Arquivo da categoria: Minas Gerais

Tiradentes Foot-Ball Club – Ouro Preto (MG): Fundado na década de 10

Por Sérgio Mello

O Tiradentes Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). Apesar de ter poucas informações, sabe-se que o clube foi filiado à Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), na década de 10.

Foto da Revista Vita, de 1914

Em dezembro de 1915, o 1º Team do Tiradentes goleou o Club Sports Hygienicos (na época, disputava o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão), de Belo Horizonte, pelo placar de 7 a 2, em Ouro Preto/MG.

Nessa foto de 1915, esse time enfrentou Club Sports Hygienicos

No domingo, do dia 30 de abril de 1916, o 1º Team do Tiradentes enfrentou o América Mineiro, em Belo Horizonte/MG. Logo após a partida, a diretoria do Coelho ofereceu um banquete ao Tiradentes e à imprensa, no Hotel Internacional.

FONTES: Fon Fon (RJ) – Revista Vita (MG) – O Imparcial: Diário Ilustrado do Rio de Janeiro (RJ) – Correio Paulistano (SP) – Paiz (RJ)

Inédito!! Sport Club Pedro Leopoldo – Pedro Leopoldo (MG): Existiu entre o fim dos anos 20 até 1933

Por Sérgio Mello

O Sport Club Pedro Leopoldo foi uma agremiação efêmera do município de Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Cibe Teatro Ottoni inaugurado em 1920 e desativado em 1946

Um dos times mais antigos da cidade, o “Alviverde Pedro-leopoldense” foi Fundado no final da década de 20. A sua Praça de Esportes ficava localizado na Rua Comendador Antônio Alves, s/n, no Centro de Pedro Leopoldo. A sua Sede social funcionou em dois lugares: no antigo prédio do Cine Teatro Ottoni e do lado do antigo Bar Cachorro Quente (próximo ao Supermercado BH).

Na quinta-feira, do dia 06 de fevereiro de 1930, a diretoria efetuou o pagamento para a filiação na Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT). O clube de Parruda, estreou diante do Olimpic, vice-campeão da Segunda Divisão.

Um empate entre o S.C. Pedro Leopoldo e Itabirense F.C.

A convite do Sport Club Pedro Leopoldo, a simpática associação esportiva da cidade de Itabirito, partiu domingo (13/09/31), rumo ao sertão, afim de disputar uma partida amistosa de football, a delegação do Itabirense Football Club, desta localidade.

Após seis horas de fatigante viagem, a embaixada visitante foi recebida gentilmente, na entrada da cidade pela diretoria do club local, que o conduziu até a sua sede social. Duas horas após o almoço que correu rápido e em franca cordialidade, as turmas se prepararam afim de seguirem para o campo, onde pouco depois se entregavam ao clássico bate-bola.

Sport Club Pedro Leopoldo

No domingo, às 15h30min., do dia 13 de setembro de 1931, às 15 horas e 25 minutos, o árbitro chamou ao centro os dois quadros que se apresentaram assim constituídos:

S.C. Pedro Leopoldo: Gerson; Chuá e Chrisanto; Pires, Mauro e Wilson; Cacaio, Zezinho, Chafir, Graná e Demílio.

Itabirense F.C.: Zico; Tião e Abilio; Zinho, A. Silva e Atila; Ibraim (Paulo), Nino, Louro, Didi e Augusto.

Primeiro tempo

Às 15 horas e 30 minutos, os visitantes dão a saída levando a bola até Mauro. A seguir registram-se ataques revezados, sendo, contudo, mais perigosos os dos visitantes que jogam por longo tempo no campo adversário até obterem três escanteios seguidos.

Ao ser batido o último, Nino entra com a bola em gol, porém, o juiz anula o ponto, assinalando toque de Louro, falta realmente cometida. Após 20 minutos de jogo os tricolores organizam perigoso ataque ao arco de Gerson.

Na área perigosa Didi cabeceia para Nino que dá a Louro, mandando este violentamente para gol. Gerson apara, porém, o couro cai e Nino entrando resoluto, conquista o tento dos visitantes.

Os Leopoldenses tentam o empate, em sucessivos ataques, mas a defesa Itabirense, mormente o trio final, está jogando assombrosamente. As 16h10min., termina o primeiro tempo com a vitória parcial do Itabirense por 1 a 0, no Pedro Leopoldo.

Segundo tempo

Reiniciado pelos leopoldenses, estes põem em pratica um jogo muito superior ao do primeiro tempo, assediando seguidamente o posto de Zico, que embora fora de forma se revelou o homem de sempre, produzindo defesas magistrais.

Meia hora é decorrida sem que o score seja alterado, quando Graná escapa pela extrema enviando lindo centro alto sobre o gol. Zico tenta segurar a pelota, porém, Cacaio emenda, rápido, conquistando o ponto de empate.

Os visitantes não desanimam, mas os leopoldenses não cedem mais terreno e o jogo prossegue cavado até que o juiz, secundando o sinal do cronometrista, anuncia o fim da partida, empatada por 1 gol.

O quadro local, em virtude de uma desavença havida em seu seio, viu-se privado do concurso de quatro bons elementos, mas soube reparar a falta, valendo-se de outros quatro bons elementos do Athletico Mineiro de Belo Horizonte. O árbitro, do Pedro Leopoldo, demonstrou estar destreinado, e, se prejudicou com suas marcações indecisas, foi a ambos.

