
A foto acima mostra o time posado do Athletico Clube de Jequié, da cidade de Jequié, no estado da Bahia. A foto foi tirada no dia 07 de Setembro de 1918.
FOTO: www.tabernadahistoriavc.com.br
A foto acima mostra o time posado do Athletico Clube de Jequié, da cidade de Jequié, no estado da Bahia. A foto foi tirada no dia 07 de Setembro de 1918.
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O ano de 1912 foi marcado por uma das maiores da navegação mundial; o naufrágio do Transatlântico Titanic, no futebol baiano as confusões e violência marcaram a disputa do certame que contou ainda com a proibição dos jogos no Campo da Pólvora e as partidas passaram a serem disputadas no Underground do Rio Vermelho e tendo o Clube São Salvador sendo o pivô na maioria dos casos.
O São Salvador, por motivo de indisciplina, suspende por 90 dias o seu goleiro Teixeira Gomes e comunica a Liga, que aprova a penalidade. Na reunião de 22 de maio, porém, um clube filiado pede a transferência desse amador. Calorosos debates em torno do assunto terminam com o deferimento da transferência.
Não se conforma o São Salvador e retira-se da Liga. Acompanha-o seu Presidente da Liga, Sr. Alfredo Ruas, que o substitui na mesma sessão, ilegalmente, pelo Sr. J. Fernandes.
Finalmente a 1º de junho volta o São Salvador a Liga uma vez que “cessaram os motivos da sua desfiliação”.
O ano de 1912 foi o ano fatídico da Liga Baiana de Sports Terrestres. A indisciplina campeou e raro os jogos em que não terminavam em sururus, muitos dos quais com conseqüências lamentáveis. Os casos na entidade eram quase que diários. Ninguém se entendia. A politicalha campeou e a indisciplina deu cabo da primeira entidade que se fundou na Bahia e que auspiciosamente se iniciou no Campo da Pólvora. Note-se entretanto que dessa entidade se fazia parte rapazes finos e educados, na sua maioria estudantes e empregados do alto comércio.
Um jornal da época, descrevendo um dos jogos do campeonato, assim se externou: “Infelizmente, mais uma vez, lamentamos os fatos que se passam no Rio Vermelho em quase todos os jogos. Até já parece que isso faz parte do programa do campeonato deste ano. Outro dia numa partida entre os clubes Sport Club Bahia e Atlético deu-se o vergonhoso incidente de que já tratamos; no penúltimo jogo, entre os clubes Vitória e São Salvador, houve novos incidentes que reservamos para tratar em outra ocasião que agora chega; e no último, reproduziu-se o fato de caráter sério. E no pé em que vai queira Deus, não tenhamos de lamentar resultado mais funesto e mais triste. Lamentamos tanto porque nesses incidentes em que jogadores e árbitros são agredidos e insultados ou se engalfinham, há sempre sacamento de revólveres e mesmos tiros. O que não pode, nem deve, é continuar no curso em que vai a fiscalização do Campo do Rio Vermelho; se ali existe o policiamento indispensável, ele é imperfeito; se no campo há um representante da Liga, um Juiz, ele não se faz impor e assim torna-se necessário que o Sr. Chefe de Polícia mande um Delegado aos domingos assistir aos jogos de futebol para garantia dos que ali procuram um divertimento”.
Voltando ao goleiro Teixeira Gomes, que em 1931 veio a ser o primeiro defensor da meta do Bahia, se tornou um grande criador de casos no futebol baiano. Alcançava todas as bolas. No jargão futebolístico dos anos 30, o primeiro goleiro do Esporte Clube Bahia, Teixeira Gomes, era “uma antena”. Pegava tudo. Naquela tarde do Campo da Graça, mítico e extinto gramado de Salvador, a antena tricolor contrariou o epíteto e sofreu um frango. Ora vá, torcida. O corpulento goleiro passou a reagir às vaias com bananas e ofensas. No campo em que, anos mais tarde, o cronista Antonio Maria irradiaria outras pelotas, ele seria capaz de irromper uma batalha para honrar sua fama de arqueiro. Revoltados, os torcedores avançaram contra Teixeira Gomes e suas bananas.
Hora do folhetim: à beira do gramado, num carro, o dono do cinema Jandaia, João Oliveira, acompanhava o jogo com suas filhas, como num corso carnavalesco. Em solidariedade, ofereceu abrigo ao fugitivo no automóvel, ao lado de suas pequenas. Desse frango nasceria um casamento: entre respirações sobressaltadas, Teixeira Gomes se enamorou por Célia, uma das filhas de Oliveira, dessa união nasceu o escritor João Carlos Teixeira Gomes em 1936.
Fontes: Livro Esporte Clube 70 anos de Glórias de Carlos Casaes e Normando Reis e Esporte Clube da Felicidade de Nestor Mendes Junior.
Quem vê o atual Dique do Tororó não tem uma ideia do seu tamanho e significado para a história de Salvador. A história do estádio da Fonte Nova é inseparável da do dique. No entanto, a trajetória daquele que foi considerado pelo arquiduque da Áustria Maximilian Von Habsburg como a “joia da Bahia”, é bem anterior á fundação da capital da Bahia. Nesta, durante muitos anos a vida social concentrou-se nos limites e nos portões do antigo Centro Histórico cognominado de Cidade Alta e Cidade Baixa. Continue lendo
Campeão da primeira Taça Brasil, em 1959, derrotando o Santos de Pelé já em 1960, o Bahia foi também o primeiro representante brasileiro na história da Libertadores, criada naquele mesmo ano. Mas não passou da primeira fase. O tricolor voltou a disputá-la em 1964 (como vice da Taça Brasil) e em 1989 (como campeão Brasileiro).
