirajara Mota, Luiz Alberto, Pedrinho, Ary Clemente, Fidélis e Jaime;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Ladeira, Parada, Norberto Safioti, Ocimar e Aladim.

FOTO: Acervo pessoal

Inédito!! União Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1947

O União Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na década de 50, existiam alguns clubes homônimos, como o mais conhecido de Marechal Hermes, tinha também o de Engenho de Dentro e a equipe de Mesquita (na época era um distrito de Nova Iguaçu).  Um breve resumo dessa equipe foi contado pelo Jornal A Manhã e um documento foi importante para o redesenho do distintivo.

Na quarta-feira, do dia 26 de março de 1947, um pequeno grupo de entusiastas desportistas resolveu fundar, no bairro de Botafogo, o União Football Club, propiciando-lhe recursos para, desde logo, disputar com seus coirmãos jogos de futebol e manter entre seus associados um ambiente de sã camaradagem, norteando os rumos de seu grêmio pelo preceito clássico “meus sana in corpore sano(traduzindo do latim: “Eu sou saudável em um corpo saudável”)

Muitas foram as dificuldades encontradas e logo superadas; exaustivos foram, quase sempre, os esforços dispendidos para a consecução do seu ideal de moços; hoje, porém, decorrido um ano de sua existência, União Football Club, contando em seu seio com uma legião de abnegados sócios, já tem alicerçado o seu futuro, possuindo um acervo de glórias que constitui o orgulho de seus fundadores.

Tendo a sua Sede confortavelmente instalada à Rua Visconde da Silva, nº 89, no bairro de Botafogo (atual Humaitá), na Zona Sul do Rio. A posse da sua segunda diretoria, composta de elementos que, pelo muito que já fizeram, asseguram aos unionistas o progresso sempre crescente do clube.

Eleita em assembleia a que compareceu a maioria dos associados, está assim composta a nova diretoria, que tomou posse na segunda-feira, do dia 12 de abril de 1948

Presidente de honra – Dr. Flavio Pareto Filho

Presidente – Hugo Fizler Chaves;

Vice-Presidente – Heronildes Pires Machado;

1º Secretario – Guilherme Sena;

2º Secretario – José Maria Alves Pereira;

1º Tesoureiro – Delamar Soares;

2º Tesoureiro – Alfredo Figueiredo;

Diretor Esportivo – Ernesto Figueiredo;

Auxiliar do Diretor Esportivo – Nilton de Oliveira;

Diretor de Propaganda – Antonio de Carvalho;

Comissão Recreativa – José Domingos, Antonio Barros e Euclides Formoso.

Os Festejos

No domingo, do dia 16 de maio de 1948, o União Football Club levará a efeito no campo da Escola de Educação Física do Exército, cedido por gentileza do tenente coronel Silvio Santa Rosa, um amistoso de futebol, no intervalo do qual será coroada a “Rainha do clube”, senhorita Wanda dos Santos, eleita em renhidíssimo concurso, sendo distribuídos nessa ocasião os prêmios conquistados pelos cabos eleitorais que maior número de votos apresentou.

Depois, para finalizar com brilhantismo o programa carinhosamente elaborado pela Comissão Recreativa, o União Football Club oferecerá a seus associados e famílias, a seus coirmãos e a Imprensa – um animado baile em sua sede, com o concurso de excelente jazz.

FONTES: Jornal A Manhã (RJ) – Fabiano Rosa Campos

Escudo Inédito da década de 40: Rio Cricket e Associação Atlética – Niterói (RJ)

O Rio Cricket e Associação Atlética é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica localizada  na Rua Fagundes Varela, nº 637, no bairro do Ingá, em Niterói. As cores oficiais do clube são o verde e o amarelo, homenagem dos seus fundadores ingleses e descendentes ao Brasil.

Foi no domingo, do dia 15 de Agosto de 1897, por um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes fundaram uma agremiação chamada Rio Cricket Club, que funcionava informalmente desde 1870, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo no Rio de Janeiro, para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.

Após alguns atos de discordância dentro da agremiação, um grupo de fundadores decidiram montar uma outra agremiação na cidade de Niterói, com o clube que ficara sediado da cidade do Rio de Janeiro recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube, assim nascendo uma grande rivalidade clubística entre os dois clubes da colônia britânica. Em algumas fontes antigas as partidas entre os dois clubes, nos mais variados esportes, era chamada de Clássico dos Ingleses.

