Arquivo da categoria: Pará

Foto rara de 1968: Esporte Clube Norte Brasileiro – Belém (PA)

O Esporte Clube Norte Brasileiro foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). O “Tigre da Cremação” ou “Leão do Norte” foi Fundado no domingo, do dia 04 de Janeiro de 1914. Localizado na Travessa 9 de Janeiro, no Bairro da Cremação, em Belém, mandava os seus jogos na Praça de Esportes Magalhães Barata.

O Norte Brasileiro nunca disputou à Elite Paraense. Em 1947, o “Tigre da Cremação” se sagrou campeão do Campeonato Suburbano. Em 1948, foi laureado como o vice-campeão, sendo o líder invicto da Zona C.  Em 1949, tendo em concurso efetuado pela imprensa esportiva sido considerado o ‘Clube Mais Querido do Subúrbio’.

Em 1950, sob o comando de Arlindo Luchards, o Norte Brasileiro chegou na final da divisão de acesso, e, numa melhor de três partidas (ou quatro pontos) contra o Jabaquara Futebol Clube. No 1º jogo, na manhã de domingo, às 9h30min., do dia 31 de dezembro de 1950, acabou derrotado pelo placar de 4 a 3.

Na 2ª partida, na manhã de domingo, às 9h30min., do dia 07 de janeiro de 1951, terminou empatado em 4 a 4, tendo Manuel Farias de Moura no apito, e como auxiliares Cláudio B. da Silva e José F. Matos.

E PÉ (esquerda para a direita): não identificado, Baca, Pedro, Prego, Soares e Nilson, não identificado e não identificado;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Porquinho, Paulo Seco, Chininha, Milton e Charutinho. 

No 3º e derradeiro jogo, na tarde de domingo, às 17 horas, do dia 14 de janeiro de 1951, no Estádio Antônio Baena (campo do Clube do Remo), acabou derrotado por 4 a 1 para o Jabaquara (sagrando-se bicampeão 1949 e 1950) e terminou com o vice-campeonato Paraense da Série B. O árbitro da partida foi o sr. Artur Vicentini (boa atuação).

No 1º tempo, terminou com vantagem do Jabaquara por 2 a 1, com gols de Pirunci aos 11 e 24 minutos; Lavico diminuiu para o Norte aos 34 minutos. Na etapa final, Zeca aos 12 minutos e Pirunci aos 41 minutos deram números finais a peleja.

Norte Brasileiro: Cruz; Marreta e Adão; Adinamar, Pelado e Anacleto; Emílio, Vavá, Lavico, Guloso e Carlito. Técnico: Arlindo Luchards.

Jabaquara: Zé Ferreira; Leiteiro e Cazuza; Perigo, Bianor e Cipoal; Panair, Zeca, Pirunci, Canjica e Tubinho.

Abaixo, o Jornal O Liberal (04-01-1951), abordando mais um aniversário do E.C. Norte Brasileiro e com uma foto do time posado vice-campeão da Segundona de 1950.

Dados patrimoniais e troféus

No início de janeiro de 1951, sob a presidência do Sr. José de Carvalho o “Tigre da Cremação” possuía um patrimônio superior a 200 mil cruzeiros (a Praça de Esportes no valor de 100 mil e a sede social também na cifra de 100 mil cruzeiros).

Na sua Sala de Troféus, o clube contabilizava 125 taças, entre as quais se destacam a Copa Cidade de Belém, conquistado frente a falange alvi-azul, em 1940, e, o Troféu José Maria Marques, frente ao selecionado Suburbano em 1947.    

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTE: O Liberal (PA)

Foto rara de 1991: Independente Atlético Clube – Tucuruí (PA)

Independente Atlético Clube (Independente de Tucuruí), é uma agremiação do município de Tucuruí (PA). O “Galo da Marambaia” ou “Galo Elétrico” foi Fundado na terça-feira, do dia 28 de Novembro de 1972, pelo Sr. Francisco Marques Bastos (antigo patrono) o qual sempre administrou clubes de futebol, entre eles o Izabelense e a agremiação de nome Internacional.

Francisco Bastos adotou as cores verde, branco e azul, tendo a cruz de malta vermelha em homenagem ao Clube de Regatas Vasco da Gama, tendo o galo como símbolo, transformando-se em uma agremiação de família, e, a partir de 1983, passou a adotar, também, a prática do futebol feminino, que durante as décadas de 80, 90 e 2000 foi a principal agremiação de futebol feminino do norte-nordeste do Brasil, sendo inúmeras vezes campeã estadual, regional e uma vez campeã nacional.