Vejas as campanhas:
1960: 1º FASE.
San Lorenzo 3×0 Bahia.
Estádio: Nuevo Gasômetro.
Bahia 3×2 San Lorenzo.
Estádio: Fonte Nova.
Gols: Carlitos, Flávio e Marito.
1964: FASE PRELIMINAR.
Deportivo Itália 0x0 Bahia.
Estádio: Olímpico Caracas.
Deportivo Itália 2×1 Bahia.
Estádio: Olímpico Caracas.
Gol: Vevé.
1989: QUARTAS DE FINAL.
Internacional (RS) 1×2 Bahia.
Estádio: Beira Rio.
Gols: Zé Carlos e Gil.
Marítimo (VEN) 0x0 Bahia.
Estádio: Brigido Iriarte.
Deportivo Táchira (VEN) 1×1 Bahia.
Estádio: Pueblo Nuevo de Táchira.
Gol: Gil.
Bahia 1×0 Internacional (RS).
Estádio: Fonte Nova.
Gol: Charles.
Bahia 3×2 Marítimo (VEN).
Estádio: Fonte Nova.
Gols: Charles (2) e Osmar.
Bahia 4×1 Deportivo Táchira (VEN).
Estádio: Fonte Nova.
Gols: Zé Carlos, Osmar, Charles e Marquinhos.
OITAS-DE-FINAL.
Universitário (PER) 1×1 Bahia.
Estádio: Monumental de Ate.
Gol: Osmar.
Bahia 2×1 Universitário (PER).
Estádio: Fonte Nova.
Gols: Marquinhos e Charles.
QUARTAS-DE-FINAL.
Internacional (RS) 1×0 Bahia.
Estádio: Beira Rio.
Bahia 0x0 Internacional (RS).
Estádio: Fonte Nova.
Números das campanhas em três participações:
14 – jogos:
6 – vitórias:
5 – empates:
3 – derrotas:
18 – gols pró:
15 – gols contra:
Maiores artilheiros:
5 gols: Charles.
3 gols: Osmar.
2 gols: Gil, Marquinhos e Zé Carlos.
Quando éramos jovens, eu meu irmão “Toinho” subíamos muitas vezes a Ladeira da Fonte Nova de “cabeça inchada”. Morávamos ali perto e economizávamos o dinheiro do transporte. Ao chegar a casa dizíamos de má vontade o resultado a nosso pai. Sempre tivemos vontade de lhe perguntar por que tinha nos feito torcer pro EC Vitória. Mas nunca tivemos coragem!
Hoje dá gosto ver o nosso estádio, o Barradão, os dezenas de campeonatos baianos e do Nordeste que o rubro negro conquistou as participações gloriosas em certames nacionais, e a sua grande e exigente torcida que cresce a cada dia. Naquele tempo, porém, era dose! Quando me entendi como gente o Vitória era o “leão da Barra”, mas não tinha este nome porque “papava” títulos. E sim por motivo de um barco do clube ido do Porto da Barra aos Tainheiros no início do século passado, e depois fazer de sua sede o histórico bairro aonde chegaram e saíram os portugueses, em 1549 pra fundar a cidade, e em 1823 no nosso Dois de julho.
Durante 80 anos, o meu rubro negro não era mais que um clube que só ganhava no bairro de Nazaré, em torno do qual se localizaram o antigo campo da Pólvora e a Fonte Nova. No primeiro ganhou um Bicampeonato, em 1908/1909. Quando o certame passou a ser disputado no Rio Vermelho e, mais tarde, na Graça, o Vitória sumiu. Detém o Record negativo de passar 44 anos sem ser campeão. Nem o Corinthians conseguiu isto! È claro que estou falando aqui da raiva que sentia naquelas ocasiões. Só muito depois é que fui saber que o clube saiu por duas vezes do campeonato e que durante muito tempo não aceitou de verdade o profissionalismo.
Mas voltando as minhas decepções. Meu pai casou e me teve sem ver seu clube do coração ser campeão. Só os espíritos explicam como ele foi parar no Vitória, onde praticou remo, basquete e jogou futebol! Tem muito rubro negro que diz que a Fonte Nova é “a casa do Bahia”, mas não sabe que foi quando esta surgiu que o clube acabou seu jejum de títulos. Na era de Martins Catharino organizaria um “timaço”, onde pontificavam Quarentinha, Teotônio, Pinguela, Nadinho e outros, que nos dariam o título por três vezes alternadas, em 1953, 1955 e 1957. Mas isso não me consolava na época, pois tinha ocorrido quando eu era criança, mesmo que meu pai me levasse pra entrar com o time em campo!
Embora eu e meu irmão fôssemos ao estádio desde 1961 só íamos acompanhados do “velho”. Só três anos depois é que iriamos sós, naturalmente com o patrocínio de “painho”. Quando este estava viajando minha saudosa mãe Helena tirava dinheiro da despesa pra gente poder ir aos jogos. E não é que o Vitória escolheu exatamente o ano do golpe pra ser campeão repetindo o feito no ano seguinte!
Naquele tempo éramos como “seu sete”, passando pelo menos sete anos para colocar a mão na taça. Depois de 1957, e do “bi” em 1964/1965, a próxima só ocorreria em 1972 e, daí, esperamos 1980. As coisas só mudariam na nova década. Pra quem entrou na ditadura militar ganhando, foi exatamente o fim desta que permitiu o alavancamento do Vitória. Voltamos a ganhar o título no mesmo ano em que os generais se despediram. Chegamos então a nossa história de hoje, o nosso título de 1989. Até aquela época o EC Vitória só tinha dez títulos de campeão baiano estando empatado com o Ypiranga em segundo lugar.
