Arquivo da categoria: Minas Gerais

Foto Rara da década de 20: Stadium da Avenida Paraopeba – Belo Horizonte (MG)

Na foto os times do América Mineiro e do grande rival: Sete de Setembro F.C.

Na Foto rara acima, é o Stadium da Avenida Paraopeba, localizado no Bairro Preto, em Belo Horizonte (MG). O campo era de propriedade do América Mineiro, no começo dos anos 20.

Nessa Praça de Esportes ocorreram algumas goleadas históricas. Um, aconteceu na tarde de domingo, do dia 24 de Junho de 1923:

AMÉRICA-MG 7 x 1 PALESTRA ITÁLIA-MG

Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG

Público e Renda: Não divulgados

Competição: Campeonato Mineiro de 1923.

Árbitro: não informado

AMÉRICA-MG: Fortes; Mário e Tonico; Ribeiro, Porfírio e Celso; Santinho, Sátyro, Honório, Osvaldinho e Bolivar.

PALESTRA ITÁLIA-MG: não informado

GOLS: Oswaldinho, cinco vezes; Satyro e Celso, um gol cada (América); Ciccio um tento (Palestra).

Numa outra peleja, novamente o Palestra Itália (atual Cruzeiro) sofreu mais uma estrondosa goleada:

ATLÉTICO-MG 9 x 2 PALESTRA ITÁLIA-MG

Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG

Público: cerca de 4 mil pessoas

Competição: Campeonato Mineiro de 1927.

Árbitro: José Avelino

ATLÉTICO-MG: Oswaldo Perigoso; Chiquinho e Brant; Hugo Jacques, Ivo Melo e Franco; Getulinho, Said, Mário de Castro, Jairo e Getúlio.

PALESTRA ITÁLIA-MG: Geraldo; Rizzo e Pararaio; Porfírio, Osti e Nininho; Piorra, Odilon, Ninão, Bengala e Armandinho.  

GOLS: Said aos 11 e 19 minutos (Atlético); Ninão aos 22 minutos (Palestra), no 1º Tempo. Said em 1 minuto (Atlético); Mário de Castro aos 12 e 16 minutos (Atlético); Jairo aos 21, 26 e 31 minutos (Atlético); Ninão aos 25 minutos (Palestra); Getúlio aos 37 minutos (Atlético), no 2º Tempo.    

FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos, presidente do Sete de Setembro F.C.

FONTES: Jornal de Queluz (MG) -Almanaque do Cruzeiro, de Henrique Ribeiro – O Canto do Galo, “Galopedia”

Foto rara, dos anos 60: Seleção Barbacena de futebol

A Liga de Desportos Barbacena (LDB) é a entidade máxima da cidade de Barbacena (população de 136.589 habitantes, segundo o censo do IBGE/2017), que fica na Serra da Mantiqueira, distante 169 km da capital (Belo Horizonte), do estado de Minas Gerais. Fundado em 1939, é a responsável pelas principais competições esportivas barbacenense.  Uma foto (abaixo) rara da Seleção de Barbacena, provavelmente, entre os anos 1961 a 64.

EM PÉ (esquerda para a direita): Hélio (América), Pino (América), Delvoux (Vila do Carmo), Ciruta (Andaraí), Hércules (Olimpic), Orlando (Andaraí) e Nautilus (América);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Mosquitinho (América), Tarcísio Russinho (América), Mariozinho (Olimpic), Silvinho (Olimpic) e Celinho (América).

Ressalte-se que teve jogadores acima citados que jogaram em mais times de Barbacena, senão vejamos: Mosquitinho teve passagens no Olimpic e Vila do Carmo; Ciruta jogou no Vila do Carmo; Hércules no América; Nautilus no Vila do Carmo; Mariozinho e Silvinho no Vila do Carmo; Hélio no Olimpic.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTE: Liga de Desportos Barbacena (LDB)

Fotos Raras, de 1960-61: América Futebol Clube – Barbacena (MG)

América Futebol Clube (América de Barbacena) foi uma agremiação da cidade de Barbacena (MG). Localizado no Campo das Vertentes (com uma população de 135.829 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2016), Barbacena fica a 169 km da capital (Belo Horizonte) mineira.

