Arquivo da categoria: História do Futebol

1º Escudo: Clube Atlético Piranhas – Jardim Piranhas (RN)

O Clube Atlético Piranhas é uma agremiação do município de Jardim de Piranhas (população de 13.735 habitantes, segundo o censo do IBGE/2012), situado na região do Seridó, está a 287 km da capital (Natal), no estado do Rio Grande do Norte.

O CAP foi Fundado no sábado, do dia 23 de Abril de 1983, possui a sua Sede e o Estádio Josenildo Cavalcante (Capacidade para 6 mil pessoas), localizados na Avenida Rio Branco, nº 230, no bairro Vila do Rio, em Jardim Piranhas/RN. Suas cores são preto, branco e vermelho.

O “pai” do futebol no município surgiu na década de 40, quando um grupo de desportistas liderados pelo Sr. Bianor Florêncio e Sebastião Alves dos Santos (Bastião Tertulino) fundaram o Esporte Clube Piranhas, quando o município ainda era um distrito de Caicó. 

O 1º e único presidente foi o Sr. Bianor Florêncio, enquanto a sua sede ficava localizado na Rua 15 de Novembro, nº 88, onde também funcionava uma barbearia.

Os próprios jogadores mantinham a equipe através do pagamento de mensalidades. O montante arrecadado cobria as despesas com o salário do técnico caicoense Titico de Mariana, com o aluguel da sede e com a lavagem do uniforme.

Este era composto de camisas com listras verticais azuis e brancas, calções brancos com detalhes azuis nas laterais e meias azuis, tudo doado por Marinheiro Saldanha e pelo Monsenhor Walfredo Gurgel, chefes políticos da região.

A equipe fez sua estreia na sexta-feira, do dia 7 de junho de 1940, com vitória sobre uma equipe da vizinha cidade de São Bento/PB, pelo placar de 2 a 0. Os gols foram assinalados Bastião Tertulino e Clóvis de Seu Nequinho. Naquele mesmo ano, o Piranhas ainda viria a empatar em 0 a 0 com uma equipe de Catolé do Rocha/PB.

Campeão da Segunda Divisão Potiguar

Voltando para o Clube Atlético Piranhas a sua maior conquista na esfera profissional aconteceu no Campeonato Potiguar da 2ª Divisão de 1998, quando se sagrou campeão.

A competição contou com a participação de quatro equipes:

Clube Atlético Piranhas (Jardim de Piranhas);

Fluminense Futebol Clube (Natal);

São Paulo Esporte Clube (Parnamirim);

Vênus Esporte Clube (Natal).

Mesmo as equipes tendo se enfrentado em ida e volta, a classificação foi válida pelo 1º Turno. Nela, o Piranhas foi o campeão, somando 11 pontos, em seis jogos: três vitórias, dois empates e uma derrota; marcando 12 gols, sofrendo apenas um e um saldo de 11 gols. O São Paulo de Parnamirim foi o vice, com oito pontos.

No returno, o CAP não reeditou a campanha e ficou em 2º lugar (nove pontos, em seis jogos: duas vitórias, três empates e uma derrota; marcando 10 gols, sofrendo sete e um saldo de três gols.), atrás do São Paulo de Parnamirim, com 13 pontos.

Pelo regulamento, os campeões de cada turno decidiram o título em duas partidas. No jogo de ida, no sábado, do dia 30 de maio de 1998, o Piranhas venceu o São Paulo de Parnamirim pelo placar de 2 a 0, no Estádio Josenildo Cavalcante, em Jardim Piranhas/RN.

No jogo da volta, no domingo, do dia 07 de junho de 1998, o Piranhas voltou a vencer o São Paulo de Parnamirim por 2 a 1, no Estádio Tenente Luiz Gonzaga, em Parnamirim/RN, conquistando o inédito título!

Quatro participações na Primeira Divisão Potiguar

Em 1999, o CAP debutou na Elite do Futebol Potiguar, mas a campanha não foi boa, terminado na última colocação no geral. Com apenas seis pontos, em 14 jogos: uma vitória, três empates e 10 derrota; marcando 13 gols, sofrendo 32 e um saldo negativo de 19 gols.

O CAP ainda jogou a Primeira Divisão mais três vezes: 2000, 2001 e 2004. DE lá pra cá, o clube disputa as competições amadores no município, mas se encontra licenciado das competições de âmbito profissional promovidas pela FNF (Federação Norte-rio-grandense de Futebol).

FOTOS: Acervos do clube e de Adeilton Alves

FONTES: Wikipédia – Blog Alcimar Araujo

Escudo diferente de 1958: Meridional Esporte Clube – Conselheiro Lafaiete (MG)

Meridional Esporte Clube é uma agremiação do Município de Conselheiro Lafaiete (MG). O Meri dos Barrancos  foi Fundado no dia 07 de Setembro de 1922, possui a sua Sede e o Estádio Mário Rodrigues Pereira (conhecido popularmente como ‘Barrancos’), localizados na Rua Barão do Suassuí, 385, no Bairro Campo Alegre dos Cajiros, em Conselheiro Lafaiete.

NOVE VEZES NA ELITE MINEIRA

No Campeonato Mineiro da 1ª Divisão, o Meridional participou de nove edições: 1951(8º lugar), 1952 (7º lugar), 1953 (8º lugar), 1956 (9º lugar), 1957 (9º lugar), 1958 (10º lugar), 1959 (8º lugar), 1960 (14º lugar) e 1961 (14º lugar). No Campeonato Mineiro Segunda Divisão foram cinco participações: 1962, 1963, 1967, 1968 e 1969.

