É mais conhecido por CRB e carinhosamente chamado de Galo por sua vibrante e apaixonada torcida.
É o maior clube esportivo de Alagoas, que começou sua história no belíssimo bairro de Pajuçara, que é um dos cartões postais da capital dos alagoanos. Atualmente, sua sede administrativa está localizada no tradicional bairro de Jaraguá e o futebol tem no CT Presidente Marcos Barbosa, na Barra de São Miguel, a maior estrutura do futebol alagoano.
O Futebol é a sua principal atividade. O seu maior patrimônio é a sua imensa e fiel torcida. Destaca-se também no Vôlei brasileiro, com hegemonia absoluta nos cenários feminino e masculino locais, tendo conquistado o maior feito em 1969, ao sagrar-se campeão sul-americano feminino em Santiago do Chile. O clube ainda possui títulos de basquete, futsal, handebol, entre outras modalidades esportivas.
O INÍCIO DE TUDO
Sua história teve início no ano de 1911, com a fundação em Maceió, do Clube Alagoano de Regatas. A jóia para sócios era de mil réis e a mensalidade de quinhentos mil réis. Sua sede ficava situada na Rua do Comércio, 138. Apesar de se chamar Clube Alagoano de Regatas, não havia yoles, nem baleeiras, nem remadores. Possuía um punhado de bravos rapazes que desejavam criar um clube esportivo em Alagoas.
Entretanto, a pequena receita com jóias e mensalidades impedia o progresso do clube. Entre os seus fundadores estavam os jovens Lafaiete Pacheco, Antônio Bessa, Celso Coelho e Alexandre Nobre. Na tentativa de elevar a receita do clube, Lafaiete Pacheco tentou junto aos companheiros um aumento nas mensalidades, mas a idéia não foi aceita pela maioria. Dessa falta de entendimento, nasceu o CLUBE DE REGATAS BRASIL.
COMO FOI
Lafaiete Pacheco procurou Antônio Vianna e explicou sua idéia de criar um clube de regatas na praia de Pajuçara. Juntos convidaram outros sete rapazes e assim no dia 20 de setembro de 1912, na rua Jasmim, foi fundado o Clube de Regatas Brasil.
ATA DE FUNDAÇÃO
Além de Lafaiete Pacheco e Antônio Vianna, assinaram a ata de fundação os seguintes desportistas: João Luiz Albuquerque, Waldomiro, Pedro Cláudio Duarte, Tenente Julião, Agostinho Monteiro, Francisco Azevedo Bahia e João Viana de Souza.
AO REMO
Os primeiros passos do clube foram dados na regata. Assim, através de Lafaiete Pacheco o CRB comprou, em Santos, por 200 mil réis sua primeira yole. Os sócios contribuíram com 100 mil réis e os outros 100 mil foram tomados emprestados. O dinheirofoi remetido através do Banco de Pernambuco e a yole chegou no navio Itapetinga. A primeira garagem foi no quintal da casa de Antônio Vianna.
Os treinamentos eram realizados no trajeto marítimo da Ponta Verde para Pajuçara. A compra do oito com patrão sensibilizou os desportistas maceioenses e logo conseguiram novos associados como Domingos Souza, Francisco Quintela, Pedro Lima, Homero Viegas, Eduardo Silveira e mais alguns, que aos poucos, foram formando a grandeza do clube.
O FUTEBOL
Foi introduzido no clube de maneira totalmente natural. Antes e depois dos treinamentos para as regatas um grupo de atletas ficava batendo bola, os conhecidos ?rachas?. Essa brincadeira foi tomando vulto e a partir daí surgiu a necessidade de um espaço próprio para a prática do futebol.
O ESTÁDIO DA PAJUÇARA
A história do CRB anda de mãos dadas com a do Estádio Severiano Gomes Filho, o inesquecível estádio da Pajuçara. Foi a partir de um terreno que pertencia à Dona Maria Torres, que arrendou o local para o clube por 300 mil réis. Em 1917 começaram as obras de construção do estádio. No dia 2 daquele ano, foi realizado o primeiro jogo interestadual contra o Flamengo de Recife. Em 1921 foi inaugurado o primeiro lance de arquibancadas contra o Centro Sportivo de Peres, de Recife. E a partir deste momento nascia o palco de muitas conquistas e que transformaram o CRB na grande paixão dos Alagoanos. Em 2012 o Estádio da Pajuçara foi vendido e com o dinheiro arrecadado o Galo quitou todas suas dívidas e construiu um dos CTs mais modernos do País.
