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Fotos raras de 1965: no dia que o Palmeiras vestiu a ‘Amarelinha’ e bateu a Seleção do Uruguai, no Mineirão!

EM PÉ (esquerda para a direita): Ferruccio Sandoli (dirigente), Djalma Santos, Valdir de Moraes, Valdemar Carabina (Capitão), Dudu, Filpo Nuñez (técnico argentino), Djalma Dias, Ferrari e diretor (não identificado);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Romeu (mordomo), Julinho Botelho, Servílio, Tupãzinho, Ademir da Guia, Rinaldo e Reis (massagista).

Em comemoração ao Dia da Independência do Brasil e mais as festividades pela inauguração do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão (naquele momento ainda se chamava Estádio Minas Gerais), foi marcado um amistoso internacional entre as seleções do Brasil e Uruguai.

Pela primeira vez no cenário do futebol nacional, uma equipe brasileira foi convidada para compor toda a delegação do Brasil. Do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas, o Palmeiras, treinada pelo argentino Filpo Nuñez, é um dos dois estrangeiros a terem comandado a Seleção Brasileira (o outro foi o uruguaio Ramón Platero, na década de 20).

Em meio à época áurea de times como o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha, o Palmeiras, sob critério da extinta CBD, foi escolhido por se tratar da melhor equipe do futebol brasileiro em atividade no período.

Já o Uruguai vinha de classificação para o Mundial de 1966 de forma invicta e apresentava craques como Manicera (que depois desfilou sua técnica no Flamengo), Cincunegui (ídolo no Atlético-MG), Varela, Douksas, Esparrago, entre outros.

Numa partida que entrou para a história do futebol mundial, o Palmeiras goleou a Celeste por 3 a 0. O troféu conquistado pela Seleção ficou na sede da CBD (depois CBF) por exatos 23 anos. Em 1988, decidiu-se pelas partes que o Verdão deveria honrosamente ficar com a taça.

Abaixo como o Jornal dos Sports (principal jornal esportivo do país)destacou essa partida na véspera e no pós-jogo. Boa leitura!

Reportagens na véspera do jogo

Em prosseguimento, ainda, as festividades de inauguração do Estádio Minas Gerais, em Belo Horizonte, o Palmeiras jogará hoje à tarde com a seleção do Uruguai, usando o uniforme da seleção brasileira. A atração do jogo será a presença dos dois mineiros que jogam pelo time paulista: Procópio e Dario.

O argentino Filpo Nuñes, técnico do Palmeiras, informou que a presença de Dario como ponta-de-lança ainda é duvidosa porque o jogador não se encontra em estado físico perfeito, mas que está fazendo todos os esforços para lançá-lo em homenagem aos mineiros. Caso não possa atuar Tupāzinho será mantido. O goleiro Valdir sofreu um princípio de distensão do treino de ontem e fará um teste hoje para confirmar se poderá ou não, jogar.

Treinaram Ontem (segunda-feira, dia 06/09/65)

Os jogadores do Palmeiras, dirigidos por Filpo Nuñez, realizaram individual, bate-bola e dois toques, durante 30 minutos, na manhã de ontem (segunda-feira, dia 06/09), no estádio Minas Gerais e, depois, mais 30 minutos de ginástica. No treino de dois toques um time jogou com camisa contra outro, sem camisa, os com camisas formaram com Ditão (3° irmão com o mesmo nome), Picasso, Julinho, Gildo, Servílio, Ademar e Valdemar Carabina, contra Djalma Dias, Djalma Santos, Procópio, Dudu, Ademir da Guia. Ferrari, Germano e

Zequinha. Os dois times jogaram sem goleiros e o time de Julinho saiu vencedor, com mais de 10 gols, tendo Ademar feito 5.

Durante a meia hora de ginástica, foram poupados Procópio, Djalma Dias, Djalma Santos, Ademir da Guia, Ferrari, Dudu e Servílio, que ficaram batendo bola. O goleiro Valdir logo no início do treino sentiu dores no músculo e foi poupado dos treinamentos. Filpo Nuñez informou que os jogadores estão em boa forma. embora um pouco cansados pela campanha do campeonato paulista, e acredita na vitória sobre os uruguaios.

O Time Para Hoje (07/09/65)

Filpo Nuñez acrescentou que, embora o quadro não tenha grandes problemas, deverá fazer algumas modificações durante a partida a fim de poupar os jogadores. Revelou que, em princípio, Palmeiras jogará com Valdir (Picasso); Djalma Santos e Djalma Dias; Procópio (Valdemar Carabina) e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gildo (Julinho), Servílio, Dario (Tupāzinho) e Germano (Rinaldo).

Ontem à tarde a delegação do Palmeiras esteve no Palácio da Liberdade, em visita ao Governador Magalhães Pinto. Na ocasião, o Presidente do clube paulista, St. Delfino Fachina, fez a entrega ao Chefe do Executivo mineiro, de uma placa de prata comemorativa da inauguração do estádio Minas Gerais.

EM PÉ (esquerda para a direita): Juan López Fontana (técnico), Omar Caetano, Héctor Cincunegui, Luis Alberto Varela, Raúl Núñez, Jorge Manicera, Walter Taibo e diretor (não identificado);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Horacio Franco, Héctor Salvá, Héctor Silva, Vladas Douksas e Víctor Espárrago.

