Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

BOTAFOGO vs YPIRANGA A PRIMEIRA GRANDE RIVALIDADE DO FUTEBOL DA BAHIA.

Enganam-se muitos que pensam que o tradicional clássico BA-VI é o mais antigo do futebol da Bahia, afinal é um dos maiores do nosso futebol onde sempre temos casa cheia, jogos terminados em confusões, brigas entre jogadores e dirigentes onde até mesmo um desses jogos foi terminar numa delegacia de policia. Pois bem o BA-VI só passou a ter a rivalidade levada aos extremos no inicio dos anos 50 quando o Vitória voltou a se dedicar mais ao futebol e a ganhar títulos e a ser um ferrenho adversário do Bahia, clube fundado em 1931 e que passou a dominar o futebol baiano daí por diante, antes mesmo do Bahia ter o Vitória como maior rival o mesmo teve no Botafogo de Salvador e no Ypiranga seus maiores rivais até 1937 quando surge o Galicia passando a dividir com o tricolor a pose do nosso futebol, durante o final da década de 30 e inicio da de 40 o jogo entre Bahia e Galicia era comparado ao Fla-Flu no Rio de Janeiro. Porém no inicio do nosso futebol aqui trazido por Zuza Ferreira até meados de década de 10 não tínhamos lá grandes rivalidades esta se passou a se acirrar a partir do ano de 1917 quando Ypiranga o auri-negro o mais querido e o Botafogo o alvirrubro o glorioso, passaram a dominar o futebol em nosso estado com suas conquistas alternadas de 1917 a 1930 apenas duas agremiações fora Botafogo e Ypiranga venceram o campeonato baiano a Associação Atlética da Bahia e o Clube Bahiano de Tênis os outros títulos ou eram do Botafogo ou do Ypiranga.

A rivalidade que começou no Ground do Rio Vermelho logo se transferiu para o então inaugurado Campo da Graça que tinha uma capacidade para 7.000 pessoas entre arquibanca e geral e 100 para automóveis, isso mesmo no Campo da Graça tinha entradas para automóveis como nos drive-in. No inicio dos anos 20 a rivalidade tomava conta da cidade de Salvador quando se antecedia a partida entre os clubes mais populares o Ypiranga tinha em seu quadro o maior jogador da Bahia: Apolinário Santana o (Popó) ídolo no estado tinha até uma musica “Popó chuta chuta, chuta por favor, mela, mela, mela e lá vai é gol” (melar na época era driblar o adversário), com uma linha média formada por Mica, Nebulosa e Hercílio e uma linha de ataque formada por Lago, Popó, Dois Lados, Matices e Cabloco o Ypiranga assombrava com goleadas de quatro, cinco, seis e até mesmo de dez gols, em 1923 no dia 15 de abril em uma tarde de gala Popó marca os cinco gols do Ypiranga sobre o Fluminense/RJ no Campo da Graça em jogo vencido pelo auri-negro por 5 a 4.

Já no Botafogo que também tinha uma linha media espetacular como assim me contava Chico Bezerra, a quem eu tive o prazer de conhecer em 1987 quando trabalhava em um escritório de advocacia, ele que fora jogador do Vitória e depois do Botafogo, a linha formada por Serafim, Tenente e Chico Bezerra, tinha no ataque um arsenal vigoroso formado por Tatuí, Macedo, Manteiga, Seixas e Pelego, sendo Manteiga o seu astro principal ele também foi o grande nome na vitória sobre o Fluminense/RJ no dia 12 de abril de 1923 marcando os dois gols do alvi-rubro.

Com estes grandes quadros compostos de bons jogadores se tem a idéia do que era este jogo, campeão em 1917/1918, viu o sonho do tri se acabar em duas derrotas por 1 a 0 e 2 a 1 para o rival e nem chegar a final e ver o Botafogo levantar a taça, em 1920 volta a erguer a taça numa final memorável contra a Associação Atlética por 1 a 0 com um gol de Dois Lados, que após o jogo teve o pé que marcou o gol banhado por champagne, e com uma goleada de 4 a 1 sobre o rival. Em 1921 um Ypiranga arrasador vence facilmente o campeonato com onze vitórias nos onze jogos e claro bate o rival por 2 a 1 no dia 08/05/1921.

Na temporada seguinte o glorioso reacende a rivalidade ao impedir um novo tri do Ypiranga e vencer as duas partidas entre eles uma por 2 a 0 em 14/07/22 e uma goleada pra fechar com chave de ouro a campanha por 7 a 0 no dia da padroeira de Salvador Nsª Srª da Conceição dia 08/12/22 com esta goleada o auri-negro ficou apenas na quarta colocação, Manteiga e Seixas brindaram o torcedor e em especial Pedro Capenga que comandava a animação no lado da torcida alvirrubra. No ano seguinte mais alegrias para os botafoguenses com a conquista de um inédito bicampeonato em uma final extra contra a Associação Atlética da Bahia por 1 a 0 gol de Pelego nos confrontos houve uma vitória para cada Ypiranga 2 a 0 e uma do Botafogo 3 a 1.

Em 1924 a Associação Atlética da Bahia vence o campeonato, nos jogos entre os rivais mais uma vez uma vitória para cada Botafogo 2 a 0 e Ypiranga 3 a 0, porém neste ano houve um quadrangular final e ambos foram eliminados nas semifinais, já em 1925 tivemos a retomada da hegemonia da dupla com o Ypiranga campeão neste ano e duas vitórias esmagadoras por 3 a 0 e 5 a 1, no ano seguinte o Botafogo leva a melhor nos turnos uma vitória para cada 4 a 2 para o Botafogo e 1 a 0 Ypiranga que tirou o título neste jogo e levando a decisão para uma extra já em 1927 no dia 09 de janeiro festa alvirrubra com uma acachapante vitória por 7 a 2 neste jogo um jovem Rubinho comandou a goleada marcando três gols, mais tarde jogou também no Bahia. Em 1927 o campeão é o Clube Bahiano de Tênis mais nos clássicos só deu Ypiranga que venceu por 3 a 2 e 4 a 1.