Pós-jogo: jantar e baile

Teve, entretanto, boa vontade em atender as partes. Às 18 horas, a diretoria do Pedro Leopoldo ofereceu lauto banquete aos visitantes e a seguir animado baile em sua elegante sede, ao som de estridente jazz.

Às 22 horas, a turma punha-se em caminho de Belo Horizonte, de retorno à Itabirito, guardando saudades da excursão esplendida, mão grado os incômodos da viagem, senão reparado pela fidalguia dos leopoldenses que em cada visitante sabem conquistar um antigo.

Clube é incoporado pelo Pedro Leopoldo A.C. coloca um ponto final na equipe verde e branco

No sábado, do dia 23 de setembro de 1933, o Sport Club Pedro Leopoldo foi incorporado ao Pedro Leopoldo Atlético Clube (alvinegro), dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube

Documento Timbrado: Acervo de Fabiano Rosa Campos

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: site Futebol Pedro Leopoldo – Acervo Jornal Observador e Geraldo Leão

FONTES: A Noite (RJ) – Folha do Dia (MG)

Inédito!! Sport Club Calafate – Belo Horizonte (MG): Oito participações na Elite do Futebol Mineiro, entre as décadas de 20 e 30.

Por Sérgio Mello

O Sport Club Calafate foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Rubro-negro do Prado” foi Fundado na quarta-feira, do dia 22 de fevereiro de 1922, por três desportistas: João Viola, Antônio Estrella e Eliezer Araújo Xavier. O 1º Presidente foi o Sr. Gentil Romanelli.

A sua Sede no anexo da residência de Antônio Araújo Lopes e no Palacete da Rua Platina, nº 648 (depois 640), no bairro Calafate (atual Prado), em Belo Horizonte/MG. Já a sua Praça de Esportes ficava na Rua Bela Vista, no final da rua Platina, próximo ao Ribeirão Arrudas.

Além do futebol, S.C. Calafate também contava com equipes de Ping Pong (atual: tênis de mesa) e de basquete. Aliás, a agremiação foi uma das fundadoras da Federação Mineira de Basquete (FMB), em 1931.

Vice-campeão Mineiro de 1925

O clube ingressou na Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), onde disputou o Campeonato de Belo Horizonte (posteriormente foi reconhecido como o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão), em oito oportunidades: 1925 (2º lugar); 1926 (4ª posição); 1927 (4º lugar); 1928 (6ª colocação); 1929 (8º lugar); 1930 (5ª posição); 1931 (5º lugar) e 1932 (8ª colocação). Também disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão em 1923.

Ao longo desse trajeto, o título mais expressivo foi o Campeonato de Belo Horizonte de 1926, na categoria de Aspirantes.

técnico do Sport Club Calafate, sr. Alcides da Silva Machado

Técnico do S.C. Calafate revelou que jogador foi agredido pelo árbitro e Liga optou em banir o jogador

Na tarde da sexta-feira, do dia 11 de setembro de 1941, o técnico do Sport Club Calafate, sr. Alcides da Silva Machado visitou o jornal A Batalha, onde concedeu uma entrevista. Abaixo a entrevista na integra:

O distincto sportman declarou-nos que os sports em Minas estão em grande desenvolvimento e que o mais forte quadro de Bello Horizonte é o do Athletico Mineiro que vem levando a todos de vencida. Sobre o Campeonato Mineiro o sr. Alcides nos disse:

Vem como leader na tabella o America F. Club, mas o Athletico não terá difficuldades em alcança-lo passando-lhe a frente.

Sobre a Liga Mineira de Desportos Terrestre (Sediada na Av. Affonso Penna, nº 759, no Centro de Belo Horizonte) assim se expressou o nosso visitante:

A Liga é bem orientada em certos pontos, mas falha em outros. Os clubs pequenos, por exemplo, mesmo pertencentes á Primeira Divisão, não merecem os cuidados dos dirigentes da entidade mineira e dahi haver uns tantos desgostos entre estes.

Para os pequenos não existe o menor estimulo e a prova disto temos com as perseguições que se verificam a cada passo. Um acto de grandiosa injustiça praticou a Liga com o half direito do meu club Geraldo Pantuzzo, que além de ter sido aggredido pelo juiz Alcides Meira soffreu, ainda a pena de eliminação do seio daquella entidade.

O rapaz foi aggredido, não tinha uma só falta em sua carreira de sportman e mesmo assim foi para a “cerca”.

A Liga Mineira não permite substituições de jogadores, e esta só é registrada no goal. quando o keeper fica contundido. Afóra isso podem ficar até mortos os demais jogadores que não serão permittidas as suas substituições.

Sobre os juízes e representantes da entidade mineira assim se manifestou o sr. Alcides:

Os maiores males do football mineiro são os árbitros e os representantes da dirigente local que raras vezes sabem se desincumbir das suas missões. Os representantes chegavam ao cumulo de não comparecer aos jogos de campeonato, talvez, por preguiça.

O presidente do meu club, dr. Waldemiro Machado, muito tem trabalhado pela solução da questão dos juízes, mas estes são duros de… Compreender as regras”.