Uruguaios Chegaram

A Delegação da seleção do Uruguai chegou a Belo Horizonte ontem (segunda-feira, do dia 06 de setembro de 1965), às 23 horas, e o técnico Juan Lopes informou ao JORNAL DOS SPORTS que pretende, hoje pela manhã, levar os jogadores até o estádio Minas Gerais a fim de que conheçam o campo onde jogarão à tarde. Revelou. ainda, que o quadro jogará incompleto em virtude do campeonato uruguaio, pois a maioria dos times não quis ceder mais de dois jogadores para a seleção.

Os uruguaios entrarão em campo com a seguinte equipe: Taibo; Sircumegui, Nuñez, Varela e Caetano; Manizera e Salva; Franco, Silva, Doukzas e Espanero.

Djalma Santos: 90 Jogos

Em virtude de o Palmeiras jogar hoje com a camisa da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), o zagueiro bicampeão mundial, Djalma Santos, completará a sua 90ª partida com a camisa da seleção brasileira.

A expectativa do público para o jogo de hoje é pequena porque, além de não haver festividades como no domingo, como atração, e nem jogar time mineiro, a torcida está se resguardando para os outros jogos, principalmente Santos e seleção mineira. As autoridades preveem para hoje uma renda fraca.

Vantagens de Minas

O estádio de Minas Gerais, que perde em capacidade de público para o Maracanã, tem, entretanto, algumas vantagens sobre ele, pois, enquanto o estádio carioca tem 186.638m2 de área ocupada pelo gramado. pista de atletismo, parque de estacionamento e jardins, o Minas Gerais tem 300.000m2. O estádio mineiro tem alojamento para 400 atletas, enquanto o Maracanã tem apenas 100.

O primeiro jogo noturno quando serão inaugurados, oficialmente, os refletores será entre o Santos e a seleção de Minas, dia 15. O estádio possui 240 projetores, enquanto o Maracanã tem 220.

Palmeiras derrotou Uruguaios com facilidade

BELO HORIZONTE – O Palmeiras, jogando com o uniforme da seleção brasileira, derrotou, ontem, tarde (na terça-feira, do dia 07 de Setembro de 1965), no estádio Minas Gerais, a seleção do Uruguai, num jogo em que foi sempre superior, não tendo vencido por escore mais dilatado em virtude da grande atuação do goleiro Taibo, do escrete uruguaio, e do trabalho de destruição da sua linha de quatro zagueiros.

O Palmeiras jogou uma partida perfeita, terminando por oferecer ao público que compareceu à segunda partida realizada no novo estádio mineiro, ainda em comemoração à sua inauguração, um verdadeiro show de futebol, comandado por Ademir da Guia, absoluto no meio-campo. Outro destaque foi o lateral-direito bicampeão mundial, Djalma Santos, que todas as vezes em que pegava a bola recebia verdadeira ovação do público.

Sempre Melhor

O Palmeiras, desde os primeiros minutos da partida mostrou sua superioridade, evidenciando logo qual seria o resultado do encontro. A seleção uruguaia, apesar de inferior em técnica, entretanto não se entregou de início e seus jogadores procuraram compensar as deficiências técnicas com um grande espírito de luta, competindo bravamente para fugir à derrota que parecia inevitável. Algumas vezes chegou até a linha de defesa do quadro brasileiro, mas Djalma Santos e Djalma Dias, ambos em grande tarde, com facilidade anulavam os ataques.

Com Ademir da Guia dominando inteiramente o meio-campo, bem assessorado por Dudu, a ofensiva brasileira não tinha dificuldades em alcançar a área do adversário e somente não chegou a uma goleada porque o goleiro Taibo veterano da seleção, – estava em tarde de grande inspiração e fez defesas espetaculares.

Além disso, os quatro zagueiros uruguaios, jogando com sobriedade e com boa cobertura, conseguiram, em parte, diminuir o ímpeto da ofensiva palmeirense, embora são conseguisse evitar os dois gols do primeiro tempo.

Primeiros Gols

A primeira etapa do jogo terminou de 2 a 0 para o Palmeiras, gols de Rinaldo, de pênalti, aos 27 minutos, e de Tupãzinho, aos 35. Depois do segundo gol brasileiro a equipe uruguaia esmoreceu um pouco e se concentrou mais na defesa, tentando o ataque, esporadicamente, em lançamentos de profundidade. Nas raras vezes em que o goleiro do Palmeiras, Valdir, foi chamado a intervir, o fez com segurança e categoria.

No primeiro tempo, além de Djalma Santos, Djalma Dias e Ademir da Guia, os atacantes Tupãzinho, Julinho e Rinaldo foram os que mais se destacaram, sendo que Tupãzinho foi o melhor dos três. Os outros, entretanto, também atuaram bem, porém com menos ímpeto.

A Confirmação

No segundo tempo o Palmeiras apenas confirmou sua grande atuação da primeira etapa, embora o uruguaio voltasse um pouco melhor depois de fazer algumas modificações. O Palmeiras também mudou vários jogadores, mas seu ritmo não sofreu solução de continuidade.