Eu naquele tempo era militante político “de carteirinha” e levava uma vida muito atribulada. Além disto, a esquerda da época tinha muitos preconceitos contra o futebol, reputando-lhe como “ópio do povo”. Assim, eu tinha muitas brigas para evitar certas reuniões e ir aos jogos. 1989 foi um dos anos mais importante para o Brasil. Eu o considero o “nosso 68”. Ali aconteceu de tudo. Entre outras coisas, os brasileiros iriam voltar a votar para presidente após 29 anos, o muro de Berlim cairia, e Waldir Pires renunciaria ao governo da Bahia.
O ano começou com os jogos finais da Copa União do ano anterior. O EC Bahia tinha chegado ás finais para a histórica decisão onde ganhou aqui (2 X 1) e empatou em Porto Alegre a zero com o Internacional. Após o certame, porém, o tricolor foi perdendo peças importantes atraídos pela dinheirama do Sul. Bobô, por exemplo, iria para o São Paulo, naquela época vendida por algo em torno de um milhão de dólares.
No carnaval já pudemos sentir o interesse pelas eleições, e eu já me engajava na de Luís Inácio da Silva, o “Lula”. Neste ano foi organizado o bloco carnavalesco do Partido dos Trabalhadores – PT, iniciativa que, mesmo que tenha perdurado apenas por alguns anos, permitiu estender a ação do partido a nossa maior festa ao tempo em que promovia a divulgação dos nossos signos e do agora candidato a presidente.
Depois da nossa maior festa começou o campeonato, onde eu, apesar dos compromissos políticos, acompanhava com atenção os jogos, seja pelos jornais, seja pela rádio. O certame tinha nesta época um regulamento complicadíssimo. Era pra ninguém entender mesmo! Além disto, se arrastaria por quase todo o ano em função do novo calendário, onde havia agora dois torneios nacionais, a Copa Brasil (iniciada este ano) e o Brasileiro. Além disto, o EC Bahia iria disputar a Taça Libertadores. Os clubes tiveram de participar de quatro turnos e ainda houve “jogos finais”, onde participaram o(s) campeão (ões) dos turnos (que ficavam com apenas um ponto). Inventaram que os dois clubes melhores colocados no computo geral deveriam ir para estas finais, mesmo sem pontos! Cada time jogava dois turnos dentro de seus grupos e dois com os adversários do outro grupo. O Vitória caiu inicialmente no grupo “B”.
Nesse ano estávamos muito preocupados com o EC Bahia. Se havia sido campeão nacional imagine o que faria no campeonato baiano! De qualquer forma o tricolor começou o campeonato baiano perdendo logo “de cara” pro Galícia por uma zero. O resultado nos animaria se não houvéssemos também perdido em Feira de Santana para o Fluminense (0 X 2).
Depois, porém, o rubro negro engrenou. Ganhamos do Botafogo (3 X 0), do Serrano fora de casa (1 X 0), e do próprio Bahia (2 X 1). O Fluminense ganhou o outro grupo. Mas também se classificaram os clubes que ficaram em segundo lugar. O quadrangular final foi muito difícil. O Vitória só ganhou da catuense (1 X 0), empatando com o Bahia (1 X 1) e o Fluminense (0 X 0). Teve, assim, que decidir o turno numa disputa extra com este último onde ganhou pelo escore mínimo. Nesse turno eu assisti no máximo uns dois jogos, e me lembro de ter ido á decisão, embora só tenha lembranças políticas na ocasião. Lembro-me que nosso rival ficou em último no quadrangular.
O segundo turno começou em maio. Eu apresentei o tradicional ato do Dia dos Trabalhadores, que foi realizado no Campo Grande promovido pela CUT e CSC e que reuniu umas mil pessoas. O PT comemorou dez anos na ocasião. Dois dias depois, quando começava o novo turno, repete-se o ocorrido do ano anterior. Nilo Coelho, substituindo o governador Waldir Pires, assinaria o decreto 2392, verdadeiro “presente de grego” para os servidores estaduais, rescindindo todos os contratos assinados após cinco de outubro de 1983. Duas semanas depois meu primo Waldir renunciaria ao governo da Bahia decepcionando milhões de eleitores. Na mesma época eu perderia meu colega de orquestra, o compositor, regente e instrumentista Lindemberg Cardoso.
Mas voltemos pra confusão do nosso futebol. No segundo turno o Vitória passou pro grupo “A”. Durma-se com um barulho destes! Mas seria de novo o primeiro no grupo. Para isto ganharia do Galícia (2 X 1) e do Itabuna (2 X 0), não dando sorte apenas com os times de Alagoinhas, empatando com o Atlético (2 X 2) e perdendo pra Catuense (0 X 2). O outro grupo quem ganharia seria o Bahia. Serrano e Galícia vieram, na condição de vices, disputar o quadrangular final.
Em maio estava no maior sufoco da militância, não havendo desculpa que “colasse” para ir ao estádio. Mas, pra escândalo dos meus companheiros, eu levava um “radinho” (o pior é que não era pequeno) pras reuniões. Não ficava ligado, mas toda hora eu “ia ao sanitário” pra ver como estava o jogo. Eu esperava o mesmo comportamento do Vitória no primeiro turno, mas fomos um desastre! Ficamos em último lugar, perdendo pra Serrano (0 X 1) e Bahia (0 x 2), só conseguindo um empate, a duras penas, com o Galícia (3 X 3). Pra piorar a situação nosso arquirrival campeão brasileiro ficaria com o turno.
