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Amistoso Nacional de 1968: Santa Cruz (PE) 2 x 3 Bonsucesso (RJ)

Bonsucesso Deu Uma Virada Sensacional Em Cima Do Santa Cruz

O Bonsucesso Futebol Clube, do Rio de Janeiro, derrotou o Santa Cruz, por 3 x 2, anteontem (domingo, 14 de janeiro de 1968), no Estádio do Arruda, na primeira peleja realizada no Recife, no ano em curso. Foi um triunfo justo para uma equipe que, após um longo período de recesso e uma viagem estafante, num ônibus sem conforto, teve a capacidade de virar um escore adverso de 2 x 0.

Com três minutos apenas de jogo, o Bonsuça estava inferiorizado no marcador. E aos 82 minutos, estabeleciam um escore final para as suas cores, através de um atacante que tinha entrado em campo  minutos antes.

REGULAR

Uma peleja entre dois quadros que estavam saindo de um período de paralisação não poderia oferecer muito mais do que foi presenciado no “Colosso“. Os locais começaram melhor, tinham mais noção de penetração e com facilidade chegaram a estabelecer um escore que deu a impressão de que poderia redundar em uma vitória fácil.

A verdade, porém, é que o Bonsucesso caíra na trama dos corais, na fase em que ainda tentava cozinhar a peleja, a fim de conhecer a força do adversário e descobrir a fórmula de contê-la. Isso não foi difícil, a partir do momento em que os locais, com vantagem numérica, diminuíram a velocidade nas ações, começando uma troca enfadonha de passes, principalmente entre os homens do meio de campo.

Era bola na direita e bola na esquerda, a todo instante, ocorrendo o esquecimento do uso dos ponteiros como meio de penetração, ou mesmo a exploração da velocidade de Uriel, que corria de um lado para o outro, sem que seus companheiros sentissem sua presença no lugar ideal para o passe.

Quando Ivo disparou uma bomba de fora da área e diminuiu a vantagem, era fácil perceber-se que os visitantes começavam  a crescer em campo, passada a fase inicial de conhecimento do terreno e do adversário. Para manter a vantagem numérica, o Santa Cruz tinha apenas caminhos a seguir: brigar mais dentro da cancha e imprimir bom ritmo de velocidade ao jogo, ou então proceder a mudança de uma ou duas peças da equipe, que começavam a dar demonstração de fraqueza.

Se a presença de Duda, na lateral direita, um erro de palmatória, tinha sido sanada com a entrada de Agra, a deslocação de Adevaldo para o setor esquerdo, entrando Rivaldo como quarto zagueiro, foi a pá de cal nas últimas esperanças corais. O Bonsucesso, que não dorme de touca, sentiu a realidade coral e tratou de ir para frente, num trabalho sóbrio e eficiente.

Foi bem sucedido, conseguindo, inicialmente, o empate e a seguir estabelecendo o marcador final, após um lançamento sensacional de Ivo, no espaço vazio da defesa pernambucana.

REALIDADE

Não se pode afirmar que o encontro foi um deleite para a vista, mas pode-se dizer, com toda realidade,  que o encontro ofereceu atração para os que gostam de futebol, como espetáculo, principalmente pela movimentação sensacional do placar, inclusive com a marcação de alguns tentos de boa feitura técnica.

O Santa Cruz começou bem e terminou entregando a peleja ao seu adversário, e não pode lamentar o que sucedeu, produto dos seus erros e deficiências. O Bonsucesso, que parecia uma vítima destinada ao sacrifício, soube reagir, no momento preciso, e fez jus ao triunfo que lhe dará forças para novos sucessos na excursão pelo Nordeste.

DESTAQUES

No Bonsucesso, Paulo Lumumba, Ivo e Gibira, foram os melhores. Enos demonstrou muito espírito de luta e Albérico não confirmou o cartaz. No Santa Cruz, Jório, Araponga, Uriel e Terto foram os destaques.

ARBITRAGEM

No comando do encontro, esteve o Sr. Sebastião Rufino, com um trabalho regular. Andou falhando, ao marcar falta em trancos normais e ao acusar faltas em disputas duras pela pelota.

 

SANTA CRUZ F.C. (PE)               2          X         3          BONSUCESSO F.C. (RJ)

LOCAL: Estádio José do Rego Maciel , o Arruda, no Recife (PE)

CARÁTER: Amistoso Nacional

DATA: Domingo,dia 14 de janeiro de 1968

RENDA: NCr$ 3.574,00 (três mil quinhentos e setenta e quatro cruzeiros novos)

PÚBLICO: 1.787 pagantes (700 senhoras e crianças e 305 permanentes) / 2.792 presentes.

ÁRBITRO: Sebastião Rufino (FPF)

SANTA CRUZ: Lula; Duda (Agra), Birunga, Adevaldo (Rivaldo) e Jório (Adevaldo); Norberto e Araponga; Joel, Uriel, Terto e Nivaldo.

BONSUCESSO: Ubirajara; Luís Carlos, Moisés, Paulo Lumumba e Albérico; Paulo César e Ivo; Gilbert (Antônio Carlos), Enos, Gibira e Valdir (Djair).