O terceiro gol da equipe brasileira veio aos 29 minutos, por intermédio de Germano, que substituiu a Julinho na ponta-direita. Depois desse gol o Palmeiras parece ter perdido o interesse de aumentar o marcador e passou a fazer exibição de futebol, sob os aplausos intensos dos torcedores, que pediam “olé“.

EM PÉ (esquerda para a direita): Juan López Fontana (técnico), Omar Caetano, Héctor Cincunegui, Luis Alberto Varela, Raúl Núñez, Jorge Manicera, Walter Taibo e diretor (não identificado);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Horacio Franco, Héctor Salvá, Héctor Silva, Vladas Douksas e Víctor Espárrago.

Preliminar

Na partida preliminar o América, de Belo Horizonte, derrotou o Uberaba, por 5 a 2, tendo o primeiro tempo terminado com um empate de 2 a 2, gols de Mosquito, aos 6 minutos e Dirceu, aos 39, para o América, e Zé Luís, aos 36 minutos, e Sapucaia aos 41, para o Uberaba.

Na etapa complementar, Dirceu, aos 5 minutos; Mosquito, nos 7 minutos e Sabino, aos 13 minutos, ampliaram para o América. Na arbitragem funcionou o Sr. Doraci Jerônimo.

BRASIL (S.E. Palmeiras/SP)     3        X        0        URUGUAI

LOCALEstádio Minas Gerais (atual Mineirão), em Belo Horizonte/MG
CARÁTERAmistoso Internacional  
DATATerça-feira, do dia 07 de setembro de 1965
HORÁRIO15 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDACr$ 49.162.125,00
PÚBLICO44.984 pagantes
ÁRBITROEunápio de Queiroz
AUXILIARESCláudio Magalhães e Frederico Lopes.
BRASILValdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio Cardozo) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho Botelho (Germano) Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario Alegria). Técnico: Filpo Nuñez.
URUGUAIWalter Taibo (Carlos Fogni); Héctor Cincunegui (Miguel de Britos), Jorge Manicera e Luis Alberto Varela; Omar Caetano, Raúl Núñez (Homero Lorda), Héctor Salvá e Horacio Franco; Héctor Silva (Orlando Virgili), Vladas Douksas e Víctor Espárrago (Julio César Morales). Técnico: Juan López Fontana.
GOLSRinaldo, de pênalti, aos 27 minutos (Brasil); Tupãzinho, aos 35 minutos (Brasil), no 1º Tempo. Germano, aos 29 minutos (Brasil ), no 2º Tempo
PRELIMINARAmérica Mineiro 5 x 2 Uberaba.

FOTOS: Acervo Fabiano Rosa Campos

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Escudo inédito de 1920: Sete de Setembro Futebol Clube – Belo Horizonte (MG)

O Sete de Setembro Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O Tigre da Floresta foi fundado no domingo, do dia 07 de Setembro de 1913, com o nome de Sete de Setembro Foot-Ball Club.

Sua primeira diretoria ficou assim constituída:

Presidente honorário – Manoel Caillaut;

Vice-Presidente – capitão João Castro;

1º secretario – João Gonçalves;

2º secretario – Guiné Ribeiro.

Sete: a quarta força de Belo Horizonte

Em “Futebol no Embalo da Nostalgia”, o jornalista esportivo mineiro Plinio Barreto conta momentos históricos do futebol das Alterosas, e menciona a relação do Sete com o bairro:

Houve época em que o Sete tinha uma torcida que se rivalizava com as de Atlético, Palestra e América. A Floresta em peso se deslocava para ver o Sete onde o Sete estivesse. Seu corpo social era numeroso, com uma atividade constante, reunindo setembrinos em saraus dançantes. Os bares florestinos que se prezassem tinham sempre uma fotografia do time pregada nas paredes”, disse Barreto.

Foto do Sete de Setembro de 1920

Vice-campeão Mineiro em 1919 e 1920

O seu primeiro grande feito do Sete de Setembro aconteceu no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão em 1919, quando se sagrou vice-campeão vencendo o Yale por 2 a 1 em uma decisão da Taça de Bronze. No ano seguinte, novamente “bateu na trave”, terminando em segundo lugar em 1920.

Título inédito do Torneio Início de 1922

O Sete foi campeão do Torneio Início do Campeonato Mineiro em 1922. No domingo, do dia 2 de abril de 1922, ainda no antigo campo do Prado Mineiro, após vencer o Palestra Itália (atual Cruzeiro), e o América nas fases eliminatórias, confrontou na final do Torneio Initium o Atlético, vencendo-o por número de escanteios e conquistando o seu primeiro título oficial com a seguinte escalação: Veiga; Pé de Ferro, Américo; Sant’Anna, Paulo, Guilherme; Nino, Novato, Romano, Totó, Oscarlino.

Campeão da Taça Coronel Oscar Paschoal de 1956

Já com a nova casa voltou a erguer um troféu em 1956, a Taça Coronel Oscar Paschoal. A FMF (Federação Mineira de Futebol), a organizou o Torneio Coronel Oscar Paschoal entre os quatro clubes eliminados do terceiro turno do Campeonato Mineiro de 1955.