AS GLÓRIAS
Foi o primeiro campeão de Alagoas em 1927, a partir daí começa uma trajetória de grandes conquistas e vitórias do Clube de Regatas Brasil. São 29 títulos estaduais. Em 1993 foi campeão do Torneio de Acesso a Série B e em 1994 é vice-campeão da Copa Nordeste.
OS ÍDOLOS
Estão entre seus maiores ídolos: Haroldo Zagallo (pai do jogador e técnico Zagallo), Miguel Rosas, Mourão, Canhoto, Pompéia, Silva, Joãozinho Paulista, César, Roberval Davino, Roberto Menezes.
EM PÉ (esquerda para direita): Cesquin, Betine, Ubirajara, Damião, Silas e Belfare; AGACHADOS (esquerda para direita): Boluca, Sano, Lobatinho, Erádio e Alcione.
O Torneio Triangular foi batizado de João Todeschini, onde foi confeccionado um rico troféu que levou o nome de um dos grandes batalhadores do Esporte Clube Água Verde.
O formato do torneio consistiu com a participação de três equipes (todos da capital): Club Athletico Paranaense, Coritiba Foot Ball Club e Esporte Clube Água Verde. O regulamento era simples, com as equipes sem enfrentando em turno e returno, com a equipe com o maior número de pontos ficaria com o título.
O mau tempo atrapalhou alguns jogos, mas o Clássico Atletiba foi marcado por muitos gols (16 tentos em dois jogos) e jogadas violentas, que resultou numa pancadaria entre todos os jogadores. Abaixo, na íntegra a reportagem do Paraná Esportivo:
Desandou o “Pau” no “Alto da Glória”:
“Show” Sem bola após a vitória do Athletico”
Os 22 jogadores se engalfinharam no gramado – Invadiu o público e a briga se generalizou – Vencia o Athletico por 4 x 0 – Renda Cr$ 7.250,00
Decididamente o torneio triangular “João Todeschini” está fadado a apresentar surpresas no final dos seus cotejos. Como acontecera nas partidas Athletico x Água Verde e Coritiba x Água Verde, também o clássico Atle-Tiba não teve desculpa.
Vencendo facilmente pela larga contagem de 4 x 0, com prenuncio de alta goleada, o Athletico acabou vitoriando-se espertamente por 4 a 3, depois de uma reação brilhante do Coritiba nos minutos finais da partida.
PASSEIO ATHLETICANO
Realmente a primeira fase e metade do segundo período foi todo do Athletico. Dominando melhor a pelota e atuando com mais senso prático, ο quadro dirigido por Vico não encontrou dificuldade de aparecer com maior figura dentro do gramado.
Na verdade, o rubro-negro foi o único esquadrão a jogar praticamente o futebol, tomando as rédeas da partida, sem qualquer apelação para o seu adversário. O Coritiba esteve ruim neste período. Não se encontrou no gramado e chegou a dar pena da sua constituição.
Desarvorado e sem noção do que fazia, o alvinegro apenas corria atrás da pelota, sem, contudo, da definição do seu futebol; aquele que esteve presente domingo passado no Orestes Thá.
A defesa desarticulada e o ataque sem potencialidade, nada mais se podia esperar do onze dirigido por Nuno Fernandes. Por seu turno o Athletico não deixou dúvidas da sua superioridade; jogando bem e aproveitando as falhas dos seus adversários, foi se agigantando no gramado até atingir o alto placar de 4 x 0.
REAÇÃO DO CORITIBA
Veio tarde a reação do Coritiba, mas surgiu com uma fúria inesperada; porque aquela altura da partida, ninguém tinha duvida da goleada que o Athletico ensaiava. Surgiu o primeiro tento do Coritiba e com ele a reação do Alvinegro(O Coritiba tinha essa alcunha assim como o “Globo Simbólico”).
Marcou mais um e depois o terceiro, perigando no final da partida a vitória atleticana. De fato, uma nota alta para o valor de luta do Coritiba, que soube como reagir com unhas e dentes em procura de um resultado melhor, que aos seus defensores não poderia ser aquela que espelhava o marcador.
