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1912! Faroeste Cabloco no Futebol da Bahia!

O ano de 1912 foi marcado por uma das maiores da navegação mundial; o naufrágio do Transatlântico Titanic, no futebol baiano as confusões e violência marcaram  a disputa do certame que contou ainda com a proibição dos jogos no Campo da Pólvora e as partidas passaram a serem disputadas no Underground do Rio Vermelho e tendo o Clube São Salvador sendo o pivô na maioria dos casos.

O São Salvador, por motivo de indisciplina, suspende por 90 dias o seu goleiro Teixeira Gomes e comunica a Liga, que aprova a penalidade. Na reunião de 22 de maio, porém, um clube filiado pede a transferência desse amador. Calorosos debates em torno do assunto terminam com o deferimento da transferência.

Não se conforma o São Salvador e retira-se da Liga. Acompanha-o seu Presidente da Liga, Sr. Alfredo Ruas, que o substitui  na mesma sessão, ilegalmente, pelo Sr. J. Fernandes.

Finalmente a 1º de junho volta o São Salvador a Liga uma vez que “cessaram os motivos da sua desfiliação”.

O ano de 1912 foi o ano fatídico da Liga Baiana de Sports Terrestres. A indisciplina campeou e raro os jogos em que não terminavam em sururus, muitos dos quais com conseqüências lamentáveis. Os casos na entidade eram quase que diários. Ninguém se entendia. A politicalha campeou e a indisciplina deu cabo da primeira entidade que se fundou na Bahia e que  auspiciosamente se iniciou no Campo da Pólvora. Note-se entretanto que dessa entidade se fazia parte rapazes finos e educados, na sua maioria estudantes e empregados do alto comércio.

Um jornal da época, descrevendo um dos jogos do campeonato, assim se externou: “Infelizmente, mais uma vez, lamentamos os fatos que se passam no Rio Vermelho em quase todos os jogos. Até já parece que isso faz parte do programa do campeonato deste ano. Outro dia numa partida entre os clubes Sport Club Bahia e Atlético deu-se o vergonhoso incidente de que já tratamos; no penúltimo jogo, entre os clubes Vitória e São Salvador, houve novos incidentes que reservamos para tratar em outra ocasião que agora chega; e no último, reproduziu-se o fato de caráter sério. E no pé em que vai queira Deus, não tenhamos de lamentar resultado mais funesto e mais triste. Lamentamos tanto porque nesses incidentes em que jogadores e árbitros são agredidos e insultados ou se engalfinham, há sempre sacamento de revólveres e mesmos tiros. O que não pode, nem deve, é continuar no curso em que vai a fiscalização do Campo do Rio Vermelho; se ali existe o policiamento indispensável, ele é imperfeito; se no campo há um representante da Liga, um Juiz, ele não se faz impor e assim torna-se necessário que o Sr. Chefe de Polícia mande um Delegado aos domingos assistir aos jogos de futebol para garantia dos que ali procuram um divertimento”.

Voltando ao goleiro Teixeira Gomes, que em 1931 veio a ser o primeiro defensor da meta do Bahia, se tornou um grande criador de casos no futebol baiano. Alcançava todas as bolas. No jargão futebolístico dos anos 30, o primeiro goleiro do Esporte Clube Bahia, Teixeira Gomes, era “uma antena”. Pegava tudo. Naquela tarde do Campo da Graça, mítico e extinto gramado de Salvador, a antena tricolor contrariou o epíteto e sofreu um frango. Ora vá, torcida. O corpulento goleiro passou a reagir às vaias com bananas e ofensas. No campo em que, anos mais tarde, o cronista Antonio Maria irradiaria outras pelotas, ele seria capaz de irromper uma batalha para honrar sua fama de arqueiro. Revoltados, os torcedores avançaram contra Teixeira Gomes e suas bananas.

Hora do folhetim: à beira do gramado, num carro, o dono do cinema Jandaia, João Oliveira, acompanhava o jogo com suas filhas, como num corso carnavalesco. Em solidariedade, ofereceu abrigo ao fugitivo no automóvel, ao lado de suas pequenas. Desse frango nasceria um casamento: entre respirações sobressaltadas, Teixeira Gomes se enamorou por Célia, uma das filhas de Oliveira, dessa união nasceu o escritor João Carlos Teixeira Gomes em 1936.

Fontes: Livro Esporte Clube 70 anos de Glórias de Carlos Casaes e Normando Reis e Esporte Clube da Felicidade de Nestor Mendes Junior.

Contribuição à história do estádio da Fonte Nova – Salvador (BA)

Estádio Fonte Nova

Quem vê o atual Dique do Tororó não tem uma ideia do seu tamanho e significado para a história de Salvador. A história do estádio da Fonte Nova é inseparável da do dique. No entanto, a trajetória daquele que foi considerado pelo arquiduque da Áustria Maximilian Von Habsburg como a “joia da Bahia”, é bem anterior á fundação da capital da Bahia. Nesta, durante muitos anos a vida social concentrou-se nos limites e nos portões do antigo Centro Histórico cognominado de Cidade Alta e Cidade Baixa. Continue lendo

NOSSO PRIMEIRO TIME NA LIBERTADORES.

Campeão da primeira Taça Brasil, em 1959, derrotando o Santos de Pelé já em 1960, o Bahia foi também o primeiro representante brasileiro na história da Libertadores, criada naquele mesmo ano. Mas não passou da primeira fase. O tricolor voltou a disputá-la em 1964 (como vice da Taça Brasil) e em 1989 (como campeão Brasileiro).

Vejas as campanhas:

1960: 1º FASE.

San Lorenzo 3×0 Bahia.

Estádio: Nuevo Gasômetro.

Bahia 3×2 San Lorenzo.