CAUSOS & FATOS

Meridional estreou no Campeonato Mineiro de 1951, tendo uma campanha regular, terminando em oitavo lugar e terminando dentro das expectativas que seus dirigentes pretendiam dentro da competição. Sendo o segundo time de futebol mais antigo de Conselheiro Lafaiete, é um clube cheio de glórias, onde no passado figurava entre os grandes clubes de Minas, onde diariamente a imprensa mineira cobria o dia a dia do clube e noticiava aos torcedores da época páginas inteiras dedicadas ao TATU das Minas Gerais.

Um fato que é relembrado sempre nas rodas de bate papo e que foi marcante na gloriosa história do Meridional Esporte Clube, foi a memorável vitória sobre o Clube Atlético Mineiro em Belo Horizonte vencida pelo TATU.  Após uma desastrosa viagem até a capital mineira, o ônibus que levava a delegação quebrou no meio do caminho e vários atletas como também parte da comissão técnica chegaram a pé ao estádio e ainda derrotaram a tradicional e mundialmente conhecida equipe do Atlético Mineiro.

Em seus primeiros anos de vida, o Meridional conquistou inúmeros títulos e reformou o seu estádio que passou a se chamar Dr. M’ario Rodrigues Pereira. O Meridional Esporte Clube de Conselheiro Lafaiete, entre 1942 e 1962 foi uma das maiores equipe de futebol do Estado.

No campeonato mineiro, o time de Conselheiro Lafaiete fazia contra o Metalusina de Barão de Cocais o clássico Me-Me.  O Meridional Esporte Clube, começou sua história em termos de estado, num confronto com o Atlético Mineiro.

O primeiro jogo teve como resultado Atlético 3 x 1 Meridional e aconteceu no dia 26 de julho de 1942 na cidade de Coronel Fabriciano. A “despedida” do Meridional ocorreu contra o mesmo Galo, no jogo Atlético 1 x 0 Meridional realizado em 19 de janeiro de 1962, em jogo válido pelo Campeonato Mineiro de 1961 no estádio Independência.

Ao todo o Meridional enfrentou o Galo 41 vezes em jogos oficiais, perdeu 21, empatou 16 e venceu quatro. Contra os demais competidores o TATU teve vitórias massacrantes e era um adversário sempre temido, principalmente em seu estádio, Dr. Mário Rodrigues Pereira.

FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Rsssf Brasil – Wikipédia – Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete (L.D.C.L.)

Inédito!! Brazil Sport Foot-Ball Club – Belém (PA): Vice-campeão Paraense de 1916!

O Brazil Sport Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade de Belém do Pará. Foi Fundado no dia 10 de Outubro de 1913, por um grupo de rapazes de uma sociedade esportiva sob a denominação de Brazil Football Club.

Na terça-feira, do dia 14 de outubro de 1913, a diretoria resolveu mudar o nome para Brazil Sport Foot-Ball Club uma vez que fora fundado outro clube homônimo. A sua 1ª Sede ficava situado na Avenida São João, 161, Belém.

Praça de Esportes

O seu Campo ficava na Travessa 22 de Junho (atual: Av. Alcindo Cancela. Na época era situado à frente do forno de cremação), s/n – Bairro da Usina de Cremação, Belém (PA). Depois o Campo passou a ser na Av. Gentil Bitencourt, s/n, no bairro Batista Campos, em Belém.

Sedes

Com relação a Sede, o clube passou por alguns endereços:

Entre 1913-14, ficava Avenida Conselheiro Furtado, Cremação, Belém (PA); e na Praça Baptista Campos, nº 25, Belém (PA); entre 1914-16, na Passagem Mac-Dowell, nº 6, Villa Amazonas, nº 1, Belém (PA); depois na Avenida Independência (atual: Av. Governador Magalhães Barata), s/n – Bairro de Nazaré – Belém (PA); entre 1921-29, na Avenida Serzedello Corrêa, nº 58, no bairro de Nazaré, em Belém (PA).

Uniforme de 1914

A camisa preto e branco, com listras verticais. Depois alterou para amarelo e preto, também com listras verticais.

Primeiro jogo

No domingo, do dia 14 de dezembro de 1913 – em amistoso, o Brasil Sport goleou o Pinheiro Football Club, fora de casa, pelo placar de 4 a 0, na Praça de Esportes Paes de Carvalho.

O Brasil Sport disputou o Campeonato Paraense em nove oportunidades: 1914, 1915, 1916, 1917, 1920, 1921, 1922, 1923 e 1924.

Alguns registros nessas participações:

Disputou o Campeonato Paraense de 1914, organizado pela Liga Paraense de Foot-Ball (LPFB).

1º TURNO

28 de junho – Brazil Sport x Alliança FBC

12 de julho – Panther x Brazil Sport

19 de julho – Paysandu x Brazil Sport

02 de agosto – Ypiranga x Brazil Sport

09 de agosto – Brazil Sport x Club do Remo

16 de agosto – União Sportiva x Brazil Sport

30 de agosto – Guarany FC x Brazil Sport

2º TURNO

07 de setembro – Club do Remo x Brazil Sport

20 de setembro – Brazil Sport x Panther

11 de outubro – Brazil Sport x Guarany FC

25 de outubro – Alliança FBC x Brazil Sport

08 de novembro – Brazil Sport x União Sportiva

15 de novembro – Brazil Sport x Ypiranga

29 de novembro – Brazil Sport x Paysandu

Brasil vice-campeão Paraense de 1916

No Campeonato Paraense de 1916, o Brasil fez uma bela campanha, com vitórias marcantes, como diante do Guarany pelo placar de 5 a 2, no domingo, do dia 14 de maio de 1916.

Chegou no último jogo, com a “faca e o queijo na mão” para ficar com o título, no domingo, do dia 26 de novembro de 1916, quando enfrentou o Panther-Club, precisando de um simples empate para se sagrar campeão.