Foto posada do Sport Club Calafate de 1928

Fusão decretou o fim da linha

Em fevereiro de 1933, devido ao surgimento do profissionalismo, uniu-se ao Grêmio Ludopédio Calafate, também do Prado, e passou a se chamar União Athletica Calafate. O uniforme passou a ser alvinegro. O presidente escolhido foi Waldomiro Machado. No entanto, o clube não chegou a realizar nenhuma partida e foi extinto.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Documento timbrado: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FOTOS: A Batalha (RJ) – Semana Llustrada (MG)

FONTES: Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Henrique Ribeiro – A Batalha (MG) – Diário da Noite (RJ)

Sociedade Esportiva Ourofinense – Ouro Fino (MG): enfrentou o Corinthians e a Ponte Preta, na década de 50.

Por Sérgio Mello

A Sociedade Esportiva Ourofinense, ou simplesmente Esportiva, foi uma agremiação da cidade de Ouro Fino, que fica na região montanhosa, sendo cortada por vales – com altitudes variando entre 997 e 1.591 metros – do estado de Minas Gerais. A localidade, que fica a 459 km de distância da capital mineira (Belo Horizonte), conta com uma população de 33.639 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2019.

Foi Fundada na terça-feira, do dia 15 de Abril de 1952. A sua Sede Social ficava na Rua Marginal da Ferrovia, nº 163, no Centro de Ouro Fino/MG.

Em 1956, já filiada à Federação Mineira de Futebol (FMF), era conhecida todo o Sul de Minas quanto no futebol paulista, pois realizavam diversos amistosos contra fortes equipes de São Paulo. A diretoria era constituída naquele ano com os seguintes membros:

Presidente de honra: Dr. Krizanto Muniz;

Presidente: Liduardo José de Mello;

1º Vice-Presidente: Ramez Kahabaz;

2º Vice-Presidente: Amauri Almeida;

Secretário Geral: Olympio de Mattos;

Diretor Esportivo: José Vicentini;

Diretor Social: Acacio Paulini.

O Elenco da Esportiva de 1956:

Goleiros – Dino, Mauro e Veludinho;

Zagueiros – Hamilton, Venancio, Jurandir, Maximino e Zé Olynto;

Médios – Amauri, Ico, Natana, Chico, Zaga, Tody, Chiquinho e Waltinho;

Atacantes – Nelsinho, Bonini, Clayton, Itiberê, Robertinho, Mauricio, Zé Carlos, Claudino, Telé, Aurelio, Capitão e Burza.

Alguns jogos realizados em 1956

No domingo, do dia 07 de Outubro de 1956, a ‘Esportiva’ goleou o Vasco de Itajubá, por 5 a 1, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. Os gols foram assinalados por Clayton, duas vezes, e Robertinho, com três tentos; enquanto Ginha fez o de honra do Vasco.

O árbitro foi sr. Roberto Barros, que teve uma atuação de regular para fraco. A ‘Esportiva’ jogou assim: Mauro; Ico e Venancio; Amauri, Tody e Natana; Nelsinho, Bonini, Clayton, Robertinho e Itiberê.

Na sexta-feira, do dia 07 de Setembro de 1956, aproveitando o feriado (Dia da Independência do Brasil), a Esportiva enfrentou a Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. No final, a Macaca venceu pelo placar de 4 a 2.

Outros jogos

    RESULTADOSLOCAL
S.E. Ourofinense2X1E.C. São Bernardo do Campo (SP)Poços de Caldas/MG
S.E. Ourofinense2X1A.A. Caldense (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense3X2A.A. Caldense (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense2X1Seleção Pinhalense *Ouro Fino/MG
Rio Branco de Andradas (MG)1X1S.E. OurofinenseAndradas/MG
S.E. Ourofinense2X4A.A. Ponte Preta (SP)Ouro Fino/MG
Veteranos Paulistas2X2S.E. OurofinenseSão Paulo/SP
S.E. Ourofinense8X2Seleção Pouso-alegrenseOuro Fino/MG
Seleção de Limeira1X1S.E. OurofinenseLimeira/SP
S.E. Itapirense (SP)1X3S.E. OurofinenseItapira/SP
S.E. Ourofinense8X2Smart F.C. de Itajubá (MG)Ouro Fino/MG
S.E. Ourofinense3X2Uracan F.C.Ouro Fino/MG
* Referente a cidade de Espirito Santo do Pinhal (SP)

Clube revelou grandes craques

Em 1957, vários jogadores que se destacaram se transferiram para grandes clubes como foi o caso de Jurandir que foi para a Portuguesa de Desportos (SP); Itiberê, Dino, Natanael e Nelsinho que foram para o Atlético Mineiro.

Esportiva enfrentou o Tupy de Juiz de Fora

Dentre os jogos disputados em 1957, pela Esportiva, a partida diante do Tupy de Juiz de Fora (MG), no mês de julho, que jogou pela 1ª no Sul de Minas. A peleja terminou com a vitória do Tupy pelo placar de 2 a 1. Os gols de Ipojucan e Celso para o Tupy.

O resultado não espelhou na realidade, pois a Esportiva merecia pelo menos um empate, já que conseguiu em grande parte da peleja dominar seu adversário, só não conseguindo um triunfo por absoluta falta de sorte, o que não faltou ao Tupy, que no “apagar das luzes” do segundo tempo, conseguiu o gol da vitória.