Estádio: Fonte Nova.

Gols: Carlitos, Flávio e Marito.

1964: FASE PRELIMINAR.

Deportivo Itália 0x0 Bahia.

Estádio: Olímpico Caracas.

Deportivo Itália 2×1 Bahia.

Estádio: Olímpico Caracas.

Gol: Vevé.

1989: QUARTAS DE FINAL.

Internacional (RS) 1×2 Bahia.

Estádio: Beira Rio.

Gols: Zé Carlos e Gil.

Marítimo (VEN) 0x0 Bahia.

Estádio: Brigido Iriarte.

Deportivo Táchira (VEN) 1×1 Bahia.

Estádio: Pueblo Nuevo de Táchira.

Gol: Gil.

Bahia 1×0 Internacional (RS).

Estádio: Fonte Nova.

Gol: Charles.

Bahia 3×2 Marítimo (VEN).

Estádio: Fonte Nova.

Gols: Charles (2) e Osmar.

Bahia 4×1 Deportivo Táchira (VEN).

Estádio: Fonte Nova.

Gols: Zé Carlos, Osmar, Charles e Marquinhos.

OITAS-DE-FINAL.

Universitário (PER) 1×1 Bahia.

Estádio: Monumental de Ate.

Gol: Osmar.

Bahia 2×1 Universitário (PER).

Estádio: Fonte Nova.

Gols: Marquinhos e Charles.

QUARTAS-DE-FINAL.

Internacional (RS) 1×0 Bahia.

Estádio: Beira Rio.

Bahia 0x0 Internacional (RS).

Estádio: Fonte Nova.

Números das campanhas em três participações:

14 – jogos:

6 – vitórias:

5 – empates:

3 – derrotas:

18 – gols pró:

15 – gols contra:

Maiores artilheiros:

5 gols: Charles.

3 gols: Osmar.

2 gols: Gil, Marquinhos e Zé Carlos.

O ano que o Vitória passou o Ypiranga em títulos

Quando éramos jovens, eu meu irmão “Toinho” subíamos muitas vezes a Ladeira da Fonte Nova de “cabeça inchada”. Morávamos ali perto e economizávamos o dinheiro do transporte. Ao chegar a casa dizíamos de má vontade o resultado a nosso pai. Sempre tivemos vontade de lhe perguntar por que tinha nos feito torcer pro EC Vitória. Mas nunca tivemos coragem!

Hoje dá gosto ver o nosso estádio, o Barradão, os dezenas de campeonatos baianos e do Nordeste que o rubro negro conquistou as participações gloriosas em certames nacionais, e a sua grande e exigente torcida que cresce a cada dia. Naquele tempo, porém, era dose! Quando me entendi como gente o Vitória era o “leão da Barra”, mas não tinha este nome porque “papava” títulos. E sim por motivo de um barco do clube ido do Porto da Barra aos Tainheiros no início do século passado, e depois fazer de sua sede o histórico bairro aonde chegaram e saíram os portugueses, em 1549 pra fundar a cidade, e em 1823 no nosso Dois de julho.

Durante 80 anos, o meu rubro negro não era mais que um clube que só ganhava no bairro de Nazaré, em torno do qual se localizaram o antigo campo da Pólvora e a Fonte Nova. No primeiro ganhou um Bicampeonato, em 1908/1909. Quando o certame passou a ser disputado no Rio Vermelho e, mais tarde, na Graça, o Vitória sumiu. Detém o Record negativo de passar 44 anos sem ser campeão. Nem o Corinthians conseguiu isto! È claro que estou falando aqui da raiva que sentia naquelas ocasiões. Só muito depois é que fui saber que o clube saiu por duas vezes do campeonato e que durante muito tempo não aceitou de verdade o profissionalismo.

Mas voltando as minhas decepções. Meu pai casou e me teve sem ver seu clube do coração ser campeão. Só os espíritos explicam como ele foi parar no Vitória, onde praticou remo, basquete e jogou futebol! Tem muito rubro negro que diz que a Fonte Nova é “a casa do Bahia”, mas não sabe que foi quando esta surgiu que o clube acabou seu jejum de títulos. Na era de Martins Catharino organizaria um “timaço”, onde pontificavam Quarentinha, Teotônio, Pinguela, Nadinho e outros, que nos dariam o título por três vezes alternadas, em 1953, 1955 e 1957. Mas isso não me consolava na época, pois tinha ocorrido quando eu era criança, mesmo que meu pai me levasse pra entrar com o time em campo!

Embora eu e meu irmão fôssemos ao estádio desde 1961 só íamos acompanhados do “velho”. Só três anos depois é que iriamos sós, naturalmente com o patrocínio de “painho”. Quando este estava viajando minha saudosa mãe Helena tirava dinheiro da despesa pra gente poder ir aos jogos. E não é que o Vitória escolheu exatamente o ano do golpe pra ser campeão repetindo o feito no ano seguinte!

Naquele tempo éramos como “seu sete”, passando pelo menos sete anos para colocar a mão na taça. Depois de 1957, e do “bi” em 1964/1965, a próxima só ocorreria em 1972 e, daí, esperamos 1980. As coisas só mudariam na nova década. Pra quem entrou na ditadura militar ganhando, foi exatamente o fim desta que permitiu o alavancamento do Vitória. Voltamos a ganhar o título no mesmo ano em que os generais se despediram. Chegamos então a nossa história de hoje, o nosso título de 1989. Até aquela época o EC Vitória só tinha dez títulos de campeão baiano estando empatado com o Ypiranga em segundo lugar.