Em 1928 e 1929 o Ypiranga vem com a corda toda pra ter posse da hegemonia da terra e com uma novidade na linha de frente Pelágio um atacante rápido, habilidoso que passou a ser o terror das defesas adversárias, no dia 19/08/28 um jogão com um empate em 5 a 5 segundo Chico Bezerra neste jogo ele se contundiu após um choque com Delano do Ypiranga e nunca mais voltou a jogar, no segundo turno o Ypiranga venceu por 7 a 4 e venceu o campeonato com outra goleada diante o Bahiano de Tênis por 7 a 3 neste ano o auri-negro marcou 47 gols e 10 jogos media fabulosa de 4,7 gols por jogo. No ano de 1929 os dois travaram uma disputa bem acirrada até a rodada final, no turno a Ypiranga venceu por 2 a 0 com gols de Pelágio, no segundo houve um empate em 4 a 4 o time canário somente se sagrou campeão por ter a Associação Atlética da Bahia segurado um empate contra o Botafogo em 4 a 4 na ultima rodada e deu ao Ypiranga mais um bicampeonato, fato que levou um diretor do mais querido a se dirigir para a Associação Atlética à noite e pagar uma rodada de gasosa de limão aos atletas a agremiação como agradecimento ao título Brás Moscoso que era famoso por ter dado a chance de muita gente começar no futebol no amadorismo, pois os atletas às vezes se atrasavam para o jogo por irem de bonde ou a pé e ele pegava jovens na arquibanca ou geral e botava o cara pra jogar mesmo fato feito com Rubinho, Gegê, Nelson e Serra.

No ano de 1930 o Botafogo mais uma vez estragou a tentativa de um tricampeonato do Ypiranga que apesar do ataque arrasador com 44 gols em 8 jogos não foram o suficiente para levar o time à conquista, nos jogos entre eles Botafogo 3 a 1 no turno e Ypiranga 3 a 0 no returno, neste ano o Ypiranga aplicou uma sonora goleada diante o Democrata FC por 16 a 0 com Pelágio marcando 6 vezes e Popó 4 vezes.

Em 1931 surge à nova e maior força do futebol da Bahia, o Esporte Clube Bahia e logo de inicio começa a demolir a hegemonia da dupla que elevava o nome do futebol na Bahia, o Ypiranga ainda venceu os campeonatos de 1932, 1939 e 1951, enquanto o Botafogo venceu o campeonato de 1935 e o primeiro de 1938 já que neste ano se realizou dois torneios o outro vencido pelo Bahia, em 1933 surge o Galicia que levou a taça em 1937 e 1941, 1942 e 1943 e passou a rivalizar com o Bahia no jogo mais quente do estado. Em 1932 o Ypiranga levantou a taça com Baiano na zaga que depois se transferiu para o Andaraí do Rio, Nova no gol, Popó e Lago ainda dando muito trabalho na frente e Pelágio que no ano seguinte se transferiu para o Bahia, nos jogos contra o Botafogo foram dois empates em 1 a 1 e 2 a 2, em 1935 o Botafogo levou a melhor venceu uma por 4 a 2 e perdeu a outra por 2 a 1, neste ano o Botafogo apresentou para o futebol baiano o atacante Henrique que era apelidado de Teleco mais não o que foi ídolo no Corinthians eles se pareciam segundo a crônica da época fato relatado por Jorge San Martin a minha pessoal em 2006.

Em 1938 o Botafogo vence o seu ultimo campeonato e em três confrontos com o rival todos empatados por 2 a 2 o primeiro e os dois últimos em 3 a 3 e com este empate no ultimo clássico o alvirrubro ergueu a sua ultima taça. Em 1939 o Ypiranga leva a taça para casa com uma novidade são três turnos, com um empate em 3 a 3 no terceiro turno e uma vitória por 3 a 2 no primeiro e 7 a 2 no segundo para o mais querido, o fato interessante é que apesar da rivalidade entre ambos na época o Ypiranga só levou o troféu porque na ultima rodada o Botafogo derrotou o Galicia por 3 a 2 resultado que deu o titulo ao clube da Vila Canária.

Em 1951 é a vez do ultimo titulo do Ypiranga, o primeiro campeão de um campeonato na Fonte Nova recém inaugurada, com um time que para muito que viram jogar foi um dos maiores quadros do futebol da Bahia: Ferrari; Pequeno e Valder; Walter, Zizo e Raimundo; Chaves, Antonio Mario, Novinha, Israel e Raimundinho era quase que imbatível só tenho registro de uma partida vencida pelo Ypiranga por 4 a 1 com gols de Antonio Mario (2) e Israel (2).

Em 1965 tivemos um dos últimos ou talvez o ultimo grande capitulo da historia do clássico quando houve a decisão do 1º turno que ficou conhecido como o super turno quando ao lado do Fluminense de Feira tivemos um triangular sensacional em ida e volta com o Ypiranga vencendo o jogo da ida por 2 a 1 e no final do returno o Botafogo venceu de forma magistral por 4 a 1 Nilson (2), Machado e Dario ©; Zé Oto marcou o gol do auri-negro com este resultado o Botafogo venceu o primeiro turno naquele ano.

Conheci muitas pessoas além de meu finado pai que me falavam deste jogo, gente como Chico Bezerra e Valder que jogaram partidas eletrizantes entre eles mesmo em épocas diferentes Chico jogou nos anos dourados do clássico e Valder em tempos que o clássico maior era Bahia e Galicia ou Bahia e Ypiranga, mais me falava que quando o jogo era contra o Botafogo a chama da rivalidade se ascendia como em 1950 numa goleada de 6 a 1 do Ypiranga com Antonio Mario só faltando chover no Campo da Graça com dois golaços e passes e jogadas de categoria, já em 1956 foi à vez de Zague levar Valder e seus companheiros a loucura na vitória de 4 a 1 do alvirrubro diante o rival mais no segundo turno houve o troco com vitória auri-negra por 4 a 2 com Vadu marcando dois e Antonio Mario e Amor completando o massacre, são histórias fantásticas relatadas por gente que este mais que lá, esteve dentro do gramado correndo, suando, brigando tentado levar o seu clube a vitória em um jogo que mexia com os nervos da população nos primórdio do nosso futebol.

Em 1976 eu tive o prazer de acompanhar pela primeira vez um clássico entre Ypiranga e Botafogo numa preliminar de Bahia e Galicia, ao ver a entrada dos clubes em campo o Botafogo com suas camisas vermelhas, calções brancos e meias vermelhas e o Ypiranga com suas camisas amarelas com listras finas negras, calções amarelos e meias amarelas e negras fiquei a imaginar como não seriam no passado glorioso aquelas duas equipes jogando no Campo da Graça lotado, deveria se muita emoção.