O jeito era esperar o terceiro turno. Estávamos em época de São João. As demissões de servidores estaduais continuavam, e milhares de colegas eram incluídos nas listas. Ao mesmo tempo Luiz Arthur de Carvalho era convidado para voltar a Secretaria de Segurança na cota do grupo robertista. Ele trazia tristes lembranças pra mim, que fui preso duas vezes quando ele ocupou este cargo. Nilo Coelho havia se reaproximado de ACM e do governo Sarney, quando este último aproveitou pra alterar a sua posição de má vontade para com a Bahia. Salvador batia o Record de carestia no Brasil. Eu ficaria muito sentido com a morte de três grandes músicos, Luiz Gonzaga, Herbert Von Karajan e Raul Seixas, grandiosos interpretes dos universos sertanejos e bethoveniano e da rebeldia da minha juventude.
Enquanto isto acontecia o Vitória voltava pro grupo “A” e continuava dando vexame! Começou ganhando do Galícia (2 X 1), mas depois teve duas incríveis derrotas, caindo de 3 X 1 para o Bahia e de 5 X 3(!) para a Catuense. Quando ouvi esta última pelo rádio mal acreditei no que acontecia. Até o pessoal da militância fez gozações com a minha cara! Parecia que estávamos nos despedindo do campeonato, onde mais uma vez o Vitória começava bem e acabava mal. O time depois reagiu, surpreendentemente, ganhando fora de casa do Itabuna (4 X 0) e do Atlético (1 X 0), mas não se classificou para o quadrangular decisivo. E, neste, houve mais uma vitória do Bahia. Agora o tricolor levava dois pontos e nós apenas um para as finais.
Mas havia turnos á vontade num campeonato que se arrastou durante sete meses. No quarto turno (vão contando) o Vitória ficaria só em segundo na sua chave, sendo superado por um Leônico que subia de produção. O rubro negro ganhou três, Serrano (2 X 0), Fluminense (3 X 1) e Botafogo (1 X 0), mas sentimos um suor frio lembrando-se da perda do “tri” em 1966 quando perdemos para o time grená por um a zero. O Bahia, em boa fase, ganhava o seu grupo.
Neste período tive que viajar ao 6º Encontro Nacional do PT, ocorrido num colégio de São Paulo, de maneira que não assisti nenhum jogo da fase classificatória. Mas a reunião era importante. Nela a campanha da Frente Brasil Popular dava a arrancada final, e aprovaria as diretrizes para o programa e o plano de ação do nosso “futuro governo”. No entanto, havia verificado que tínhamos formulações ambíguas. Eu mesmo fiz críticas a certas teses dos economistas do partido. A reunião acabou convocando um Encontro Nacional Extraordinário para discutir a tática do partido para o 2º turno, onde poucos esperavam estarmos presentes.
Bem, mas vamos voltar para o decisivo quarto turno. O Bahia não podia ganhar de forma nenhuma. Senão levaria três pontos para as finais! O quadrangular ocorreu em agosto, quando esquentava a campanha presidencial. Fernando Collor estava disparado e Brizola e Lula disputavam palmo a palmo quem iria pro segundo turno. Quem saiu na frente foi o Galícia, ao vencer o Leônico por um a zero, enquanto Bahia e Vitória empatavam (1 X 1) com a minha presença no estádio.
Depois desta partida o rubro negro ignoraria os demais adversários, vencendo bem o Leônico (3 X 1) e o Galícia (2 X 0). Acompanhei as duas partidas pelo rádio e vibrei com o resultado. Agora estava tudo empatado! Mas, para quem se preparava pra decidir com o Bahia, o regulamento era uma bruta tapeação. Lembro-me que tive de explicar para várias pessoas como funcionava. Imagine que depois de darem duro pra ganhar dois turnos cada um o Bahia e o Vitória disputariam as finais com apenas dois pontos, enquanto a Catuense e o Leônico entravam “de mão beijada” por terem ficado “no computo geral” em terceiro e quarto lugares!
Esta incoerência logo seria cobrada, pois a Catuense se agigantou nas finais enquanto o Leônico não deu nem “pra melar”. Na primeira rodada o Bahia passou fácil pelo “moleque travesso” (3 X 0) enquanto o Vitória sofreria para enfiar um a zero na “laranja mecânica”. Esta, entretanto, só perderia este jogo. Logo arrancaria um empate a zero com o tricolor enquanto penávamos de novo, agora pra ganhar do Leônico, novamente pelo escore mínimo. O primeiro turno da fase final (conseguiram entender?) se completaria com um empata a zero no BA-VI, ao qual eu compareci a muque, enquanto a Catuense ganha do Leônico com folga por 3 X 1. O Vitória dobrava na liderança com 5 pontos, enquanto o Bahia tinha quatro e a Catuense três. Já o Leônico havia perdido todas.
Enquanto ocorriam as finais a política estava muito agitada. Havia mais uma tentativa de Sarney de promover um pacto social ao tempo em que anuncia o enxugamento da máquina administrativa. Chega a falar-se em antecipação da posse do novo presidente para frear a inflação. O movimento da Praça da Paz Celestial na China é pesadamente reprimido e se aprofunda o debacle dos regimes burocráticos do Leste Europeu em meio a grande alarde da mídia.
Desde o primeiro turno todo tipo de boato era divulgado para buscar aumentar a rejeição de Lula e Brizola junto á população. Era evidente a atuação das elites do país para domesticar um provável segundo turno. De última hora ainda surgiu à candidatura do animador Silvio Santos que acabou cassada porque iria desmoralizar inteiramente o processo político. Às vésperas da eleição a mídia deu grande destaque a atos de saque e depredação.
Em Salvador, os estudantes secundaristas realizam enorme protesto de dois dias. Vinha de taxi neste dia e quando o carro entrou na Avenida Joana Angélica fiquei emocionado! Milhares de jovens das escolas dos bairros de Nazaré e Barbalho vinham em direção á Praça da Piedade. Não dava pra passar, e nem eu queria passar! Saltei então e segui, inebriado, a passeata que lotou a praça e seus arredores, e, após certo tempo, se dirigiu para a Praça Municipal. Mas só quando cheguei em casa é que soube da pesada repressão da polícia. A repercussão negativa deu lugar um novo ato no dia posterior com os estudantes desta vez tomando contra da praça.