Eu naquele tempo era militante político “de carteirinha” e levava uma vida muito atribulada. Além disto, a esquerda da época tinha muitos preconceitos contra o futebol, reputando-lhe como “ópio do povo”. Assim, eu tinha muitas brigas para evitar certas reuniões e ir aos jogos. 1989 foi um dos anos mais importante para o Brasil. Eu o considero o “nosso 68”. Ali aconteceu de tudo. Entre outras coisas, os brasileiros iriam voltar a votar para presidente após 29 anos, o muro de Berlim cairia, e Waldir Pires renunciaria ao governo da Bahia.

O ano começou com os jogos finais da Copa União do ano anterior. O EC Bahia tinha chegado ás finais para a histórica decisão onde ganhou aqui (2 X 1) e empatou em Porto Alegre a zero com o Internacional. Após o certame, porém, o tricolor foi perdendo peças importantes atraídos pela dinheirama do Sul. Bobô, por exemplo, iria para o São Paulo, naquela época vendida por algo em torno de um milhão de dólares.
No carnaval já pudemos sentir o interesse pelas eleições, e eu já me engajava na de Luís Inácio da Silva, o “Lula”. Neste ano foi organizado o bloco carnavalesco do Partido dos Trabalhadores – PT, iniciativa que, mesmo que tenha perdurado apenas por alguns anos, permitiu estender a ação do partido a nossa maior festa ao tempo em que promovia a divulgação dos nossos signos e do agora candidato a presidente.

Depois da nossa maior festa começou o campeonato, onde eu, apesar dos compromissos políticos, acompanhava com atenção os jogos, seja pelos jornais, seja pela rádio. O certame tinha nesta época um regulamento complicadíssimo. Era pra ninguém entender mesmo! Além disto, se arrastaria por quase todo o ano em função do novo calendário, onde havia agora dois torneios nacionais, a Copa Brasil (iniciada este ano) e o Brasileiro. Além disto, o EC Bahia iria disputar a Taça Libertadores. Os clubes tiveram de participar de quatro turnos e ainda houve “jogos finais”, onde participaram o(s) campeão (ões) dos turnos (que ficavam com apenas um ponto). Inventaram que os dois clubes melhores colocados no computo geral deveriam ir para estas finais, mesmo sem pontos! Cada time jogava dois turnos dentro de seus grupos e dois com os adversários do outro grupo. O Vitória caiu inicialmente no grupo “B”.

Nesse ano estávamos muito preocupados com o EC Bahia. Se havia sido campeão nacional imagine o que faria no campeonato baiano! De qualquer forma o tricolor começou o campeonato baiano perdendo logo “de cara” pro Galícia por uma zero. O resultado nos animaria se não houvéssemos também perdido em Feira de Santana para o Fluminense (0 X 2).

Depois, porém, o rubro negro engrenou. Ganhamos do Botafogo (3 X 0), do Serrano fora de casa (1 X 0), e do próprio Bahia (2 X 1). O Fluminense ganhou o outro grupo. Mas também se classificaram os clubes que ficaram em segundo lugar. O quadrangular final foi muito difícil. O Vitória só ganhou da catuense (1 X 0), empatando com o Bahia (1 X 1) e o Fluminense (0 X 0). Teve, assim, que decidir o turno numa disputa extra com este último onde ganhou pelo escore mínimo. Nesse turno eu assisti no máximo uns dois jogos, e me lembro de ter ido á decisão, embora só tenha lembranças políticas na ocasião. Lembro-me que nosso rival ficou em último no quadrangular.

O segundo turno começou em maio. Eu apresentei o tradicional ato do Dia dos Trabalhadores, que foi realizado no Campo Grande promovido pela CUT e CSC e que reuniu umas mil pessoas. O PT comemorou dez anos na ocasião. Dois dias depois, quando começava o novo turno, repete-se o ocorrido do ano anterior. Nilo Coelho, substituindo o governador Waldir Pires, assinaria o decreto 2392, verdadeiro “presente de grego” para os servidores estaduais, rescindindo todos os contratos assinados após cinco de outubro de 1983. Duas semanas depois meu primo Waldir renunciaria ao governo da Bahia decepcionando milhões de eleitores. Na mesma época eu perderia meu colega de orquestra, o compositor, regente e instrumentista Lindemberg Cardoso.

Mas voltemos pra confusão do nosso futebol. No segundo turno o Vitória passou pro grupo “A”. Durma-se com um barulho destes! Mas seria de novo o primeiro no grupo. Para isto ganharia do Galícia (2 X 1) e do Itabuna (2 X 0), não dando sorte apenas com os times de Alagoinhas, empatando com o Atlético (2 X 2) e perdendo pra Catuense (0 X 2). O outro grupo quem ganharia seria o Bahia. Serrano e Galícia vieram, na condição de vices, disputar o quadrangular final.

Em maio estava no maior sufoco da militância, não havendo desculpa que “colasse” para ir ao estádio. Mas, pra escândalo dos meus companheiros, eu levava um “radinho” (o pior é que não era pequeno) pras reuniões. Não ficava ligado, mas toda hora eu “ia ao sanitário” pra ver como estava o jogo. Eu esperava o mesmo comportamento do Vitória no primeiro turno, mas fomos um desastre! Ficamos em último lugar, perdendo pra Serrano (0 X 1) e Bahia (0 x 2), só conseguindo um empate, a duras penas, com o Galícia (3 X 3). Pra piorar a situação nosso arquirrival campeão brasileiro ficaria com o turno.

