Arquivo da categoria: Campeonato Brasileiro – Série B

Taça de Prata de 1983 (ficha-técnica): Volta Redonda (RJ) 2 x 2 Bonsucesso (RJ)

Após a boa campanha do Campeonato Carioca de 1982, quando terminou na 7ª colocação no geral, ficando a um pontinho de entrar na Taça de Ouro (Elite do futebol Brasileiro), o Bonsucesso Futebol Clube estreava na Taça de Prata (equivalente ao Campeonato Brasileiro da Série B).

Eu estive presente neste jogo, juntamente com mais cinco jovens que na época formávamos uma mini torcida desorganizada, sim, mas apaixonada, com certeza.

A Revista Placar fez um balanço de cada grupo da Taça de Prata. E apontou o Grupo E, com: América Mineiro (MG)Guarani de Campinas (SP)Operário (MS)Uberaba (MG)Volta Redonda (RJ)Bonsucesso Futebol Clube (RJ), como o mais difícil e sem favorito.

No domingo, do dia 23 de janeiro de 1983, válido pelo Grupo E, o Bonsuça foi até a Cidade do Aço e arrancou um empate com o Volta Redonda em 2 a 2. Comandados pelo ex-zagueiro Brito, tricampeão Mundial na Copa de 1970, o Leão da Leopoldina não fez um bom primeiro tempo.

Desatento, viu o Voltaço dominar, abrindo 2 a 0, sem problemas. No entanto, na etapa final, o Bonsuça voltou completamente diferente e conseguiu o empate, mas não teria sido nenhum exagero se tivesse virado o placar. Final um empate com quatro gols.

PS.: O Maurício, na época aos 21 anos, que entrou na segunda etapa, no lugar do ponta direita Peninha é o jogador que se eternizou no Botafogo de Futebol e Regatas ao marcar o gol do título do Campeonato Carioca de 1989, tirando o clube da Estrela Solitária de uma fila que já durava 20 anos.

VOLTA REDONDA F..C

2

X

2

BONSUCESSO F.C.

LOCAL:

Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)

CARÁTER:

1ª rodada do Grupo E – Taça de Prata de 1983

DATA:

Domingo, do dia 23 de Janeiro de 1983

RENDA:

Cr$ 638.000,00

PÚBLICO:

1.473 pagantes

ÁRBITRO:

Osmar Camilo da Silva (CBF/MG)

VOLTA REDONDA:

Leite; Léo, Renato, Luís Cláudio e Nem; Faride (Roberto Silva), Eli Mendes e Paulo Moreti; Zé Renato, Sérgio Luís (Edinho) e Amarildo.Técnico: Jorge Vitório

BONSUCESSO F.C.:

Jurandir; Jaime, Osmar, Toninho (Edmundo) e Jorge Galvão; Wilson, Edson e Carlos Alberto; Peninha (Maurício), Jorginho e Vasconcellos. Técnico: Brito

GOLS:

Zé Renato aos 12 minutos (Voltaço); Sérgio Luís aos 38 minutos (Voltaço), no 1º Tempo. Jorginho aos 17 minutos (Bonsuça); Vasconcellos aos 40 minutos (Bonsuça); no 2º Tempo.

FONTE: Revista Placar

Taça de Prata de 1982 (Ficha-técnica): Campo Grande (RJ) 3 x 0 Portuguesa de Desportos (SP)

CAMPO GRANDE (RJ)   3 X 0   PORTUGUESA DE DESPORTOS (SP)

LOCAL: Estádio Ítalo Del Cima, no Bairro de Campo Grande – Zona Rural (atual Zona Oeste), do Rio (RJ)

CARÁTER: Primeira Fase – 2ª Rodada – Taça de Prata de 1982

DATA: Quinta-feira, do dia 28 de Janeiro de 1982

ÁRBITRO: Paulo Sérgio Pinto (Ferj/RJ)

RENDA: Cr$ 270.000,00

PÚBLICO: 1.058 pagantes

CARTÕES VERMELHOS: Daniel Gonzáles e Joãozinho (Lusa)

CAMPO GRANDE: Ronaldo; Marinho, Neném, Mauro e Jacenir; Serginho (Silveira), Brás e Lulinha (Carlos Antônio); Touchê, Aílton e Luís Paulo. Técnico:Jair Pereira

PORTUGUESA-SP: Moacir; Alves, Reacir, Daniel Gonzáles e Fantick (Joãozinho); Humberto, Roberto César e Gérson Sodré; Toquinho, Caio e Djalma Bahia (Wilson Carrasco).Técnico: Mário Juliato

GOLS: Jacenir aos cinco minutos (Campusca); no 1º Tempo. Lulinha aos quatro minutos (Campusca); Aílton aos 28 minutos (Campusca), no 2º tempo.