A tabela de classificação mostrava que o Brasil e o Remo dividiam a liderança com 12 pontos, porém o clube remista já tinha feito a sua partida final, enquanto o Brasil teria mais uma partida e com um mero empate ficaria com o título.    

Infelizmente, não encontrei o resultado desse jogo entre o Brasil e o Panther-Club. O que sabemos é que o título de 1916 consta com o Clube do Remo. Como teve o desfecho essa competição, segue um mistério. Nos Segundos Quadros, o Clube do Remo (15 pontos) também ficou com o título, enquanto Panther-Club e Brasil dividiram a 2ª colocação com oito pontos.

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Primeiros Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo12862240420
Brasil12761261214
Panther-Club06734190910
União Sportiva068351531-16
Guarany028171139-28

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Segundos Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo15871420933
Panther-Club0883231113-2
 Brasil0883231420-6
Guarany0782331518-3
União Sportiva028170527-22

Brasil fica com o vice do 1º Torneio Initium de Belém, em 1917

Na temporada seguinte, aconteceu o Torneio Initium de 1917, organizado pela Liga Paraense de Sports Terrestres (LPST), no domingo, às 15 horas e 18 minutos, do dia 06 de maio de 1917, no Estádio da Curuzu (propriedade do Paysandu Sport Club), em Belém.

O torneio contou com a participação de sete clubes, todos situados na cidade de Belém (PA):

Brasil Sport Club;

Clube do Remo;

Guarany Football Club;

Panther Football Club;

Paysandu Sport Club;

Fênix Sport Club (o alviverde também chamado de Phenix Sport Club);

União Sportiva.

Regulamento

Os jogos terão a duração de 20 minutos (10 minutos cada tempo, sem descanso. Os times apenas trocarão de lado). Entre o fim de um jogo para o começo do seguinte, apenas um intervalo de 5 minutos. A exceção será a grande final, cujo intervalo será de 15 minutos.

Se a partida terminar empatada, o critério de desempate será o maior número de escanteios. Se o empate persistir, terá prorrogação de forma indeterminada de 10 em 10 minutos até que aconteça um gol ou um escanteio que determine o vencedor. Nenhum team poderá substituir um ou mais jogadores durante toda a disputa do Torneio.

JOGOSRESULTADOS ESCANTEIOSARBITROSAUXILIARES
Remo1X1Paysandu0 x 1Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil4X0Fênix1 x 0Galdino AraújoDulcídio Barata e Armando Bemfica
Panther0X1União0 x 0Abel de BarrosRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes
Guarany1X3Paysandu0 x 6Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil1X0União0 x 0Abel de BarrosDulcídio Barata e Armando Bemfica
Paysandu1X0Brasil2 x 2Galdino AraújoRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes

Na estreia, Paysandu bate o Remo

No jogo de abertura, às 15h18min., o Paysandu eliminou o Clube do Remo. Após empate em 1 a 1, o Papão Bicolor venceu por 1 escanteio a 0. Logo aos três minutos, após passe de Astrogildo, Aguiar chutou cruzado para abrir o placar para o Paysandu. Aos 11 minutos, Americo centrou na área para Ludgards que acertou um belo chute para deixar tudo igual.

Na etapa final, Aurélio investe absolutamente sobre Armindo que prepara para devolver a bola. Na eminencia de perder a jogada, o zagueiro remista acaba jogando a bola para escanteio, que acabou dando a vitória ao Paysandu.   

Clube do Remo: Archimedes; Armindo e Lulu; Coronel, Tobias e Carlito; Ludgards, Djalma, Cicero, Balcia e Americo.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil goleia Fênix

No segundo jogo, às 15h46min., o Brasil começou com o pé direito, ao golear o Fênix pelo placar de 4 a 0. Os gols foram de Xeréo aos 5 minutos, Froylan aos 9 minutos. Na etapa final, João aos 14 minutos. Um minuto depois o Brasil obteve um escanteio aumentando a vantagem. Aos 20minutos, novamente João fez o quarto e último gol do Brasil.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

Fênix: Floriano; Coelho e Gomes; Casimiro, Furtado e Raymundo; Martiniano, Ondiva, Dedé (Cap.), Amorim e Euclydes. Reservas: Gregório, Bahia e Henrique.

União vence Panther

No terceiro jogo, às 16h12min., o União Sportiva bateu o Panther Club, pelo marcador de 1 a 0. Numa partida equilibrada do início ao fim, as defesas levaram a melhor sobre os atacantes. O único gol, saiu na segunda etapa, aos 5 minutos.

Panther Club: A. Santos; Crispim e Wandick; Onias, Xavier e Tiburcio; Cassiano, Pau, Armando, Enéas e Rocha.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu vence de virada e avança

A definição do último semifinalista, às 16h39min., o Paysandu levou a melhor sobre o Guarany, vencendo pelo placar de 3 a 1. Logo no começo, o Guarany abriu o placar, após o zagueiro Suisso cometer um pênalti. Brito bateu e fez!

Após cobrança de escanteio, Dorinho testou para deixar tudo igual. Aos seis minutos, Astrogildo fez o tento da virada do Paysandu. Na etapa final, aos seis minutos, Arthur assinalou o terceiro gol. 

Guarany: Julio; Thompson e Careca; Eugenio, Manoel e Arthur; Brito, Joaquim, Guarany, Nelson e Ladeira.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil vence está na final

No 1º jogo da Semifinal, às 17h05min., O Brasil Sport derrotou o União Sportiva pelo placar mínimo (1 a 0), e avançou para a grande final. O único gol saiu ainda na etapa inicial, aos 10 minutos por intermédio de Aranha. Na segunda etapa, nada aconteceu que modificasse o placar.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu derrota o Brasil e fica com o título do 1º Torneio Initium

Na decisão, que começou às 17h36min., o Paysandu suou, mas bateu o Brasil Sport pelo placar de 1 a 0, conquistando o título do Torneio Initium da LPST de 1917.