No dia 03 de Junho de 1987 foi realizado o ultimo embate entre os dois rivais pelo segundo turno do campeonato baiano de 1987 na Fonte Nova numa rodada dupla que teve na preliminar o Galicia perdendo para o Fluminense de Feira por 1 a 0, naquela tarde de chuva na Fonte Nova estive presente como passei a fazer desde de 1976 para ver aquele jogo que me atraia pelos padrões dos times, aquele foi o ultimo confronto entre ambos um empate em 1 a 1 com Carlinhos Mocotó marcando para o Botafogo e Rubem para o Ypiranga e para a minha tristeza de ser o ultimo o Botafogo jogou de branco e o Ypiranga todo de amarelo.

Texto: Galdino Silva
Fontes: RSSSF Brasil
Blog granadeiros azulinos
Jornal A Tarde

OUTUBRO MÊS ABENÇOADO PARA O FUTEBOL! MUITOS CRAQUES NASCERAM NO MÊS 10

Realmente o mês de outubro é para o futebol um transbordo de natalidade de grandes personalidades do mundo do futebol de todos os tempos, muitos craques fantasticos nasceram no mês que leva o numero dez, dez de camisa 10 que simboliza e imortalizou muitos craques do passado e no presente ainda é marca registrada do diferencial jogador e craque do mundo extraordinário do futebol mundial.

01/10/1966 – GEORGE WEAH – LIBERIA
02/10/1935 – OMAR SIVORI – ARGENTINA
03/10/1981 – ZLATAN IBRAHIMOVIC – SUÉCIA
05/10/1960 – CARECA – BRASIL
07/10/1934 – PAGÃO – BRASIL
08/10/1928 – DIDI -BRASIL
08/10/1968 – ZVONIMIR BOBAN – CROACIA
11/10/1937 – BOBBY CHARLTON – INGLATERRA
12/10/1922 – WALDEMAR FIUME – BRASIL
13/10/1931 – RAYMOND KOPA – FRANÇA
16/10/1953 – PAULO ROBERTO FALCÃO – BRASIL
18/10/1933 – GARRINCHA – BRASIL
20/10/1956 – DARIO PEREYRA – URUGUAI
21/10/1933 – GENTO – ESPANHA
22/10/1929 – LEV YASHIN – RUSSO
23/10/1940 – PELÉ – BRASIL
30/10/1960 – DIEGO MARADONA – ARGENTINA
31/10/1964 – MARCO VAN BASTEN – HOLANDA
31/10/1920 – FRITZ WALTER – ALEMANHA

Deu até pra fazer uma seleção com estes jogadores nascidos no mês de outubro, tive de fazer algumas adaptações mais deu um timaço:

SELEÇÃO: YACHIN; WALDEMAR FIUME, FALCÃO e DARIO PEREYRA ; KOPA, DIDI, MARADONA, PELÉ E GENTO; GARRINCHA E VAN BASTEN.

Tem até treinador para este esquadrão:

ARSÉNE WENGER – francês nascido no dia 22/10/1949, hoje técnico do Arsenal da Inglaterra.

Texto: Galdino Silva
Fontes: Wikipédia

ARTIGO DA SEMANA N° 43/2008 1941/1942 E 1943 OS ANOS DOURADOS DO GALICIA

A década que reservava grandes emoções para o torcedor galiciano começou com o Galícia tentando vencer o Campeonato Baiano do ano anterior. Devido a problemas estruturais e de organização, o Baianão de 39 terminou somente no dia de Yemanjá.

Dois de fevereiro de 1940 foi a data do jogo que deu o título baiano de 1939 ao Ypiranga. O Galícia ocupava o segundo lugar na tabela e precisava vencer o Botafogo para sagrar-se campeão. Chegou a estar à frente do placar, mas permitiu a virada do clube chamado de “glorioso” e perdeu o jogo por 3×2, ficando com o vice-campeonato.

Na década de 1940, o jogo Galícia x Bahia era considerado pela imprensa como o “Fla x Flu baiano”. Isso, porque as duas equipes quando se enfrentavam davam o melhor de si para conquistar a vitória. A rivalidade se assemelha ao memorável Ba x Vi, dos dias de hoje.

Porém, o acontecimento esportivo de mais notoriedade dos anos de 1940 foi à conquista do Tri-campeonato Baiano pelo Galícia. Os três anos seguintes a 1940 foram determinantes para sagrar o Azulino como um grande clube de futebol baiano. A mídia, que havia criticado os azulinos pelas campanhas não muito convincentes nos anos posteriores à conquista do campeonato de 1937, percebia que o Galícia teria destaque no início da década e alertavam que o clube lutaria para reconquistar o título de “O Demolidor de Campeões” – termo usado pela imprensa atribuído ao jornalista do jornal A Tarde, Aristóteles Gomes, a autoria do apelido.

Antes da empreitada em busca do que seria uma seqüência de conquistas do Baianão, o Galícia conquistou em 24/3/1941 o título de campeão do Torneio Relâmpago, vencendo o Bahia na final por 6×4. Os artilheiros do jogo foram Curto e Cacuá, que marcaram dois gols cada, Vevé e Tabaréo marcaram um, cada.

E não foi só isso! Os granadeiros realizaram a façanha de derrubar grandes clubes do eixo Rio-São Paulo, como narra o Diário de Notícias de 31/3/1941: “Não desmerecendo a sua tradição e o seu valor, após 90 minutos de luta equilibrada, disputada palmo a palmo, deixou o campo com as honras do triunfo o ‘Demolidor de Campeões’ – O Galícia soube corresponder à confiança do público esportivo baiano realizando ontem a façanha de derrotar o Vasco da Gama por 2×1. Gols de Reginaldo e Cacuá”.

O Campeonato Baiano de 41 iniciou no dia 12 de maio, com o Galícia vencendo o Fluminense de Salvador, por 2×1. Daí em diante foi só alegria. O Galícia se manteve invicto até as últimas rodadas do campeonato. 2×1 no Vitória e no Bahia, e 5×2 no Botafogo, foram algumas das brilhantes vitórias da equipe galiciana.