O jeito era esperar o terceiro turno. Estávamos em época de São João. As demissões de servidores estaduais continuavam, e milhares de colegas eram incluídos nas listas. Ao mesmo tempo Luiz Arthur de Carvalho era convidado para voltar a Secretaria de Segurança na cota do grupo robertista. Ele trazia tristes lembranças pra mim, que fui preso duas vezes quando ele ocupou este cargo. Nilo Coelho havia se reaproximado de ACM e do governo Sarney, quando este último aproveitou pra alterar a sua posição de má vontade para com a Bahia. Salvador batia o Record de carestia no Brasil. Eu ficaria muito sentido com a morte de três grandes músicos, Luiz Gonzaga, Herbert Von Karajan e Raul Seixas, grandiosos interpretes dos universos sertanejos e bethoveniano e da rebeldia da minha juventude.

Enquanto isto acontecia o Vitória voltava pro grupo “A” e continuava dando vexame! Começou ganhando do Galícia (2 X 1), mas depois teve duas incríveis derrotas, caindo de 3 X 1 para o Bahia e de 5 X 3(!) para a Catuense. Quando ouvi esta última pelo rádio mal acreditei no que acontecia. Até o pessoal da militância fez gozações com a minha cara! Parecia que estávamos nos despedindo do campeonato, onde mais uma vez o Vitória começava bem e acabava mal. O time depois reagiu, surpreendentemente, ganhando fora de casa do Itabuna (4 X 0) e do Atlético (1 X 0), mas não se classificou para o quadrangular decisivo. E, neste, houve mais uma vitória do Bahia. Agora o tricolor levava dois pontos e nós apenas um para as finais.

Mas havia turnos á vontade num campeonato que se arrastou durante sete meses. No quarto turno (vão contando) o Vitória ficaria só em segundo na sua chave, sendo superado por um Leônico que subia de produção. O rubro negro ganhou três, Serrano (2 X 0), Fluminense (3 X 1) e Botafogo (1 X 0), mas sentimos um suor frio lembrando-se da perda do “tri” em 1966 quando perdemos para o time grená por um a zero. O Bahia, em boa fase, ganhava o seu grupo.

Neste período tive que viajar ao 6º Encontro Nacional do PT, ocorrido num colégio de São Paulo, de maneira que não assisti nenhum jogo da fase classificatória. Mas a reunião era importante. Nela a campanha da Frente Brasil Popular dava a arrancada final, e aprovaria as diretrizes para o programa e o plano de ação do nosso “futuro governo”. No entanto, havia verificado que tínhamos formulações ambíguas. Eu mesmo fiz críticas a certas teses dos economistas do partido. A reunião acabou convocando um Encontro Nacional Extraordinário para discutir a tática do partido para o 2º turno, onde poucos esperavam estarmos presentes.

Bem, mas vamos voltar para o decisivo quarto turno. O Bahia não podia ganhar de forma nenhuma. Senão levaria três pontos para as finais! O quadrangular ocorreu em agosto, quando esquentava a campanha presidencial. Fernando Collor estava disparado e Brizola e Lula disputavam palmo a palmo quem iria pro segundo turno. Quem saiu na frente foi o Galícia, ao vencer o Leônico por um a zero, enquanto Bahia e Vitória empatavam (1 X 1) com a minha presença no estádio.

Depois desta partida o rubro negro ignoraria os demais adversários, vencendo bem o Leônico (3 X 1) e o Galícia (2 X 0). Acompanhei as duas partidas pelo rádio e vibrei com o resultado. Agora estava tudo empatado! Mas, para quem se preparava pra decidir com o Bahia, o regulamento era uma bruta tapeação. Lembro-me que tive de explicar para várias pessoas como funcionava. Imagine que depois de darem duro pra ganhar dois turnos cada um o Bahia e o Vitória disputariam as finais com apenas dois pontos, enquanto a Catuense e o Leônico entravam “de mão beijada” por terem ficado “no computo geral” em terceiro e quarto lugares!
Esta incoerência logo seria cobrada, pois a Catuense se agigantou nas finais enquanto o Leônico não deu nem “pra melar”. Na primeira rodada o Bahia passou fácil pelo “moleque travesso” (3 X 0) enquanto o Vitória sofreria para enfiar um a zero na “laranja mecânica”. Esta, entretanto, só perderia este jogo. Logo arrancaria um empate a zero com o tricolor enquanto penávamos de novo, agora pra ganhar do Leônico, novamente pelo escore mínimo. O primeiro turno da fase final (conseguiram entender?) se completaria com um empata a zero no BA-VI, ao qual eu compareci a muque, enquanto a Catuense ganha do Leônico com folga por 3 X 1. O Vitória dobrava na liderança com 5 pontos, enquanto o Bahia tinha quatro e a Catuense três. Já o Leônico havia perdido todas.

Enquanto ocorriam as finais a política estava muito agitada. Havia mais uma tentativa de Sarney de promover um pacto social ao tempo em que anuncia o enxugamento da máquina administrativa. Chega a falar-se em antecipação da posse do novo presidente para frear a inflação. O movimento da Praça da Paz Celestial na China é pesadamente reprimido e se aprofunda o debacle dos regimes burocráticos do Leste Europeu em meio a grande alarde da mídia.
Desde o primeiro turno todo tipo de boato era divulgado para buscar aumentar a rejeição de Lula e Brizola junto á população. Era evidente a atuação das elites do país para domesticar um provável segundo turno. De última hora ainda surgiu à candidatura do animador Silvio Santos que acabou cassada porque iria desmoralizar inteiramente o processo político. Às vésperas da eleição a mídia deu grande destaque a atos de saque e depredação.
Em Salvador, os estudantes secundaristas realizam enorme protesto de dois dias. Vinha de taxi neste dia e quando o carro entrou na Avenida Joana Angélica fiquei emocionado! Milhares de jovens das escolas dos bairros de Nazaré e Barbalho vinham em direção á Praça da Piedade. Não dava pra passar, e nem eu queria passar! Saltei então e segui, inebriado, a passeata que lotou a praça e seus arredores, e, após certo tempo, se dirigiu para a Praça Municipal. Mas só quando cheguei em casa é que soube da pesada repressão da polícia. A repercussão negativa deu lugar um novo ato no dia posterior com os estudantes desta vez tomando contra da praça.