Aos 2 minutos da etapa inicial, Suisso intercepta a bola lança para Astrogildo que centrou na área. O zagueiro Mamede na tentativa de cortar a jogada acaba cometendo pênalti. Arthur cobrou firme para abrir o placar para o Papão Bicolor.

Apesar de ter criado boas chances de empatar, a pontaria deu a desejar para a equipe aurinegra.  No segundo tempo, Arthur chegou a marcar o gol, mas a arbitragem marcou impedimento de Astrogildo, que participara da jogada.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

Brasil fica na 3ª posição no Estadual de 1917

No Campeonato Paraense de 1917, o Brasil terminou na 3ª colocação, com 11 pontos. Nos Segundos Quadros a campanha foi ruim, ficando em 5º lugar, com seis pontos.

O Clube do Remo e o Paysandu Sport Club terminaram empatados com 18 pontos. Com isso, foi necessário um jogo-extra para definir o campeão. No domingo, do dia 16 de dezembro de 1917, o Clube do Remo bateu o Paysandu por 3 a 1, conquistando o Pentacampeonato (1913, 1914, 1915, 1916 e 1917).

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Primeiros Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo201192561145
Paysandu SC1811821441034
Brasil1110514372512
Nacional0910415372017
União Sportiva0410281951-32
Phenix0010100274-72

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Segundos Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Paysandu SC201010671255
Clube do Remo141073641648
Nacional111051423230
União Sportiva061022621165
Brasil06102262146-25
Phenix03101180461-57

Em 1918, o Brasil estreou no Estadual, com derrota para o Paysandu pelo placar de 4 a 0. No Campeonato Paraense de 1919, a equipe aurinegra terminou na 3ª colocação.

Na manhã da sexta-feira, do dia 06 de janeiro de 1920, o America Football Club (RJ), que estava excursionando em Belém (PA), goleou o Brasil Sport pelo placar de 5 a 1.

Cerca de três meses depois, na manhã da sexta-feira, do dia 09 de abril de 1920, o America Football Club (RJ) contratou o sportsman João Aranha Júnior, do Brasil Sport.

Na quinta-feira, do dia 21 de abril de 1927, o União Sportiva foi campeão do Torneio Início Paraense de 1927. Além do União, fizeram parte mais cinco equipes: Paysandu Sport Club; Club do Remo; Brasil Sport Club; Amazonia Foot-Ball Club; Maguary Football Club.

 Algumas formações:

Time base de 1914 – 1º Team: Conrado; Manoel Lima e Salgado (Cap.); Bordallo, Amaral (Pedro) e Lucilio (Freitas); Flávio, José (Lima), Joãozinho (Avelino), Bernardino Braga e Chinez.

Time de 1914 – 2º Team: Cícero Câmara; Josias e Mamede; Zinho, Nonnato e Joaquim (Armindo); Vianna (Cap.), Xaréo (Guimarães), Aurélio, Júlio (Cypriano) e Proença.

Time base de 1915 – 1º Team: Pullen (Seabra); Manoel Lima (Antonio) e Mamede; Amaral (Conrado), Flávio (Motta) e Joaquim (Silva); Bernardino Braga (Cap.), José (Xaréo), Joãozinho (Dulcidio), Julio (Cypriano), Lima (Jóia) e Froylan Barata (Proença). Reservas: Arlindo, Bahia, Carneiro, Ventura, Vieira e Raymundo.

Time base de 1916 – 1º Team: Cícero Câmara; Manoel Lima (Motta) e Mamede; Serrão, Flávio (Saracura) e Joaquim; Bernardino Braga, Carneiro, Cypriano, João e Froylan Barata.

Time base de 1917 – 1º Team: Cícero Câmara; Cazuza e Mamede; Serrão, Flávio e Pellado; Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

Time base de 1920 – 1º Team: Luiz Chaves Segura; Lima e Bahu; Serrão, Saracura e Oswaldo; Coelho, Pirralho, João, Rocha e Lauro.

Time base de 1920 – 2º Team: Floriano; Smith e Garcia; Carneiro, Christo e Lopes; Braga, Lagos, Joia, Victorio e Julio.

Time base de 1921 – 1º Team: Marcos (Floriano); Lima e Wandick; Serrão, Waldemar e Oswaldo; Coelho (Tipity), Dantas (Lauro), João, Pirralho e Rocha. Técnico: Manoel Pires Camargo, ‘Tenente Camargo’.

Time base de 1921 – 2º Team: Floriano (Marcos); Julio (Lima II) e Paiva (Braga); Queiroz (Fernandes), Guimarães (Collares) e Carneiro; Tipity (Abílio), Smith (Perigoso), Cassiano (Camalcão), Waldemar (Nunes) e Trigal (Xaréo).

FOTOS: Acervo de Marco André Araújo Pinheiro (fotos de 1920)

FONTES: Estado do Pará – Jornal do Commercio, Edição da Tarde (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – O Jornal (RJ)

Estadual do Pará da 1ª Divisão de 1917: Clube do Remo vence e alcança o Pentacampeonato! O Paysandu fatura o título nos Segundos Quadros!

No Campeonato Paraense de 1917, o Brasil terminou na 3ª colocação, com 11 pontos. Nos Segundos Quadros a campanha foi ruim, ficando em 5º lugar, com seis pontos.

O Clube do Remo e o Paysandu Sport Club terminaram empatados com 18 pontos. Com isso, foi necessário um jogo-extra para definir o campeão. No domingo, do dia 16 de dezembro de 1917, o Clube do Remo bateu o Paysandu por 3 a 1, conquistando o Pentacampeonato (1913, 1914, 1915, 1916 e 1917).