Bem, mas voltemos a “fase final das finais”, que começou apertando tudo! O Bahia ganhou novamente do Leônico (1 X 0) enquanto Vitória e Catuense empatavam (1 X 1). Agora a dupla BA-VI tinha 6 pontos e o time de Alagoinhas apertava os seus calcanhares. Mas de grão em grão o Vitória “encheria o papo”. Seis dias após a data comemorativa da independência do país o rubro negro ganharia de novo do Leônico por um a zero enquanto o Bahia caía de quatro a dois para a Catuense! Nesse dia fui umas vinte vezes no sanitário pra ouvir o andamento do jogo! Agora só bastava um empate, e o próximo jogo era contra o Bahia. Não havia motivo que pudesse me tirar desse jogo, mesmo o fato de ocorrer a apenas duas semanas do primeiro turno das eleições.
Lembro que levei uns panfletos e fiquei sozinho panfletando na Ladeira da Fonte Nova. Mas, como o estádio estava enchendo rapidamente, não fiquei muito tempo nesta tarefa, indo logo pro meu lugar no lado esquerdo das cabines de rádio. Arranjei lugar com dificuldade, pois estava cheio. Tive que sentar nos degraus. Lembro-me que foi um jogo muito preso. O Bahia não se arriscou muito no primeiro tempo. Parecia que ambos os times estavam com medo do outro. Mas o Vitória “administrava”. Promoveu alguns ataques pelas pontas. Marcou bem o bom meio de campo do tricolor. Ao final, foi só chutar bolas pra todos os lados pra garantir o resultado. Nesse dia demorei pra sair da Fonte Nova em meio á comemoração.
Uma semana depois Collor e Lula realizam comícios em Salvador, o primeiro no Farol da Barra e o segundo na Praça Castro Alves. Eu ainda estava comemorando o título e queria comemorar também a eleição de Lula. O ato reuniu, como o de Collor, em torno de 50.000 pessoas, e contou com a presença do vice José Bisol (senador do PSB), assim como os presidentes nacionais dos partidos da Frente Brasil Popular, diversos parlamentares, e artistas como Sivuca, Roberto Mendes, Bereba e Jorge Portugal.
Três dias depois foi à vez de Ulysses Guimarães fazer comício no Largo do Tanque. Estiveram presentes Waldir, Roberto Santos, a chapa majoritária, Nilo Coelho, prefeitos e secretários. No mesmo dia Roberto Freire, candidato do PCB, faz comício no Largo da Mariquita. No outro dia o Instituto Data Folha apresenta a última pesquisa eleitoral, que dá 27% de intenções de voto para Collor, 15% pra Lula, 14% pra Brizola, 11% para Covas, 9% pra Maluf, 5,5% pra Afif, 4% pra Ulysses e 2% para Roberto Freire.
Pronto! Eu tinha tido duas alegrias este ano, ver o Vitória voltar a ser campeão e ir ao segundo turno pra disputar a presidência da república! Mas depois foi só decepção. Perdemos a eleição pra Collor e o Vitória (mas também o Bahia) me enganaria. Ficaria em 17º lugar no Campeonato Brasileiro tendo que participar do Torneio “da morte” para ver quem desceria para a segunda divisão, só conseguindo escapar graças aos gols salvadores de Hugo. Mas aí é outra história. .
FONTE: O Malho (RJ)
O Estádio Octávio Mangabeira, popularmente conhecido como “Fonte Nova“, localizado próximo aos bairros do Garcia, Brotas e Barris e às margens do Dique do Tororó, na região ao sul da cidade de Salvador (BA).
A Fonte Nova demorou quatro anos (início das obras em 1947) até o dia da sua inauguração no domingo, do dia 28 de Janeiro de 1951. Neste dia, aconteceu o jogo entre o Botafogo/BA e Guarany/BA, que terminou com vitória do primeiro, pelo placar de 1 a 0. O jogador Antônio, do Botafogo/BA, foi o autor do 1º gol.
A capacidade da Fone Nova pouco antes de seu fechamento foi declarada de 60 mil pessoas, muito embora no ano anterior apenas 30 mil tivessem acesso devido a problemas do anel superior que comprometiam a segurança.
O recorde de público (oficial) é de 110.438 pessoas, no jogo Bahia 2 a 1 Fluminense, válido pela semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988, no qual o Bahia se sagrou campeão nacional. Entretanto, também é dito que 120 mil pessoas ou até mais que isso estiveram neste estádio no dia 4 de março de 1971, numa rodada dupla Bahia x Flamengo e Vitória x Grêmio. Nesse dia, era a reinauguração da Fonte Nova, após obras de ampliação. Porém, o público pagante oficial divulgado dois dias depois foi de 94.972 pessoas.
Lembrando que alguns campeonatos vencidos pelo Bahia com os de 1970 foi decidido no antigo Campo da Graça por causa da reforma de ampliação da Fonte Nova, os de 1983 e 1986 o Bahia se sagrou campeão na cidade de Alagoinhas vencendo a Catuense e de 1969 foi decidido em Feira de Santana que levou a Taça por antecipação. O grande jogo da Fonte Nova é o clássico Ba-Vi, com mais de 300 edições neste estádio, regularmente levando grandes públicos.
A última partida aconteceu no domingo, do dia 25 de Novembro de 2007, no empate sem gols entre o Bahia e o Vila Nova/GO, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Devido ao desabamento de parte do assoalho da arquibancada superior, suas atividades foram encerradas, tendo o estádio sido implodido no dia 29 de agosto de 2010 para dar lugar a Arena Fonte Nova, sede dos jogos da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014.