Erádio marcou os quatro gols. No final, terminou como artilheiro do Torneio
ERÁDIO O ARTILHEIRO
A grande figura do Athletico foi indiscutivelmente o meia Erádio . Marcou quatro tentos e teve nítida presença no gramado. Em verdade muita gente foi ver Ivo e acabaram observando Erádio . Aos 11 minutos da primeira fase o artilheiro abriu a contagem, num gol espetacular, depois de fintar Fabio.
Aos 33 minutos novamente Erádio , num rebote depois da pelota atirada por Sano ter encontrada a trave. Aos 37, novamente assinalou numa jogada toda individual. Com 3 x 0 encerrou-se a primeira fase.
No segundo período, logo de início no seu primeiro minuto, Erádio atirou fora da área para marcar, falhando o arqueiro Hamilton. Somente aos 33 minutos que o Coritiba assinalou o seu primeiro tento, por intermédio de Periquito. Aos 40 minutos, Ivo num ‘mele’ determina a segunda queda. Para novamente Ivo aos 44 escorando de cabeça um centro, marcar o terceiro gol.
IVO PERDEU UMA PENALIDADE
Quando eram decorridos 13 minutos da segunda fase, Ivo foi incumbido de cobrar uma penalidade máxima, atirando com infelicidade, encontrando a esfera o travessão superior da meta de Ivan.
ATUAÇÕES DOS JOGADORES E ARBITRAGEM
O quadro do Athletico, apresentou uma defesa seguríssima, despontando Damião, Betine e Ubirajara. O ataque muito malicioso onde Erádio foi a grande figura, formando uma ala muito perigosa com Alcione. Os demais em pleno destacado.
O quadro do Coritiba só apareceu nos 15 minutos finais. No início esteve abaixo da crítica. Na defesa somente Fedato. O ataque sem expressão, nem mesmo Miltinho conseguiu salvar-se. Na reação melhorou a defesa, o ataque apareceu melhor, fazendo Ivo então uma regular atuação. Note-se que Ivo não agradou na sua exibição.
O árbitrosr. José Ferreira dos Santos, com atuação que não passa de regular. Não foi potente para segurar o jogo pesado, redundando no sururu após o cotejo. Renda de Cr$ 7.250,00, considerada regular, em vista do mau tempo reinante.
SURURU’ NO FINAL DO PRÉLIO
Quando o árbitro trilou o seu apito dando por encerrado o cotejo, Erádio e Marcio trocaram socos, redundando um conflito geral, entrando todos os jogadores em luta, no gramado, adicionando ainda a torcida que invadiu o campo.
Um sururu de altas proporções. Pena que isto tivesse acontecido, empanando o brilho da ardente disputa que se antecedia. E pena ainda que o cotejo estivesse tão mal serviço pelo policiamento.
Curiosidade
Essa partida realizada no Estádio Belford Duarte, que foi inaugurado na terça-feira, do dia 15 de novembro de 1932. Esse foi o seu 1º nome. Após reforma em 1977, mudou o nome para “Major Antônio Couto Pereira”, que encontrou o terreno e o financiou pela Caixa Econômica Federal (CEF).
CORITIBA F.C. (PR) 3 X 4 ATHLETICO PARANAENSE (PR)
LOCAL
Estádio Belford Duarte, no Alto da Glória, em Curitiba/PR
CARÁTER
Torneio João Todeschini
DATA
Quarta-feira, do dia 17 de março de 1954
HORÁRIO
20 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 7.250,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
José Ferreira dos Santos (FPF)
AUXILIARES
Moacir Lanzoni (FPF) e José Filizola (FPF)
CORITIBA
Hamilton; Fedato e Araujo; Fabio (Marcio), Guimarães e Merlim; Ari, Miltinho, Periquito, Ivo e Renatinho. Técnico: Nuno Fernandes
ATHLETICO
Ivan; Damião e Cesquim; Belfare, Betine e Ubirajara; Boluca, Sano, Lobatinho, Erádio e Alcione. Técnico: Vico
GOLS
Erádio aos 11, 33 e 37 minutos (Athletico), no 1º Tempo. Erádio a 1 minuto (Athletico); Periquito aos 33 minutos (Coritiba); Ivo aos 40 e 44 minutos (Coritiba), no 2º Tempo.
ATHLETICO, DE VIRADA, GOLEIA O COXA E FICA COM O TÍTULO
Dez dias depois, a última partida reuniu novamente as duas equipes. O Athletico só dependia de um simples empate para ficar com o título. Já o Coritiba precisava vencer para se igualar no número de pontos.