Em 1897, o novo clube, fundado por ingleses e descendentes dissidentes do clube carioca, liderados por George Emmanuel Cox e Basil Freeland, também e provavelmente não por acaso no dia 15 de agosto, ganhou a denominação de Rio Cricket e Associação Atlética, no bairro de Icaraí, na cidade de Niterói, sendo este o 3º clube mais antigo destinado á prática de esportes na cidade, atrás apenas do Grupo de Regatas Gragoatá e do Clube de Regatas Icaraí, ambos fundados em 1895.

No dia 16 de novembro de 1897, foi lavrada a escritura de compra do terreno onde se instalaria o Rio Cricket e Associação Atlética. Em 1978, Carlos Ary Vieira torna-se o 1º presidente de origem luso-brasileira a dirigir o Rio Cricket. Antes dele, todos os quarenta e três presidentes do clube eram de origem britânica.

Futebol bretão

No domingo, do dia 22 de Setembro de 1901, ocorreu a 1ª partida de futebol oficialmente realizada no Estado do Rio de Janeiro, no campo do Rio Cricket. Neste dia, Oscar Alfredo Cox, que viria posteriormente a ser fundador e presidente do Fluminense Football Club, atravessou a Baía de Guanabara para enfrentar os praticantes de críquete e tênis do clube inglês. Ainda cerca de quinze observadores assistiram o jogo que terminou empatado em 1 a 1, causando espanto a crônica da época, não habituada a relatar embates finalizados sem vencedores.

Em 1906, o clube participou do 1º Campeonato Carioca de Futebol, ficando com a 3ª colocação. Foi no campo do Rio Cricket que foi definido o primeiro campeonato carioca de futebol.

Em 1916, ao contrário do que algumas fontes sugerem, o Rio Cricket jamais abandonou a prática do futebol, teve que se licenciar do Campeonato Carioca (do qual era convidado especial, já que na época pertencia a outro estado) apenas por conta da I Guerra Mundial, quando muitos de seus jogadores foram defender a Inglaterra.

Em 1920, o clube retomou as atividades futebolísticas, as quais mantém até hoje. O clube, no entanto, nunca se profissionalizou, mantendo-se amador como o futebol era em seu princípio. Em 1927, se sagrou campeão do Torneio Início de Niterói, organizado pela Liga Sportiva de Amadores (LSA).

Em 2006, o clube voltou a disputar uma partida de futebol contra o Paissandu Atlético Clube após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio de Janeiro (realizados na sede do Rio Cricket). O Rio Cricket foi derrotado por 2 a 1.

O clube participou das primeiras edições do Campeonato Carioca em: 1906, 1908, 1911, 1912, 1913, 1914 e 1915 e do campeonato niteroiense em 1925, 1926, 1927, 1928 e 1929.

FOTO: Acervo de Auriel de Almeida

FONTE: livroRio Cricket e Associação Atlética, Mais de um século de paixão pelo esporte”, de autoria de Patrícia Iorio e Vítor Iorio

Amistoso Internacional de 1971: C.R. Vasco da Gama (RJ) versus F.K. Vojvodina (Iugóslavia)

O Clube de Regatas Vasco da Gama enfrentou, em amistoso, o Fudbalski klub Vojvodina, da Iugoslávia (atual Sérvia), no domingo, às 17h45min., do dia 31 de janeiro de 1971, no Estádio de General Severino, em Botafogo, na zona sul do Rio. O clube de São Januário até o momento tinha realizado quatro jogos em 1971 (três derrotas e um empate):

17 de janeiroVasco1X2FlamengoArraial do Cabo/RJamistoso
20 de janeiroVasco1X2America/RJGeneral Severiano/RJamistoso
24 de janeiroVasco0X2Dínamo Bucareste (Romênia)General Severiano/RJamistoso internacional
27 de janeiroVasco1X1Sporting (Portugal)General Severiano/RJamistoso internacional

Véspera do jogo

Sem vitória na temporada, o Vasco da Gama precisava vencer para dar uma reposta aos seus torcedores. O técnico Paulo Amaral estava entusiasmo em conseguir a primeira vitória na temporada de 1971, principalmente após o treino de sexta-feira, quando os titulares golearam os reservas por 5 a 0, além de apresentarem um ótimo rendimento.

O treinador não pode contar com Dé Aranha, uma vez que o mesmo extraiu um dente, no sábado (30/01/71), que dificultava sua recuperação das dores musculares. Com isso, acabou substituído pelo atacante Silva.