Bem, mas voltemos a “fase final das finais”, que começou apertando tudo! O Bahia ganhou novamente do Leônico (1 X 0) enquanto Vitória e Catuense empatavam (1 X 1). Agora a dupla BA-VI tinha 6 pontos e o time de Alagoinhas apertava os seus calcanhares. Mas de grão em grão o Vitória “encheria o papo”. Seis dias após a data comemorativa da independência do país o rubro negro ganharia de novo do Leônico por um a zero enquanto o Bahia caía de quatro a dois para a Catuense! Nesse dia fui umas vinte vezes no sanitário pra ouvir o andamento do jogo! Agora só bastava um empate, e o próximo jogo era contra o Bahia. Não havia motivo que pudesse me tirar desse jogo, mesmo o fato de ocorrer a apenas duas semanas do primeiro turno das eleições.

Lembro que levei uns panfletos e fiquei sozinho panfletando na Ladeira da Fonte Nova. Mas, como o estádio estava enchendo rapidamente, não fiquei muito tempo nesta tarefa, indo logo pro meu lugar no lado esquerdo das cabines de rádio. Arranjei lugar com dificuldade, pois estava cheio. Tive que sentar nos degraus. Lembro-me que foi um jogo muito preso. O Bahia não se arriscou muito no primeiro tempo. Parecia que ambos os times estavam com medo do outro. Mas o Vitória “administrava”. Promoveu alguns ataques pelas pontas. Marcou bem o bom meio de campo do tricolor. Ao final, foi só chutar bolas pra todos os lados pra garantir o resultado. Nesse dia demorei pra sair da Fonte Nova em meio á comemoração.

Uma semana depois Collor e Lula realizam comícios em Salvador, o primeiro no Farol da Barra e o segundo na Praça Castro Alves. Eu ainda estava comemorando o título e queria comemorar também a eleição de Lula. O ato reuniu, como o de Collor, em torno de 50.000 pessoas, e contou com a presença do vice José Bisol (senador do PSB), assim como os presidentes nacionais dos partidos da Frente Brasil Popular, diversos parlamentares, e artistas como Sivuca, Roberto Mendes, Bereba e Jorge Portugal.

Três dias depois foi à vez de Ulysses Guimarães fazer comício no Largo do Tanque. Estiveram presentes Waldir, Roberto Santos, a chapa majoritária, Nilo Coelho, prefeitos e secretários. No mesmo dia Roberto Freire, candidato do PCB, faz comício no Largo da Mariquita. No outro dia o Instituto Data Folha apresenta a última pesquisa eleitoral, que dá 27% de intenções de voto para Collor, 15% pra Lula, 14% pra Brizola, 11% para Covas, 9% pra Maluf, 5,5% pra Afif, 4% pra Ulysses e 2% para Roberto Freire.
Pronto! Eu tinha tido duas alegrias este ano, ver o Vitória voltar a ser campeão e ir ao segundo turno pra disputar a presidência da república! Mas depois foi só decepção. Perdemos a eleição pra Collor e o Vitória (mas também o Bahia) me enganaria. Ficaria em 17º lugar no Campeonato Brasileiro tendo que participar do Torneio “da morte” para ver quem desceria para a segunda divisão, só conseguindo escapar graças aos gols salvadores de Hugo. Mas aí é outra história. .

Todos os Campeões no antigo Estádio da Fonte Nova, em Salvador (BA): entre 1951 a 2007

O Estádio Octávio Mangabeira, popularmente conhecido como “Fonte Nova“, localizado próximo aos bairros do Garcia, Brotas e Barris e às margens do Dique do Tororó, na região ao sul da cidade de Salvador (BA).

A Fonte Nova demorou quatro anos (início das obras em 1947) até o dia da sua inauguração no domingo, do dia 28 de Janeiro de 1951. Neste dia, aconteceu o jogo entre o Botafogo/BA e Guarany/BA, que terminou com vitória do primeiro, pelo placar de 1 a 0. O jogador Antônio, do  Botafogo/BA, foi o autor do 1º gol.

A capacidade da Fone Nova pouco antes de seu fechamento foi declarada de 60 mil pessoas, muito embora no ano anterior apenas 30 mil tivessem acesso devido a problemas do anel superior que comprometiam a segurança.

O recorde de público (oficial) é de 110.438 pessoas, no jogo Bahia 2 a 1 Fluminense, válido pela semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988, no qual o Bahia se sagrou campeão nacional. Entretanto, também é dito que 120 mil pessoas ou até mais que isso estiveram neste estádio no dia 4 de março de 1971, numa rodada dupla Bahia x Flamengo e Vitória x Grêmio. Nesse dia, era a reinauguração da Fonte Nova, após obras de ampliação. Porém, o público pagante oficial divulgado dois dias depois foi de 94.972 pessoas.

Lembrando que alguns campeonatos vencidos pelo Bahia com os de 1970 foi decidido no antigo Campo da Graça por causa da reforma de ampliação da Fonte Nova, os de 1983 e 1986 o Bahia se sagrou campeão na cidade de Alagoinhas vencendo a Catuense e de 1969 foi decidido em Feira de Santana que levou a Taça por antecipação. O grande jogo da Fonte Nova é o clássico Ba-Vi, com mais de 300 edições neste estádio, regularmente levando grandes públicos.

A última partida aconteceu no domingo, do dia 25 de Novembro de 2007, no empate sem gols entre o Bahia e o Vila Nova/GO, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Devido ao desabamento de parte do assoalho da arquibancada superior, suas atividades foram encerradas, tendo o estádio sido implodido no dia 29 de agosto de 2010 para dar lugar a Arena Fonte Nova, sede dos jogos da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014.