No final, após estar perdendo por 3 a 1, já no segundo tempo, o Furacão fez uma virada sensacional, chegando ao placar de 6 a 3, ficando com o título invicto com 100% de aproveitamento. Abaixo, novamente na íntegra, a reportagem do Paraná Esportivo:
“Show” de Aniversário na Baixada
Larga e bonita vitória do Athletico, confirmando o seu triunfo absoluto no Torneio “João Tedeschini” – Cr$ 15.530,00 – Outros detalhes
No epilogo do Torneio João Todeschini, uma vitória larga, bonita e espetacular do Athletico sobre o Coritiba F. C., seu mais antigo e tradicional adversário. Escore muito alto, de 6 x 3, e que teve, entre tantos méritos, o de ratificar em tudo a sua campanha invicta dentro do Torneio, que, pode-se dizer, levantou de ponta a ponta, sem ninguém a lhe atrapalhar a caminhada.
Uma satisfação das maiores para a gente Athleticana, que presenciou empolgada uma exibição extra dos seus jogadores, que a rigor, sem menosprezo algum ao grande adversário ofereceram um autêntico “show” de aniversário, comemorando assim, condignamente, a passagem do seu 30º aniversário de fundação (26 de março de 1924).
Depois de alternativas várias, com o Coritiba inclusive dominando no marcador, ao início do segundo tempo, por 3 x 1, o Athletico reagiu, virou o panorama da partida e num ritmo crescente e arrasador, subiu para a meia-dúzia de gols, num atestado de capacidade integral do seu quinteto avançado, jovem, insinuante, voluntarioso e muito lutador.
Para os alvinegros do Alto da Gloria não houve “chance“, mesmo porque, nitidamente inferiores nos instantes decisivos do encontro, não conseguiram fugir aos tentáculos de um domínio de ferro, imposto com galas por um Athletico brioso e espetacular.
É SÓ REFORÇAR MELHOR A RETAGUARDA
A rigor, deixou o Athletico a impressão de que está quase bem para ο Campeonato Paranaense de 1954. O ataque tem credenciais, luta bastante e sabe como se insinuar velozmente pelas brechas que encontra e que força no sistema defensivo do seu adversário.
Na defesa, Silas e Ivam dos bons arqueiros e Damião e Ubirajara valores de primeira qualidade. Dentro disso, apenas a carência de valores mais capacitados para as duas alas (zaga esquerda e a média direita) e para o centro da intermediaria. Individualmente, destacaram-se, Damião, Silas e Ubirajara na defesa e Sano, Erádio , Lobatinho e Ico no ataque.
AINDA INSEGURO E TITUBEANTE O CORITIBA
Sobre o Coritiba a afirmação de que o seu “team” continua a se ressentir de maior segurança coletiva. Defesa e ataque estão titubeantes, cumprindo-se destacar, principalmente, as falhas do trio médio, setor onde apenas Bequinha apresentou alguma coisa.
Na defesa o esforço sistemático de Fedato, entretanto com prometido por alguns “frangos” de Hamilton e por algumas más jogadas de Araujo e Marcio.
Muito fraco o ataque, carecendo também de melhor hierarquia técnica e tática. Ico ainda não acertou Rosinha é ainda muito jovem e Renatinho Quadros e outros, apenas acertam algumas jogadas. Em realidade apenas a capacidade indiscutível de Miltinho e o esforço e a inspiração de Periquito salvam alguma coisa.
Atuação da Arbitragem
Arbitragem normal do sr. Vitor Marcassa, que foi imparcial e procurou acertar o mais possível. Apesar da violência de alguns jogadores, visivelmente maldosa, soube manter o comando e levar o “match” a um desfecho sem anormalidades mais graves.
Renda regular de Cr$ 15.530,00, ao maior de todo o TorneioJoão Todeschini.