Ourofinense goleou o Juventus da Mooca

Porém, o resultado não chegou a abalar o prestigio da Esportiva, que seguiu treinando para enfrentar o Clube Atlético Juventus (SP). O “Moleque Travesso“, que jogaria pela primeira vez em Ouro Fino, possuíam grandes jogadores como: Cavani, Mendonça, Osvaldinho, Bonfiglio, Manduco e o popular ponta-esquerda da seleção brasileira, Rodrigues.

No domingo, do dia 25 de agosto de 1957, a Sociedade Esportiva Ourofinense goleou o Juventus da Mooca pelo placar de 4 a 1, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino.

Os gols foram consignados por Robertinho, duas vezes; Itiberê e Benedito para a Esportiva; enquanto Osvaldinho marcou o único gol dos paulistas. O Juventus não apresentou sua força máxima, ou seja, o “onze” que derrotou o Palmeiras, mas ainda assim colocou em campo profissionais de reconhecida capacidade.

O árbitro foi Geraldo Pinto Ribeiro. A Renda somou Cr$ 40.000,00.  

S.E. OUROFINENSE: Dilo; Amilton e Jurandir; Amauri, José Americo e Laercio; Aroldinho (Cladon), Itiberê. Robertinho, Dales e Benedito.

C.A. JUVENTUS: Claudiney; Pando (Cabral) e Sinval; Messias, Моreto e Nilo; Aroldo (Antoninho), Aureo, Osvaldinho, Zeolinha (Manduco) e Girio.

Esportiva foi goleado pelo Corinthians

No sábado, às 15h30min., do dia 07 de Setembro de 1957, a Sociedade Esportiva Ourofinense encarou o poderoso Sport Club Corinthians Paulista, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino.

Apesar de jogar com uma equipe mista, o Timão goleou a Esportiva por 5 a 2 (2 x 0, no 1º tempo), diante de um grande público, que resultou numa Renda de 60 mil cruzeiros. O árbitro foi o Sr. Francisco Moreno.  

No primeiro tempo, o Corinthians abriu o escore por intermédio de Zague aos 8 minutos, aumentando Fernandes aos 16 minutos. Na etapa final, Joãozinho aumentou aos 5 minutos. A Esportiva diminuiu com Osvaldo, aos 25 minutos.

No entanto, Fernandes fez o quarto gol aos 30 minutos. Um minuto depois, Rubens fez o segundo gol para Esportiva. Porém, aos 35 minutos, Zague deu números finais a peleja.

CORINTHIANS: Jura (Milesi); Cássio e Eni; Ede, Sérgio e Benedito (Décio); Miranda (Boavista), Joãozinho (Marini), Zague, Fernandes e Benny.

S.E. OUROFINENSE: Mingo (Paulo); Pepino e Jacó; Toddy, Gaspar e Rafa (Zizito); Nelson, Cristo, Rubens, Osvaldo e Julieto.

Ourofinense venceu a Ponte Preta de Campinas

Na década de 60, a Sociedade Esportiva Ourofinense, se filiou a Liga Esportiva Ourofinense (LEO), onde conquistou o título do Super Campeã de 1961. Os amistosos também continuaram, como em 1960, a grande vitória em cima da Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, pelo placar de 5 a 4, no Estádio Municipal Capitão Armando, em Ouro Fino. Os gols foram de Zé Marcos, três vezes, e Tite, dois tentos.

Na década de 70, seguiu disputando as competições organizadas pela Liga Esportiva Ourofinense (LEO). Na década de 80, a Esportiva disputou o Campeonato das Estancias de 1982, sem destaque.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Acervo fotográfico de Nilzio Eneido Rasteli, Tite e Nilton Rasteli.

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – O Correio de Itajubá (MG) – Folha Mineira (MG) – A Notícia (MG) – A Notícia de Ouro Fino (MG)

Foto rara de 1964: Associação Desportiva Jacutinguense – Jacutinga (MG)

Na quarta-feira, do dia 16 de setembro de 1964, o município de Jacutinga (MG) comemorava o aniversário de 63 anos de emancipação. Nessa data, a modesta Associação Desportiva Jacutinguense enfrentou e derrotou o time misto da Sociedade Esportiva Palmeiras (SP).

EM PÉ (esquerda para a direita): Dauro (técnico), Armando (massagista), Ulisses, Tiãozinho, Tatau, Vilela, Donato, Lucatelli e Fausto (auxiliar técnico);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Maurilio, Aleluia, Nio, Helinho e Ronaldo.

ARTE: Desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

 Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTO: Acervo de Claudio Aldecir Oliveira

FONTES: jornais paulistas

Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, em 1963: Rodoviário foi o Campeão!