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Primeiros Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo201192561145
Paysandu SC1811821441034
Brasil1110514372512
Nacional0910415372017
União Sportiva0410281951-32
Phenix0010100274-72

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Segundos Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Paysandu SC201010671255
Clube do Remo141073641648
Nacional111051423230
União Sportiva061022621165
Brasil06102262146-25
Phenix03101180461-57

FONTES: Jornais paraenses

Torneio Início Paraense de 1917: Paysandu Sport Club é o grande campeão!

Na temporada seguinte, aconteceu o Torneio Initium de 1917, organizado pela Liga Paraense de Sports Terrestres (LPST), no domingo, às 15 horas e 18 minutos, do dia 06 de maio de 1917, no Estádio da Curuzu (propriedade do Paysandu Sport Club), em Belém.

O torneio contou com a participação de sete clubes, todos situados na cidade de Belém (PA):

Brasil Sport Club;

Clube do Remo;

Guarany Football Club;

Panther Football Club;

Paysandu Sport Club;

Fênix Sport Club (o alviverde também chamado de Phenix Sport Club);

União Sportiva.

Regulamento

Os jogos terão a duração de 20 minutos (10 minutos cada tempo, sem descanso. Os times apenas trocarão de lado). Entre o fim de um jogo para o começo do seguinte, apenas um intervalo de 5 minutos. A exceção será a grande final, cujo intervalo será de 15 minutos.

Se a partida terminar empatada, o critério de desempate será o maior número de escanteios. Se o empate persistir, terá prorrogação de forma indeterminada de 10 em 10 minutos até que aconteça um gol ou um escanteio que determine o vencedor. Nenhum team poderá substituir um ou mais jogadores durante toda a disputa do Torneio.

JOGOSRESULTADOS ESCANTEIOSARBITROSAUXILIARES
Remo1X1Paysandu0 x 1Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil4X0Fênix1 x 0Galdino AraújoDulcídio Barata e Armando Bemfica
Panther0X1União0 x 0Abel de BarrosRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes
Guarany1X3Paysandu0 x 6Carlos BerneaudLuiz Soares e Arlindo Oliveira
Brasil1X0União0 x 0Abel de BarrosDulcídio Barata e Armando Bemfica
Paysandu1X0Brasil2 x 2Galdino AraújoRaymundo Barreiros e Carlos Ferreira Lopes

Na estreia, Paysandu bate o Remo

No jogo de abertura, às 15h18min., o Paysandu eliminou o Clube do Remo. Após empate em 1 a 1, o Papão Bicolor venceu por 1 escanteio a 0. Logo aos três minutos, após passe de Astrogildo, Aguiar chutou cruzado para abrir o placar para o Paysandu. Aos 11 minutos, Americo centrou na área para Ludgards que acertou um belo chute para deixar tudo igual.

Na etapa final, Aurélio investe absolutamente sobre Armindo que prepara para devolver a bola. Na eminencia de perder a jogada, o zagueiro remista acaba jogando a bola para escanteio, que acabou dando a vitória ao Paysandu.   

Clube do Remo: Archimedes; Armindo e Lulu; Coronel, Tobias e Carlito; Ludgards, Djalma, Cicero, Balcia e Americo.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil goleia Fênix

No segundo jogo, às 15h46min., o Brasil começou com o pé direito, ao golear o Fênix pelo placar de 4 a 0. Os gols foram de Xeréo aos 5 minutos, Froylan aos 9 minutos. Na etapa final, João aos 14 minutos. Um minuto depois o Brasil obteve um escanteio aumentando a vantagem. Aos 20minutos, novamente João fez o quarto e último gol do Brasil.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

Fênix: Floriano; Coelho e Gomes; Casimiro, Furtado e Raymundo; Martiniano, Ondiva, Dedé (Cap.), Amorim e Euclydes. Reservas: Gregório, Bahia e Henrique.

União vence Panther

No terceiro jogo, às 16h12min., o União Sportiva bateu o Panther Club, pelo marcador de 1 a 0. Numa partida equilibrada do início ao fim, as defesas levaram a melhor sobre os atacantes. O único gol, saiu na segunda etapa, aos 5 minutos.

Panther Club: A. Santos; Crispim e Wandick; Onias, Xavier e Tiburcio; Cassiano, Pau, Armando, Enéas e Rocha.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu vence de virada e avança

A definição do último semifinalista, às 16h39min., o Paysandu levou a melhor sobre o Guarany, vencendo pelo placar de 3 a 1. Logo no começo, o Guarany abriu o placar, após o zagueiro Suisso cometer um pênalti. Brito bateu e fez!

Após cobrança de escanteio, Dorinho testou para deixar tudo igual. Aos seis minutos, Astrogildo fez o tento da virada do Paysandu. Na etapa final, aos seis minutos, Arthur assinalou o terceiro gol. 

Guarany: Julio; Thompson e Careca; Eugenio, Manoel e Arthur; Brito, Joaquim, Guarany, Nelson e Ladeira.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil vence está na final

No 1º jogo da Semifinal, às 17h05min., O Brasil Sport derrotou o União Sportiva pelo placar mínimo (1 a 0), e avançou para a grande final. O único gol saiu ainda na etapa inicial, aos 10 minutos por intermédio de Aranha. Na segunda etapa, nada aconteceu que modificasse o placar.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

União Sportiva: Roberto; Três e Euzébio; Clodoaldo, Pedro e Lamparina; Parimé, Alfredo, Joia, Ninito e Coelho. Reservas: Elderico Andrade, Henrique, Anisio, Antônio e Jacques.

Paysandu derrota o Brasil e fica com o título do 1º Torneio Initium

Na decisão, que começou às 17h36min., o Paysandu suou, mas bateu o Brasil Sport pelo placar de 1 a 0, conquistando o título do Torneio Initium da LPST de 1917.