O Independente se profissionalizou na Federação Paraense de Futebol (FPF) na terça-feira, do dia 6 de outubro de 1981. É uma das principais equipes de futebol do sudeste do Pará, onde manda suas partidas no Estádio Municipal Antônio Dias, o “Navegantão”, com capacidade para 8.200 pessoas, localizado em Tucuruí/PA.

Grande força no futebol feminino

No futebol feminino foi onde o clube viveu grandes momentos de glória, com as conquistas da “Copa Meio-Norte(Torneio Maranhão-Pará) de 1987, 1988 e 1989.

Também conquistou o tricampeonato do Torneio Norte-Nordeste de Futebol Feminino (1999, 2000 e 2001); e o Tri da Copa Norte de Futebol Feminino (2002, 2003 e 2004), além de seu título maior, a conquista do Torneio Nacional de Futebol Feminino (competição equivalente ao atual Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino) do ano de 1990, na cidade de Águas de Lindóia (SP).

Entre 1999 e 2007 o tempo foi hexacampeão do Campeonato Paraense de Futebol Feminino, de um período em que, inclusive, vários atletas da equipe foram convocados para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, como foi o caso de Cebola e Formiga, entre outras.

Na foto abaixo é referente ao Independente Atlético Clube, quando participou do Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1991.

EM PÉ (esquerda para a direita): Luizinho, Mauro, Marcelo, Humberto, Biro Biro e Geovane;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Jorge Magaly, Vitor, Wallace, Tonho e Byron.

Declínio

Entre 2008 e 2010 o clube enfrentou severas dificuldades financeiras, fazendo com que, em 2010, fechasse as portas. Sua gloriosa equipe feminina foi desmanchada.

Transferência para Tucuruí

Em maio de 2010, o Independente foi comprado pelo então diretor Deley Santos e desmembrado em 180 cotas de sócio proprietário, sendo que diversas pessoas e empresários de Tucuruí adquiriram as cotas em 2 dias. Assim, Deley decidiu estabelecer sua equipe naquela cidade, que não havia times de renome, conquistando rapidamente a simpatia da cidade.

Campeão Estadual em 2011

Em 2011, o Independente fez história no futebol paraense masculino, sendo o 1º time do interior a ser Campeão Estadual, quebrando um tabu de 103 anos com vencedores apenas de Belém. O título foi conquistado ao bater o Paysandu na disputa de pênaltis por 3 a 0, resultado que foi muito festejado na cidade de Tucuruí.

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTES: Wikipédia – FPF (Federação Paraense de Futebol) – Diário Online – Diversos jornais paraenses

Foto rara de 1972: Sporting Club do Pará – Belém (PA)

O Sporting Club do Pará foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). Fundado no domingo, do dia 23 de Setembro de 1962. A sua Sede ficava localizada na Rua dos Timbiras, s/n, no bairro Batista Campos, em Belém.      

O clube começou no futebol amador e quase uma década depois ingressou na esfera profissional. Assim, o Sporting debutou no Campeonato Paraense da 1ª Divisão em 1970, organizado pela FPF (Federação Paraense de Futebol). Na ocasião terminou na 5ª colocação.

Em 1971 e 1972, novamente o Sporting fechou em 5º lugar. Em 1973, o clube ficou na 6ª posição e no ano da 1974 a sua melhor colocação no Estadual: 4ª posição. Em 1975, o Sporting fez uma campanha regular terminando em 6º lugar. Na sua sétima e última participação no Parazão, o Sporting Club do Pará fez a sua pior campanha, encerrando na 7ª colocação.

EM PÉ (esquerda para a direita): Ney, Edgar Maia, Edson, Jasson e Silva;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Ivan, Chico Alves, Petrônio, Veras e Ademir.

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTES: Pesquisa do autor – Diário do Pará (PA) – O Liberal (PA) – Rsssf Brasil

Foto rara dos anos 60: Júlio César Esporte Clube – Belém (PA)

O Júlio César Esporte Clube (atual: Clube Júlio César) é uma agremiação da cidade de Belém (PA). O “Embaixador da Distinção” foi Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Janeiro de 1925, com o nome de Júlio César Sport Club.