Até um empate em 1×1 com o Ypiranga, contando com apenas nove jogadores em campo [o Galícia], foi abrilhantada pela cobertura midiática. Como era o ano de intensas alegrias, fatos inusitados também ocorreram. Num jogo amistoso o Galícia detonou uma goleada de 13×1 em cima da equipe do Hipagriba. Novinha e Mário Porto foram quem mais marcaram, três gols cada. Curto fez dois gols e Carapicú, Palmer e Mimi fecharam a contagem.

Mas, pra variar, Cartolas baianos tentaram ofuscar mais uma vez o brilho inquestionável do azulino. O Bahia queria uma melhor de três contra o Galícia, na final. O azulino, por sua vez, não concordava e considerava-se com quatro pontos à frente do Tricolor na tabela. Depois de muita confusão e indefinição o Campeonato Baiano de 1941 encerrou no dia 25 de fevereiro de 1942, tendo o Galícia proclamado Campeão Baiano.

Já o bicampeonato não foi tão truculento. Depois de uma campanha invejável a equipe granadeira conquistou o Campeonato Baiano de 1942, vencendo o seu sempre freguês, o Bahia, por 3×1, no dia 31 de outubro de 1942. Gols de Palito (dois) e Reginaldo.

A história do Tri, é, sem dúvida, cheia de emoção. O Campeonato de 1943 foi decidido em uma melhor de três contra o Botafogo. O Galícia chegou à disputa do título após está, quase todo o campeonato, na terceira colocação da tabela, e o Botafogo liderando.

A chegada para a reta final foi alcançada por mérito do próprio Galícia, que impediu a acelerada marcha do Botafogo rumo ao título. No jogo em que o Botafogo sagrar-se-ia campeão se vencesse ou empatasse, o Galícia derrubou-o por 3×0. Todos os três gols de Izaltino. E se lançou para a disputa do título.

No primeiro confronto o Galícia saiu na frente e ganhou o jogo por 4×2, no dia 18/4/1944, com gols de Izaltino, Pequeno, Louro e Curto. No segundo embate, no dia 25/4/1944, o Botafogo venceu por 2×1, dando mais emoção à final. Na última e decisiva partida do Campeonato Baiano de 1943 o time da Cruz de Santiago, o Galícia, venceu o Botafogo por 5×1, sagrando-se TRI-CAMPEÃO BAIANO, no dia 28 de abril de 1944, com gols de Pequeno (fez dois), Izaltino, Curto e Alberto.

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O time base desta conquista está guardado ainda vivo na memória do torcedor granadeiro e dos bons amantes do futebol, tenho o prazer da amizade de dois sobrinhos de Carapicu os meus amigos Walter Silva e MIlton Silva que foi campeão baiano de 1946 pelo Guarani, que me falam da magia de ver aquela equipe jogando um futebol vistoso e que derrotava qualquer equipe do Brasil ou da América do Sul.

Equipe de 1941: Nova , Carapicú, e Daruanda; Nevercínio, Falabaixinho e Nouca; Louro, Curto, Pequeno, Novinha e Isaltino. Reservas: Valter, Cacuá e Carola.

Campanha de 1941:

25/5/1941
Galícia Esporte Clube 2-1 Botafogo Sport Club

15/6/1941
Galícia Esporte Clube 2-1 Esporte Clube Vitória

29/6/1941
Galícia Esporte Clube 1-0 Esporte Clube Ypiranga

13/7/1941
Galícia Esporte Clube 2-1 Esporte Clube Bahia

17/8/1941
Galícia Esporte Clube 5-2 Botafogo Sport Club

7/9/1941
Galícia Esporte Clube 3-3 Esporte Clube Vitória

21/9/1941
Galícia Esporte Clube 1-1 Esporte Clube Ypiranga

05/10/1941
Esporte Clube Bahia 1-0 Galícia Esporte Clube

Equipe de 1942: Nova , Carapicú, e Daruanda; Nevercínio, Carola e Nouca; Louro, Curto, Pequeno, Cacuá e Isaltino.

Campanha de 1942:

14/6/1942
Galícia Esporte Clube 4-2 Esporte Clube Ypiranga

09/7/1942
Galícia Esporte Clube 5-4 Botafogo Sport Club

26/7/1942
Galícia Esporte Clube 6-4 Guarany Sport Club

06/8/1942
Galícia Esporte Clube 4-1 Esporte Clube Bahia

16/8/1942
Galícia Esporte Clube 2-1 Esporte Clube Ypiranga

07/9/1942
Galícia Esporte Clube 5-1 Botafogo Sport Club

27/9/1942
Galícia Esporte Clube 3-1 Esporte Clube Vitória

11/10/1942
Galícia Esporte Clube 5-1 Guarany Sport Club

30/10/1942
Galícia Esporte Clube 3-1 Esporte Clube Bahia

Equipe de 1943: Nova , Carapicú, e Palmer; Nevercínio, Carola e Nouca; Louro, Curto, Pequeno, Cacuá e Isaltino. Reservas: Valter, Falabaixinho e Daruanda, Tallas e Neiva.

Campanha 1943:

09/5/1943
Esporte Clube Vitória 4-3 Galícia Esporte Clube

13/6/1943
Galícia Esporte Clube 1-1 Esporte Clube Bahia

25/7/1943
Galícia Esporte Clube 4-1 Guarany Sport Club

15/8/1943
Botafogo Sport Club 2-1 Galícia Esporte Clube

12/3/1944
Galícia Esporte Clube 3-1 Esporte Clube Ypiranga

03/10/1943
Galícia Esporte Clube 3-2 Esporte Clube Bahia

02/1/1944
Galícia Esporte Clube 6-0 Guarany Sport Club

16/1/1944
Galícia Esporte Clube 6-0 Botafogo Sport Club

30/1/1944
Galícia Esporte Clube 3-2 Esporte Clube Vitória

19/3/1944
Galícia Esporte Clube 4-4 Esporte Clube Ypiranga

30/3/1944
Botafogo Sport Club 3-3 Galícia Esporte Clube

2/4/1944
Esporte Clube Vitória 4-1 Galícia Esporte Clube

9/4/1944
Galícia Esporte Clube 3-0 Botafogo Sport Club

13/4/1944
Galícia Esporte Clube 3-2 Esporte Clube Vitória

18/4/1944
Galícia Esporte Clube 4-2 Botafogo Sport Club

23/4/1944
Botafogo Sport Club 2-1 Galícia Esporte Clube

27/4/1944
Galícia Esporte Clube 5-1 Botafogo Sport Club

SERIE DEMOLIDOR DE CAMPEÕES:

Galicia 2 x 1 Vasco da Gama/RJ em Salvador em 1941

Galicia 4 x 1 Sport Recife em Salvador em 1941

Galicia 3 x 3 Sport Recife em Recife em 1941

Galicia 7 x 1 Ceará Sporting em Salvador em 1941

Galicia 4 x 2 São Paulo FC em Salvador em 1941

Galicia 9 x 2 Riachuelo/SE em 1941

Galicia 6 x 0 Cotinguiba/SE – 1942

Galicia 4 x 3 Gimnasia y Esgrima/ARG – 1941

Galicia 3 x 2 Gimnasia y Esgrima/ARG – 1941

Galicia 2 x 1 Sport Recife em Recife – 1942

Galicia 3 x 1 Sport Recife em Salvador – 1942

Galicia 4 x 1 Maguary em Fortaleza – 1943

Fontes: blog granadeiros azulinos
textos: Carlos Eduardo Freitas
Jornal A Tarde

1976! UM BAVI TERMINA NA DELEGACIA. EM 1995 NOVA EMBATE EM UMA DP.

Geralmente, o futebol ocupa, nos jornais, o espaço dedicado aos esportes. O Campeonato Baiano de 1976 mudou um pouco a regra. No dia 25 de julho, assim que o clássico Bahia x Vitória terminou, a Fonte Nova foi palco de um conflito que envergonhou o futebol baiano. Os jogadores do Bahia, que tinham sido derrotados por 1X0, inconformados com o resultado, partiram para cima dos jogadores do Vitória. Não foi o primeiro incidente, já que em outros jogos, a prática anti-desportiva foi idêntica. Só que, desta vez, acabou na delegacia.

Rodolf Fischer, Jurandir, Jorge Valença e Léo Sales, todos eles jogadores do Esporte Clube Vitória, dirigiram-se até a Primeira delegacia no mesmo dia. Acompanhados pelo presidente do clube Alexi Portela, foram submetidos a exame de corpo delito. O artilheiro argentino Fischer apontou Paulo Maracajá ( diretor do Bahia), Perivaldo, Sapatão e Jesum (jogadores), como os seus agressores. Irritado, Fischer lamentou o acontecimento:

“Esses caras são uns selvagens. Não sabem perder. Todo jogo que ganhamos eles procuram apelar. Perdemos recentemente para eles e não houve problemas. Futebol não é isto. Vim da escola do futebol argentino, onde o esporte é muitas vezes viril, mas não há deslealdade. Futebol é para profissionais autênticos e não para selvagens.”

Este episódio originou alguns comentários irônicos e espirituosos. Tim, o técnico do Vitória, que fora um dos grandes craques do futebol brasileiro, comentou:

“Andaram falando que o Bahia viria a campo treinar. Realmente, também preparei meu time para um treino. E como em treino, tem que haver gol, o Vitória foi lá e ganhou o coletivo.”

Já o presidente do Esporte Clube Vitória, Alexi Portela, para protestar contra o ato de violência, enviou uma carta de renúncia ao presidente do Conselho Deliberativo, Luis Catarino Gordilho. O trecho mais interessante da carta é o seguinte:

“Sou presidente de um clube de futebol e não presidente de uma equipe de lutadores profissionais. Não vou trazer craques para o meu time para depois fazer suas esposas viúvas. Meus jogadores são agredidos todas as vezes que ganham do Bahia. Então, cheguei à conclusão de que ganhar do Bahia é um crime. Como não podemos ganhar do Bahia, sem que nossos jogadores sejam massacrados, é melhor sair para não comandar um time que deixará muitas senhoras viúvas.”

Eram tempos de glórias do nosso futebol, um campeonato bem disputado não somente por Bahia e Vitória, mais também pelo Fluminense de Feira, Itabuna e Atlético de Alagoinhas que venceu todos os jogos contra o Vitória neste ano e a cada clássico havia um avitória para cada quadro, como o Bahia tinha vencido o anterior por 3 a 1, se acharam invenciveis e favorito para este jogo e o Vitória que já havia conquistado duas fases do campeonato e vinha de uma derrota para o Atlético de Alagoinhas também por 3 a 1 ai o Bahia contou com ovo antes da galinha por e perdeu por 1 a 0 gol de Fischer e depois do jogo o sururu tomou conta por todos foram pra cima do arbitro Clinamute Vieira França, todos digo do Bahia os jogadores do Vitória tentaram proteger o arbitro e ai o pau quebrou mais não era a primeira vez naquele ano, em outras jogos que o Bahia saiu derrotado para o Vitória houve quase confusão e neste não teve como não conter a fúria sem causa dos jogadores em questão.

Sem dúvidas um dos fatos lamentaveis do futebol baiano.

Em outro Ba-Vi pelo Campeonato Baiano, em 1995, na tentativa de desestabilizar o adversário, forçar uma agressão e, consequentemente, expulsão, o falastrão e baixinho meia Preto, do Vitória, insinuou que ter mantido relações sexuais com a mulher do tricolor Parreira, zagueiro. Prontamente, o defensor do Bahia revidou e acabou levando o vermelho, para a satisfação de Preto e da torcida rubro-negra.

Na saída do gramado, Parreira cometeu a asneira de narrar o fato aos repórteres. Como os dois atletas moravam no mesmo condomínio, na orla de Salvador, a imprensa logo tratou de especular que o suposto envolvimento sentimental entre Preto e a esposa do colega realmente acontecia, o que foi negado pelo provocador.

O caso teve enorme repercussão e foi parar, logicamente, nas arquibancadas. Em outro clássico, dias depois, um dos coros da galera rubro-negra era – “Preto transou com a mulher Parreira”, repetido exaustivamente, para desespero do zagueirão.

Inflamado com os gritos da torcida adversária e as provocações de Preto, Parreira deu um soco no meia e, novamente, foi expulso. Só que, após o jogo, não foi para a sua casa, e sim para a residência de Preto.

Parreira invadiu a casa do meia, armado com um revólver. Puxou o colega pelos cabelos e o levou até a sua casa. Mandou que ele ajoelhasse em frente à sua esposa e, com a arma apontada para a cabeça, desmentisse o adultério. O “pedido” foi plenamente atendido.

Liberado, Preto foi até a delegacia e prestou queixa. Parreira alegou ter agido em defesa da honra. E ficou por isso mesmo.