A última partida aconteceu no domingo, do dia 25 de Novembro de 2007, no empate sem gols entre o Bahia e o Vila Nova/GO, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Devido ao desabamento de parte do assoalho da arquibancada superior, suas atividades foram encerradas, tendo o estádio sido implodido no dia 29 de agosto de 2010 para dar lugar a Arena Fonte Nova, sede dos jogos da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014.

ANOSCLUBESTÍTULOS
1951Esporte Clube BahiaTorneio Otávio Mangabeira
1951Portuguesa de Desportos (SP)Torneio Interestadual de Salvador
1951Esporte Clube Ypiranga (BA)Campeonato Baiano da 1ª Divisão
1952Esporte Clube BahiaTorneio Quadrangular da Bahia
1952Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1953Esporte Clube BahiaTorneio Roberto Moraes Martins Catharino
1953Internacional (RS)Torneio Regis Pacheco
1953Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1954Esporte Clube BahiaTorneio Quadrangular da Bahia
1954Esporte Clube VitóriaTorneio Orlando Gomes
1954Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1955Esporte Clube VitóriaTorneio Regis Pacheco
1955Esporte Clube BahiaTorneio Vivaldo Tavares
1955Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1956Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1957Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1958Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1959Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1960Esporte Clube BahiaTorneio Interestadual de Salvador
1961Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1961A.D. Leônico (BA)Torneio Nilo Passos e Waldemar Tourinho
1961Esporte Clube Bahia1º Torneio Quadrangular de Salvador
1961Esporte Clube Bahia2º Torneio Quadrangular de Salvador
1962Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1963Santos Futebol Clube (SP)Campeão da Taça Brasil
1963A.D. Leônico (BA)Torneio Governador Lomanto Junior
1963Fluminense de Feira (BA)Campeonato Baiano da 1ª Divisão
1964A.D. Leônico (BA)Torneio Renato Reis
1964Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1965A.D. Leônico (BA)Torneio Inicio
1965Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1966A.D. Leônico (BA)Campeonato Baiano da 1ª Divisão
1967Clube do Remo (PA)1º Torneio Quadrangular de Salvador
1967Esporte Clube Vitória2º Torneio Quadrangular de Salvador
1967Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1967Náutico Capibaribe (PE)Torneio Governador Luiz Viana Filho
1968America Football Club (RJ)Torneio Governador Luiz Viana Filho
1968Galícia Esporte Clube (BA)Campeonato Baiano da 1ª Divisão
1971Esporte Clube BahiaTorneio Triangular Luiz Viana Filho (Reinauguração do estádio)
1971Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1971Fluminense (RJ)Torneio José Macedo Aguiar
1972Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1973Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1974 Campeonato Baiano da 1ª Divisão
1975A.D. Leônico (BA)Torneio Inicio
1975Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1975Santos Futebol Clube (SP)Taça Cidade de Salvador
1976Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1977Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1978A.D. Leônico (BA)Torneio Inicio
1978Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1979Esporte Clube BahiaTorneio Inicio
1979Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1980Esporte Clube VitóriaTorneio Inicio
1980Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1981Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1982Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1983Esporte Clube BahiaCampeão Torneio Imprensa
1984Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1985Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1987Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1988Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1989Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1990Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1991Esporte Clube Ypiranga (BA)Campeonato Baiano da 2ª Divisão
1991Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1992Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1993Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1994Esporte Clube BahiaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
1996Esporte Clube VitóriaTaça Maria Quitéria
1997Palmeiras (SP)Taça Maria Quitéria
1998Esporte Clube BahiaTaça Maria Quitéria
2001Esporte Clube BahiaCopa do Nordeste
2002Esporte Clube BahiaTaça Estado da Bahia
2005Esporte Clube VitóriaCampeonato Baiano da 1ª Divisão
2007Esporte Clube BahiaTaça Estado da Bahia

FONTES: Diversos jornais – Wikipédia – RSSF Brasil – Antonio Ferreira da Silva Galdino

Todos os Jogos do Heptacampeonato do E.C. Bahia de 1973 a 1979.

1973

04/02 – Bahia 2×1 Ypiranga

11/02 – Bahia 2×1 Conquista

18/02 – Bahia 0x0 Vitória

25/02 – Bahia 5×2 Ilhéus

11/03 – Bahia 3×1 Atlético de Alagoinhas

14/03 – Bahia 1×0 Palestra

18/03 – Bahia 0x0 Galícia

25/03 – Bahia 1×1 Atlético

28/03 – Bahia 5×1 Leônico

01/04 – Bahia 1×1 Vitória

11/04 – Bahia 5×0 Conquista

15/04 – Bahia 3×1 Itabuna

25/04 – Bahia 6×0 Palestra

29/04 – Bahia 1×0 Galícia

06/05 – Bahia 1×1 Jequié

13/05 – Bahia 0x1 Vitória

21/05 – Bahia 3×0 Ypiranga

24/05 – Bahia 1×0 Ilhéus

27/05 – Bahia 1×1 Atlético

03/06 – Bahia 3×0 Leônico

10/06 – Bahia 1×1 Botafogo

17/06 – Bahia 2×0 Fluminense

26/06 – Bahia 1×0 Atlético

01/07 – Bahia 2×0 Botafogo

08/07 – Bahia 1×0 Vitória

18/07 – Bahia 4×0 Itabuna

22/07 – Bahia 1×1 Botafogo

25/07 – Bahia 1×0 Fluminense

05/08 – Bahia 2×0 Galícia

12/08 – Final: Bahia 2×0 Atlético (Douglas e Peri)