O Sete, mesmo perdendo para o Cruzeiro, ficou com os pontos por irregularidades do adversário, depois venceu o Metalusina de Barão de Cocais e, após um empate sem gols, no Estádio Independência com portões abertos, contra o Asas de Lagoa Santa, conquistou o título do torneio com a seguinte escalação; Mão de Onça; Valter II e Ranieri; Alaor, Amauri e Mundico; Edinho, Wander, Valter I, Márcio e Vicentino. Técnico: Paulo Benigno.

Sua última conquista foi em 1997

Somente em 1997, o Tigre da Floresta voltaria a conquistar um título oficial, o Campeonato Mineiro de Futebol da Segunda Divisão, vencendo o Fabril de Lavras, no Independência, com um gol de pênalti aos 50 minutos do segundo tempo marcado por Fábio Menezes, irmão de Ramon Menezes, que atuou por Cruzeiro e Atlético-MG.

A escalação do time campeão era: Laércio; Chris (Telão), Roberto, Ralf, Carlão; Willian, Lói (Léo Salazar), Clemilson, Wellington (Paulinho); Fábio Menezes, Jorge. Técnico: Jurandir Gamma Filho.

Foto do Sete de Setembro de 1928

Você sabia?

Um detalhe curioso é que, na década de 40 (a partir de 1944), o clube temporariamente se chamou Sete de Setembro de Futebol e Regatas, quando foi criada a Federação Mineira de Remo. Em setembro de 1948, voltou a atender por Sete de Setembro Futebol Clube.

Praça de Esportes

O seu magnifico campo de “football” cedido pela Prefeitura, está situado em terrenos do Parque Municipal (concorrendo a construção por conta da sociedade), na Zona Leste de Belo Horizonte, mais especificamente ao bairro da Floresta, daí a sua alcunha, o Tigre da Floresta,

A equipe alvirrubra mandava suas partidas na Chácara Negrão, atual Praça Otacílio Negrão de Lima, no bairro da Floresta. Posteriormente, jogou no 5º Batalhão de Policia Militar do Santa Teresa (atual Colégio Tiradentes no Bairro Santa Tereza), bairro este limítrofe ao bairro da Floresta.

No final dos anos 40, América, Atlético e Cruzeiro tinham cada um o seu próprio estádio. Vale destacar que os três estavam “dentro” da Avenida do Contorno, estando o Sete do outro lado do Rio Arrudas. No plano original da cidade, Belo Horizonte seria apenas o que estivesse dentro da Avenida do Contorno, estando o Sete na periferia da capital mineira. 

Faltava ao Sete de Setembro a sua própria casa, já que este jogava no campo dos outros clubes da capital, ou no campo do V Batalhão acima mencionado. Faltava! Em 1948, em um terreno entre as ruas Ismênia e Pitangui, no bairro do Horto (bairro vizinho de Santa Teresa e Floresta) se inicia a construção do estádio Raimundo Sampaio, o popular Independência.

As obras foram capitaneadas pela prefeitura de Belo Horizonte, na gestão de Otacílio Negrão de Lima, juntamente com o então presidente do Tigre, o então vereador Antônio Lunardi.

O dirigente uniu o útil ao agradável: o Sete precisava de um estádio, e, em poucos anos o Brasil sediaria a Copa do Mundo e BH precisava de um monumento à altura do evento.

Imagem aérea do estádio em construção, em 1949.
Arquivo Estado de Minas

O projeto original era um pouco diferente do que a versão construída. A proximidade da Copa do Mundo fez com que a arquibancada localizada atrás de um dos gols não fosse concluída, levando ao formato de ferradura.  Uma das marcas do Independência até os dias de hoje.

O estádio despontou como o maior dentre os estádios da cidade e um dos maiores do país, apto a receber o Mundial de 1950. E é justamente a história do estádio um dos fatores que fez o Sete não ser esquecido na memória dos belo-horizontinos. Os mais antigos ainda o chamam de “campo do Sete”.  

A ideia vigente na época era a de que um clube não se desenvolveria se não tivesse um estádio próprio, então a construção do Gigante do Horto era vista com ótimos olhos.

As suas participações no Campeonato Mineiro, eram medianas e ruins, onde viu no Independência, o Atlético em 1950, o Villa Nova em 1951, o América em 1957 e o Cruzeiro em 1959, serem campeões.

A cancha setembrina só perdeu o posto de maior estádio da cidade, em 1965, quando foi inaugurado o Mineirão. Com isso, o gigante do Horto cairia em período de ostracismo revezando algumas partidas do próprio Sete, ficando às minguas na maioria do tempo.

Declínio na década de 60

Na década de 60 o Sete entrou definitivamente em decadência, pois sobrevivia até então, dos aluguéis pagos por seus rivais para uso do seu estádio. Participou de algumas edições do Campeonato Mineiro, Torneios Incentivos e da Taça Minas Gerais até 1976. A partir daí participou de forma intermitente as divisões de acesso do futebol do estado.

Nos anos 80, o estádio Raimundo Sampaio voltaria a ganhar protagonismo na cena do futebol de Belo Horizonte, após ganhar uma reforma promovida pelo Governo do Estado de Minas Gerais.