Este também foi outro fato lamentável do nosso futebol, quem jogou futebol sabe que dentro de campo as vezes saem estas baboseiras um xinga o outro; o outro manda aquele outro tomar naquele lugar, chamam uns aos outros de filho da p… e etc, neste dia Preto que como eu era mestre em destabilizar o emocional de qualquer um fraco de cabeça mais quase pagou caro ainda bem que ficou somente nisto.

Textos: Galdino Silva
Fonte: A História dos Ba-Vis de Normado Reis
Canal EC Vitória na net

CODINOMES E ALCUNHAS DO FUTEBOL BAIANO DO PASSADO E DO PRESENTE

Aqui na Bahia sempre foi costume da nossa crônica esportiva batizar os jogadores dos nossos clubes com apelidos, adjetivos e outros codinomes em uma entrevista com Jorge San Martins um dos mais brilhantes nomes da nosso crônica esportiva, para mim o maior ele me concedeu o prazer de estar com ele neste dia quando preparava o Programa Esporte Nativa da Radio Comunitária onde eu trabalhava.

DOIS LADOS – Atacante do Ypiranga na década de 20 ( O Especialista)

GAMBARROTA – Atacante do Bahia na década de 30 (Gambá)

FALABAIXINHO – Meia atacante do Galicia nas décadas de 30 e 40 (O Malabarista)

GERECO – Atacante do Bahia nas década de 40 e 50 ( O Craque)

FABRINI – Meia do Bahia na década de 40 ( O Cérebro)

ZÉ HUGO – Atacante do Bahia na década de 40 e 50 ( El Matador)

VELAU – Atacante do Bahia na década de 40 ( O Inspirado)

LESSA – Goleiro do Bahia anos 40 ( Uma garantia)

PERIPERI – Goleiro do Ypiranga e do Vitória anos 50 (O homem elástico)

TOMBINHO – Atacante do Vitória anos 50 ( O Terremoto)

NADINHO – Goleiro do Vitória e do Bahia anos 50 e 60 ( O Macho)

CARLITO – Atacante do Bahia anos 40 e 50 (O Matador)

MARITO – Atacante do Bahia anos 50 e 60 ( Diabo Loiro)

HENRIQUE – Zagueiro do Bahia nos anos 50 e 60 ( O Imponente)

QUARENTINHA – Atacante do Vitória anos 50 ( Cabeção)

MARIO – Meia do Bahia anos 60 ( O Maestro)

DIDICO – Atacante do Vitória anos 60 ( Terrível Matador)

ENALDO – Meia do Galicia anos 60 ( Categoria)

ROBERTO REBOUÇAS – Zagueiro do Bahia anos 60 e 70 ( O Xerife)

ELISEU – Meia do Bahia anos 60 e 70 ( O gênio)

DOUGLAS – Meia do Bahia anos 70 ( O Lorde)

OSNI – Atacante do Vitória e do Bahia anos 70 e 80 ( O Baxinho Infernal)

JUCA – Lateral Esquerdo do Atlético de Alagoinhas ( O Carcará)
BAIACO – Volante do Bahia anos 70 ( O operário padrão tricolor)

THYRSON – Atacante do Bahia anos 70 ( O Chiqitita)

FREITAS – Atacante do Fluminense de Feira anos 60 e 70 (O Índio Apache)

DAVI – Meia do Vitória anos 70 (Cara de Jegue)

FISCHER – Atacante do Vitória anos 70 – ( O Touro Indomável)

SIVALDO – Atacante do Botafogo/BA e Vitória anos 70 ( O Gato Feliz)

XAXÁ – Zagueiro do Vitória anos 70 – ( O Xerifão)

JESUM – Atacante do Bahia anos 70 – ( Uri Jesum – alusão a Uri Geller)

SABINO – Atacante do Leônico e Fluminense de Feira (Coice de Mula)

IBERÊ – Goleiro do Vitória e Leônico anos 70 e 80 ( Doutor – é formado em medicina)

WASHINGTON LUIZ – Jogador do Bahia anos 70 e 80 ( O Gato Seco ou Coringa)

EMO – Meia do Bahia anos 80 – ( O Seco)

BIGU – Volante do Vitória anos 80 ( O Deus da Raça) para a crônica local.

SALES – Volante do Bahia anos 80 – (Super Sales)

DEMA – Volante do Vitória e Galicia anos 80 ( Carregador de Piano)

MARCÃO – Volante da Catuense anos 80 ( O Canhão de Navarrone)

MARINHO – Meia do Bahia anos 80 ( O Apolônio)

EDINHO – Lateral do Fluminense de Feira e do Bahia anos 70 e 80 (Jacaré)

RICKY – Atacante do Vitória anos 80 – (A Gazela Africana)

CHARLES – Atacante do Bahia anos 80 e 90 ( Anjo 45)

BOBÔ – Meia da Catuense e Bahia anos 80 e 90 ( A Elegância Sutil)

ARTHURZINHO – Meia do Vitória anos 90 ( Rei Arthur)

AGNALDO – Atacante do Vitória anos 90 ( O Capacete)

NALDINHO – Atacante da Catuense e Bahia anos 80 e 90 ( Maritaca)

LIMA SERGIPANO – Volante do Bahia anos 90 – (Cabo Lima)

NEI SANTOS – Volante do Vitória anos 90 ( O Capitão)

RUSSO – Lateral do Vitória anos 90 – ( O Cangaceiro ou O Lampião)

ZÉ ROBERTO – Atacante do Vitória anos 90 ( O Loiro Infernal)

UESLEI – Atacante do Bahia e Vitória anos 90 – ( O Pitbull)

NONATO – Atacante do Bahia anos 00 ( O Jabuti Atômico)

BEBETO CAMPOS – Meia do Vitória e Bahia anos 90 e 00 ( A Formiga Atômica)

Fonte: Jorge San Martins cronista e radialista do Radio Baiano.
Entrevista me cedida em 04/09/2006 para o programa Esporte Nativa da Nativa FM 88.3 Radio Comunitária.