ATHLETICO PARANAENSE (PR) 6 X 3 CORITIBA F.C. (PR)
LOCAL
Estádio Joaquim Américo, no bairro Água Verde, em Curitiba/PR
CARÁTER
Torneio João Todeschini
DATA
Sábado, do dia 27 de março de 1954
HORÁRIO
15 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 15. 530,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Vitor Marcassa (FPF)
ATHLETICO
Silas (Ivan); Damião e Cesquim; Belfare, Betine (Ubirajara) e Ubirajara (Sano); Boluca (Guará), Sano (Boluca), Lobatinho, Juve (Erádio ) e Erádio (Ico). Técnico: Vico
CORITIBA
Hamilton; Fedato e Araujo; Marcio, Merlim e Bequinha; Rosinha (Periquito), Miltinho, Max, Ivo e Renatinho (Wizoli). Técnico: Nuno Fernandes
GOLS
Max, duas vezes (Coritiba); Sano (Athletico), no 1º Tempo. Periquito (Coritiba); Erádio (Athletico); Ico, duas vezes (Athletico); Sano (Athletico); Boluca (Athletico), no 2º Tempo.
Números do Torneio
Artilheiros
5 gols – Erádio (Athletico);
4 gols – Periquito (Coritiba); Grilo (Água Verde) e (Athletico);
2 gols – Sanford e Ico (Athletico); Ivo e Max (Coritiba);
1 gol – Ubirajara, Lobatinho e Boluca (Athletico); Ari e Miltinho (Coritiba); Valdomiro (Água Verde).
Arqueiros vazados
Hamilton (Coritiba) – 12 gols sofridos;
Silas (Athletico) – 6 gols sofridos;
Caninin (Água Verde) – 6 gols sofridos;
William (Água Verde) – 4 gols sofridos;
Ivan (Athletico) – 3 gols sofridos;
Árbitros que apitaram
Victor Marcassa – Duas partidas;
Ataíde Santos – uma partida;
José Ferreira dos Santos – uma partida;
Barbosa de Lima Neto – uma partida.
Formações
Athletico: Ivan (Silas); Damião e Cesquim (Guará); Belfare (Mineirinho), Betine (Juve) e Ubirajara; Boluca, Sano, Lobatinho (Sanford), Erádio (Ico) e Alcione (Almir). Técnico: Vico
Coritiba: Hamilton; Fedato e Araujo; Fabio (Marcio), Guimarães (Bequinha) e Merlim; Ari, Miltinho (Max), Periquito (Rosinha), Ivo e Renatinho (Wizoli). Técnico: Nuno Fernandes
Água Verde: Caninin (William); Beco (Verdes) e Zaleski; Mário Ferreira (Ítalo), Mário Savi (Taubaté) e Barbozinha; Didico (Grilo), Tuca (Rui), Rato (Mário Savi), Jaci (Didico) e Valdomiro (Toni). Técnico: Zinder Lins.
As belas fotos publicadas pela Revista Fon-Fon só não merecem a Nota 10 por um detalha. Ocorreu um relapso do veículo por não ter mencionados quem eram os quatro clubes. Para piorar, todos os times estavam sem o distintivo nos uniformes. Apesar desse vacilo, postarei as fotos para quem sabe possam ser identificadas.
O Campeonato Capixaba de 1928, contou com a presença de nove clube:
Alliança de Santa Leopoldina;
América Football Club;
Bangu Football Club;
Floriano Football Club;
Rio Branco Football Club (mudou posteriormente para Atlético Clube);
O Estrela do Norte Futebol Clube é um clube de futebolbrasileiro sediado em Cachoeiro de Itapemirim, no estado do Espírito Santo, e que se sagrou campeão capixaba da Primeira Divisão em 2014, depois de 98 anos de fundação. Foi vice-campeão em cinco edições do Campeonato Estadual nos anos de 1987, 2003, 2004, 2005 e 2006, e curiosamente rebaixado para a Segunda Divisão de 2007. Seu grande rival é o Cachoeiro Futebol Clube, com quem faz o grande clássico da maior cidade do interior e da região Sul Capixaba.
O Estrela do Norte foi fundado em 16 de janeiro de 1916, numa casa próximo ao Colégio Liceu Muniz Freire. Participaram da reunião de fundação: Laurentino Lugon, Mário Sampaio, Orlando Nunes, Amphilófio Braga, João Viana, Estulano Braga, Deusdedit Cruz, Fernando Reis e Francisco Penedo, que são considerados portanto os fundadores do clube mais popular do Sul do Espírito Santo e hoje uma dor principais clubes do estado. Francisco Penedo foi escolhido como o primeiro presidente do clube.