Um velho rival do Tigre, o Coelho, que desde que vendeu o estádio da Alameda peregrinava entra o Vale Verde, em Contagem, e o Mineirão, viu no Independência a oportunidade de estar mais próximo de seus torcedores, saudosos do campo americano no bairro do Santa Efigênia, também vizinho do Horto.

Sete e América firmaram um contrato de cooperação que permitia ao Coelho mandar ali os seus jogos, tendo também que assumir a responsabilidade pela manutenção do estádio.

Foi no Independência que o América viveu a sua maior gloria: em 1997, quando faturou a série B do Campeonato Brasileiro. Esse foi também o último ano que o Tigre da Floresta disputou (e venceu) um torneio oficial.

Com uma equipe formada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, conquistou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão (equivalente a Terceirona). O certame teve também as participações do tradicional Siderúrgica, do Fabril de Lavras, do Esportivo de Passos de Minas e do Aciaria de Ipatinga. O Tigre passou bem pela primeira fase, e no quadrangular final, garantiu o título na última rodada ao superar o Fabril, no Independência.

O título lhe rendeu a classificação para o degrau seguinte, o Módulo 2 em 1998. Mas o projeto não foi para frente e o Sete não usufruiu da vaga conquistada. E deste então não voltou a atuar em competições profissionais. Por algum tempo ainda figurou em competições de base, até desaparecer por completo do cenário do futebol mineiro em 1998.

Posteriormente, o Independência seria incorporado ao patrimônio do América, e o Sete de Setembro deixaria de existir, deixando um vazio no futebol de Belo Horizonte, que ficou desfalcado de um dos mais tradicionais times dos primórdios do Campeonato Mineiro.

Uniforme de 1997

Breve histórico no Estadual

Nos registros da Federação Mineira de Futebol, o Sete participou 17 vezes do Campeonato Mineiro de 1916 a 1932, quando o futebol era amador e 30 vezes da era profissional, em 1934, de 1938 a 1961, de 1969 a 1971 e de 1974 a 1976, ano que encerrou suas atividades na 1ª Divisão do Futebol Mineiro.

As últimas participações do Sete de Setembro em torneios oficiais foram na Terceira Divisão de 1997 e no Módulo II de 1998 com um convênio com a UFMG, treinado pelo Prof. Jurandir Gama Filho.

O renascimento do “Tigre da Floresta

O Sete se afastou dos gramados por um tempo, mas não morreria nunca o sonho de ser grande, e de fazer frente aos demais times da capital. O Sete de Setembro é um patrimônio da cidade, é parte da história da Zona Lesta de Belo Horizonte, é uma história que merece ser preservada e resgatada. Por tudo que representa o seu passado e pelo pioneirismo no futebol mineiro, o Tigre merece um lugar ao sol.

Atualmente, graças ao trabalho incansável do seu presidente, Fabiano Rosa Campos, o Sete de Setembro participa de competições amadoras de Belo Horizonte com equipes de juniores, juvenis, e também time de futebol feminino, sonhando em voltar aos embates com América, Atlético e Cruzeiro.

Sete trabalha para retornar a esfera profissional

Enquanto não volta a jogar no Independência ou no Mineirão, é nos campos de várzea que o Tigre da Floresta vem renascendo na esperança de em breve estar novamente filiado a Federação Mineira de Futebol, já que aos poucos vem reativando suas categorias de base e equipe de futebol feminino.

Este resgate histórico ressalta a importância do clube rubro no cenário esportivo belo-horizontino, esperamos que este seja o princípio de um processo que resulte na volta do Sete de Setembro ao campeonato mineiro.

O antigo dono do estádio Independência, o Sete de Setembro Futebol Clube está com as atividades profissionais interrompidas desde 1997, quando fundiu seu conselho deliberativo ao do América Mineiro.

Em 2020, o Tigre da Floresta passou a disputar competições amadoras e, no momento, segue com o processo para retomar a licença profissional e voltar aos gramados.

O Sete de Setembro volta às atividades de base com um forte lado social, utilizando no uniforme temas como a diversidade e consciência negra – neste caso, uma homenagem a Taian, jogador setembrino assassinado na década de 1940, na comemoração de um jogo.

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Estado de Minas (MG)

FONTES: O Paiz (RJ) – O Tempo (MG) – livro “Futebol no Embalo da Nostalgia”, de Plinio Barreto – Wikipédia – “O Futebol na Cidade de Belo Horizonte: amadorismo e profissionalismo nas décadas de 1930 e 1940, de Sarah Teixeira Soutto Mayor Curso de Educação Física, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

Amistoso Nacional de 1948: Sete de Setembro (MG) venceu o C.A. Ypiranga (SP), na capital mineira!

O Sete de Setembro de Futebol e Regatas comemorando seu 35º aniversário da sua gloriosa existência, fez realizar, na tarde de terça-feira, do dia 7 de Setembro de 1948 (data esta que também é comemorado o Dia da Independência do Brasil), um jogo de futebol entre seu esquadrão principal e o Clube Atlético Ypiranga, de São Paulo, quadro que desfruta de invejável cartaz na Paulicéia, dada a campanha regularíssima que vem cumprindo no certame bandeirante.