Mecão Barbacenense foi Fundado na sexta-feira, do dia 06 de Novembro de 1931. A Sede ficava situada na Avenida Olegário Maciel, s/n, no Centro de Barbacena. A equipe rubra mandava os seus jogos no Estádio Onda Nunes, com Capacidade para 3 mil pessoas.

FOTO de 1960
EM PÉ (esquerda para a direita): Hélio, Pino, Klebis, Lado, Hércules e Bernardo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Mosquitinho, Tarcísio Russinho, Pechincha, Celinho e Chiquinho.

América realizou diversos amistosos, como por exemplo, o Clube de Regatas Flamengonum domingo, do 21 de abril de 1957, no Estádio Onda Nunes, em Barbacena. No final, melhor para o Rubro-Negro carioca que não teve trabalho para golear pelo placar de 7 a 0.

América de Barbacena construiu uma história rica, onde faturou  inúmeros títulos do Campeonato Citadino, organizado pela Liga de Futebol Barbacena (LFB). Também participou de diversas competições na esfera profissional como o Campeonato Citadino de Juiz de Fora de 1964; o Campeonato Mineiro Segunda Divisão de 1967 e 1968; e o Campeonato Mineiro Terceira Divisão de 1987.

FOTO de 1961
EM PÉ (esquerda para a direita): Pino, Hércules, Ely Vasques, Cleber, Lado e Kebis (campeão pelo Atlético-MG, em 1963);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chiquinho
, Tarcísio Russinho, Mosquitinho, Celinho e Bernardo.

Vários grandes jogares passaram pelo MecãoPaulinho, “Cabeçinha de Ouro”, o técnico Paulo TrindadeMosquito, Canelinha, Willian, Celinho, Tonho, Joaozinho, Bigode, Russinho, Macalé, Nininho, Jurandir, Fubá, Lado, Tarzan, Chiquinho, Ely Vasques, Pascoal, Adalberto, Klebis, Zezé, Oiama, Pissolati, Célio, Hercules, Charrid e entre outros.

Jornal de Juiz de Fora: Mosquito e Chiquinho

FOTOS: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Wikipédia – Gol Aberto – Flapédia – Diário Mercantil

Foto rara, de 1970: Athletic Club – São João del-Rei (MG)

O Athletic Club é uma agremiação da Cidade de São João Del Rei (MG), sendo o único clube situado na Região Geográfica Intermediária de Barbacena. O Alvinegro foi Fundado A ata do nascimento do Athletic Foot-Ball Club foi lavrada no domingo, do dia 27 de junho de 1909, na residência de seu 1º presidente Omar Telles Barbosa.

O clube nasceu no mesmo ano do Sport Club Internacional de Porto Alegre, e antes de um bom número de clubes famosos nos dias de hoje, como o Flamengo e o Vasco da Gama, que disputavam regatas na Baía de Guanabara.

EM PÉ (esquerda para a direita): Gepeu, Flavinho, Castanheira, Josemar, Dutra, João Batista e Cupim (massagista);  
AGACHADOS (esquerda para a direita): Didi Farnese, Maneca, Zezinho Abrahão, Luiz Carlos e Vado.

Na foto acima do Athletic Club, de São João Del Rei, antes da participação do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão em 1970

A 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros athleticanos:

Presidente: Omar Telles Barbosa;

Vice-presidente: Mário Mourão;

Secretários: José Lúcio e Amadeu de Barros;

Tesoureiro: Abydo Yunes;

Capitães: José Rios e José de Oliveira Lima;

Procurador: Guilherme Resende.