A primeira sede, segundo os arquivos, foi onde é hoje, o Tiro de Guerra e o primeiro campo foi no pátio do Liceu Muniz Freire, zona norte da cidade, daí o nome Estrela do Norte. As primeiras cores do Estrela do Norte eram verde e amarelo, e o primeiro time estrelense era formado por: Pedro Tanure, Antonio Cruz, Belmiro, Adão, Barão, Dodoca, Erly, Vivi, Mine, Cezarino e Lauro. Tempos depois, por volta da década de 30, o Estrela transferiu o seu campo para o bairro Sumaré, onde está até hoje.
O Estrela foi o primeiro campeão Sulino de profissionais. Vários grandes jogadores vestiram a camisa do Estrela na época: Elias, Fernando, Catiquinha, Sarará, Pedrinho, Toninho, Geraldo Martins, Geraldo Menezes, Lico, Siro e Zinho., Virgilio, Hugo, Américo, Correlogo, Otacílio, Gerson, Donato, Rainor, Bela, Nerinho, Jove. Veraldo, Raul, Gesse, Orlando, Manduca.[3]
Em 1996, o Estrela foi notícia no Brasil devido a publicação na Revista Placar sobre “o menor campeonato do mundo”, o Campeonato Capixaba da Segunda Divisão, que teve o Alvinegro campeão, e o Sport Club Capixaba como o vice-campeão. Uma dos maiores feitos do Estrela do Norte, foi no ano de 2005, quando jogou pela primeira vez a Copa São Paulo de Futebol Júnior, onde derrotou a equipe do São Paulo Futebol Clube pelo placar de 2 a 1. A equipe do Estrela do Norte não conseguiu se classificar pois perdeu de 2 a 1 para a equipe de Taubaté e de 2 a 0 para o Itabaiana, ficando em terceiro lugar no seu grupo.
O Estrela do Norte foi vice-campeão da Segunda Divisão do Campeonato Capixaba de 2012 e juntamente com a Desportiva Ferroviária, que foi a campeã, subiu para a Primeira Divisão de 2013, terminando com o vice-campeonato depois de levar um gol aos 49 minutos do segundo tempo. No jogo estavam presentes mais de 5000 torcedores do Estrela do Norte, tendo uma média em todo o campeonato de 2000 pessoas por jogo, recorde no futebol capixaba em 2012, somando as duas divisões do futebol capixaba.[3]
A diretoria do Estrela do Norte Futebol Clube, no dia 5 de setembro de 2012, lançou uma camisa retrô do Estrela do Norte, com as primeiras cores do clube: o verde e o amarelo. A camisa será o terceiro uniforme do clube em 2013, e um aperitivo para os 100 anos do clube.[3] A diretoria começou no final de 2012, uma reforma geral nas estruturas do Estádio do Sumaré, como por exemplo nas arquibancadas e na iluminação, além de estar construindo uma academia para os atletas do clube. O gramado também está sendo reformado em algumas partes principalmente dentro das duas áreas, partes que ficam mais danificadas.
2014: Primeiro título da Primeira Divisão
No Campeonato Capixaba de 2014, o Estrela do Norte Futebol Clube se classificou para as semifinais e enfrentou a equipe do São Mateus. O primeiro jogo foi no Estádio do Sumaré, em Cachoeiro de Itapemirim e a segunda partida foi no Estádio do Sernamby, na cidade de São Mateus. O Estrela do Norte perdeu em casa de 2 a 1 para a equipe do São Mateus, mas no jogo de volta, no Estádio do Sernamby, na cidade de São Mateus, o Estrela do Norte goleou por 3 a 0. Com esses resultados, o Estrela do Norte Futebol Clube se classificou para sua sexta final, dessa vez disputando contra a equipe do Linhares Futebol Clube. Diferente das demais vezes, sagrou-se campeão, após um empate sem gols no jogo de ida, e uma vitória por 1 a 0 no jogo de volta.