Chegou a disputar algumas edições do Campeonato Paraense da 1ª Divisão até a década de 1970, mais precisamente até 1977, e desde seu afastamento do campeonato atua somente como um clube amador.

EM PÉ (esquerda para a direita): Macaco, Nunes, Ribamar, Izaias, Rafael e Nato;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tavor, Cláudio Demônio, Vila, Velha e Sinhô.

Tem como cores o verde e o branco. Na época em que tinha estatuto profissional, o clube mandava seus jogos no Estádio Evandro Almeida, popularmente conhecido como Baenão, e pertencente ao Clube do Remo, tradicional equipe da capital paraense.

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTE: Wikipédia

Foto rara de 1979: Associação Atlética Tiradentes – Belém (PA)

A Associação Atlética Tiradentes é uma agremiação da cidade de Belém (PA). O “Tigre do Norte” ou “Tigre da PM” foi Fundado no sábado, do dia 21 de Abril de 1973, por integrantes da Polícia Militar do estado do Pará.

O nome escolhido tem a ver com a data escolhida para a sua fundação: Dia de Tiradentes. Suas cores: amarelo, vermelho e azul (num dado momento a cor foi verde), e seu mascote é um tigre.

O escudo foi inspirado na bandeira do estado de Minas Gerais, onde foi pinçado o triângulo vermelho, agregando a letra “T(de Tiradentes) no centro, ambos dentro de um circulo azul.

A sua última Sede ficava localizado na Rua Murajuba, nº 117, no Conjunto Benjamim Sodré, em Belém do Pará. Após algumas mudanças de sede (a última cidade-sede foi Santa Barbara do Pará), os treinamentos das categorias de base (sub-15, sub-17 e sub-20), além da categoria feminina e dos profissionais, estão sediados na Ilha de Outeiro, na grande Belém.

Em 2018, o clube obteve junto a Federação Paraense de Futebol (FPF) a licença para disputar todas as competições, de base e profissional, realizadas por esta instituição. Na categoria profissional, atualmente disputa o Campeonato Paraense da 2ª Divisão.

Na esfera nacional, o Tiradentes disputou o Campeonato Brasileiro da Série C em 2001, e cinco anos depois, se sagrou campeão do Campeonato Paraense da 2ª Divisão de 2006. As suas melhores campanhas na Elite do Futebol Paraense aconteceram em 1990, quando ficou na 4ª colocação e em 2001, quando ficou na 3ª posição!

No entanto, em 2022 a Associação Atlética Tiradentes mudou sua sede para a município de Vigia (população de 53.686 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2019), que fica a 77 km da capital de Belém do Pará.

A mudança aconteceu pelo fato de ter o apoio do poder público de Vigia. Com isso, o “Tigre da PM” passa a mandar os seus jogos no Estádio Agostinho Luzeiro Silva, com capacidade para 2 mil pessoas, fica situado na Rua Barão do Rio Branco, 869-1047, no Centro de Vigia.

Vale ressaltar, que o Tigre do Norte também possui um departamento de futebol feminino, que disputa o Campeonato Paraense da 1ª Divisão de Futebol Feminino.

O “Tigre do Norte” disputou a Elite do Futebol Paraense em 33 edições: 1974 (8º lugar), 1975 (5º lugar), 1976 (9º lugar), 1977 (7º lugar), 1978 (5º lugar), 1979 (5º lugar), 1980 (6º lugar), 1981 (7º lugar), 1982 (7º lugar), 1983 (8º lugar), 1984 (7º lugar), 1985 (7º lugar), 1986 (7º lugar), 1987 (9º lugar), 1988 (7º lugar), 1989 (11º lugar), 1990 (4º lugar), 1991 (7º lugar), 1992 (6º lugar), 1993 (9º lugar), 1994, 1995 (6º lugar), 1996 (6º lugar), 1997 (9º lugar), 2000, 2001 (3º lugar), 2002 (7º lugar), 2003, 2004 (14º lugar), 2006 (9º lugar), 2007 (11º lugar), 2008 (7º lugar) e 2009 (10º lugar).

No o Campeonato Paraense da 2ª Divisão o clube participou de 16 edições: 2004 (6º lugar), 2005 (3º lugar), 2006 (1º lugar), 2009 (7º lugar), 2011 (9º lugar), 2012 (5º lugar), 2013 (7º lugar), 2014 (8º lugar), 2015 (12º lugar), 2016 (8º lugar), 2017 (8º lugar), 2018 (7º lugar), 2019 (15º lugar), 2020 (15º lugar), 2021 (22º lugar) e 2022 (10º lugar).