Aos 2 minutos da etapa inicial, Suisso intercepta a bola lança para Astrogildo que centrou na área. O zagueiro Mamede na tentativa de cortar a jogada acaba cometendo pênalti. Arthur cobrou firme para abrir o placar para o Papão Bicolor.

Apesar de ter criado boas chances de empatar, a pontaria deu a desejar para a equipe aurinegra.  No segundo tempo, Arthur chegou a marcar o gol, mas a arbitragem marcou impedimento de Astrogildo, que participara da jogada.

Paysandu: João; Genaro e Corrêa; Guimarães, Suisso e Joaquim; Astrogildo, Aurélio, Aguiar, Dorinho e Arthur.

Brasil: Cícero Câmara; Mamede e Cazuza; Serrão, Flávio e Pellado; Bernardino Braga, Aranha, Xaréo, João e Froylan Barata.

FONTES: Jornais paraenses

Campeonato Paraense da 1ª Divisão de 1916: Classificação, que definiu o Clube do Remo como o campeão, nos Primeiros e Segundos Teams!

No Campeonato Paraense de 1916, o Brasil fez uma bela campanha, com vitórias marcantes, como diante do Guarany pelo placar de 5 a 2, no domingo, do dia 14 de maio de 1916.

Chegou no último jogo, com a “faca e o queijo na mão” para ficar com o título, no domingo, do dia 26 de novembro de 1916, quando enfrentou o Panther-Club, precisando de um simples empate para se sagrar campeão.

A tabela de classificação mostrava que o Brasil e o Remo dividiam a liderança com 12 pontos, porém o clube remista já tinha feito a sua partida final, enquanto o Brasil teria mais uma partida e com um mero empate ficaria com o título.    

Infelizmente, não encontrei o resultado desse jogo entre o Brasil e o Panther-Club. O que sabemos é que o título de 1916 consta com o Clube do Remo. Como teve o desfecho essa competição, segue um mistério. Nos Segundos Quadros, o Clube do Remo (15 pontos) também ficou com o título, enquanto Panther-Club e Brasil dividiram a 2ª colocação com oito pontos.

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Primeiros Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo12862240420
Brasil12761261214
Panther-Club06734190910
União Sportiva068351531-16
Guarany028171139-28

CLASSIFICAÇÃO FINAL (Segundos Teams)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Clube do Remo15871420933
Panther-Club0883231113-2
 Brasil0883231420-6
Guarany0782331518-3
União Sportiva028170527-22

FONTES: Jornais paraenses

São Cristóvão Futebol e Regatas, após 86 anos é declarado Bicampeão Carioca!!

Gazeta de Notícias, 13.06.1937, p. 15
  • Por: Laércio Becker, de Curitiba-PR

Há 86 anos, o São Cristóvão Futebol e Regatas lutava para corrigir uma injustiça, que deixava uma lacuna importante na sua história. Em 1937, o São Cristóvão conquistou, pela segunda vez em sua história, o título de Campeão Carioca de Futebol, pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD).

Após faturar o seu 1º título Estadual em 1926, a equipe Cadete possuía um time forte e competitivo, tendo como destaques os craques Walter (goleiro), Afonsinho (meia) e Roberto (atacante), todos a Seleção Brasileira.

O time base de 1937 do São Cristóvão: Walter (Magdalena); Hernandez (Marcondes) e Osvaldo (Mario); Picabéa (Salvador), Dodô (Pechim) e Afonsinho (Archimedes); Roberto (Vicente), Villegas, Nelson (Caxambu), Quintanilha (Nena) e Carneiro. Técnico: Ademar Pimenta.

Batido o martelo! São Cri-Cri é Bicampeão!!

Na tarde da quinta-feira, do dia 21 de dezembro de 2023, a Assembleia Geral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), por unanimidade, reconheceu o título do São Cristóvão de 1937, pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD).

História do título

É que, naquele distante ano, ocorreu a reconciliação dos clubes – selada pelo Clássico da Paz (Vasco 3×2 America, em 31 de julho de 1937) –, que deu origem à Liga de Futebol do Rio de Janeiro (LFRJ), fruto da fusão da FMD com a Liga Carioca de Futebol (LCF).

Com isso, as competições em andamento de ambas as entidades foram interrompidas para início do campeonato da LFRJ. Quanto à LCF, seu campeonato estadual de 1937 ainda não tinha começado, pois seria disputado no 2º semestre. A competição da LCF que foi interrompida em 1937 foi o Torneio Aberto, que reunia times profissionais com amadores e, portanto, não valia o título estadual.

O problema é que, na FMD, estava em andamento seu campeonato estadual. Havia terminado o 1º turno e o São Cristóvão liderava com 7 vitórias em 7 jogos, seguido pelo Madureira, com 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Na realidade, ainda faltavam dois jogos do Vasco, contra Olaria e Botafogo, mas nem um desses três times tinha condição matemática de alcançar o líder isolado. Apesar de os jogos e o campeonato não terem sido anulados, a FERJ demorou a reconhecer o título do São Cristóvão.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DE 1937

CLUBESPGJVEDGPGCSG
São Cristóvão1477281018
Madureira117511210714
Vasco da Gama075311070502
Bangu067341115-4
Olaria0562131415-1
Botafogo0562130709-2
Carioca0371150718-11
Andarahy017160521-16

Antes tarde do que nunca. E a história do futebol brasileiro teve precedentes. Por exemplo, a edição de 1966 do Torneio Rio–São Paulo. Naquela oportunidade, os quatro clubes com melhor colocação não disputaram o quadrangular final.

Resultado: apesar de o torneio não chegado ao fim, eles foram oficialmente declarados vencedores: Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians – aqui, na ordem decrescente de saldo de gols. (Aliás, ainda falta oficializar o título de Flamengo e Fluminense no Rio – São Paulo de 1940, por motivo semelhante.)