Sede e campos

O “Esquadrão de Aço” tem a sua Sede Social (Dr. Francisco Diomedes Garcia de Lima) está localizado na Avenida Tiradentes, nº 671, no Centro. Já a Praça de Esportes fica na Rua Prefeito Nascimento Teixeira, nº 160, no bairro de Segredos. Por fim, o Estádio Joaquim Portugal (Capacidade: 3.500 pessoas) fica na Rua João Hallak, s/n, em Matosinhos, em São João del-Rei.

Título Estadual

A maior conquista aconteceu em 1969, quando Athletic Club ficou com o vice-campeonato do Mineiro da Terceira Divisão, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol).

Deve-se a Omar Teles a convocação da histórica reunião de que resultou na fundação do Athletic Club, nome adotado a partir de domingo, do dia 10 de agosto de 1913.

A história do Athletic se confunde com a de São João del-Rei. Ao longo de mais de um século de clube, sócios, torcedores e atletas viveram momentos que, até hoje, merecem ser relembrados.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Site do clube – Wikipédia

Foto rara, de 1975: Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte (MG)

O Cruzeiro Esporte Clube se sagrou Tetracampeão do Campeonato Mineiro a 1ª Divisão (1972, 1973, 1974 e 1975). Nesse mesmo ano, a Raposa terminou o Campeonato Brasileiro de 1975, com o vice campeonato, só perdendo para o Sport Club Internacional de Porto Alegre (RS).

EM PÉ (esquerda para a direita): Darci Menezes, Nelinho, Moraes, Zé Carlos, Raul e Vanderlei;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Guido (massagista), Roberto Batata, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.

O Cruzeiro era um time recheado de grandes craques como se pode notar pelas feras que estão posados na foto. Além deles, vale lembrar que Dirceu Lopes estava na reserva e Wilson Piazza estava contundido e por isso não saiu nessa foto.

Técnico do Cruzeiro Zezé Moreira  

Time base: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos, Eduardo (Roberto Batata) e Wilson Piazza (Dirceu Lopes); Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira  

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FOTO E FONTE: Revista Placar

1° escudo: Terrestre Sport Club – Belo Horizonte (MG), Fundado em 1934

O Terrestre Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Grêmio de Lagoinha” foi Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Janeiro de 1934 (com o nome de Terrestre Sport Club), pelos desportistas Armando Gomes, Herculano Seixas, Ernesto Rêgo, Osvaldo Freitas Galo e Roberto Tamieti, na Igreja de Lagoinha.

Algumas curiosidades

A palavra Terrestre foi uma homenagem a Companhia Sul America Terrestre e Capitalização. O 1º Presidente foi o Sr. Edward Queiroz, conhecido nas rodas esportivas por ‘Blage’.

Trabalhou por mais de uma década no clube, se destacando, dentro das quatro linhas, sendo o principal jogador, sendo classificado como craque absoluto da várzea em um memorável concurso do jornal “Folha de Minas“.   

A sua Sede ficava localizada na Rua Rutilo, nº 9, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do futebol, o clube alvirrubro também contavam com outras modalidades: basquete, vôlei, atletismo, ciclismo e ping-pong (Tênis de Mesa).

Títulos e a Praça de Esportes

O Terrestre possuía uma rica coleção de troféus, como o Bicampeonato do Departamento de Futebol Amador (ligado a Federação Mineira de Football Amador – FMFA), de Belo Horizonte, o Segundo Quadros foi Campeão Invicto em 1943. No mesmo ano, os Juvenis também levantaram a taça na sua categoria, aplicando uma goleada histórica: 30 a 0, no Esperança (detalhe: o time ainda teve cinco gols anulados pela arbitragem). O título de “Clube mais Querido da Cidade“.

O desejo da torcida e da diretoria era ter a sua Praça de Esportes, no entanto o Conselho Regional de Esportes, de Belo Horizonte não via com “bons olhos” os clubes menores da cidade terem a sua casa, pois para o prefeito da cidade a construções de campos poderiam intensificar ainda mais a educação física dos jovens.  