Tiradentes chegará a sua 50ª participação no Paraense

Entre 1974 a 2022, o clube só ficou ausente em 1998 e 1999, quando se licenciou. Em 2023, a Associação Atlética Tiradentes alcançará uma marca de respeito, pois marcará a sua 50ª participação entre os Estaduais da 1ª e 2ª Divisões. O Tiradentes se prepara para disputar o Campeonato Paraense da Série B1 (2ª Divisão) de 2023, que terá a participação de 20 clubes, divididos em quatro grupos com cinco equipes cada.

O “Tigre do Norte” está no Grupo A, juntamente com Capitão Poço, Paragominas, Santa Rosa, TiradentesParaense. A estreia do Tiradentes será na quarta-feira, às 9h30min., do dia 16 de agosto de 2023, diante do Paraense, no Estádio CEJU (Centro Esportivo da Juventude), em Belém.  

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTES: Wikipédia – Federação Paraense de Futebol (FPF)

Foto rara de 1980: Clube Atlético Liberato de Castro – Belém (PA)

A Associação Atlética Liberato de Castro (depois da década de 60, passou a se chamar: Clube Atlético Liberato de Castro) foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). O Rubro–Verde foi fundado na segunda-feira, do dia 15 de Julho de 1957, no bairro da Matinha (atual: Fátima).

O clube tinha uma sede provisória na Avenida Primeiro de Dezembro (hoje João Paulo II), mas a F.P.D. (Federação Paraense de Desportos) ameaçou excluir a equipe de competições oficiais, caso não obtivesse uma sede fixa.

O jeito foi fazer um acordo e mudar sua “sede” para o Sport Ouro Negro (clube social), localizado na Travessa Humaitá, no bairro do Marco, em Belém.

Quem foi Liberato de Castro?

Natural do município de Aracati/CE, Liberato de Castro Carreira, nasceu no dia 24 de agosto de 1820 e faleceu em 12 de julho de 1903, aos 82 anos. Liberato de Castro foi um médico e senador do Império do Brasil de 1882 a 1889.

Clube existiu entre 1957 a 1980

O Atlético Liberato de Castro começou sua história no futebol amador da capital. Em 1960, o clube participou do seu 1º estadual, e conseguiu resultados expressivos, como a goleada de 9 a 2 diante do Yamada, 8 a 1 no Belenenses e o histórico 3 a 0 diante da Tuna Luso e o empate sem gols com o Paysandu.

Ao todo, o Liberato de Castro participou do Campeonato Paraense da 1ª Divisão em 15 edições: 1960, 1961, 1962, 1963, 1965, 1966, 1967, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979 e 1980.

Foto posada do Atlético Liberato de Castro, no Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1980. 

A sua última participação foi o Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1980, organizado pela FPF (Federação Paraense de Futebol). A competição contou com a participação de sete clubes:

Associação Atlética Tiradentes (Belém);

Clube Atlético Izabelense (Santa Izabel);

Clube Atlético Liberato de Castro (Belém);

Clube do Remo (Belém);

Paysandu Sport Club (Belém);

Sport Club Belém (Belém);

Tuna Luso Brasileira (Belém).

A competição teve início às 10 horas, no domingo, do dia 22 de junho de 1980. O Liberato de Castro estreou com derrota para a Tuna Luso Brasileira pelo placar de 1 a 0. No 1º Turno, a campanha foi pífia com seis derrotas em seis jogos, com apenas um gol marcado e 14 tentos sofridos. Abaixo os resultados:

22-06-1980Tuna Luso1X0Liberato de Castro
29-06-1980Paysandu2X0Liberato de Castro
06-07-1980Izabelense2X0Liberato de Castro
09-07-1980Clube do Remo7X1Liberato de Castro
17-07-1980Liberato de Castro0X1Sport Belém
24-07-1980Tiradentes1X0Liberato de Castro

No 2º Turno, o Liberato de Castro conquistou o seu primeiro pontinho, com um empate e cinco derrotas; marcando um gol e sofrendo 15 tentos. Abaixo os resultados:

12-08-1980Liberato de Castro0X2Clube do Remo
17-08-1980Liberato de Castro0X6Paysandu
21-08-1980Liberato de Castro0X4Tuna Luso
07-09-1980Liberato de Castro0X1Tiradentes
10-09-1980Liberato de Castro1X1Izabelense
21-09-1980Sport Belém1X0Liberato de Castro