Já a equipe do F.K. Vojvodina, da cidade de Novi Sad/IUG, apesar de ocupar uma boa posição no Campeonato Iugoslavo, ainda não conseguiu vencer no Brasil. Na sexta-feira (29/01/71), foi derrotado pelo Coritiba por 4 a 2, em Curitiba/PR.  

Crônica do jogo

O Vasco da Gama chegou ao seu quinto jogo consecutivo na temporada sem vitória, ao empatar em 1 a 1, com o F.K. Vojvodina, da Iugoslávia, em General Severiano, num jogo fraco sob todos os aspectos. Apesar da fragilidade do time adversário, o Vasco não conseguiu se impor em campo e acabou sendo vaiado pela sua torcida no final do jogo.

Parecia que o Vasco venceria o jogo facilmente pela disposição mostrada no início, mas o time voltou a apresentar uma série de erros. O principal deles fo insistir nas penetrações pelo meio, quando a área adversária estava sempre bem protegida, com seis ou sete jogadores.

Outra falha foi tentar centros pelo alto sobre a área do Vojvodina, já que a maioria dos seus defensores eram altos e ganhavam todas. O Vojvodina jogou trancado e explorando os contra-ataques rápidos e por diversas vezes pegou a defesa vascaína desprevenida, levando perigo ao gol de Valdir Appel.

A primeira chance de gol foi do Vasco, numa cabeçada de Silva raspando o travessão, ao completar um centro de Eberval da esquerda. Logo em seguida, Valdir salvou com uma bonita defesa, após um chute de Dirnaer, que tinha ‘endereço certo’.

Depois desses lances, o jogo ficou pouco preso ao maio de campo, já que o miolo da área do Vojvodina estava congestionado e o Vasco não conseguia penetrar. E o time iugoslavo, procurando explorar os contra-ataques, poucas vezes conseguia uma boa jogada, principalmente em consequência da fraca condição técnica da maioria dos seus jogadores, que nem lateral sabiam bater direito.

Se no primeiro tempo o jogo não agradou, piorou na etapa final. As várias modificações no Vojvodina não melhoraram em nada a situação do time enquanto o Vasco continuava no seu jogo, sem alcançar sucesso. O Vojvodina abriu a contagem aos 30 minutos, numa falta cobrada por Mikezic, rasteiro, no canto direito de Valdir. Aí o Vasco foi todo à frente em busca do empate.

O Vojvodina em contra-ataques, pegou algumas vezes a defesa do Vasco desprevenida. Aos 34 minutos, entretanto, Alcir empatou, ao receber um centro na medida de Silva. O jogo continuou no mesmo ritmo, frio e de pouca movimentação até o seu final, quando o Vasco foi vaiado pela sua própria torcida, devido à fraca atuação.

Paulo Amaral pediu paciência aos torcedores

Após a partida, o técnico do Vasco, Paulo Amaral pediu paciência à torcida, prometendo que dias melhores virão: “Eu compreendo a impaciência da torcida, mas na realidade o que menos importa nesses amistosos são os resultados. Eles valem, isso sim, para que tenhamos uma ideia do que se deve fazer para armarmos o time capaz de dar as alegrias que a torcida exige”, afirmou Paulo Amaral.

No entanto, o treinador disse que iria estudar possíveis mudanças para o jogo da quarta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1971, diante do CSKA, da Bulgária, também no Estádio de General Severiano.   

Para o jogo contra o CSKA, já poderei contar com Dé (Aranha). Entretanto, o Silva jogou muito bem e ainda não decidi quem vai jogar, Na apresentação dos jogadores amanhã (segunda-feira, dia 1º/02/71), vou estudar as alterações do time. É possível que o Celso volte ao gol, no revezamento que estou fazendo com os goleiros, porque quero conhece-los bem. É isso só é viável em amistosos”, concluiu Paulo Amaral.

E, no jogo diante do CSKA, da Bulgária, o Vasco da Gama finalmente conseguiu a 1ª vitória, ao bater o seu oponente pelo placar de 3 a 1, trazendo a calma de volta ao time para a sequencia da temporada.