Grêmio Campeão do Primeiro Turno

Por Sérgio Mello

PRIMEIRO TURNO

Encerrou-se no domingo, do dia 15 de setembro de 1963, o 1º turno do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, e o Grêmio Jacutinga se sagrou campeão. A competição contou com oito equipes:

Grêmio Jacutinga (Jacutinga);

Rodoviário (Pouso Alegre);

ADJ – Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga);

Sete de Setembro Esporte Clube (Ouro Fino);

Facit Futebol Clube (Rua Herculano Cobra, nº 164, em Pouso Alegre);

Clube Atlético Flamengo (Pouso Alegre);

Fluminense (Ouro Fino);

Independente (Pouso Alegre);

7ª Rodada

RESULTADOSGOLSÁRBITRORENDA
Rodoviário 3 x 1 Flamengo  Edmundo (2) e Tista (Rodoviário); Francisco (Flamengo).Geraldo GuedesCr$ 27.450,00
Grêmio 3 x 2 FacitAleluia, Joaquinzinho e Chuveiro, contra (Grêmio); Fernando e Masseli (Facit).Valentim PereiraCr$ 41.500,00
Sete de Setembro 12 x 1 IndependenteAyrton (5) Layrton (2), Bira, Otávio, Jurandir, Vitor e Bolinha (Sete); Dote (Independente)Herminio GerbiottCr$ 19.555,00

Classificação do 1º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Grêmio Jacutinga11751123149
AD Jacutinguense10752251015
Rodoviário97412211110
Flamengo87430915-6
FACIT FC7731308080
Sete de Setembro6722320128
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Sete de Setembro ficou na 4ª colocação no geral

Estatística do Primeiro Turno

TOTAL DE JOGOS:28
TOTAL DE GOLS:121
MAIOR RENDA:Rodoviário x Sete de Setembro (4 de agosto) – CR$ 90.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo x independente (8 de setembro) – CR$ 7.250,00.
TOTAL DE RENDA:CR$ 1.074.385,00.
MELHORES ATAQUES:ADJ 25, Grêmio 23 e Rodoviário 21
PIORES ATAQUES:Independente 7, Facit 8 e Flamengo 9.
DEFESA MENOS VAZADAS:Facit 8, Rodoviário 11 e Sete de Setembro 12.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente 35, Fluminense 16 e Flamengo 15.
GOLEIROS MENOS VAZADOS:Ferreira do Facit (4 jogos) 4 gols e Chuveiro Facit (3 jogos) 4 gols.
GOLEIROS MAIS VAZADOS:Helinho (Fluminense) 16 e Quadrado (Grêmio) 14.
PÊNALTES MARCADOS:11 (Oito convertidos e três desperdiçados).
EXPULSÕES:Três jogadores: Paturi Conrado e Ulacha (Independente) e Geraldo (Facit).
GOLS CONTRA:Sete vezes: Américo (2) e Emidio (Grêmio); Roberto (Flamengo); Nelsinho (Fluminense); Március (Rodoviário); Chuveiro (Facit).

ARTILHARIA

12 gols – Santana (ADJ);

11 gols – Aleluia (Grêmio);

7 gols – Edmundo (Rodoviário) e Ayrton (Sete de Setembro);

6 gols – Tista (Rodoviário); Masséli (Facit) e Kleber (Flamengo);

4 gols – Airton (Rodoviário); Joaquinzinho, Julião e Xepa (Grêmio);

3 gols – Pádua (ADJ) e Layrton (Sete de Setembro);

2 gols – Adilson (Rodoviário); Canhotinho (Facit); Régis (ADJ); Tista e Tite (Fluminense); Wilsinho, Escurinho e Bolinha (Sete de Setembro) e Gentil (Independente);

1 gol – Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente); Antoninho, Lambari, Helinho e Tatáo (ADJ); Ronaldo e Neto (Grêmio); Batata, Custódio e Francisco (Flamengo); Siécola e Deise (Rodoviário); Belini, Maciel, Paraguassú Wilson (Fluminense); Bira, Otávio, Jurandir e Vitor (Sete de Setembro) e Fernando (Facit).

ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM

5 Vezes – Nivaldo de Barros e Geraldo Guedes;

4 Vezes – Valentim Pereira;

3 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva e Hermínio Gerbiott;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Crocetti, José Fausto Ricêto, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiott e Clemente Scodeler.

Observações: Fluminense e Independente, respectivamente, 7º e 8º colocados, não disputaram o returno, uma vez que de acordo com o regulamento do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre o penúltimo e último colocados seriam eliminados da sequência do certame.

SEGUNDO TURNO

O returno do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre, foi realizado no domingo, do dia 6 de outubro de 1963. O Clube Atlético Flamengo acabou derrotado pela Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga), pelo placar de 2 a 1, no Estádio Municipal da LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), em Pouso Alegre/MG.