A última partida aconteceu no domingo, do dia 25 de Novembro de 2007, no empate sem gols entre o Bahia e o Vila Nova/GO, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Devido ao desabamento de parte do assoalho da arquibancada superior, suas atividades foram encerradas, tendo o estádio sido implodido no dia 29 de agosto de 2010 para dar lugar a Arena Fonte Nova, sede dos jogos da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014.
ANOS | CLUBES | TÍTULOS |
1951 | Esporte Clube Bahia | Torneio Otávio Mangabeira |
1951 | Portuguesa de Desportos (SP) | Torneio Interestadual de Salvador |
1951 | Esporte Clube Ypiranga (BA) | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1952 | Esporte Clube Bahia | Torneio Quadrangular da Bahia |
1952 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1953 | Esporte Clube Bahia | Torneio Roberto Moraes Martins Catharino |
1953 | Internacional (RS) | Torneio Regis Pacheco |
1953 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1954 | Esporte Clube Bahia | Torneio Quadrangular da Bahia |
1954 | Esporte Clube Vitória | Torneio Orlando Gomes |
1954 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1955 | Esporte Clube Vitória | Torneio Regis Pacheco |
1955 | Esporte Clube Bahia | Torneio Vivaldo Tavares |
1955 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1956 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1957 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1958 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1959 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1960 | Esporte Clube Bahia | Torneio Interestadual de Salvador |
1961 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1961 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Nilo Passos e Waldemar Tourinho |
1961 | Esporte Clube Bahia | 1º Torneio Quadrangular de Salvador |
1961 | Esporte Clube Bahia | 2º Torneio Quadrangular de Salvador |
1962 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1963 | Santos Futebol Clube (SP) | Campeão da Taça Brasil |
1963 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Governador Lomanto Junior |
1963 | Fluminense de Feira (BA) | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1964 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Renato Reis |
1964 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1965 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Inicio |
1965 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1966 | A.D. Leônico (BA) | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1967 | Clube do Remo (PA) | 1º Torneio Quadrangular de Salvador |
1967 | Esporte Clube Vitória | 2º Torneio Quadrangular de Salvador |
1967 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1967 | Náutico Capibaribe (PE) | Torneio Governador Luiz Viana Filho |
1968 | America Football Club (RJ) | Torneio Governador Luiz Viana Filho |
1968 | Galícia Esporte Clube (BA) | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1971 | Esporte Clube Bahia | Torneio Triangular Luiz Viana Filho (Reinauguração do estádio) |
1971 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1971 | Fluminense (RJ) | Torneio José Macedo Aguiar |
1972 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1973 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1974 | Campeonato Baiano da 1ª Divisão | |
1975 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Inicio |
1975 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1975 | Santos Futebol Clube (SP) | Taça Cidade de Salvador |
1976 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1977 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1978 | A.D. Leônico (BA) | Torneio Inicio |
1978 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1979 | Esporte Clube Bahia | Torneio Inicio |
1979 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1980 | Esporte Clube Vitória | Torneio Inicio |
1980 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1981 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1982 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1983 | Esporte Clube Bahia | Campeão Torneio Imprensa |
1984 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1985 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1987 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1988 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1989 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1990 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1991 | Esporte Clube Ypiranga (BA) | Campeonato Baiano da 2ª Divisão |
1991 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1992 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1993 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1994 | Esporte Clube Bahia | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
1996 | Esporte Clube Vitória | Taça Maria Quitéria |
1997 | Palmeiras (SP) | Taça Maria Quitéria |
1998 | Esporte Clube Bahia | Taça Maria Quitéria |
2001 | Esporte Clube Bahia | Copa do Nordeste |
2002 | Esporte Clube Bahia | Taça Estado da Bahia |
2005 | Esporte Clube Vitória | Campeonato Baiano da 1ª Divisão |
2007 | Esporte Clube Bahia | Taça Estado da Bahia |
FONTES: Diversos jornais – Wikipédia – RSSF Brasil – Antonio Ferreira da Silva Galdino
1973
04/02 – Bahia 2×1 Ypiranga
11/02 – Bahia 2×1 Conquista
18/02 – Bahia 0x0 Vitória
25/02 – Bahia 5×2 Ilhéus
11/03 – Bahia 3×1 Atlético de Alagoinhas
14/03 – Bahia 1×0 Palestra
18/03 – Bahia 0x0 Galícia
25/03 – Bahia 1×1 Atlético
28/03 – Bahia 5×1 Leônico
01/04 – Bahia 1×1 Vitória
11/04 – Bahia 5×0 Conquista
15/04 – Bahia 3×1 Itabuna
25/04 – Bahia 6×0 Palestra
29/04 – Bahia 1×0 Galícia
06/05 – Bahia 1×1 Jequié
13/05 – Bahia 0x1 Vitória
21/05 – Bahia 3×0 Ypiranga
24/05 – Bahia 1×0 Ilhéus
27/05 – Bahia 1×1 Atlético
03/06 – Bahia 3×0 Leônico
10/06 – Bahia 1×1 Botafogo
17/06 – Bahia 2×0 Fluminense
26/06 – Bahia 1×0 Atlético
01/07 – Bahia 2×0 Botafogo
08/07 – Bahia 1×0 Vitória
18/07 – Bahia 4×0 Itabuna
22/07 – Bahia 1×1 Botafogo
25/07 – Bahia 1×0 Fluminense
05/08 – Bahia 2×0 Galícia
12/08 – Final: Bahia 2×0 Atlético (Douglas e Peri)
Retrospecto: 30 jogos – 21 vitórias, 8 empates e 1 derrota. 61 gols-pró e 14 gols-contra. Douglas artilheiro com 17 gols
Técnico: Evaristo de Macedo
1974
04/08 – Bahia 2×1 Jequié
11/08 – Bahia 2×1 Itabuna
18/08 – Bahia 0x0 Ypiranga
25/08 – Bahia 2×0 Vitória
08/09 – Bahia 1×1 Botafogo
11/09 – Bahia 0x1 Fluminense
15/09 – Bahia 2×1 Galícia
18/09 – Bahia 1×1 Atlético
21/09 – Bahia 0x0 Fluminense
25/09 – Bahia 1×0 Galícia
29/09 – Bahia 1×1 Vitória
02/10 – Bahia 3×1 Atlético
06/10 – Bahia 1×1 Ypiranga
13/10 – Bahia 2×0 Jequié
20/10 – Bahia 2×2 Vitória
27/10 – Bahia 1×1 Fluminense
10/11 – Bahia 2×0 Galícia
12/11 – Bahia 4×1 Itabuna
17/11 – Bahia 2×1 Botafogo
28/11 – Bahia 0x0 Vitória
04/12 – Bahia 2×1 Atlético
08/12 – Bahia 2×1 Fluminense
Finais:
15/12 – Bahia 0x0 Vitória
18/12 – Bahia 1×0 Vitória (Piolho)
Retrospecto: 24 jogos – 13 vitórias, 10 empates e 1 derrota. 34 gols-pró e 16 gol- contra.