FONTE: Revista Placar

Taça de Prata de 1982 (Ficha-técnica): Palmeiras (SP) 1 x 1 Volta Redonda (RJ)

S.E. PALMEIRAS (SP1 X VOLTA REDONDA (RJ)

LOCAL: Estádio Parque Antarctica, em São Paulo (SP)

CARÁTER: Primeira Fase – 2ª Rodada – Taça de Prata de 1982

DATA: Quinta-feira, do dia 28 de Janeiro de 1982

ÁRBITRO: Luís Cunha Martins (FGF/RS)

RENDA: Cr$ 2.014.500,00

PÚBLICO: 5.942 pagantes

CARTÃO AMARELO: Paulo Verdum (Voltaço)

PALMEIRAS:Gilmar; Nenê, Luís Pereira, Édson e Jaime Bôni; Suca, Aragónes e Célio; Jorginho, Almir e Esquerdinha (Rodrigues). Técnico:Paulinho de Almeida

VOLTA REDONDA: Leite; Paulo Verdum, Edinho, Luís Cláudio e Roberto Silva; Russo, Eli Mendes e Sérgio Luís (Moreno); Botelho, Índio e Sivaldo.Técnico: Jorge Vitório

GOLS: Sivaldo aos 38 minutos (Voltaço); Jorginho, de pênalti, aos 45 minutos (Palmeiras), no 1º tempo.

FONTE: Revista Placar

Taça de Prata de 1982 (Ficha-técnica): América Mineiro (MG) 0 x 1 Americano de Campos (RJ)

AMÉRICA MINEIRO (MG) 0 X 1AMERICANO (RJ)

LOCAL: Estádio Governador Magalhães Pinto, Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

CARÁTER: Primeira Fase – 2ª Rodada – Taça de Prata de 1982

DATA: Quarta-feira, do dia 27 de Janeiro de 1982

ÁRBITRO: Orion Satter de Melo (FGF/RS)

RENDA: Cr$ 756.560,00

PÚBLICO:2.943 pagantes

AMÉRICA-MG: Neneca; Cacau, João Batista, Eraldo e Vâner; Lúcio, Gaúcho (Aquiles) e Mateus;Ludo, Ramón (Manguinha) e Paulinho. Técnico: Luciano Vieira

AMERICANO: João Luís; Totonho, Orlando Fumaça, Oliveira e César; Índio, Manguinho e Zé Roberto; Jorge Luís, Jorge Lima e Sérgio Pedro (Sousa). Técnico: Aílton Tavares

GOL:Sousa aos 20 minutos (Americano); no 2º tempo.

FONTE: Revista Placar

Seletiva Serie B 1994 – grupo CE/RN

Seletiva – Série B de 1994
10/10/1993
ABC  1×2 América (RN)

Icasa 0x0 Ferroviario

17/10/1993
América (RN) 0x0 Corintians

Icasa  2×1 ABC

24/10/1993
América (RN) 2×0 Icasa

Coríntians 0x0 Ferroviário
30/10/1993
Coríntians (RN) 0x1 ABC (RN)

31/10/1993
Ferroviário  2×3 América (RN)

07/11/1993
ABC  0x0 Ferroviário

Icasa  2×1 Coríntians

14/11/1993

America 1×1 ABC

Ferroviario 2×1 Icasa
21/11/1993
Coríntians  1×0 América (RN)

ABC  1×1 Icasa

28/11/1993
Ferroviário  1×1 Coríntians

Icasa 2×2 America (RN)

04/12/1993

ABC  1×2 Coríntians

América (RN) 2×1 Ferroviário

12/12/1993
Ferroviário  3×4 ABC

Corintians 1×0 Icasa

Class.

P

j

v

e

d

gp

Gc

America-RN

11

8

4

3

1

12

8

Corintians-RN

11

8

4

3

1

7

4

Icasa-CE

7

8

2

3

3

8

10

Ferroviario-CE

6

8

1

4

3

9

11

ABC-RN

5

8

1

3

4

9

12

América-RN classificado para Serie B 1994

Campeões Nacionais 2014: Joinville – Serie B

Após conquistar o acesso à elite de 2015 com quatro rodadas de antecedência, o JEC aproveitou a vantagem na última rodada e garantiu a taça da Série B. O troféu coroou a temporada de sucesso na Segundona, marcada por bons números do começo ao fim das 38 rodadas: melhor campanha entre as 20 equipes dentro de casa, defesa menos vazada e maior número de vitórias na competição. Dentro da Arena, o Joinville fez valer o mando de campo e venceu 14 confrontos dos 19 disputados diante da sua torcida. Em casa, o time sofreu apenas uma derrota e teve aproveitamento de 80%.