C.R. VASCO DA GAMA (RJ)                  1          X         1          F.K. VOJVODINA (YUG)

LOCALEstádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ)
CARÁTERAmistoso Internacional de 1971
DATADomingo, do dia 31 de janeiro de 1971 
HORÁRIO17 horas e 45 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 13.746,00 (treze mil e setecentos e quarenta e seis cruzeiros)
PÚBLICO2.088 pagantes
ÁRBITROJosé Marçal Filho (FCF)
AUXILIARESWilson Dias Durão (FCF) e Azenclever e Barreto (FCF)
CARTÃO VERMELHOPijovic (Vojvodina) aos 39 minutos do 2º Tempo (jogo violento)
VASCOValdir Appel; Fidélis, Moacir, Joel Santana e Eberval; Alcir Portela e Buglê; Luiz Carlos, Jaílson, Silva e Gilson Nunes. Técnico: Paulo Amaral
VOJVODINAPopovic; Aleksic, Jovanic, Kourliza e Medovic; Brvic e Karamamovic; Ivenic (Pirmater), Mikezic (Pijovic), Dirnaer (Stanic) e Liceiner (Dzenco).
GOLSMikezic aos 30 minutos (Vojvodina); Alcir Portela aos 34 minutos (Vasco), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo Valdir Appel – Tribuna da Imprensa (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

FONTES: Diversos jornais do Rio (RJ)

Torneio Magalhães Pinto de 1966: União Soviética foi a grande campeã!

URSS – Campeã

O Torneio Magalhães Pinto, foi realizado entre os dias 3 a 6 de fevereiro de 1966 (quinta-feira a domingo). A competição contou com a participação do Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo e a Seleção da U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que fez uma excursão pelo continente sul-americano, visando a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Vice-campeão

O América Mineiro tentou participar, mas…

Um fato curioso, foi que o América Mineiro tentou participar do quadrangular. Para isso tentou junto a Federação Mineira de Futebol (FMF), transferir o seu jogo da Campeonato Mineiro referente ao ano de 1965, do dia 05 de fevereiro de 1966, diante do Valeriodoce para outra data. 

Inclusive, o clube enviou o representante o Sr. Lauro Gentil para uma reunião na sede da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), terça-feira, às 19h30min., do dia 19 de janeiro de 1966. Apesar do esforço do Coelho, a resposta definitiva foi de que seria impossível a sua inclusão no quadrangular.

Terceiro lugar

A Seleção Uruguaia foi cogitada a disputar

Sem cobrar cota, revertendo a arrecadação das partidas em benefício das vítimas das enchentes no Rio, a Seleção do Uruguai veio ao Brasil a fim de excursionar para realizar vários amistosos. Com isso foi cogitado a sua entrada no Torneio Magalhães Pinto de 1966, o que elevaria o número para cinco equipes. Porém, no final a Celeste não participou.

Quarta colocação

Os soviéticos livres, leves e soltos em Belo Horizonte

Na noite de terça-feira, do dia 1º de fevereiro de 1966, os jogadores do selecionado soviético saíram do Brasil Palace Hotel, onde estavam hospedados em Belo Horizonte/MG, informando que “iriam numa recepção”.

No entanto, foi descoberto, que na realidade os russos foram no Cine Art-Palace, assistir a um filme de strip-tease, chamado: “Noites Quentes do Oriente(filme italiano, que revela a vida noturna em países orientais), que é impróprio para menores de 18 anos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira (Foto: Arquivo Estado de Minas)

Cruzeiro e URSS estreiam com goleada e decidem o título

O Torneio Magalhães Pinto, teve a sua jornada dupla, na quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966. A diretoria do Cruzeiro que havia prometido um “bicho” de Cr$ 200 mil para cada jogador em caso de vitória, pelo visto motivou os jogadores.

Após um primeiro tempo equilibrado, com empate em dois gols, o Cruzeiro voltou para a etapa final e goleou o Flamengo pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

CRUZEIRO E.C. (MG)        6          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e José Teixeira dos Santos (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William (Celton), Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
FLAMENGOValdomiro; Murilo, Ditão (Jayme Valente), Luís Carlos e Paulo Henrique; Carlinhos e Jarbas (Mansilha); Neves, César Lemos (Aírton), Silva Batuta e Rodrigues (Osmar). Técnico: Armando Renganeschi.
GOLSSilva Batuta aos 20 e 27 minutos (Flamengo); Dirceu Lopes aos 24 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 37 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo. Wilson Piazza, de pênalti, aos 18 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 22 e 41 minutos (Cruzeiro); Marco Antônio aos 29 minutos (Cruzeiro), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, a diretoria bem que tentou motivar seus jogadores com a promessa de pagar Cr$ 200 mil pela vitória diante do selecionado soviético e mais Cr$ 300 mil pelo título.

EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei Paiva e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião. (Foto: Arquivo Cláudio Aldecir)

Porém, o que se viu foi um Atlético Mineiro ser goleado pela União Soviética pelo placar de 6 a 1, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG. Após um primeiro tempo com cinco tentos a zero, os russos retornaram num ritmo menor assegurando o direito de decidir o título contra o Cruzeiro.    

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           1          X         6          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO19 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e José Alberto (FMF)
ATLÉTICO-MGOsias; Canindé, Zé Borges (Vander), Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Buião (Ronaldo), Toninho, Noventa e Ronaldo. Técnico: Paulo Amaral
URSSKavazashivilli; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Danilov; Malafeev (Voronin) e Jussanov (Biba); Chislenko, Slava Metreveli, Kopaev (Serebrianikov) e Meshki (Jmelnitski). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSKopaev a 1 e aos 16 minutos (URSS); Jussanov aos 4 minutos (URSS); Chislenko aos 19 minutos (URSS); Meshki aos 26 minutos (URSS), no 1º Tempo. Kopaev aos 12 minutos (URSS); Toninho aos 15 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

A jornada dupla, de o Torneio Magalhães Pinto de 1966, no domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966, começou com a disputa do 3º lugar, entre Flamengo e Atlético Mineiro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

No final, melhor para o Rubro-negro carioca que bateu o Galo pelo placar de 1 a 0, ficando com a 3ª colocação do torneio.  

O primeiro tempo, foi fraco, com o Atlético um pouco melhor. No segundo tempo, com a entrada de Aírton na vaga de Carlinhos Violino, o Flamengo melhorou e dominou o jogo. Após perder uma série de gols, aos 37 minutos, saiu o gol.

Aírton dominou a bola na intermediária adversária e passou a César Lemos, na entrada da área. O ponta-de-lança deu um drible de corpo em Vander e, já com Luisinho batido, chutou rasteiro. A bola bateu no pé da trave e sobrou limpa para Neves que tocou alto para o gol, antes de entrar a bola resvalou na cabeça de Aírton, mas o árbitro assinalou o tento para Neves.

EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Ditão, Jaime, Franz, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Carlos Alberto, Nelsinho, Almir Pernambuquinho, Silva e Osvaldo (Foto: Revista Cruzeiro)

O Galo ainda tentou o empate, mas o rubro-negro por pouco não ampliou o marcador. Fim de jogo e o Flamengo ficou com a terceira colocação, enquanto o Atlético terminou na 4ª posição.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           0          X         1          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERDisputa do 3º lugar do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.704.000,00 (cento e quatro milhões e setecentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.422 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESLuís Pereira (FMF) e José Teixeira (FMF)
ATLÉTICO-MGLuisinho; Canindé, Vander, Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Ronaldo, Toninho, Noventa (Henrique Frade e depois Paulista) e Noêmio (Pio). Técnico: Paulo Amaral
FLAMENGOValdomiro (Franz); Leon, Luís Carlos, Jayme Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Aírton) e Jarbas; Neves, César Lemos, Silva Batuta e Rodrigues. Técnico: Armando Renganeschi.
GOLNeves aos 37 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, foi definido o grande campeão do Torneio Magalhães Pinto de 1966. E a Seleção da União Soviética bateu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0, e ficou com o título, na tarde de domingo, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

O gol da partida saiu aos 5 minutos da etapa final. O tento foi marcado pelo veterano atacante soviético Ivanov, que, mesmo sem condições físicas, encheu o pé numa bola que lhe foi passada por Banishevski, com o goleiro fora do gol, viu a bola morrer no fundo das redes.  

EM PÉ (esquerda para a direita): Voronin, Lev Yashin, Shesternyov (capitão), Danilov, Sabo e Ponomaryov;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chislenko, Banishevskiy, Porkuyan, Malofeyev e Khusainov. (Acervo pessoal)

A URSS ganhou cota de 24 mil dólares pelas duas exibições, correndo por conta da FMF (Federação Mineira de Futebol), as despesas com estadia, alimentação e, inclusive, diversões (cinema).

CRUZEIRO E.C. (MG)        0          X         1          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERFinal do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.404.000,00 (cento e quatro milhões e quatrocentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.432 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e Doraci Gerônimo (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William, Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio (João José) e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
URSSLev Yashin, ‘Aranha Negra’; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Jusainov (Serebrianikov); Slava Metreveli (Chislenko), Ivanov (Biba), Banishevskiy e Meshki (Kopaiev). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLIvanov aos 5 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Cláudio Aldecir – Revista Cruzeiro – Acervo pessoal

FONTE: Dados pessoais – Jornal dos Sports (RJ)