No 3º Turno, o Liberato de Castro encerrou a sua participação sem nenhuma vitória! Foram seis jogos e um empate e cinco derrotas; marcando quatro gols e sofrendo 20 tentos. Abaixo os resultados:

05-10-1980Liberato de Castro1X3Clube do Remo
08-10-1980Liberato de Castro0X7Tuna Luso
11-10-1980Sport Belém1X0Liberato de Castro
19-10-1980Izabelense3X1Liberato de Castro
1º-11-1980Paysandu4X0Liberato de Castro
09-11-1980Tiradentes2X2Liberato de Castro

Assim, o Clube Atlético Liberato de Castro encerrou a sua participação na 7ª e última colocação: foram dois pontos em 18 jogos; com dois empates e 16 derrotas; marcando seis gols, sofrendo 49 tentos e um saldo negativo de 43 gols.

FOTO: Acervo de Marco André Araujo Pinheiro

FONTES: Rsssf Brasil – O Liberal (PA) – Diário do Pará (PA)

Fotos raras, de 1965: no dia que o Paysandu SC goleou o Penãrol (URU), em Belém (PA)

Por: Sérgio Mello

O Paysandu Sport Club fez história ao golear o poderoso o Club Atletico Penãrol, de Montevidéu (Uruguai), pelo placar de 3 a 0. A partida amistosa transcorreu na tarde de domingo, do dia 18 de Julho de 1965, e, teve como destaque o goleiro Castilho, bicampeão mundial pelo Brasil, que operou defesas sensacionais quando foi o maior assédio do ataque uruguaio.

Com o resultado, o Bicolor colocou um ponto final, na invencibilidade do Penãrol (que no ano seguinte se tornaria tricampeão da Libertadores: 1960, 1961 e 1966) em território brasileiro na excursão em jogos no Rio de Janeiro, pelo Torneio IV Centenário (3 a 1, no Fluminense) e São Paulo (0 a 0, com o Palmeiras e 1 a 1, com o Comercial, de Ribeirão Preto).

EM PÉ (esquerda para a direita): Oliveira, Beto, João Alves, Abel, Castilho, Carlinhos;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Quarentinha, Pau Preto, Édson Piola, Milton Dias e Ércio.

Os gols foram assinalados por Ércio aos 18 minutos, atirando forte da esquerda para a direita do gol de Mazurkiewicz. O segundo gol saiu aos 43 minutos, com  Milton Dias que soltou uma bomba da entrada da área, no primeiro tempo.

Na etapa final, o 3º gol aconteceu aos 37 minutos, quando Vila ganhou na corrida o seu marcador Varela, foi linha de fundo, e centrou na medida para Fernando, completando para o fundo das redes.

EM PÉ (esquerda para a direita): Caetano, Mazurkiewicz, Tito Goncálvez, Varela, Lezcano, Fórlan e Roque Máspoli (técnico);
AGACHADOS (esquerda para a direita):  Abbadie, Pedro Rocha, Silva, Spencer e Joya.

No final do jogo, o goleiro Castilho, melhor em campo, estava muito emocionado destacou: “Essa vitória foi uma das mais bonitas da minha carreira. O Fluminense perdeu pra o Peñarol, mas eu, que continuo mais tricolor ainda, vinguei a sua derrota, com os meus companheiros do Paysandu“, afirmou Castilho.  

PAYSANDU S.C. (PA)       3          X         0          C.A. PEÑAROL (URU)

LOCALEstádio Leônidas Sodré de Castro, ‘Curuzú’, em Belém/PA
CARÁTERAmistoso internacional de 1965
DATADomingo, do dia 18 de Julho de 1965
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROSr. Manuel Oliveira
PAYSANDUCastilho; Oliveira, Abel, J. Alves e Carlinhos; Beto e Quarentinha; Pau Preto (Marabá), Vila, Milton Dias e Ércio. Técnico: Álvarez
PENÃROL/URUMazurkiewicz; Furlan, Lezcano, Varela e Caetano; D’Avila e Pedro Rocha; Abadie (Flores), Spence (Resnick), Silva e Joya. Técnico: Roque Máspoli    
GOLSÉrcio aos 18 minutos (Paysandu); Milton Dias aos 43 minutos (Paysandu), no 1º Tempo. Pau Preto aos 37 minutos (Paysandu), no 2º Tempo.