GOLS: Uriel e Norberto (Santa Cruz); Ivo; Rivaldo, contra; Antônio Carlos (Bonsucesso).

FONTE: Diário de Pernambuco (Pág. 9; Terça-feira, 16 de Janeiro de 1968)

 

Santa Cruz Esporte Clube – Goiana (PE): Fundado em 1934

O Santa Cruz Esporte Clube foi uma agremiação do Município de Goiana (PE). O Tricolor Goianense foi Fundado no dia 29 de maio de 1934, como Santa Cruz Futebol Clube por um grupo de desportistas da cidade, liderados por Anamesio Borges da Fonseca, que foi o 1º presidente.

A escolha do nome foi uma homenagem ao Santa Cruz do Recife, então tricampeão Estadual em 1931, 1932 e 1933. Além do nome, o clube adotou as cores (vermelho, preto e branco), o uniforme e o escudo (bem similar). O Diário de Pernambuco assim noticiou o surgimento do Santa Cruz de Goiana:

Acaba de organizar-se na cidade de Goiana mais uma agremiação esportiva a qual ganhou o nome de Santa Cruz F.C.

Falando ao nosso repórter, um membro da diretoria do novo grêmio, fez ver que o nome escolhido para o mesmo, representa uma homenagem ao clube tricolor recifense, tricampeão da cidade.

O novo clube goianense está filiado a Liga Desportiva de Goiana.

Foi escolhida a seguinte diretoria para o período social de 1934-35.

Presidente – Anamesio Borges da Fonseca;

Vice – Firmo de Sousa;

Tesoureiro – Guilherme Fialho;

Vice- Tesoureiro – Osvaldo Oliveira;

Orador – Luiz Galvão;

Vice-Orador – Ezegino Barreto;

1º Secretário – Izaltino Galvão;

2º Secretário – Renato Regueira;

Diretor de Esportes – José Bonifácio;

Vice de Esportes – Rafael Américo;

Fiscal – João Alves“.

Nas décadas de 40 e 50, o Santa Cruz teve no nome de Fernando Medeiros, não apenas um presidente, mas também uma pessoa que lutou até o seu último dia para manter vivo clube, que passou por diversas dificuldades financeiras.

Fora, as competições citadinas, a participação mais importante do clube aconteceu no ano de 1973, quando disputou a competição profissional: Copa Governador Eraldo Gueiros, popularmente conhecida como a Copa do Interior. Santa Cruz de Goiana fez diversos  confrontos com equipes da região, como também contra equipes profissionais como o Sport Recife, Náutico e Santa Cruz, assim como algumas excursões na Paraíba, enfrentando as principais forças.

 

FONTES: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província 

Leão XIII Futebol Clube – Goiana (PE): Fundado em 1971

O Leão XIII Futebol Clube é uma agremiação do Município de Goiana (PE). A sua Sede fica situada na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 53, no Centro de Goiana. Fundado no dia 13 de agosto de 1971, um grupo de jovens esportistas (na etária de 9 a 13 anos, oriundos das famílias Veloso, Magalhães,Rodrigues e Araújo), que praticavam futebol numa área livre de um local chamado fazenda estância em Goiana.

Ao longo das décadas o Leão XIII sempre foi referência na região e estado pela sua filosofia de contribuir para o desenvolvimento dos seus atletas norteando-se pelo lema: “Na vida como no esporte.

O futebol, futsal, handebol, atletismo e voleibol foram as modalidades que o clube ofereceu ao longo dos anos. Ainda com participações efetivas nas comemorações de épocas junina, carnavalesca e cívica.

No campeonato citadino, sobretudo na década de 70, foi o arqui-rival da extinta Associação Esportiva DR-5 ou, popularmente conhecida na cidade como Grêmio Celpe. 

 

FONTE: Página do clube no Facebook

Associação Esportiva Central Barreiros – Barreiros (PE)

A Associação Esportiva Central Barreiros foi uma agremiação do Município de Barreiros (PE). Localizado 102 km da capital pernambucana, Barreiros conta com uma população de 42.105 habitantes (Segundo o IBGE de 2014). O clube barreirense foi Fundado no dia 12 de Setembro de 1939, por funcionários da Usina Central Barreiros, no setor da cana-de-açúcar.

A Sede da A.E. Central Barreiros ficava na Avenida Senador Felisbino Vasconcelos, s/n, no Centro de Barreiros. O time mandava os seus jogos no Estádio Municipal Luiz Brito Bezerra de Melo, com capacidade para 5 mil espectadores.

Time de 1969

HISTÓRIA

Um pioneiro. Assim poderíamos definir o Central Barreiros que faturou títulos expressivos e se tornando o 1º clube a faturar títulos em nível estadual. O clube barreirense  se sagrou Campeão da II Taça Pernambucana de 1964. Sete anos depois debutou no Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão, em 1971. Já na temporada seguinte, o clube fez história!