Um caso um pouco diferente foi o Campeonato Gaúcho de 1918, que seria disputado entre os três campeões regionais mas foi cancelado devido ao surto de gripe espanhola. A diferença é que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) atribuiu a Esporte Clube Cruzeiro, Esporte Clube 14 de Julho e Grêmio Esportivo Brasil o que chamou de “título honorífico”, para não se confundir com os demais títulos de campeões estaduais – o que pouco importou para as três torcidas, que comemoraram do mesmo jeito.

Só que a própria FERJ tem um precedente. Trata-se do campeonato de 1907, que não se concluiu e, em 1996, a FERJ proclamou Fluminense Football Club e Botafogo campeões.

Veículos destacam o título do São Cristóvão

Nesse sentido, foi justo homologar o título do São Cristóvão de 1937 pela FMD, que a imprensa já estampava na época. Inicialmente, como campeão do 1º turno, às vezes chamado de 1º torneio – pois a final do campeonato seria disputada entre os campeões do 1º e do 2º turno/torneio. É o que se vê no Jornal dos Sports:

“Com o feito sobre o Madureira, os alvos conservam o título de invictos e, ainda mais: mantiveram a ‘leaderança’ da tabela, agora absolutos e a dois passos da conquista do título do primeiro torneio” (14.06.1937, p. 1, sobre a vitória de 2×1, no dia anterior).

“O onze da camisa alva já pode se considerar campeão do turno” (26.06.1937, p. 4).

“Os alvos, porém, não querem perder a oportunidade de conseguir o honroso título de campeão mantendo também o título de invicto que alcançaram após derrotar todos os seus anteriores antagonistas” (30.06.1937, p. 1).

“O S. Christovão campeão invicto do 1º Torneio” (01.07.1937, p. 4).

“O S. Christovão já conquistou brilhantemente o título de campeão do primeiro turno da Federação Metropolitana” (06.07.1937, p. 2).

“O resultado desse prélio nada influirá quanto ao primeiro posto, isto porque o São Christovão já se sagrou campeão do primeiro turno, aliás brilhantemente invicto” (11.07.1937, p. 3, sobre a partida Carioca EC 0x3 Botafogo, nessa data).

“O club de Figueira de Mello, depois de levantar o título de campeão do turno do campeonato da FMD, seguiu para o Peru e outros países andinos, voltando recentemente” (03.10.1937, p. 6).

“A queda do campeão invicto, na extinta Metropolitana, surpreendeu de início” (13.10.1937, p. 1, sobre a derrota de 2×0 para o Bonsucesso, no dia anterior).

Mas o fato é que a própria FMD, em seus últimos atos, já o tinha oficialmente reconhecido como campeão de 1937, como se vê no Jornal dos Sports de 04.09.1937, p. 6:

A Revista do Esporte nº 297, de 14.11.1964, também atribuiu esse título ao São Cristóvão, embora com um erro tipográfico – “1936” em vez de 1937.

E Carlos Molinari, pesquisador do Bangu, comentou em seu livro Nós é que somos banguenses: “Brigas antecederam a disputa do Campeonato Carioca de 1937. Na verdade, dois campeonatos foram realizados. O primeiro, promovido pela Federação Metropolitana de Desportos, disputado nos meses de maio e junho, em turno único entre os oito filiados. (…) O campeão deste certame foi o São Cristóvão, que com isso conquistava o seu segundo título carioca da história.”

Para mais detalhes sobre a campanha do campeão, ver o livro O campeão esquecido, de Auriel de Almeida e do saudoso Raymundo Quadros, que era são-cristovense roxo!

A propósito, há outros títulos pendentes de reconhecimento pela FERJ, como os do: Bangu (de 1907, pela Taça João Ferrer), Bonsucesso (de 1919, pela Liga Suburbana de Football) e Engenho de Dentro (de 1925, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres). Contem com minha torcida!

Enquanto a FERJ não decide, temos muito a comemorar o ano de 2023, em que nosso clube voltou a jogar no solo sagrado de Figueira de Mello, conquistou a Taça Waldir Amaral da Série C profissional, o título da Série C sub-17, o da Série B2 profissional e ainda teve homologado seu título de 1937. Isso é só o começo, o Manchester City que se cuide! Avante, São Cristóvão!