Gols/jogo 2,43 Vitórias em Casa 51% Empates 24% Vitórias Fora 26%

 

 

Há 13 anos Paysandu e Figueirense conquistavam o acesso a Série A

Politicagem tirou o acesso do Caxias em 2001, diz Loebeling

A Série B do Campeonato Brasileiro era um território recém-descoberto pelas torcidas dos grandes centros do País em 2001 quando Alfredo dos Santos Loebeling se aposentou como árbitro. Sua última partida profissional coincidiu com a última rodada daquele torneio, que ficou marcada pelas polêmicas da arbitragem e que foi fundamental em sua decisão de pendurar o apito.

Loebeling foi escalado para apitar Figueirense x Caxias no Estádio Orlando Scarpelli, pela sexta rodada do quadrangular final da Série B de 2001. Os dois times tinham seis pontos, assim como Paysandu e Avaí. Em Belém, o time paraense – que só precisava empatar – fez sua parte e conquistou o título do torneio ao vencer o rival catarinense no Estádio da Curuzu por inapeláveis 4 a 0. Mas em Florianópolis…

Na capital catarinense, o Figueirense também fazia sua parte e vencia o Caxias por 1 a 0 até os 46min do segundo tempo – Abimael, aos 16min da etapa final, marcou. Os cerca de 22 mil torcedores no estádio não conseguiam conter a ansiedade. Aí, cerca de 2 mil deles pularam os alambrados e invadiram o gramado. Os jogadores começaram a comemorar o final do jogo.

Assista o gol do acesso
https://www.youtube.com/watch?v=62GAxRKxJYk

Estava estabelecida aí a confusão entre os dois times, que só iria se resolver no ano seguinte.

Quem explica o que aconteceu a partir daí é o próprio Alfredo Loebeling. Segundo ele, a súmula da partida relatava a invasão antes do final do jogo, o que custaria os pontos da vitória ao Figueirense e daria a vaga na Série A ao Caxias. No entanto, por orientação do então presidente da comissão de arbitragem da CBF, Armando Marques, o árbitro enviou à entidade um primeiro relatório, dizendo que a invasão só aconteceu após o apito final. Depois, enviou o relatório que, segundo foi explicado a Loebeling, valeria. No fim, a CBF levou em consideração o primeiro relatório, que atendeu a pedidos de Armando Marques, e promoveu o Figueirense.

“Eu tinha botado que a invasão foi antes de acabar o jogo, como de fato aconteceu. Estava nos acréscimos, faltava um minuto e pouco para o fim dos acréscimos. O Armando Marques falou que tinha que colocar no relatório que a invasão foi depois de terminar o jogo. Aquilo manteria o resultado”, contou Loebling. E por que Armando Marques fez pressão pela manutenção do resultado? Para o ex-árbitro, por um motivo: política.

“O Rio Grande do Sul já tinha três times (na Série A do Campeonato Brasileiro) – Grêmio, Inter e Juventude na época. O Caxias seria o quarto. Santa Catarina não tinha nenhum time. Obviamente, foi uma decisão mais política do que técnica”, assegurou Loebeling, que descartou qualquer pressão do Figueirense ou da Federação Catarinense de Futebol pela decisão em favor do clube alvinegro.

Hoje aposentado, Loebeling lamenta os desdobramentos daquela posição da CBF – em especial porque o árbitro abandonou o futebol profissional justamente quando aparecia em uma posição de destaque no quadro da entidade. O sonho de apitar uma Copa do Mundo ficou pelo caminho, enquanto o Caxias – atualmente na Série C – busca desde então a volta à Série A, de onde está fora desde 1979.

Confira a entrevista de Alfredo dos Santos Loebeling:

Última Divisão – Aquele Figueirense x Caxias no Estádio Orlando Scarpelli em 2001 foi seu último jogo, certo? Você se aposentou ali, né?

Loebeling – Foi o último jogo profissional que eu apitei. Figueirense x Caxias, última rodada da Série B de 2001.

Última Divisão – Você já estava decidido a se aposentar naquele jogo? Ou aquela confusão te influenciou?

Loebeling – Eu tinha mais quatro anos pela frente, e tinha a expectativa de apitar a Copa do Mundo. Mas depois do jogo, como as coisas aconteceram, eu tomei a decisão de encerrar a carreira.

Última Divisão – Naquele jogo, houve uma invasão no campo no final da partida, e a decisão do acesso de Figueirense ou Caxias foi adiado. Você se lembra do que colocou no relatório daquela partida a respeito da invasão?