Técnico: Paulo Emílio
1975
16/03 – Bahia1x0 Itabuna
19/03 – Bahia 1×0 Jequié
23/03 – Bahia 0x0 Ypiranga
30/03 – Bahia 2×1 Fluminense
13/04 – Bahia 3×1 Leônico
17/04 – Bahia 0x0 Vitória
20/04 – Bahia 0x0 Botafogo
23/04 – Bahia 3×1 Atlético
04/05 – Bahia 0x0 Galícia
11/05 – Bahia 1×0 Botafogo
14/05 – Bahia 1×1 Atlético
18/05 – Bahia 0x0 Vitória
21/05 – Bahia 2×1 Itabuna
25/05 – Bahia 1×1 Atlético
01/06 – Bahia 2×1 Botafogo
08/06 – Bahia 1×1 Jequié
15/06 – Bahia 1×1 Galícia
22/06 – Bahia 1×1 Vitória
29/06 – Bahia 3×0 Leônico
13/07 – Bahia 3×0 Ypiranga
23/07 – Bahia 3×0 Fluminense
30/07 – Bahia 4×0 Botafogo
Finais:
03/08 – Bahia 1×1 Vitória
07/08 – Bahia 0x0 Vitória
Retrospecto: 24 jogos – 12 vitórias e 12 empates (campeão invicto). 34 gols-pró e 11 gols-contra
Técnico: Zezé Moreira
1976
01/02 – Bahia 6×0 Redenção
08/02 – Bahia 9×0 Leônico
15/02 – Bahia 5×0 Jequié
22/02 – Bahia 4×0 Ypiranga
25/02 – Bahia 4×2 Fluminense
14/03 – Bahia 3×0 Jequié
17/03 – Bahia 2×0 Atlético
21/03 – Bahia 0x1 Vitória
28/03 – Bahia 4×0 Humaitá
31/03 – Bahia 4×1 Atlético
04/04 – Bahia 3×0 Botafogo
11/04 – Bahia 1×1 Vitória
18/04 – Bahia 1×1 Galícia
25/04 – Bahia 1×0 Itabuna
05/05 – Bahia 2×0 Leônico
09/05 – Bahia 3×0 Atlético
16/05 – Bahia 0x1 Vitória
23/05 – Bahia 2×0 Leônico
26/05 – Bahia 2×0 Jequié
29/05 – Bahia 4×0 Ypiranga
06/06 – Bahia 2×1 Fluminense
13/06 – Bahia 4×0 Redenção
20/06 – Bahia 2×0 Fluminense
22/06 – Bahia 1×0 Atlético
27/06 – Bahia 2×1 Vitória
04/07 – Bahia 2×0 Humaitá
11/07 – Bahia 5×0 Galícia
14/07 – Bahia 6×2 Itabuna
18/07 – Bahia 3×0 Botafogo
25/07 – Bahia 0x1 Vitória
01/08 – Bahia 0x0 Atlético
08/08 – Bahia 3×1 Ypiranga
11/08 – Bahia 2×0 Atlético
15/08 – Bahia 1×0 Vitória
Finais:
18/08 – Bahia 2×1 Vitória
22/08 – Bahia 1×0 Vitória (Beijoca)
Retrospecto: 36 jogos, 30 vitórias, 3 empates e 3 derrotas 96 gols-pró e 14 gols-contra. Mickey com 26 gols
Técnico: Orlando Fantoni
1977
06/02 – Bahia 4×1 Redenção
13/02 – Bahia 1×0 Fluminense
02/03 – Bahia 2×1 Itabuna
06/03 – Bahia 1×1 Ypiranga
13/03 – Bahia 0x1 Botafogo
23/03 – Bahia 3×1 Botafogo
27/03 – Bahia 1×0 Vitória
30/03 – Bahia 3×1 Galícia
03/04 – Bahia 0x2 Atlético
13/04 – Bahia 8×0 Humaitá
17/04 – Bahia 1×0 Leônico
21/04 – Bahia 0x0 Jequié
24/04 – Bahia 2×0 Vitória
27/04 – Bahia 4×1 Atlético
08/05 – Bahia 1×0 Galícia
15/05 – Bahia 3×0 Itabuna
18/05 – Bahia 3×0 Fluminense
22/05 – Bahia 1×0 Vitória
29/05 – Bahia 1×0 Galícia
01/06 – Bahia 2×0 Ypiranga
04/06 – Bahia 6×0 Redenção
11/06 – Bahia 2×0 Ypiranga
19/06 – Bahia 0x0 Itabuna
22/06 – Bahia 1×0 Fluminense
25/06 – Bahia 0x0 Botafogo
20/07 – Bahia 1×0 Botafogo
24/07 – Bahia 1×1 Ypiranga
27/07 – Bahia 1×0 Atlético
31/07 – Bahia 2×0 Galícia
03/08 – Bahia 5×0 Jequié
07/08 – Bahia 4×0 Humaitá
14/08 – Bahia 3×0 Galícia
21/08 – Bahia 0x0 Vitória
28/08 – Bahia 2×0 Leônico
04/09 – Bahia 0x0 Atlético