O inglês Mr. Dewine foi árbitro da partida

Além do encontro interestadual, o público teve outro atrativo: o árbitro deste embate será internacional, pois vem de ser escolhido Mr. Dewine para se exibir em Belo Horizonte/MG.

O representante da Federação Mineira obteve permissão do Colégio de Árbitros para a ida de um juiz britânico, tendo os três ingleses feito um sorteio entre si pera indicar – quem apitaria em Belo Horizonte. O indicado foi Mr. Dewine, que teve excelente atuação, segundo os jornais cariocas, enquanto os jornais paulistas classificaram como péssima.

Foto colorizada
Após a partida, os jogadores dos dois clubes, segurando a bandeira do Brasil, foram saudar os torcedores presentes no Estádio Alameda, em Belo Horizonte/MG

Sete venceu o Ypiranga

O Sete de Setembro marcouseu aniversário com brilhante e expressiva vitória sobre o Ypiranga, de São Paulo. O score de 3 a 1 diz bem do merecimento do triunfo do modesto, mas brioso conjunto mineiro que, agindo com  extraordinário entusiasmo logrou abater seu valoroso adversário, que vinha de invicta temporada na Bahia (3 a 1, no Vitória; 7 a 3, no Esporte Clube Ypiranga e 5 a 0, no Esporte Clube Bahia, campeão dos campeões do Nordeste) e ocupa o segundo posto do campeonato paulista.

O jogo, que leve por palco o Estádio da Alameda, em Belo Horizonte/MG, apresentou duas fases distintas. Uma, o primeiro tempo, falho e descolorido; outra, a fase complementar, com um Sete voluntarioso e cheio de fibra, suprindo com o “coração” algumas falhas técnicas de sua equipe.

Os “setembrinos“, contrariando todas as previsões, depois de um primeiro tempo igual, em que ambos os contendores se esforçaram sem êxito por abrir a contagem, assumiram, no período final, inteiro controle das ações e chegou a marcar dois a zero, dando mesmo a impressão de que marcaria ampla contagem.

O Ipiranga, entretanto, ante a ameaça de uma derrota desmoralizante, se lançou todo inteiro ao ataque, tanto que seu tento de honra foi logrado pelo zagueiro Alberto, por ocasião de um escanteio. O Sete de Setembro, no entretanto, voltou à carga e veio a obter mais um gol, com que se encerrou o marcador.

Mazinho e Pradinho, da linha média do Sete

Os gols da partida

O 1º gol somente veio a se registar aos 14 minutos do segundo tempo, por intermédio de Rui. Aos 20 minutos, Esmerindo aumenta a contagem e aos 26 minutos, Alberto, na cobrança de um escanteio. obtém o único tento do Ipiranga. Aos 39 minutos, novamente Esmerindo vence Rafael, que substituíra Osvaldo, dando números finais a peleja.

Foi esta sem dúvida, o melhor presente que poderiam oferecer os atletas setembrinos à sua operosa diretoria, capitaneada pelo vereador-presidente Antônio Lunardi, esportista que vem proporcionando ao clube da Floresta dias de gala e magnificas realizações.

A atuação do Sete de Setembro, um espetáculo à parte na magnifica tarde esportiva, foi perfeita, marcando com precisão e segurança. Pelo jogo, o Clube Atlético Ypiranga recebeu a cota de 30 mil cruzeiros livres de hospedagem e transporte.   

Sete de Setembro F.R. (MG)     3        X        1        C.A. Ypiranga (SP)

LOCALEstádio Otacílio Negrão de Lima, “Alameda” (antigo campo do América MG), em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTaça Sete de Setembro
DATATerça-feira, do dia 7 de setembro de 1948
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 36.000,00 (trinta e seis mil cruzeiros)
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROO inglês, Mr. Dewine
AUXILIARESGeraldo Fernandes (FMF) e Graça Filho (FMF)
SETE DE SETEMBRORandolfo; Corsino e Oldack; Pradinho, Tim e Mazinho; Esmerindo, Ferreira, Rui, Nelsinho e Caldeirão. Técnico: Americo Tunes.
YPIRANGAOsvaldo (Rafael); Alberto e Giancoli; Reinaldo, Renato (Celso) e Belmiro; Liminha, Rubens, Silas, Bibe (Castro) e Valter. Técnico: Otavio Modolin.
GOLSRui aos 14 minutoa (Sete); Esmerindo aos 20 e 39 minutos (Sete); Alberto aos 26 minutos (Ypiranga), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos, presidente do Sete de Setembro F.C.

FONTES: Sport Illustrado (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal de Notícias (SP)

Foto rara, de 1958: Seleção de Governador Valadares (MG)

A foto (abaixo) em questão foi publicada na página no Facebook “Fotos Antigas de Governador Valadares MG”. Na Praça de Esportes, do Clube Atlético Pastoril, a Seleção Municipal de Governador Valadares se apresentou na quinta-feira, do dia 30 de janeiro de 1958, quando o munícipio estava comemorando o seu 20º aniversário de emancipação.