Estatística do Torneio intermunicipal Cidade de Pouso Alegre

TOTAL DE JOGOS:42 (Jogados 40 e não realizados dois).
TOTAL DE GOLS:161.
MAIOR RENDA:Sete de Setembro x Rodoviário (4 de agosto) – Cr$ 97.750,00.
MENOR RENDA:Flamengo X Independente (8 de setembro) – Cr$ 7.260,00.
TOTAL DE RENDA:Cr$ 1.584.990,00.  
MELHORES ATAQUES:AD Jacutinguense, 35; Rodoviária, 34; Grêmio Jacutinga, 29; Sete de Setembro, 28.
PIORES ATAQUES:Fluminense, 08 e independente, 07.
DEFESA MENOS VAZADAS:AD Jacutinguense e Sete de Setembro, ambos com 7 gols sofridos.
DEFESAS MAIS VAZADAS:Independente com 35 gols sofridos.
GOLEIROS VAZADOS:Rubão 8 e Sidney 3 vezes (ADJ); Paulo Afonso 13 vezes e Tite uma vez (Sete de Setembro); Helindo 16 vezes (Fluminense); Quadrado 19 Vezes (Grêmio); Zé Lucio 12, Morais 6 e Clóvis 3 vezes (Rodoviário); Ferreira 19 e Chuveiro 4 vezes (Facit); Roberto 25 e Boschinho 6 vezes (Flamengo); Bertelli 23 vezes, Mário Ito e Bulacha 6 vezes cada (Independente).
PÊNALTES MARCADOS:16. Cobrados 15 e um não cobrado (Convertidos nove e desperdiçados seis).  
EXPULSÕES:Geraldo (Facit), duas vezes, contra o Independente (6 de agosto) e diante do Grêmio (20 de outubro); Paturi e Conrado (Independente) no jogo contra o Grêmio (30 de junho); Bulacha (Independente) diante do Facit (6 de agosto); Batata (Flamengo) diante da ADJ (6 de outubro de 1963).
GOLS CONTRA:Nove – Emídio do Grêmio para o Flamengo (4 de agosto); Roberto do Flamengo para o ADJ (11 de agosto); Nelsinho do Fluminense para o Independente (25 de agosto); Américo do Grêmio, 2 tentos contra o ADJ (25 de agosto); Március do Rodoviário para o ADJ (8 de setembro); Chuveiro do Facit para o Grêmio (15 de setembro); Zezão do Facit a favor do Rodoviário (10 de novembro); Grapette do Rodoviário para o Grêmio (17 de novembro).

ARTILHARIA

18 gols – Santana (ADJ);

14 gols – Aleluia (Grêmio);

12 gols – Edmundo (Rodoviário); Airton (Sete de Setembro);

9 gols – Tista (Rodoviário);

5 gols – Airton I (Rodoviário); Joaquinzinho (Grêmio); Saméia (Facit); Kleber (Flamengo);

4 gols – Pádua (ADJ); Lairton (Sete de Setembro); Vasco (Facit);

3 gols – Julião e Xêpa (Grêmio); Vilsinho (Sete de Setembro); Batata (Flamengo);

2 gols – Régis, Adíber e Helinho (ADJ); Adilson e Airton II (Rodoviário); Escurinho, Bolinha e Otávio (Sete de Setembro); Canhotinho e Fernando (Facit); Duarte (Flamengo); Tista e Tite (Fluminense); Gentil (Independente);

1 gol – Tatáo, Antoninho e Lambari (ADJ); Siécula, Dayse e Marcinho (Rodoviário); Ronaldo e Neto (Grêmio); Vitor, Jurandir e Bira (Sete de Setembro); Zé Maria e Juvenal (Facit); Luiz Carlos, Julinho, Chichico e Custódio (Flamengo); Beline, Wilson, Paraguaçú e Maciel (Fluminense); Dentinho, Carlos Honório, Courinho e Dote (Independente);

 ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM (40 jogos)

6 Vezes – Nivaldo de Barros e Valentim Pereira;

5 Vezes – Geraldo Guedes;

4 Vezes – Carlos Roberto Rodrigues Viotti;

3 Vezes – Hermínio Gerbiet;

2 Vezes – Raimundo Alves da Silva José Fausto Ricêto e Virgílio Izsac Facury;

1 Vez – Caetano Charlante, Dante Charlante, Alexandre Grocetti, Alcides José Peroni, Benedito Gerbiot, Clemente Scodeler, Hilson Gonçalves, Lucrécio Gonçalves, Ivan Barroso e José Tudisca.

Os Jogos do Segundo Turno

Domingo: 06 de outubroFlamengo1X2Jacutinguense
Domingo: 06 de outubroSete de Setembro1X0Facit FC
Domingo: 13 de outubroRodoviário2X1Sete de Setembro
Domingo: 20 de outubroGrêmio Jacutinga1X0Facit FC
Domingo: 20 de outubroSete de Setembro5X0Flamengo
Domingo: 27 de outubroRodoviário4X2Flamengo
Domingo: 27 de outubroJacutinguense8X1Facit FC
Domingo: 03 de novembroGrêmio Jacutinga2X1Flamengo
Domingo: 03 de novembroSete de Setembro *1X0Jacutinguense
Domingo: 17 de novembroGrêmio Jacutinga3X4Rodoviário
Domingo: 17 de novembroFacit FC3X2Flamengo
Domingo: 17 de novembroRodoviário**WOXJacutinguense
Domingo: 24 de novembroFacit FC3X3Rodoviário
Domingo: 24 de novembroGrêmio Jacutinga ***XSete de Setembro
Domingo: 1º de dezembroJacutinguense***XGrêmio Jacutinga
* Aos 13 minutos do 2º tempo, o árbitro José Tudisco paralisou a partida, alegando falta de segurança. A LEMA (Liga Esportiva Municipal de Amadores), marcou para o domingo, do dia 24 de novembro de 1963, que os 32 minutos que faltavam fosse realizado. No entanto, Associação Desportiva Jacutinguense (Jacutinga) não compareceu. Com isso a LEMA deu os pontos para o Sete de Setembro. ** Com o não comparecimento do Jacutinguense para a partida, o Rodoviário venceu por W.O. *** As partidas foram canceladas, pelo desinteresse das equipes.