11/09 – Bahia 2×0 Itabuna
14/09 – Bahia 3×1 Botafogo
21/09 – Bahia 0x0 Jequié
25/09 – Final: Bahia 0x0 Vitória
Retrospecto: 38 jogos, 28 vitórias, 9 empates e 1 derrota. 74 gols-pró e 11 gols-contra
Técnico: Carlos Froner
1978
31/01 – Bahia 1×0 Vitória
26/02 – Bahia 1×1 Atlético
05/03 – Bahia 0x0 Itabuna
07/03 – Bahia 3×0 Colo-Colo
23/04 – Bahia 0x1 Vitória
07/05 – Bahia 3×1 Itabuna
24/05 – Bahia 2×0 Fluminense
27/06 – Bahia 2×2 Fluminense
09/07 – Bahia 4×0 Vitória
24/08 – Bahia 3×1 ABB
03/09 – Bahia 6×0 Redenção
06/09 – Bahia 1×1 Jequié
10/09 – Bahia 2×2 Itabuna
13/09 – Bahia 1×1 Leônico
17/09 – Bahia 1×0 Vitória
20/09 – Bahia 1×1 Fluminense
24/09 – Bahia 0x0 Atlético
01/10 – Bahia 1×1 Itabuna
04/10 – Bahia 3×0 Fluminense
08/10 – Bahia 1×0 Leônico
12/10 – Bahia 2×0 Fluminense
18/10 – Bahia 6×0 Redenção
22/10 – Bahia 1×0 Leônico
26/10 – Bahia 8×0 ABB
29/10 – Bahia 0x0 Jequié
02/11 – Bahia 0x0 Fluminense
05/11 – Bahia 3×0 Itabuna
12/11 – Bahia 1×1 Atlético
19/11 – Bahia 0x0 Vitória
26/11 – Bahia 2×2 Leônico
29/11 – Bahia 2×0 Atlético
03/12 – Bahia 1×0 Vitória
Finais
10/12 – Bahia 2×2 Leônico (Douglas e Beijoca)
17/12 – Final: Bahia 2×1 Leônico (Baiaco e Merica)
Retrospecto: 37 jogos, 21 vitórias, 15 empates e 1 derrota. 77 gols-pró e 19 gols-contra. Douglas artilheiro com 21 gols
Técnico:Zezé Moreira
1979
13/03 – Bahia 1×1 ABB
15/03 – Bahia 1×0 Redenção
25/03 – Bahia 0x1 Vitória
01/04 – Bahia 1×2 Leônico
08/04 – Bahia 3×0 Jequié
11/04 – Bahia 0x0 Atlético
15/04 – Bahia 2×1 Botafogo
22/04 – Bahia 1×1 Fluminense
29/04 – Bahia 2×0 Galícia
02/05 – Bahia 0x0 Itabuna
13/05 – Bahia 2×0 Leônico
27/05 – Bahia 0x0 Vitória
30/05 – Bahia 2×1 Itabuna
03/06 – Bahia 4×0 Botafogo
10/06 – Bahia 1×1 Itabuna
17/06 – Bahia 0x0 Vitória
20/06 – Bahia 0x0 Leônico
24/06 – Bahia 3×3 Botafogo
01/07 – Bahia 2×0 ABB
08/07 – Bahia 5×0 Jequié
11/07 – Bahia 3×0 Redenção
15/07 – Bahia 2×0 Galícia
22/07 – Bahia 1×1 Vitória
25/07 – Bahia 0x1 Fluminense
29/07 – Bahia 0x0 Atlético
01/08 – Bahia 0x2 Leônico
05/08 – Bahia 1×0 Botafogo
12/08 – Bahia 0x0 Itabuna
19/08 – Bahia 0x0 Leônico
22/08 – Bahia 1×0 Itabuna
26/08 – Bahia 1×1 Vitória
29/08 – Bahia 1×0 Botafogo
05/09 – Bahia 1×0 Botafogo
09/09 – Bahia 0x0 Itabuna
12/09 – Bahia 0x0 Leônico
16/09 – Bahia 0x0 Vitória
Finais:
19/09 – Bahia 2×1 Vitória (Botelho e Zé Augusto)
23/09 – Bahia 0x0 Vitória
28/09 – Bahia 1×0 Vitória (Fito)
Ao longo dessas setes conquistas do Bahia os jogadores Baiaco, Douglas, Fito, Romero e Sapatão, participaram de todas as campanhas e são efetivamente verdadeiros heptacampeões de fato.
O Tricolor fez ao total 228 jogos, dos quais venceu 142, empatou 75 vezes e perdeu apenas 11 partidas, marcando 419 gols e sofrendo 102 gols.
Douglas foi o grande artilheiro dessa campanhas marcando mais de 90 gols.
Fonte: Arquivo E.C. Bahia e Site eusoubahia.com.br