Participantes
Belém Sport (Belém Sport Foot-Ball Club) – Belém
Guarany (Guarany Foot-Ball Club) – Belém
Internacional (Internacional Foot-Ball Club) – Belém
Norte Club (Norte Club) – Belém
Panther (Panther Foot-Ball Club) – Belém
Grupo do Remo (Grupo do Remo) – Belém
União Sportiva (Sociedade Athletica União Sportiva) – Belém
Organização: LPF – Liga Paraense de Foot-Ball
29/06/1913
União Sportiva 2×2 Internacional
06/07/1913
Norte Club 2×0 Panther
13/07/1913
Guarany 1×0 Belém Sport
14/07/1913
Grupo do Remo 4×1 União Sportiva
20/07/1913
Norte Club 2×0 União Sportiva
27/07/1913
Internacional 1×1 Panther
03/08/1913
Guarany 0x4 Grupo do Remo
10/08/1913
Grupo do Remo 3×2 Panther
15/08/1913
Belém Sport 0x6 Internacional
17/08/1913
Norte Club x Guarany
24/08/1913
Panther 2×7 União Sportiva
31/08/1913
Internacional 1×2 Grupo do Remo
07/09/1913
Norte Club 4×0 Belém Sport
14/09/1913
Guarany 0x0 Internacional
21/09/1913
Panther 2×1 Belém Sport
28/09/1913
União Sportiva 2×0 Belém Sport
05/10/1913
Norte Club 1×1 Grupo do Remo
12/10/1913
Internacional 1×2 Norte Club
19/10/1913
Guarany 1×3 Panther
20/10/1913
Grupo do Remo 10×0 Belém Sport
09/11/1913
Guarany x União Sportiva
15/11/1913
Norte Club 1×1 Guarany
23/11/1913
Guarany x União Sportiva
Classificação
Colocação
1 Grupo do Remo 11
2 Norte Club 10
3 União Sportiva 5
Internacional 5
Panther 5
6 Guarany 4
7 Belém Sport 0
Pesquisa: Moisés Henrique Gonçalves da Cunha
Fonte: Jornal “Estado do Pará” através do site da Hemeroteca da Biblioteca Nacional
Estádio São Januário, no Bairro Vasco da Gama – Zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTER:
1ª Fase – 7ª Rodada – Copa Brasil
DATA:
Domingo, do dia 19 de Fevereiro de 1984
RENDA:
Cr$ 21.007.000,00
PÚBLICO:
12.855 pagantes
ÁRBITRO:
Roque José Galas (RS)
CARTÃO AMARELO:
Nenê (Vasco)
CARTÃO VERMELHO:
Ronaldo (Tuna Luso)
VASCO DA GAMA:
Acácio (Roberto Costa; Edevaldo, Daniel González, Nenê e Airton; Pires, Geovani e Arthurzinho; Jussiê, Marcelo e Marquinhos (Cláudio José). Técnico: Edu
TUNA LUSO:
Ocimar; Quaresma, Bira, Paulo Guilherme (Ronaldo, 18 do 2º) e Mário (Ronaldo); Samuel, Ondino e Jorginho; Tiago, Miltão e Luís Carlos. Técnico: Ari Greco
GOLS:
Arthurzinho aos cinco e 40 minutos (Vasco); Geovani aos 22 minutos (Vasco); Airton aos 29 minutos (Vasco); no 1º Tempo. Arthurzinho aos quatro e 48 minutos (Vasco); Marcelo aos oito, nove e 29 minutos (Vasco)
O Comercial Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). Sediado no Bairro do Telégrafo Sem Fio, em Belém, a equipe foi Fundada em 1970, como Dom Vital por funcionários da Transportadora Dom Vital. Seis anos depois adentrou na esfera profissional, quando alterou o nome para Comercial F.C.
HISTÓRIA
Tudo começou em 1970, quando um grupo de empregados da Transportadora Dom Vital fundaram uma agremiação para jogos fins de semana – e naturalmente a batizaram com o nome da empresa. O time começou a ganhar fama com as vitórias sobre os irmãos mais pobres e aos poucos admitiu o ingresso de aficionados de fora, principalmente os residentes no Bairro do Telégrafo Sem Fio, onde se localiza a firma.