Celeiro de craques

Em uma década (1934 a 1944), o Terrestre revelou diversos jogadores para o futebol profissional,como: Gerson, Gregorio, Oldack, Zezé Mexe-Mexe, Rubens, Ponte Nova, Luiz Pedro, Hélio, Antoninho, Luquinha, Homero, e muitos outros que brilharam em grandes clubes.

Clube contava com cerca de 600 sócios

Em março de 1944, o “Grêmio de Lagoinha” contava com mais de 600 sócios quites e a maior torcida do setor amadorista. A Diretoria do clube de 1944, contavam com os seguintes membros:

Presidente de Honra – Dr. Amintas de Barros;

Vice-Presidente de Honra – Leão Cabernite;

Presidente – João Trindade do Nascimento;

Vice-Presidente – Miguel Jorge;

Secretário Geral – José Wardi;

1º Secretário – Rui Ferreira Barbosa;

2º Secretário – José Nilson;

Tesoureiro Geral – José Maia;

1º Tesoureiro – Jorge Elias;

2º Tesoureiro – José de Almeida Durões;

Comissão de Festas – Helio Tocafundo, Wilson Rocha e Wilson França;

Representante junto a Departamento de Futebol Amador (DFA) – José Vicente Gomes;

Diretor de Esportes – Tancredo Gomes;

Técnico – Geraldo Zacarias.

FOTOS: Vitor Dias (time posado de 1944) – Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Diário da Noite (RJ) – Vida Esportiva (MG)

Amistoso Nacional de 1950: Atlético Mineiro (MG) 4 X 2 Olaria A.C. (RJ)

Na noite da sexta-feira, do dia 24 de Março de 1950, o amistoso nacional, foi realizado em Belo Horizonte (MG), e o Atlético Mineiro venceu o Olaria Atlético Clube (RJ), pelo placar de 4 a 2.

O jogo foi prejudicado pelas fortes chuvas, que deixou o gramado em condições impraticáveis. O primeiro tempo terminou com vantagem para o Galo que foi para o vestiário vencendo por 2 a 1.

EM PÉ (esquerda para a direita): Juca, Mão de Onça, Afonso Silva, Zé do Monte, Carango e Moreno;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Lucas Miranda, Lauro, Alvinho e Nivio.

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Ricardo Díez

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Curiosidade

O técnico do Olaria era Domingos da Guia (Foto abaixo), considerado por muitos especialistas como um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. Após encerrar a carreira no Bangu, o Domingos deu os seus primeiros passos como treinador no clube da Rua Bariri.  

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 4       X       2       OLARIA A.C. (RJ)

LOCALEstádio Antonio Carlos, no bairro Lourdes, em Belo Horizontes/MG
CARÁTERAmistoso Nacional de 1950
DATASexta-feira, do dia 24 de Março de 1950
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 11.322,00
ÁRBITROEgidio Nogueira {Federação Metropolitana de Football (atuação regular)}
ATLÉTICOMão de Onça; Juca e Capineiro (Oswaldo); Afonso, Monte (Paulo Curi) e Carango; Lucas Miranda, Lauro (Paulo Maia), Osni, Ubaldo Miranda (Biguá) e Nivio. Técnico: o uruguaio, Ricardo Díez
OLARIAMilton; Amaro e Lamparina; Olavo, Moacir e Ananias; Jarbas, Alcino (J. Alves), Mical (Jair), Maxwell (Washington) e Esquerdinha. Técnico: Domingos da Guia
GOLSUbaldo (Atlético); Nivio (Atlético); Mical (Olaria), no 1º Tempo. Maxwell (Olaria); Osni (Atlético); Nivio (Atlético), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Marcelão Marcelo Santos

FONTE: A Noite (RJ)