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – site do Paysandu SC – Acervo de Juan R. Ballesteros

FONTES: Revista do Esporte (RJ) – A Cruz (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)

Paysandu S.C. – Belém (PA): em 1965, o clube investiu 110 milhões de cruzeiros, montou um timaço, derrotou um gigante e se sagrou campeão!

Por: Sérgio Mello

Para conquistar o Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1965, o Paysandu Sport Club não ‘olhou despesas’ e nem mediu esforços, no sentido de reforçar sua equipe e fazê-la a melhor do estado do Pará, o que conseguiu!

A maior contratação foi a de Castilho, goleiro bicampeão mundial pela Seleção Brasileira (1958 e 1962), e que foi um dos pontos altos em toda a campanha.

Bicolor gastou 110 milhões de cruzeiros, em reforços

As despesas atingiram a cifra de Cr$ 110 milhões (cento e dez milhões de cruzeiros), pois só Castilho (veio por empréstimo do Fluminense, no dia 1º de julho até o dia 31 de dezembro de 1965) custou aos cofres do clube Bicolor Cr$ 20 milhões e o treinador uruguaio Juan Antônio Álvarez (estava no Nacional do Uruguai), então com 40 anos, mais Cr$ 10 milhões.

Fora o que se gastou com Rubilotta (contratado ao Vasco da Gama), os irmãos Édson Piola  e Antônio Piola (ambos ex-Fast Club/AM), além de Da Silva, Arakem e Calazans, que não acertaram no clube Bicolor.

Arte: Sérgio Mello

Campeão nos profissionais e os títulos invictos no aspirantes e juvenis

Apesar de ter tido quatro presidentes durante do Campeonato Paraense, o Paysandu não sentiu a influência do comando máximo do clube e sagrou campeão por antecipação, conquistando, ainda, os títulos nas categorias de Aspirantes e Juvenis, sem nenhuma derrota.

Os quatro presidentes foram: Fausto Soares Filho (cujo mandato terminou no início do certame), Urubatan de Oliveira, Júlio Bendahan e, finalmente, Giórgio Falângola.

Impecável campanha      

Embora não tivesse um elenco muito grande, o Paysandu Sport Club realizou bela campanha, primando pela regularidade. Tanto assim que, nas 12 partidas que disputou, somou 21 pontos: com 10 vitórias, um empate e uma derrota; marcando 42 gols (média de 3,5 gols por jogo), 10 tentos sofridos (defesa menos vazada) e um saldo positivo de 32 gols. O artilheiro do certame foi Nascimento, do Tuna Luso com 12 gols; enquanto Édson Piola ficou em segundo, com 11 tentos

Triunfou nos amistosos internacionais

Em meio ao Estadual, o Paysandu Sport Club ainda teve tempo para realizar dois amistosos internacionais, com duas vitórias: 3 a 1, no SV Transvaal, de Paramaribo (Suriname) e 3 a 0, no Peñarol, de Montevidéu (Uruguai).

Reformas e construções

O Estádio de Curuzu, a praça de esportes do Paysandu, estava passando por remodelações e melhoramentos. Novas arquibancadas e refletores para serem inaugurados. A direção estava tratando para a construção do Palacete Alviazul, com previsão para ser entregue em 1967.

O Paysandu Sport Club, formando, na foto, com reservas e titulares!
 
EM PÉ (esquerda para a direita): Oliveira, Tadeu, Paulinho, J. Alves, Abel, Castilho (goleiro), Carlinhos, Chininha e Juan Antônio Álvarez (técnico uruguaio);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Quarentinha, Fernando, Vila, Rubilotta, Ércio, Édson Piola e Paulo.

Dados dos Campeões Paraense de 1965

Castilho – Carlos José Castilho, nascido no Rio de Janeiro/RJ, no dia 27 de novembro de 1927. Casado, atua como goleiro.

Paulinho – Paulo do Carmo Sobrinho, nascido em Belém/PA, no dia 24 de dezembro de 1942. Solteiro, atua como zagueiro lateral direito ou esquerdo.

Abel – Abel Viana de Oliveira, nascido no Xapuri/AC, no dia 10 de setembro de 1938. Casado, funcionário do Banco do Brasil, atua como zagueiro

Beto – Carlos Alberto Silva Cavalcanti, nascido em Belém/PA, no dia 19 de janeiro de 1945. Solteiro, militar e prata da casa, atual como zagueiro lateral direito.