Em 1974, Antero Ribeiro, dirigente da empresa em Belém, resolveu oficializar o Dom Vital, inscrevendo-o na Federação Paraense de Futebol (FPF), para disputar o Campeonato Distrital. Estava longe, então, de supor que seguiria o mesmo caminho de outros irmãos bastante ligados ao futebol: Paulo, ao Bonsucesso; João de Deus, ao Náutico; e Reginaldo, ao Sport.
No mesmo ano de sua oficialização, o Dom Vital conseguiu faturar o Distrital; repetiu à dose no ano seguinte. Não foi tão bem em 1976: conseguiu apenas o terceiro lugar. Por isso, chegou a ser surpreendente o convite da FPF para que o clube adotasse o futebol profissional.
“Pensei muito antes de tomar a decisão. Conversei com Said Xerfan (líder de outro grupo empresarial) e surgiu a idéia de levarmos a coisa meio a meio”, contou Antero Ribeiro.
Dizem alguns que o experiente Paulo Ribeiro teria aconselhado ao irmão evitar que a firma corresse algum risco lançando seu nome numa aventura. Antero diz que o negócio não foi bem assim.
“Meus irmãos fizeram algumas ponderações e eu cheguei à conclusão de que o nome da empresa poderia nos trazer alguns problemas, pois muitos de nossos clientes são torcedores do Paysandu ou Clube do Remo”, revelou.
Dom Vital não podia. Outro nome foi aventado: um dos muitos utilizados pela Xerfan, firma de confecções. Vetado, pois chegou-se à conclusão de que o clube deveria ter um nome neutro. E assim surgiu o Comercial.
Com força total – surpreendentemente. Ao fim do primeiro turno do campeonato, havia desbancado Tuna Luso e Paysandu. Dentro e fora de campo. Dentro, já garantiu sua participação na fase decisiva do título – tudo é lucro para o Comercial no segundo turno; fora, só perdeu em rendas (por muito pouco) para o Clube do Remo.
Sucesso que tem explicações convincentes. A primeira delas: uma boa organização, com perfeito suporte financeiro, apesar dos bons salários pagos, quinzenalmente e sempre em dia. “Faturo tanto quanto no Remo e em dia, o que é mais importante”, disse o lateral Lúcio Oliveira, salários de 6 mil cruzeiros.
Não é de se admirar que o Comercial esteja fazendo e acontecendo – afinal é o clube que paga os maiores bichos. Se o time tivesse faturado o primeiro turno, cada jogador receberia 5 mil cruzeiros.
Quanto ao time, sem maiores novidades para o torcedor – o que soa como castigo para os grandes. O Remo forneceu Lúcio Oliveira, Zé Lima e Amaral; a Tuna Luso contribuiu com o Carvalho; o Paysandu emprestou Da Silva; os demais titulares foram conseguidos no Santarém e no Castanhal, afora o Edgar, cedido pelo Rio Negro, do Amazonas.
“O elenco que temos é suficiente para o campeonato, até porque já estamos classificados, junto com o Remo, para a decisão do título. Mas temos de pensar em reforços, pois nossos planos vão além”, afirmou o técnico José Maria Cunha.
Enganam-se quem pensa que o treinador é o único a sonhar com um futuro brilhante. O presidente Antero Ribeiro também alimenta esse acesso meteórico do Comercial. “Isso mesmo. Queremos o título paraense e depois esperamos entrar no Brasileiro”, destacou Antero Ribeiro.
Comercial de 1977: Pedrinho (La Ursa); Chico, Edgar, Olaci (Carvalho) e Lúcio Oliveira (Zé Quéti); Da Silva (Orlando Lima), Carlitinho (Zezinho) e Zé Lima (Mickey); Rangel (Nazareno), Fidélis (Isaías) e Amaral (Gonzaga). Técnico: José Maria Cunha
Artilheiros: Fidélis com dez tentos; Carlitinho e Zé Lima com seis.