1º CLUBE DO INTERIOR CAMPEÃO DA 2ª DIVISÃO

Em 1972, Associação Esportiva Central Barreiros fez história. Pela primeira vez um clube fora do Recife faturou um título estadual. O Central Barreiros chegou na fase final diante do Caxangá, numa melhor de três, chegou ao inédito título de Campeão do Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão de 1972.

No primeiro jogo, no domingo, do dia 14 de maio de 1972, o Central Barreiros, mesmo jogando como visitante, venceu o Caxangá por 2 a 0, deixando o título bem encaminhado.

Uma semana depois, no domingo, do dia 21 de maio de 1972, atuando no Estádio Municipal Luiz Brito Bezerra de Melo, em Barreiros,  o Central Barreiros não desperdiçou a oportunidade e, de forma contundente, goleou o Caxangá por 4 a 0, faturando o caneco.

Time posado de 1973

FESTA DA ‘ENTREGA DAS FAIXAS’

Na quarta-feira, do dia 31 de maio, no jogo da ‘entrega das faixas’, o Central Barreiros recebeu a visita do Náutico Capibaribe (vice-campeão da 1ª Divisão ao lado do Sport Recife), mas acabou derrotado pelo placar de 3 a 1. Gols de Camutanga, duas vezes, e Dimas, contra; enquanto Lulinha fez o de honra do clube barreirense.

Em 1977, o Central Barreiros participou do Torneio Governador Moura Cavalcanti Torneio Seletivo, organizado pela Federação Pernambucana de Futebol, que na prática era uma Segunda Divisão, numa versão profissional. A motivação pela competição contagiou desde os funcionários da Usina Central Barreiros até o prefeito da cidade.

Contudo, o que era confiança se transformou num grande fiasco, com a fraca campanha do clube. Apesar de ter jogado como mandante em seis das nove rodadas, o Central Barreiros não venceu nenhum jogo, somando apenas um pontinho em 18 disputados. 

Time posado de 1977

Time-base de 1951: Tempestade; Dida e Béu; Chico, Figueira e Paraíba; Chocolate, Zé Pequeno, Alcides, Dija e Eures. Técnico: Nelson Fonseca

Time-base de 1970: Reginaldo; Zoni, Dema, Lima e Paulo; Paulo Roberto e Cacá; João, Biola, Lulinha e Doge.

Time-base de 1971-72: Maurício; Zome, Dema (Dimas), Lima e Luís (Doge); Bagé e Cacá; Matuto, Frazão, Lulinha e Tana.

Time-base de 1973: Maurício; Ernane (Louro), Zé de Lima, Amaro e Dimas; Géo e José Alfredo; Prego, Pajé, Ariba e Beto (Doge). Técnico: Onildo Belo.

Time-base de 1977: Luizito; Zone, Neném, Neto e Silva; Arnon e Moacir; Rubens, Edvaldo, Cacá e Moisés. Técnico: Paulo Domingues.

  

FONTES: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província

Torneio Início Pernambucano – Juvenil – 1974

Data: 03 de agosto de 1974
Local: Recife / PE

1º JOGO – FERROVIÁRIO 0-0 ÍBIS (5-4 PEN)

2º JOGO – CENTRAL 1-0 AMÉRICA

3º JOGO – NÁUTICO 1-0 SANTO AMARO

4º JOGO – DESPORTTIVA PITU 1-0 SANTA CRUZ

5º JOGO – SPORT 0-0 FERROVIÁRIO (5-4 PEN)

6º JOGO – CENTRAL 0-0 NÁUTICO (4-2 PEN)

7º JOGO – SPORT 0-0 DESPORTIVA PITU (3-0 PEN)

FINAL – CENTRAL 0-0 SPORT (3-1 PEN)

CAMPEÃO – CENTRAL SPORT CLUB (CARUARU / PE)

Copa Arizona de Futebol Amador – Pernambuco – 1979

Equipes participantes:

1 – América Futebol Clube (Sertânia)
2 – Confiança Futebol Clube (Tejipió – Recife)
3 – Esporte Clube Surubim (Surubim)
4 – Sociedade Eswportiva Juventus (Camaragibe)

Semi Final

19.05.1979 (Estádio dos Aflitos)
Juventus 1-0 Surubim
Confiança 7-1 América

Final

27.05.1979 (Estádio dos Aflitos)
Confiança 3-2 Juventus

Torneio Início Pernambucano de Profissionais – 1979

Data: 08 de abril de 1979
Local: Estádio do Arruda, em Recife / PE
Renda: Cr$ 274.025,00 (13.006 pagantes)

1º JOGO

CARUARU

1-0

ÍBIS

2º JOGO

FERROVIÁRIO

2-0

CENTRAL

3º JOGO

SANTO AMARO

0-0

AMÉRICA (4-1 PEN)

4º JOGO

CARUARU

0-0

SPORT (3-0 PEN)

5º JOGO

NÁUTICO

1-0

FERROVIÁRIO

6º JOGO

SANTO AMARO

1-0

SANTA CRUZ

7º JOGO

NÁUTICO

2-0

CARUARU

FINAL

NÁUTICO

0-0

SANTO AMARO (4-3 PEN)

CAMPEÃO – CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE (RECIFE-PE)