J. Alves – João Alves de Souza, nascido em Belém/PA, no dia 08 de outubro de 1937. Bancário, jogador experiente, já atuou no Remo/PA, Olaria/RJ e Lusitano de Évora (Portugal), atual como quarto zagueiro.

Carlinhos – Carlos Ferreira Campos, nascido em Belém/PA, no dia 22 de janeiro de 1942. Foi comprado ao Avante/PA por Cr$ 500 mil, atua como lateral-esquerdo.

Oliveira – Raimundo Evandro da Silva Oliveira, nascido em Belém/PA, no dia 04 de março de 1944. Solteiro, deixou de ser lateral para jogar na ponta-direita, marcando sete gols.

Édson Piola – Édson da Costa Petrúcio, nascido em Manaus/AM, no dia 16 de julho de 1943. Solteiro, é um dos “cobras” da equipe. Estudante do curso cientifico Solteiro, foi artilheiro do clube no Estadual com 11 gols.

Rubilotta – Wolter Rubilotta, nascido em São Paulo/SP, no dia 06 de fevereiro de 1945. Solteiro, estudante, foi emprestado pelo Vasco da Gama/RJ. Tornou-se um dos pontos altos da equipe.

Quarentinha – Paulo Benedito dos Santos Braga, nascido em Belém/PA, no dia 18 de dezembro de 1934. Casado, funcionário estadual. Prata da casa atua como meio de campo.

Ércio – Ércio Ramos dos Santos, nascido em Belém/PA, no dia 08 de junho de 1939. Casado, com dois filhos, funcionário estadual. Atua como atacante.

Vila – Jason Dracon Brochado, nascido em Belém/PA, no dia 12 de fevereiro de 1940. Atua como ponta-direita, ponta-esquerda ou como ponta-de-lança.

Léo Marcial – Leoníceo Nóvoa da Costa, nascido em 1945. Solteiro, estudante, transferiu-se há pouco para o Paysandu.

Helito – Helito Faustino da Silva, nascido em Niterói/RJ, no dia 24 de novembro de 1937. Atua como goleiro, tendo jogado no Canto do Rio/RJ.

Paulo – Paulo Malvão de Moraes, nascido em Belém/PA, no dia 14 de abril de 1937. Solteiro, é o homem de sete instrumentos no time. Atua como meio de campo.

Pau Preto – Fernando Malvão de Moraes, nascido em Belém/PA, no dia 11 de agosto de 1928. É o veterano da equipe. Aos 38 anos, jogou inúmeras vezes pela Seleção Paraense e tem grande coleção de títulos. Atua como meio de campo.

Tadeu – José Tadeu Nunes, nascido em Belém/PA, em 1945. Com 20 anos, 1,80 cm, estudante. Fez apenas duas partidas na temporada.

Milton Dias – Milton Dias, nascido em Belém/PA, em 1945. Foi vendido ao Penãrol (Uruguai) por 15 mil dólares. Atuou no certame de 1965, como ponta-direita e ponta-de-lança.

Milton Marabá – Milton de Sousa Figueiredo, nascido em Marabá/PA, no dia 21 de maio de 1944. É bancário e prata da casa.

Laércio – Laércio de Souza Pimentel, nascido em Monte Alegre/PA, no dia 20 de junho de 1945. Transferiu-se para o Clube do Remo. Atua como meio de campo.

Zito – Alélio de Oliveira, nascido em Belém/PA, no dia 07 de novembro de 1940. Jogou apenas uma vez no campeonato de 1965. Atua como meio de campo.

Maravilha – José Adriano, nascido em Belém/PA, em 1941. Atua como zagueiro e lateral, pertencia ao Norte Brasileiro/PA.

Álvarez – Juan Antônio Álvarez, natural em Montevidéu (Uruguai), no dia 1º de Março de 1926. Começou a carreira como jogador no Nacional (Uruguai) entre 1945 a 1948. Depois se transferiu para o Bonsucesso/RJ, onde ficou de 1948 a 1951 e encerrou a carreira no Olaria/RJ. Em 1964, foi auxiliar-técnico de Zezé Moreira, no Nacional (Uruguai). Em 1965, começou como técnico no Paysandu/PA.

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – site do Paysandu SC – Acervo de Juan R. Ballesteros

FONTES: Revista do Esporte (RJ) – A Cruz (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)