Depois de 98 anos de história, a equipe do Estrela do Norte Futebol Clube sagrou-se Campeão Capixaba pela primeira vez em sua história. A partida foi realizada no dia t de junho de 2014, no Estádio do Bambu, na cidade de Aracruz. Na primeira partida o Estrela empatou com o Linhares por 0 a 0, porém no jogo de volta o Estrela ganhou o Linhares por 1 a 0, levantando o título. Com o título, os torcedores estrelenses se viram muito felizes por, enfim, ver o seu quase centenário clube campeão pela primeira vez. A equipe do Estrela do Norte irá participar do campeonato Brasileiro da Série D de 2014 e no ano de 2015 já está confirmado na Copa do Brasil e na Copa Verde. A cidade de Cachoeiro de Itapemirim parou para ver a chegada dos jogadores campeões. Mais de 6 mil pessoas aguardavam os jogadores na chegada ao Estádio do Sumaré.[4]
O Estrela do Norte Futebol Clube, participou do Campeonato Brasileiro da Série D pela primeira vez e somou 12 pontos ao final, ficando em terceiro colocado no Grupo A5, não obtendo a classificação, isto porque equipe do Itaporã de Mato Grosso do Sul, abandonou o campeonato na sétima rodada após a derrota para o próprio Estrela do Norte por 3 a 1. Com isso a equipe do Anapolina se beneficiou e como na última rodada iria enfrentar a equipe do Itaporã somou 13 pontos. No último jogo diante o Brasiliense, no dia 14 de setembro, no Estádio do Sumaré, mais de três mil torcedores apoiaram o Estrela do Norte e ao final apoiaram o clube mesmo sendo eliminado do campeonato.
2015: Copa do Brasil e Copa Verde
O Estrela do Norte, passou para a segunda fase da Copa Verde, derrotando nos pênaltis a equipe goiana do Luziânia pelo placar de 4 a 3. Nos dois confrontos ocorreram empates de 1 a 1. Foi a primeira vez que uma equipe capixaba passa da primeira fase na Copa Verde.[5] Na segunda fase o Estrela do Norte foi eliminado pela equipe do Cuiabá, do Mato Grosso.
Na Copa do Brasil, no primeiro jogo o Estrela derrotou a equipe do Sampaio Corrêa pelo placar de 3 a 2. Até os 30 minutos do segundo tempo, o Estrela do Norte estava vencendo o Sampaio Corrêa pelo placar de 3 a 0, o que lhe daria mais conforto em enfrentar o Sampaio Corrêa no Maranhão, porém faltando quinze minutos o Sampaio Corrêa fez dois gols e diminuiu a vantagem do Estrela do Norte.[7] No segundo jogo o Estrela foi derrotado por 4 a 1 no Castelão em São Luís e é eliminado da competição.
2016: Centenário e rebaixamento
Em comemoração ao aniversário de 100 anos de fundação, celebrado no dia 16 de janeiro, o Estrela do Norte lançou uma revista comemorativa, inspirada na história do clube. O produto, com 80 páginas, retrata momentos marcantes da história alvinegra e destaca ídolos que marcaram época com a camisa do time. A coleção conta com fotos históricas que destacam jogadores importantes, torcedores e funcionários que participaram e ainda participam do dia a dia do clube. Além disso, o especial tem depoimentos de ex-jogadores e ex-presidentes e o título inédito do Campeonato Capixaba de 2014.[9]
No ano do centenário, o Estrela do Norte faz um campanha irregular no Capixabão e é rebaixado para a Série B de 2017.
O clube era dirigido por Daniel e pelo professor Florisbelo Neves. Em 1948, veio o título inédito do estadual, disputando a final com a equipe Vale do Rio Doce, hoje Desportiva Ferroviária. O Cachoeiro estava com os jogadores Ramon, Alcino, Zé Catraca, Paris, Manoelzinho, Otaviano, Nely, Aldemir, Assadinho, Espinho, Bronze e Catiquinha, sob o comando do técnico Eurico Monteiro de Castro.
Foram realizadas três partidas para decidir o campeão do Campeonato Capixaba de 1948, sendo a primeira partida realizada em Cachoeiro de Itapemirim, onde a equipe da casa venceu por 4 a 3 a equipe do Vale do Rio Doce. Após a vitória no primeiro jogo, o Cachoeiro foi até Vitória para realizar a segunda partida na qual a equipe da Vale do Rio Doce acabou vencendo por 4 a 1. Na partida decisiva o alvirrubro foi campeão ao derrotar o adversário pelo placar de 7 a 2.
Afastado do futebol profissional desde 1974, o Cachoeiro retornou em 2000, sagrando-se campeão da Segunda Divisão. Com uma boa estrutura manteve o time em atividade, fato inédito no futebol capixaba e venceu também o Campeonato Sulino, promovido pela LDCI (Liga Desportiva de Cachoeiro), afiliada à Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES).
No Campeonato Capixaba de 2015 – Série B, o clube desiste da competição por falta de recursos financeiros com a tabela já divulgada, assim, o time fica suspenso por dois anos.[3]