Abaixo todos os campeões do Campeonato Carioca atualizado

ClubeTítulosVicesTerceiro lugarQuarto lugarG4
Flamengo37 (1914, 1915, 1920, 1921, 1925, 1927, 1939, 1942, 1943, 1944, 1953, 1954, 1955, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978, 1979-I, 1979-II, 1981, 1986, 1991, 1996, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2011, 2014, 2017, 2019, 2020 e 2021)35 (1912, 1913, 1919, 1922, 1923, 1924, 1932, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1952, 1958, 1961, 1962, 1966, 1968, 1969, 1973, 1977, 1982, 1983, 1984, 1987, 1988, 1989, 1992, 1994, 1995, 1998, 2010, 2013, 2022 e 2023)17 (1917, 1935, 1946, 1947, 1948, 1949, 1956, 1957, 1964, 1980, 1985, 1993, 1997, 2003, 2012, 2015 e 2018)9 (1916, 1918, 1928, 1951, 1960, 1971, 1975, 1990 e 2016)98
Fluminense33 (1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005, 2012, 2022 e 2023)25 (1910, 1915, 1920, 1925, 1927, 1933, 1935, 1943, 1949, 1952, 1953, 1956, 1957, 1960, 1963, 1970, 1972, 1979-II, 1991, 1993, 2003, 2011, 2017, 2020 e 2021)22 (1922, 1926, 1942, 1948, 1962, 1965, 1966, 1967, 1977, 1978, 1986, 1990, 1992, 1994, 1998, 1999, 2004, 2008, 2010, 2013, 2014 e 2016)21 (1914, 1923, 1929, 1939, 1944, 1947, 1958, 1961, 1968, 1979-I, 1987, 1988, 1989, 1996, 1997, 2000, 2001, 2009, 2015, 2018 e 2019)101
Vasco da Gama24 (1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958, 1970, 1977, 1982, 1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998, 2003, 2015 e 2016)26 (1926, 1928, 1930, 1931, 1935, 1944, 1948, 1961, 1968, 1974, 1976, 1978, 1979-I, 1980, 1981, 1986, 1990, 1996, 1997, 1999, 2000, 2001, 2004, 2014, 2018 e 2019)16 (1925, 1933, 1937, 1937-FMD, 1938, 1940, 1972, 1973, 1975, 1979-II, 1984, 1989, 2009, 2017, 2022 e 2023)18 (1927, 1941, 1943, 1953, 1954, 1955, 1957, 1959, 1962, 1969, 1985, 1991, 1995, 2007, 2008, 2010, 2012 e 2013)83
Botafogo21 (1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934, 1935, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990, 1997, 2006, 2010, 2013 e 2018)21 (1908, 1909, 1913, 1914, 1916, 1918, 1939, 1942, 1944, 1945, 1946, 1947, 1959, 1971, 1975, 2007, 2008, 2009, 2012, 2015 e 2016)21 (1919, 1928, 1938, 1941, 1951, 1953, 1956, 1958, 1960, 1965, 1966, 1969, 1970, 1979-I, 1981, 1991, 1995, 1996, 2000, 2005 e 2011)26 (1906, 1915, 1920, 1922, 1924, 1925, 1931, 1936, 1937, 1940, 1949, 1950, 1963, 1964, 1972, 1973, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979-II, 1982, 1986, 1994, 2017 e 2022)89
America7 (1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960)8 (1911, 1914, 1917, 1921, 1929, 1950, 1954 e 1955)16 (1908, 1909, 1910, 1912, 1915, 1920, 1927, 1930, 1934, 1936, 1945, 1947, 1974, 1976, 1982 e 2006)5 (1946, 1967, 1968, 1970 e 1983)36
Bangu2 (1933 e 1966)6 (1951, 1959, 1964, 1965, 1967 e 1985)12 (1916, 1921, 1931, 1934, 1950, 1954, 1955, 1963, 1983, 1987, 2002 e 2019)12 (1926, 1930, 1932, 1937, 1952, 1961, 1968, 1980, 1981, 1984, 1993 e 1998)32
São Cristóvão2 (1926 e 1937)1 (1934)8 (1918, 1923, 1924, 1929, 1935, 1936, 1939 e 1943)4 (1917, 1919, 1932 e 1942)15
Paissandu1 (1912)1 (1906)1 (1907)2 (1911 e 1913)5

FONTES: Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) – Jornal dos Sports – Gazeta de Notícias (RJ) – O Radical (RJ) – Revista do Esporte (RJ)

Excursão de 1966: C.F. Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), onde disputou o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (MG)

O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.

No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.

O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados (Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.  

Técnico Jorge Vieira

Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE  

A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:

Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.

A delegação ficou hospedada no Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.

Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.

Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no , derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).

EM PÉ (esquerda para a direita): Reginaldo, Nilton, Agra, Carlos, Norberto e Valter Serafim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Josenildo, Terto, Manuel, Erandir e Fernando José.

SANTA CRUZ F.C. (PE)   2        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 8.496.000,00
PÚBLICO2.832 pagantes
ÁRBITROErilson Gouveia (FPF)
AUXILIARESAlécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZVálter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSErandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.

Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.

SELEÇÃO PAULISTA (BRA)     3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 22.242.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArmando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARESGerminal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTAFélix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSTupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.

Balanço da primeira semana no Brasil

Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.

O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.

Torneio Quadrangular de BH de 1966   

O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.

A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada. 

Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.

Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.

Cruzeiro Esporte Clube
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Paulo, Neco, Wilson Piazza, William, Procópio e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Davi, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

CRUZEIRO E.C. (MG)      2        X        1        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO19 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROJuan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MGZé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.  

Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.

Atlético Mineiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROSilvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕESTião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MGHélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSESGomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSSantana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.

Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        0        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROHamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MGLuizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MGMussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSRonaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.  

Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.

Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de Hilton Oliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.

No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem.  Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.

CRUZEIRO E.C. (MG)      5        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROJosé Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIROTonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.  

Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966

Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galo marcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposa marcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.

Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!

Marco Antônio o goleador máximo do Torneio

O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.  

6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);

2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)

1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).

Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses

Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min., na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.

C.R. Flamengo
EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Itamar, Jayme Valente, Valdomiro, Carlinhos Violino e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Carlos Alberto, Nelsinho Rosa, Almir Pernambuquinho, Silva Batuta e Osvaldo ‘Ponte Aérea’.

C.R. FLAMENGO (RJ)     4        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 6.900.560,00
PÚBLICO7.600 pagantes
ÁRBITROGualter Portela Filho
AUXILIARESNivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGOFranz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESSerrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSFio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Grêmio F.B.P.A.
EM PÉ (esquerda para a direita): Arlindo, Cléo, Ortunho, Altemir, Airton e Áureo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vieira, Joãozinho, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir.

Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico

O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.

GRÊMIO F.B.P.A. (RS)    3        X        0        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlberto Silva (boa atuação)
GRÊMIOArlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSESSerrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSJoãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.

Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro

No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.

O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.

CRUZEIRO E.C. (MG)      1        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO19 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArnaldo César Coelho
AUXILIARESIdélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃOAlberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSZé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo. 

Balanço de excursão do clube português

No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.

O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.

Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas (Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.

Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral

FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)