Classificação do 2º Turno

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Rodoviário1812822342014
Grêmio Jacutinga1510712291910
AD Jacutinguense141174351421
Sete de Setembro1211524281414
Facit FC10124261523-8
Flamengo812481531-16
Fluminense47250816-8
Independente17160735-28
Rodoviário é o Campeão do Torneio Intermunicipal Cidade de Pouso Alegre de 1963

Algumas formações:

Rodoviário: Zé Lúcio (Clóvis); Alemão (Edemir), Pedrinho e Március (Régis); Grapete e Benedito; Adilson, Bonga (Marcinho), Tista (Vitor), Edmundo e Darcy (Airton).

Sete de Setembro: Paulo Afonso (Tite ou Rastele); Zé Acácio (Toninho), Jura (Nelsinho) e Hugo (Herculano ou Nuno); Vitor (Lobo) e Bolinha (Saquete); Lairton (Vantania), Airton (Luizinha), Vilsinho (Tista), Anardino (Bira) e Escurinho (Otávio).

Grêmio Jacutinga: Quadrado; Sapucaí, Américo e Etualpes; Guaraná e Darci (Joaquim); Julião, Xepa, Aleluia, Lambreta e Ronaldo.

FACIT: Ferreira; Roberto (Zezão), Geraldo e Marcos (Baiano); Paulinho (Cláudio Claret) e Roberto II (Juvenal ou Batata); Deley (Zé Maria), Tião (Vasco), Fernando (Chiquito ou Reginho), Canhotinho (Dauro ou Fernando II) e Evandro (Joviano).

FONTES: Minhas anotações – Jornal Semana Religiosa, de Pouso Alegre (MG)

Foto Rara de 1930: Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte (MG)

Foto de 1930, do Clube Atlético Mineiro, Campeão dos Campeões, quando bateu espetacularmente o Bangu. O famoso esquadrão composto de:

Veado, Humberto, Orlando, Didico, Jací, Milito, Jairo, Naná, Dario, Geraldino, Mauro, Mario Gomes, Jaime, Murilo, Mauricio e Armando, além do diretor esportivo Ivo Melo e do técnico, presentemente estão todos ou quase todos formados por escolas superiores.

Em 1930, o Atlético Mineiro estreou na temporada, na terça-feira, do dia 07 de janeiro, derrotando o combinado carioca por 3 a 2. No domingo, do dia 18 de maio, venceu a equipe carioca do Sport Club Вrаsil, por 5 a 1.

No domingo, do dia 22 de junho, empatou com o Clube de Regatas Flamengo, também do Rio, por 2 a 2. No sábado, do dia 30 de agosto, na cancha da Barroca, derrotou o Botafogo/RJ, por 3 a 2. Os três gols dos mineiros foram assinalados por Mário de Castro.

No sábado, do dia 06 de setembro, goleou o Bangu por 7 a 2. No sábado, do dia 20 de setembro, venceu o São Christóvão carioca por 3 a 1.

Por fim, na revanche, na sexta-feira, do dia 24 de outubro, o Botafogo/RJ venceu por 6 a 3, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

FONTES E FOTO: Revista Alterosa (MG)

Foto Rara: Cruzeiro Esporte Clube campeão Mineiro de 1959!

Eis o grande campeão de 1959, Cruzeiro Esporte Clube – com seus heróis: Genivaldo, Massinha e Procópio; Nilsinho, Amauri e Clever; Emerson, Abelardo, Dirceu, Nelsinho e Raimundinho.

Cruzeiro campeão de 1959

A vitória do Cruzeiro Esporte Clube, no Campeonato Mineiro de 1959, que fez vibrar intensamente a alma cruzeirense da cidade, foi, sem dúvida, o resultado do harmonioso trabalho de uma equipe de homens devotados à gloriosa agremiação esportiva do Barro Preto.

Porque na verdade, não basta, no futebol, o entrosamento da equipe integrada pelos jogadores que se desdobram, em campo, para vencer o adversário, mas é necessária também a coesão da grande equipe representada por todos quantos, nos setores administrativos, técnicos e esportivos, contribuem com sincero esforço através de entusiástico espirito de luta para a grandeza do clube.

A grande vitória cruzeirense de 1959 resultou dessa harmonia total, constituindo-se num feito tão expressivo que, numa reportagem ligeira, como homenagem ao campeão do ano, não poderíamos deixar de evocar a gloriosa história desse grêmio cujas atuações vêm empolgando, desde o longínquo 1921, os aficionados do futebol em Minas.

O Cruzeiro Esporte Clube é a esplêndida continuação da Societá Sportiva Palestra Itália que, sob o patrocínio da colônia italiana de Belo Horizonte, surgiu em janeiro de 1921, para honra e glória dos esportes nacionais. Teve, depois, o clube recém-fundado, outras denominações: Sociedade Esportiva Palestra Itália, Sociedade Esportiva Palestra Mineiro e, por fim, Ipiranga.

Foi por ocasião da grande guerra mundial em 1941, que surgiu a substituição da palavra Itália por Mineiro, modificada, novamente, no ano seguinte, por força de decreto-lei para Ipiranga, nome que não resistiu uma semana, vindo a ser substituído pelo belo nome que hoje tem.