EM PÉ (esquerda para a direita): Marcelo Guzzella, Zirinho, Coelho, Jota, Bira, Pão Velho e Marinho;
AGACHADODS (esquerda para a direita): Lício, Wilson, Paulo Frauches, Paulo Bitaca, Carioca e o médico (não identificado).


Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FONTES: página no Facebook “Fotos Antigas de Governador Valadares MG”

Inédito!! Sport Syrio Horizontino – Belo Horizonte (MG): três edições do Campeonato Mineiro na década de 20!

O Sport Syrio Horizontino foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). Não uma riqueza de informações relacionada ao Syrio. A sua fundação consta duas datas: no domingo, do dia 16 de abril de 1922 ou na terça-feira, do dia 17 de abril de 1923, por um grupo da colônia sírio-libanesa.

As cores escolhidas foram da bandeira da Síria, mas não atual, mas sim a que existia naquela época (imagem abaixo). As imagens encontradas do uniforme, em suma, possuíam duas formas (ambos listrados na vertical): verde e branco ou verde e preto.

Algumas sedes foram encontradas ao longo da sua existência: na Rua Tamóios; altos da Casa Saliba, no Centro de BH; Rua Caethés, no Centro, em BH; na Av. Afonso Pena, no Centro dois endereços: números 316 e 1.846.

Campeão do Torneio Início de 1926

O Syrio Horizontino debutou no futebol, disputando o Torneio Início de 1926, e de cara chegou na final e derrotou o Palestra Itália (atual Cruzeiro), se sagrando campeão!

Depois, no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1926, começou vencendo os quatro primeiros jogos: América Football Club (9 de maio – 2 a 1); Sport Club Calafate (6 de junho – 3 a 1); Guarany Foot Ball Club (27 de junho – 4 a 0); Palmeiras Foot Ball Club (29 de junho – 3 a 1).

Na sequência veio a primeira derrota: Atlético Mineiro (14 de julho – 5 a 2); fechando o turno com empate em 2 a 2 diante do Sete de Setembro Football Club.

O Syrio Horizontino terminou o primeiro turno na vice-liderança com 9 pontos (quatro vitórias, um empate e uma derrota), só atrás do Atlético Mineiro com 11 pontos (cinco vitórias e um empate).

No returno – no domingo, do dia 29 de agosto – começou empatando com o América (1 a 1). Contudo, logo após desistiu de disputar os cinco jogos restantes. Em razão disso, a Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), que organizava a competição, anulou todos os resultados do Syrio.

Primeira partida em nível nacional

No domingo, do dia 31 de outubro de 1926, realizou o seu 1º jogo nacional, diante do Syrio Libanez Athletico Club, do Rio de Janeiro. Após ir para o vestiário perdendo por 4 a 1, a equipe mineira tentou esboçar uma reação, mas acabou derrotado pelo time carioca por 6 a 4.

Campanha aquém 

Em 1927, o clube fez uma campanha ruim. Das 11 equipes participantes, o Syrio Horizontino terminou na 10ª posição (uma vitória, um empate e oito derrotas; marcando 16, sofrendo 35 e um saldo negativo de 19 tentos).

Syrio abandona competição e só retorna em 1930

Em 1928, disputou o 1º Turno somando três pontos (uma vitória, dois empates e seis derrotas; marcando 14, sofrendo 36 e um saldo negativo de 22 tentos).

Porém, desistiu, novamente, de disputar o returno alegando não ter campo para treinar. Ainda em 1928, o clube paralisou as suas atividades. Retornou dois anos depois (setembro de 1930).

Syrio foi excluído da LMDT

Um duro golpe, aconteceu quando a Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), por intermédio do presidente Anibal de Mattos, na quinta-feira, do dia 22 de outubro de 1931, eliminou sete clubes (America, Villa Nova, Sete de Setembro, Syrio Horizontino, Montes Claros, Uberaba e Vespasiano).

O motivo foi em decorrência de todos os clubes terem participado da ocupação na sede da Liga na segunda-feira, do dia 28 de setembro de 1931, onde assinalaram a ata de posse da diretoria proclamada pelos sete clubes que promoveram a deposição dos diretores da LMDT atual.

O time do Syrio de 1931: Tonico; Vevê e Jorge; Cruvina, Dazinho e Caria; Adolpho, Mundico, Cutão I, Canhoto e Mineiro.

Clube faz parte na criação de nova Liga

Na segunda-feira, do dia 7 de março de 1932, ajudou a Fundar a União Mineira de Esportes Geraes (UMEG), realizado na Sede do Palestra.  Os clubes que participaram da criação da nova liga foram os seguintes:

Societá Sportiva Palestra Itália (atual: Cruzeiro Esporte Clube);

Fluminense Football Club;

América Football Club;

Sete de Setembro Football Club;

Alves Nogueira Football Club;

Associação Mineira de Athletismo;

Uberaba Esporte Clube;

Sport Syrio Horizontino;

Vespasiano Football Club;

Esporte Clube Athletic;

Industrial Football Club;

Grêmio Ludopedio Calafate.  

Últimos passos

Após fundar a nova liga, a diretoria do Syrio Horizontino, no ano seguinte, desativou o seu departamento de futebol em razão da homologação do profissionalismo em 1933.