Retrospecto: 30 jogos – 21 vitórias, 8 empates e 1 derrota. 61 gols-pró e 14 gols-contra. Douglas artilheiro com 17 gols

Técnico: Evaristo de Macedo

1974

04/08 – Bahia 2×1 Jequié

11/08 – Bahia 2×1 Itabuna

18/08 – Bahia 0x0 Ypiranga

25/08 – Bahia 2×0 Vitória

08/09 – Bahia 1×1 Botafogo

11/09 – Bahia 0x1 Fluminense

15/09 – Bahia 2×1 Galícia

18/09 – Bahia 1×1 Atlético

21/09 – Bahia 0x0 Fluminense

25/09 – Bahia 1×0 Galícia

29/09 – Bahia 1×1 Vitória

02/10 – Bahia 3×1 Atlético

06/10 – Bahia 1×1 Ypiranga

13/10 – Bahia 2×0 Jequié

20/10 – Bahia 2×2 Vitória

27/10 – Bahia 1×1 Fluminense

10/11 – Bahia 2×0 Galícia

12/11 – Bahia 4×1 Itabuna

17/11 – Bahia 2×1 Botafogo

28/11 – Bahia 0x0 Vitória

04/12 – Bahia 2×1 Atlético

08/12 – Bahia 2×1 Fluminense

Finais:

15/12 – Bahia 0x0 Vitória

18/12 – Bahia 1×0 Vitória (Piolho)

Retrospecto: 24 jogos – 13 vitórias, 10 empates e 1 derrota. 34 gols-pró e 16 gol- contra.

Técnico: Paulo Emílio

1975

16/03 – Bahia1x0 Itabuna

19/03 – Bahia 1×0 Jequié

23/03 – Bahia 0x0 Ypiranga

30/03 – Bahia 2×1 Fluminense

13/04 – Bahia 3×1 Leônico

17/04 – Bahia 0x0 Vitória

20/04 – Bahia 0x0 Botafogo

23/04 – Bahia 3×1 Atlético

04/05 – Bahia 0x0 Galícia

11/05 – Bahia 1×0 Botafogo

14/05 – Bahia 1×1 Atlético

18/05 – Bahia 0x0 Vitória

21/05 – Bahia 2×1 Itabuna

25/05 – Bahia 1×1 Atlético

01/06 – Bahia 2×1 Botafogo

08/06 – Bahia 1×1 Jequié

15/06 – Bahia 1×1 Galícia

22/06 – Bahia 1×1 Vitória

29/06 – Bahia 3×0 Leônico

13/07 – Bahia 3×0 Ypiranga

23/07 – Bahia 3×0 Fluminense

30/07 – Bahia 4×0 Botafogo

Finais:

03/08 – Bahia 1×1 Vitória

07/08 – Bahia 0x0 Vitória

Retrospecto: 24 jogos – 12 vitórias e 12 empates (campeão invicto). 34 gols-pró e 11 gols-contra

Técnico: Zezé Moreira

1976

01/02 – Bahia 6×0 Redenção

08/02 – Bahia 9×0 Leônico

15/02 – Bahia 5×0 Jequié

22/02 – Bahia 4×0 Ypiranga

25/02 – Bahia 4×2 Fluminense

14/03 – Bahia 3×0 Jequié

17/03 – Bahia 2×0 Atlético

21/03 – Bahia 0x1 Vitória

28/03 – Bahia 4×0 Humaitá

31/03 – Bahia 4×1 Atlético

04/04 – Bahia 3×0 Botafogo

11/04 – Bahia 1×1 Vitória

18/04 – Bahia 1×1 Galícia

25/04 – Bahia 1×0 Itabuna

05/05 – Bahia 2×0 Leônico

09/05 – Bahia 3×0 Atlético

16/05 – Bahia 0x1 Vitória

23/05 – Bahia 2×0 Leônico

26/05 – Bahia 2×0 Jequié

29/05 – Bahia 4×0 Ypiranga

06/06 – Bahia 2×1 Fluminense

13/06 – Bahia 4×0 Redenção

20/06 – Bahia 2×0 Fluminense

22/06 – Bahia 1×0 Atlético

27/06 – Bahia 2×1 Vitória

04/07 – Bahia 2×0 Humaitá

11/07 – Bahia 5×0 Galícia

14/07 – Bahia 6×2 Itabuna

18/07 – Bahia 3×0 Botafogo

25/07 – Bahia 0x1 Vitória

01/08 – Bahia 0x0 Atlético

08/08 – Bahia 3×1 Ypiranga

11/08 – Bahia 2×0 Atlético

15/08 – Bahia 1×0 Vitória

Finais:

18/08 – Bahia 2×1 Vitória

22/08 – Bahia 1×0 Vitória (Beijoca)

Retrospecto: 36 jogos, 30 vitórias, 3 empates e 3 derrotas 96 gols-pró e 14 gols-contra. Mickey com 26 gols