Durante os 39 anos de sua existência, marcada por várias vitórias inesquecíveis, que ficaram memoráveis na crónica futebolística de Minas Gerais, a raposa do Barro Preto conseguiu, com a camisa palestrina, o tricampeonato (28-29-30) o campeonato de 40 e, já no regime do profissionalismo, ostentando a camisa cruzeirense, alcançou novo tricampeonato (43-44-45) que consolidou o prestigio da querida agremiação.

Aurélio Noce – Fundador do Cruzeiro Esporte Clube (S.S. Palestra Itália) e seu 1º Presidente.

Todos os presidentes entre 1921 a 1960

Na sua existência, teve o clube do Barro Preto 22 presidentes, que foram os seguintes: Aurélio Noce, Alberto Noce, Braz Pellegrini, Antônio Falci, Américo Gasparini, Lidio Lunardi, José Viana de Sousa, Miguel Perrella, Romeu De Paoli, Osvaldo Pinto Coelho, Enes Ciro Poni, Mário Grosso, Antônio da Cunha Lobo, Divino Ramos, Manuel França Campos, Fernando Tamietti, Antônio Alves Limões, José Greco, Wellington Armanelli, Eduardo Bambirra, Manuel Carvalho e Antônio Braz Lopes Pontes.

Destaques na diretoria do clube em 1959

Na memorável campanha de 1959, três nomes se destacam, sem dúvida, dentro do grande e louvável esforço da totalidade dos cruzeirenses: Antonino Pontes, o presidente; Carmine Furletti, vice-presidente dos assuntos profissionais, e Felício Brandi, diretor de futebol. E, pode-se afirmar, os esforços desses três elementos, que a imprensa já cognominou de Três Mosqueteiros, obtiveram, no setor esportivo, absoluta ressonância em Leonisio Fantoni, o popular Niginho, que conduziu o team à vitória.

Outros desportistas merecem, também, citação, pela dedicação com que agiram sempre: Hélio Volpini, Joaquim Gramiscelli, Fábio Miranda, Celso Lovalho, Geraldo Faria e tantos outros cuja enumeração seria longa. Na administração do clube, devem ser citados os desportistas José Francisco Lemos Filho, Eduardo Bambirra, Nicola Costa, Harry Leite, Isac Federman, Miguel Morici, Geraldo Heleno, Adil de Oliveira, Américo Búfalo, José Azevedo e muitos outros que, por dedicação ao clube das cinco estrelas, fizeram da sede do Barro Prêto, um segundo lar.

Torcedor doa um terreno de 4 mil metros quadrados ao clube

O magnifico projeto do arquiteto Vicente Bufalo para a Sede Campestre do Cruzeiro, na Pampulha, considerado, no gênero, joia da arquitetura moderna. Salões de jogos, danças, leitura, quadras, piscinas e campo de futebol constituirão o grande empreendimento que está empolgando os cruzeirenses. O novo estádio terá capacidade para 20 mil expectadores.

A vitória que atualmente os cruzeirenses festejam, propiciou, neste início de ano, excelente clima para o prosseguimento da grande realização do Cruzeiro Esporte Clube: a Sede Campestre. Por desejo do saudoso homem público, René Giannetti, sua família doou ao Cruzeiro Esporte Clube uma área de 4 mil metros quadrados, no Jardim Santa Branca, na Pampulha.

Nicola Costa, expressivo nome cruzeirense, idealizou o plano e as obras já estão em pleno funcionamento, sob sua direção, sendo seus colaboradores vários paredros que constituem a diretoria da Sede Campestre: Nicola Costa, presidente; Adil Expedito de Oliveira, vice; Sebastião Morégula Campos, diretor de publicidade; Nicola Galicchio e Geraldo Moreira dos Santos, tesoureiros; e César Lovalho, secretário.

Projeto para construção da Sede e Estádio

Teremos, portanto, muito breve, na Pampulha, magnifico estádio de futebol, piscina olímpica, piscina para crianças, quadras de basquete, vôlei e tênis. Essa realização será o grande campeonato que o glorioso Cruzeiro Esporte Clube vencerá muito em breve.

Diretoria campeã do Cruzeiro em 1959

Presidente – Antonino Braz Lopes Pontes;

Vice-Presidente – José Francisco Lemos Filho;

Vice-Presidente de Futebol – Carmine Furletti;

Vice-Presidente Social – Antônio Harry Leite;

Vice-Presidente dos Especializados – Italo Becatini;

Diretor de Futebol Profissional – Felicio Brandi;

Diretor do Dep. Futebol Amador – Edson Crepaldi;

Diretor do Dep. de Finanças – Claro Flores Pinto;

Diretor de Patrimônio – Nicola Costa;

Diretor do Dep. Médico – Dr. José Greco;

Diretor do Dep. Jurídico – Luiz Carlos Rodrigues;

Diretor do Dep. Administrativo – Natalino Trigineli;

Diretores de Natação – Wellington Armaneli e Miguel Lovalho;

Tesoureiro – Américo Búfalo;

Secretário – Caetano de Oliveira Piló;

Diretores da sede social: Durval Serafim, Isac Federman, Rui Grossi, Gelson Aureliano Netgker, Sebastião Tostes e Nicola Galicchio (tesoureiro).

FONTE E FOTOS: Revista Alterosa (reportagem de maio de 1960)