Loebeling – Eu tinha botado que a invasão foi antes de acabar o jogo, como de fato aconteceu. Estava nos acréscimos, faltava um minuto e pouco para o fim dos acréscimos. O Armando Marques falou que tinha que colocar no relatório que a invasão foi depois de terminar o jogo. Aquilo manteria o resultado. Na época, pelo que dizia o CBDF (Código Brasileiro Disciplinar do Futebol), relatando a verdade, que a invasão aconteceu antes de acabar o jogo, o time cuja torcida que causa a invasão perderia os pontos. Subiria o Caxias e não o Figueirense.


Última Divisão – Você colocou então, de fato, que a invasão foi antes de acabar o jogo?

Loebeling – Faltava uns 50 segundos, houve uma invasão da torcida do Figueirense.

Última Divisão – Por que então o Caxias não subiu? Você lembra?

Loebeling – Quando o Armando Marques fez a pressão para eu colocar que a invasão foi antes de acabar o jogo, eu denunciei ao presidente (Eduardo José) Farah, da Federação Paulista (de Futebol). O Farah fez uma denuncia ao Tribunal (Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD), com o Luiz Zveiter (então presidente do órgão). Foi para julgamento. Quando eu estava sendo pressionado para mandar ao Rio de Janeiro a súmula do jogo via fax, do jeito que o Armando queria, o Farah ligou para o Zveiter e perguntou: “o que ele faz?”. Ele falou: “manda um fax do jeito o que o Armando Marques quer e traz na minha mão o relatório do jogo”. Fizemos isso. Mandamos um fax do jeito que o Armando queria, que o Luiz Zveiter falou que não teria valor legal por ser um fax, e eu ia entregar na mão dele o relatório oficial do jogo. Eu levei ao Rio de Janeiro do jeito que foi feito, e o Zveiter me denunciou, como se eu tivesse entregado dois relatórios. Quando ele foi me julgar pelos dois relatórios, ao mesmo tempo, ele estava definindo qual dos dois valeria. Segundo o Zveiter, segundo o Armando Marques, segundo a CBF, como eu mandei primeiro o fax, valeu o fax.

Última Divisão – No fim, valeu o que o Armando Marques pediu para constar, que a invasão foi depois do jogo.

Loebeling – Sim, valeu. Se for analisar bem, tem uma explicação logica para isso. O Rio Grande do Sul já tinha três times – Grêmio, Inter e Juventude na época. O Caxias seria o quarto. Santa Catarina não tinha nenhum time. Obviamente, foi uma decisão mais politica do que técnica. A ideia era o quê? Ter mais um estado, que você movimenta milhões, que você… É um outro conceito. Por causa disso, acabou sendo uma decisão politica, e não técnica.

Última Divisão – Você sofreu alguma pressão – do Figueirense, do Caxias, do Delfim (Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol) – para formular o relatório?

Loebeling – Não. Em nenhum momento teve envolvimento de clube. O Figueirense não me pediu nada, ninguém me ligou da Federação (Catarinense). Fui pressionado pelo Armando, que me falou que, se eu não fizesse o que ele queria, ele me tirava da Fifa, como realmente tirou. Ele me falou o seguinte: “se você fizer o que eu estou mandando, sei que você é filho de alemão, a próxima Copa (do Mundo, 2006) é na Alemanha”… Entendeu? Insinuando que, se eu fizesse o que ele mandou, poderia apitar a Copa da Alemanha.

Última Divisão – Acabou pesando essa pressão para você se aposentar, eu imagino…

Loebeling – Futebol é um grande negócio. Infelizmente, as pessoas tem que entender isso. Naquele momento, interessava para a CBF, para o Armando, para o sistema, que subisse o Figueirense e não e o Caxias. Alguém tinha que pagar o pato. Fui denunciado, mas não me arrependo não.

Última Divisão – Ficou chateado de não ter sido indicado para apitar a Copa de 2006?

Loebeling – Fiquei chateado porque me dediquei 12 anos à arbitragem. Gostava muito. Encerrar a carreira dessa maneira porque as pessoas querem, porque não querem o que é justo, é complicado. E também pelo que acontece depois – depois que eles acabaram com o árbitro, precisaram acabar com o homem. De melhor árbitro do Brasil por dois anos seguidos, recebendo prêmio e dando curso, virei bandido, estelionatário. Eles precisavam fazer de um jeito que eu não voltasse.

Fonte: Útima Divisão

http://rsssfbrasil.com/tablesae/br2001l2.htm

Quem nunca errou, que apite um jogo na vida!