Em março de 1948, a União Síria Brasileira chegou a discutir a volta do futebol no Syrio, porém sem êxito. Três meses depois, o clube se filiou a Federação Mineira de Vôlei. Naquele momento, a quadra do Syrio ficava nos fundos da sua sede, localizado na Avenida Augusto de Lima, nº 1.255, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG.

Colaboraram: Gerson Rodrigues e Fabiano Rosa Campos

FONTES: O Paiz (RJ) – O Imparcial (RJ) – Risos e Sorrisos (MG) – A Noite (RJ) – O Dia (PR) – Diário da Noite (RJ) – Rsssf Brasil – Henrique Ribeiro

Foto rara de 1915: Ipanema Foot-Ball Club – Belo Horizonte (MG)

Foto posada do Ipanema Alegre Foot-Ball Club de 1915

A revista ilustrada de ‘O Malho’ publicou na edição 651, no sábado, do dia 06 de março de 1915, uma foto raríssima do Ipanema Alegre Foot-Ball Club, da capital do Estado de Minas Gerais. Na legenda é destacado que o Ipanema era o Campeão da Segunda Divisão de Bello Horizonte (MG).

Alguém sabe algo sobre essa equipe?

FONTE: O Malho (RJ)

Foto rara de 1915: Pouso Alegre Foot-Ball Club – Pouso Alegre (MG)

Pouso Alegre F.B.C. de 1915

A revista ilustrada de ‘O Malho’ publicou na edição 651, no sábado, do dia 06 de março de 1915, uma foto raríssima do Pouso Alegre Foot-Ball Club, da cidade de Pouso Alegre, do Estado de Minas Gerais.

Alguém sabe algo sobre essa equipe?

FONTE: O Malho (RJ)

Escudo diferente de 1958: Meridional Esporte Clube – Conselheiro Lafaiete (MG)

Meridional Esporte Clube é uma agremiação do Município de Conselheiro Lafaiete (MG). O Meri dos Barrancos  foi Fundado no dia 07 de Setembro de 1922, possui a sua Sede e o Estádio Mário Rodrigues Pereira (conhecido popularmente como ‘Barrancos’), localizados na Rua Barão do Suassuí, 385, no Bairro Campo Alegre dos Cajiros, em Conselheiro Lafaiete.

NOVE VEZES NA ELITE MINEIRA

No Campeonato Mineiro da 1ª Divisão, o Meridional participou de nove edições: 1951(8º lugar), 1952 (7º lugar), 1953 (8º lugar), 1956 (9º lugar), 1957 (9º lugar), 1958 (10º lugar), 1959 (8º lugar), 1960 (14º lugar) e 1961 (14º lugar). No Campeonato Mineiro Segunda Divisão foram cinco participações: 1962, 1963, 1967, 1968 e 1969.

CAUSOS & FATOS

Meridional estreou no Campeonato Mineiro de 1951, tendo uma campanha regular, terminando em oitavo lugar e terminando dentro das expectativas que seus dirigentes pretendiam dentro da competição. Sendo o segundo time de futebol mais antigo de Conselheiro Lafaiete, é um clube cheio de glórias, onde no passado figurava entre os grandes clubes de Minas, onde diariamente a imprensa mineira cobria o dia a dia do clube e noticiava aos torcedores da época páginas inteiras dedicadas ao TATU das Minas Gerais.

Um fato que é relembrado sempre nas rodas de bate papo e que foi marcante na gloriosa história do Meridional Esporte Clube, foi a memorável vitória sobre o Clube Atlético Mineiro em Belo Horizonte vencida pelo TATU.  Após uma desastrosa viagem até a capital mineira, o ônibus que levava a delegação quebrou no meio do caminho e vários atletas como também parte da comissão técnica chegaram a pé ao estádio e ainda derrotaram a tradicional e mundialmente conhecida equipe do Atlético Mineiro.

Em seus primeiros anos de vida, o Meridional conquistou inúmeros títulos e reformou o seu estádio que passou a se chamar Dr. M’ario Rodrigues Pereira. O Meridional Esporte Clube de Conselheiro Lafaiete, entre 1942 e 1962 foi uma das maiores equipe de futebol do Estado.

No campeonato mineiro, o time de Conselheiro Lafaiete fazia contra o Metalusina de Barão de Cocais o clássico Me-Me.  O Meridional Esporte Clube, começou sua história em termos de estado, num confronto com o Atlético Mineiro.

O primeiro jogo teve como resultado Atlético 3 x 1 Meridional e aconteceu no dia 26 de julho de 1942 na cidade de Coronel Fabriciano. A “despedida” do Meridional ocorreu contra o mesmo Galo, no jogo Atlético 1 x 0 Meridional realizado em 19 de janeiro de 1962, em jogo válido pelo Campeonato Mineiro de 1961 no estádio Independência.

Ao todo o Meridional enfrentou o Galo 41 vezes em jogos oficiais, perdeu 21, empatou 16 e venceu quatro. Contra os demais competidores o TATU teve vitórias massacrantes e era um adversário sempre temido, principalmente em seu estádio, Dr. Mário Rodrigues Pereira.

FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Rsssf Brasil – Wikipédia – Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete (L.D.C.L.)