Técnico: Orlando Fantoni

1977

06/02 – Bahia 4×1 Redenção

13/02 – Bahia 1×0 Fluminense

02/03 – Bahia 2×1 Itabuna

06/03 – Bahia 1×1 Ypiranga

13/03 – Bahia 0x1 Botafogo

23/03 – Bahia 3×1 Botafogo

27/03 – Bahia 1×0 Vitória

30/03 – Bahia 3×1 Galícia

03/04 – Bahia 0x2 Atlético

13/04 – Bahia 8×0 Humaitá

17/04 – Bahia 1×0 Leônico

21/04 – Bahia 0x0 Jequié

24/04 – Bahia 2×0 Vitória

27/04 – Bahia 4×1 Atlético

08/05 – Bahia 1×0 Galícia

15/05 – Bahia 3×0 Itabuna

18/05 – Bahia 3×0 Fluminense

22/05 – Bahia 1×0 Vitória

29/05 – Bahia 1×0 Galícia

01/06 – Bahia 2×0 Ypiranga

04/06 – Bahia 6×0 Redenção

11/06 – Bahia 2×0 Ypiranga

19/06 – Bahia 0x0 Itabuna

22/06 – Bahia 1×0 Fluminense

25/06 – Bahia 0x0 Botafogo

20/07 – Bahia 1×0 Botafogo

24/07 – Bahia 1×1 Ypiranga

27/07 – Bahia 1×0 Atlético

31/07 – Bahia 2×0 Galícia

03/08 – Bahia 5×0 Jequié

07/08 – Bahia 4×0 Humaitá

14/08 – Bahia 3×0 Galícia

21/08 – Bahia 0x0 Vitória

28/08 – Bahia 2×0 Leônico

04/09 – Bahia 0x0 Atlético

11/09 – Bahia 2×0 Itabuna

14/09 – Bahia 3×1 Botafogo

21/09 – Bahia 0x0 Jequié

25/09 – Final: Bahia 0x0 Vitória

Retrospecto: 38 jogos, 28 vitórias, 9 empates e 1 derrota. 74 gols-pró e 11 gols-contra

Técnico: Carlos Froner

1978

31/01 – Bahia 1×0 Vitória

26/02 – Bahia 1×1 Atlético

05/03 – Bahia 0x0 Itabuna

07/03 – Bahia 3×0 Colo-Colo

23/04 – Bahia 0x1 Vitória

07/05 – Bahia 3×1 Itabuna

24/05 – Bahia 2×0 Fluminense

27/06 – Bahia 2×2 Fluminense

09/07 – Bahia 4×0 Vitória

24/08 – Bahia 3×1 ABB

03/09 – Bahia 6×0 Redenção

06/09 – Bahia 1×1 Jequié

10/09 – Bahia 2×2 Itabuna

13/09 – Bahia 1×1 Leônico

17/09 – Bahia 1×0 Vitória

20/09 – Bahia 1×1 Fluminense

24/09 – Bahia 0x0 Atlético

01/10 – Bahia 1×1 Itabuna

04/10 – Bahia 3×0 Fluminense

08/10 – Bahia 1×0 Leônico

12/10 – Bahia 2×0 Fluminense

18/10 – Bahia 6×0 Redenção

22/10 – Bahia 1×0 Leônico

26/10 – Bahia 8×0 ABB

29/10 – Bahia 0x0 Jequié

02/11 – Bahia 0x0 Fluminense

05/11 – Bahia 3×0 Itabuna

12/11 – Bahia 1×1 Atlético

19/11 – Bahia 0x0 Vitória

26/11 – Bahia 2×2 Leônico

29/11 – Bahia 2×0 Atlético

03/12 – Bahia 1×0 Vitória

Finais

10/12 – Bahia 2×2 Leônico (Douglas e Beijoca)

17/12 – Final: Bahia 2×1 Leônico (Baiaco e Merica)

Retrospecto: 37 jogos, 21 vitórias, 15 empates e 1 derrota. 77 gols-pró e 19 gols-contra. Douglas artilheiro com 21 gols

Técnico:Zezé Moreira

1979

13/03 – Bahia 1×1 ABB

15/03 – Bahia 1×0 Redenção

25/03 – Bahia 0x1 Vitória

01/04 – Bahia 1×2 Leônico

08/04 – Bahia 3×0 Jequié

11/04 – Bahia 0x0 Atlético

15/04 – Bahia 2×1 Botafogo

22/04 – Bahia 1×1 Fluminense

29/04 – Bahia 2×0 Galícia

02/05 – Bahia 0x0 Itabuna

13/05 – Bahia 2×0 Leônico

27/05 – Bahia 0x0 Vitória

30/05 – Bahia 2×1 Itabuna

03/06 – Bahia 4×0 Botafogo

10/06 – Bahia 1×1 Itabuna

17/06 – Bahia 0x0 Vitória

20/06 – Bahia 0x0 Leônico

24/06 – Bahia 3×3 Botafogo

01/07 – Bahia 2×0 ABB

08/07 – Bahia 5×0 Jequié

11/07 – Bahia 3×0 Redenção

15/07 – Bahia 2×0 Galícia

22/07 – Bahia 1×1 Vitória

25/07 – Bahia 0x1 Fluminense

29/07 – Bahia 0x0 Atlético

01/08 – Bahia 0x2 Leônico

05/08 – Bahia 1×0 Botafogo

12/08 – Bahia 0x0 Itabuna

19/08 – Bahia 0x0 Leônico

22/08 – Bahia 1×0 Itabuna

26/08 – Bahia 1×1 Vitória

29/08 – Bahia 1×0 Botafogo

05/09 – Bahia 1×0 Botafogo

09/09 – Bahia 0x0 Itabuna

12/09 – Bahia 0x0 Leônico

16/09 – Bahia 0x0 Vitória

Finais:

19/09 – Bahia 2×1 Vitória (Botelho e Zé Augusto)

23/09 – Bahia 0x0 Vitória

28/09 – Bahia 1×0 Vitória (Fito)

Ao longo dessas setes conquistas do Bahia os jogadores  Baiaco, Douglas, Fito, Romero e Sapatão, participaram de todas as campanhas e são efetivamente verdadeiros heptacampeões de fato.

O Tricolor fez ao total 228 jogos, dos quais venceu 142, empatou 75 vezes e perdeu apenas 11 partidas, marcando 419 gols e sofrendo 102 gols.

Douglas foi o grande artilheiro dessa campanhas marcando mais de 90 gols.

Fonte: Arquivo E.C. Bahia e Site eusoubahia.com.br