SELEÇÃO ESTADUAIS! SERIA UM CAMPEONATO DAQUELES SE FOSSE DISPUTADO NOVAMENTE

Antigamente no Brasil, antes de serem disputados o Torneio Rio-São Paulo, Taça Brasil, Robertão e Campeonato Brasileiro era disputado o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais mais o Distrito Federal, com o surgimento de novas competições, esta veio com o tempo a ser extinta, no inicio dos anos setenta criou-se um campeonato de juniores de seleções estaduais e com o tempo também deixou de ser disputado. Imaginando como seria uma competição realizada hoje e com os jogadores somente podendo defender os seus estados de origem, fiz uma pesquisa e formei algumas seleções e olhem tem cada timaço e certamente seria uma competição muito equilibrada.

SELEÇÃO DE ALAGOAS

Flávio – Parana
Wagner Diniz – Vasco
Pepe – Real Madrid
Paulo Marcos – Asa
Jadilson – Cruzeiro
Jânio – Asa
Adriano Gabiru – Sport
Morais – Corinthians
Souza – Grêmio
Aloisio – ex-São Paulo
Elton – ex-Corinthians

SELEÇÃO DA BAHIA

Fabio Costa – Santos
Daniel Alves – Barcelona
Eduardo – Botafogo/RJ
Edcarlos – Fluminense/RJ
Junior – São Paulo
Rogério – Bahia
Jorge Wagner – São Paulo
Marquinhos – Vitória
Marcelo Ramos – Bahia
Liedson – Sporting Lisboa
Obina – Flamengo

SELEÇÃO DO CEARÁ

Raul Gomes – Fortaleza
Amaral – Palmeiras
Anderson Martins – Vitória
Ediglê – ex-Inter/RS
Esquerdinha – Icasa
Jonâtas – Flamengo
Dudu Cearense – ex-CSKA
Índio – ex-Vitória
Iarley – Ceará
Jardel – Criciuma
Jajá – Cruzeiro

SELEÇÃO DISTRITO FEDERAL

Alê – Beira Mar/POR
Nem – Atlético/MG
Lucio – Bayer Munique
Digão – Catania
Elivelton- Gama
Robston- Atlético/GO
Túlio – Botafogo/RJ
Amoroso – ex São Paulo
Kaká – Milan
Dimba – Brasiliense
Washington- Fluminense/RJ

SELEÇÃO DO ESPIRITO SANTO

Nilson ex-Vitória
Fabinho Capixaba – Mirasol
Gladstone – Palmeiras
Fabiano Eller – Santos
Maxwell – Internazionale
Maycon – Juventude
Cicero – Hertha Berlim
Luis C.Capixaba – Paysandu
Alan Delon – Ceará
Somália – Fluminense/RJ
Sávio – Desportiva

SELEÇÃO DE GOIAS

Rodrigo Calaça – Goiás
Wilson Goiano –
Renato Silva – Botafogo/RJ
Rogério Correia – Goiás
Romerito – Goiás
Danilo Portugal – Goiás
Sandro Goiano – Sport
Zé Roberto – Schalke 04
Juninho – Atlético/GO
Fernandão – Futebol Árabe
Túlio – Vila Nova

SELEÇÃO DO MARANHÃO

Clemer – Inter/RS
Arlindo Maracanã – Avai
Leonardo – Futebol Arabe
Marcio Araújo – Atlético/MG
Dutra – Sport
Fredson – Espanyol
Anailson – Atlético/GO
Jackson – Vitória
França – Futebol Japonês
Cleber Pereira – Santos
Guilherme – Cruzeiro

SELEÇÃO DO MATO GROSSO

Fabio – Cruzeiro
Schneider – Boavista/RJ
Fabricio – Ceará
Paulino – Luverdense
Nilton – Corinthians
Cadu – Futebol Árabe
Beto – Vasco
Everton – Flamengo
Bruno – Vitória Setúbal
Geilson – Atlético/PR
Jael – Atlético/MG

SELEÇÃO DO MATO GROSSO DO SUL

Marcelo Moretto – Benfica/POR
Alex Sandro – Nautico
Brenno – Partizan/CRO
Edmilson – Palmeiras
Eduardo Rosa – Marilia
Lucas – Liverpool
Jorge Henrique – Atlético/GO
Keirrison – Coritiba
Danilinho – Jaguares/Mex
Alberto – Barueri
Alex Dias – Goiás

SELEÇÃO DE MINAS GERAIS

Bruno- Flamengo
Denis – Corinthians
Roque Junior – Palmeiras
Thiago Heleno – Cruzeiro
Dedé – Borusia Dortmund
Gilberto Silva – Panatinaikos
Cristian – Corinthians
Wagner – Cruzeiro
Ramón Menezes – vitória
Alex Mineiro – Palmeiras
Kerlon – Chievo Verona

SELEÇÃO DO PARA

Alex Faváro- Paysandu
Pará – Ponte Preta
Marcelo Heleno – Santa Cruz
Vanderson – Vitória
Wellington Saci – Corinthians
Jobson – Paysandu
Elson – ex- Guarani
Luis Mario – Criciuma
Landu – Vasco
Lima – Santos
Nonato – Atlético/GO

SELEÇÃO DO PARANA

Rogério Ceni – São Paulo
Rafinha – Schalke 04
Aválos – Barueri
Naldo – Werder Brehme
Adriano – Sevilha
Marcão – Inter/RS
Belleti – Chelsea
Alex – Fernebaçhe
Lucio Flávio – Botafogo/RJ
Nilmar – Inter/RS
Alexandre Pato – Milan

SELEÇÃO DE PERNAMBUCO

Bosco – São Paulo
Tamandaré – Coritiba
Edson – Academica
Rovérsio – Santa Cruz
Leonardo – Nautico
Hernandes – São Paulo
Juninho – Lyon
Cleber Santana – Atlético
Carlinhos Bala – Sport
Rivaldo – Uzbequistão
Araújo – Emirados Arabe

SELEÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL

Renan – Valência
Paulo Baier – Goiás
Anderson Polga – Sporting Lisboa
Bolívar – Monaco
Anderson Pico – Grêmio
Mineiro – Chelsea
Emerson – Real Madrid
Anderson – Manchester United
Ronaldinho Gaúcho – Milan
Rafael Sobis – Futebol Arabe
Carlos Eduardo – Futebol Alemão

SELEÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE

Toni – Potiguar de Mossoró
Apodi – São Caetano
Alysson – Bahia
Adalberto – América/RN
Berg – Nautico
Matuzalem – Lazio
Ramalho – Goiás
Richarlyson – São Paulo
Souza – Atlético/MG
Marcio Mossoró –ex-Inter/RS
Marcos Bambam – Fortaleza

SELEÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Julio César – Internazionale
Leo Moura – Flamengo
Juan – Roma
Thiago Silva – Fluminense/RJ
Junior César – Fluminense/RJ
Ramires – Cruzeiro
Ibson – Flamengo
Diego Souza – Palmeiras
Roger – Futebol Arabe
Ronaldo – Milan
Adriano – Internazionale

SELEÇÃO DE SANTA CATARINA

Rafael Cordova – Atlético/GO
Maicon – Internazionale
Paulão – Figueirense
Fabio Fidelis – Avai
Edno – Portuguesa
Eduardo Costa – Bordeuax
Ademir Sopa – São Caetano
Marquinhos – Avai
Douglas – Corinthians
Rodrigo Gral – Futebol do Catar
Jean Coral – Vitória Guimarães

SELEÇÃO DE SÃO PAULO

Marcos – Palmeiras
Ilsinho – Shaktar Donesk
Alex Silva – Hamburgo
Chicão – Corinthians
Kleber – Santos
Fabinho – Corinthians
Zé Roberto – Bayern Munique
Diego – Werder Brehme
Dentinho – Corinthians
Luis Fabiano – Sevilha
Robinho – Manchester City

SELEÇÃO DE SERGIPE

Marcio – Atlético/GO
Elicarlos – Nautico
Valdson – Confiança
Alysson – Sergipe
Misso – Ex- Ponte Preta
Jailton – Flamengo
Canindé – Criciuma
Marcelinho – Confiança
Robson Luis – Santa Cruz
Cristiano – Ex- Bahia
Eanes – Nautico

Ficou de fora os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Paraiba, Piaui Rondônia, Roraima e Tocantins por não ter conseguido formar um time com onze jogadores nascidos nos respectivos estados.

Texto: Galdino Silva
Fontes: www.sambafoot.com.br
RSSSF Brasil
flaestatistica e flapédia

A ”Negra Maluca” de 1955, no Maracanã! Flamengo Tricampeão Carioca!


– Marlene olhou pidona para o noivo:
“Miro, vamos ao cinema domingo à noite? O Cine Real tá levando o filme “A Ponte de Waterloo” com a Vivien Leigh e o Robert Taylor. É a história de uma jovem que se prostitui pensando que o noivo morreu na 2ª guerra mundial. Dizem que é lindo!
– Miro coçou a cabeça pensativo.
Domingo, o seu América iria fazer o segundo jogo da decisão contra o Flamengo. Fez então uma promessa: “Se o América ganhar do Flamengo eu te levo ao cinema”.
Pela primeira vez Marlene uniu-se ao namorado para ouvir a narração de um jogo de futebol pelas ondas da rádio Tupi do Rio de Janeiro.
Na primeira partida, o Flamengo vencera por 1 a 0 com gol do Evaristo. Marlene roeu unhas até sangrar e, para sua felicidade, o América goleou o Flamengo por 5 a 1. Parecia mentira, afinal era 1º de abril.
Miro cumpriu a promessa: colocou Marlene no guidão de sua bicicleta e dirigiu pelas poeirentas ruas do Guarani até o cinema no centro de Brusque, onde assistiram ao filme.
A revanche vitoriosa do Mequinha levou a decisão do campeonato carioca para um terceiro jogo. Na quarta-feira, do dia 4 de abril. Maracanã lotado. Na negra, o Fla conquistou o Tri para tristeza do Miro que lamenta até hoje o fato de que Tomires tenha alijado da partida Alarcón – meia-esquerda paraguaio do América –com um pontapé no tornozelo.

Alarcón permaneceu em campo até os 38 minutos da primeira etapa, quando abandonou o gramado chorando. O craque vinha se constituindo na principal peça do time americano, que ficou com 10 jogadores até o final da partida.

Na época não havia substituições. O segundo tempo foi um passeio rubro-negro diante da fragilidade do adversário desfalcado.Este jogo deu ao Clube de Regatas Flamengo o título de tricampeão carioca, 1953/54/55.

EM PÉ (esquerda para a direita): Chamorro, Pavão, Jadir, Milton Copolillo, Tomires e Jordan;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Joel Martins, Duca, Evaristo, Paulinho e Babá;

C.R. FLAMENGO (RJ)        1       X       0       AMERICA F.C. (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã, na Zona Norte do Rio/RJ
CARÁTER1º jogo da final do Campeonato Carioca de 1955
DATADomingo, do dia 25 de Março de 1956
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACR$ 1.455.219,00
PÚBLICO87.623 pagantes
ÁRBITROFrederico Lopes (FMF)
FLAMENGOChamorro (nº 1); Tomires (nº 2), Pavão (nº 3), Jadir (nº 4), Dequinha (nº 5) e Jordan (nº 6); Joel (nº 7), Duca (nº 8), Evaristo (nº 10), Paulinho (nº 9) e Zagallo (nº 11). Técnico: Fleitas Solich.
AMERICAPompéia (nº 1); Rubens (nº 2), Édson (nº 3), Ivan (nº 4), Maneco (nº 5) e Hélio (nº 6); Canário (nº 7), Romeiro (nº 8), Leônidas (nº 9), Alarcon (nº 10) e Ferreira (nº 11). Técnico: Antônio Carlos Mangualde.
GOLEvaristo de Macedo aos 44 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.  
DESCRIÇÂODuca tocou para Evaristo. O zagueiro Édson estava na sua frente no centro da risca da área. Evaristo pega a bola e busca o passe para algum companheiro. Sem ter a quem passar, partiu para cima de Édson. Gingou o corpo, passou e soltou uma bomba para o gol. Pompéia quando percebeu pulou atrasado, e viu a bola morrer no ângulo direito de sua meta.

AMERICA F.C. (RJ)   5       X       1       C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã, na Zona Norte do Rio/RJ
CARÁTER2º jogo da final do Campeonato Carioca de 1955
DATADomingo, do dia 1° de Abril de 1956
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACR$ 1.699.842,80
PÚBLICO102.002 pagantes
ÁRBITROMário Vianna (FMF)
AUXILIARESFrederico Lopes (FMF) e Wilson Lopes (FMF)
AMERICAPompéia (nº 1); Rubens (nº 2), Édson (nº 3), Ivan (nº 4), Osvaldinho (nº 5) e Hélio (nº 6); Canário (nº 7), Romeiro (nº 8), Leônidas (nº 9), Alarcon (nº 10) e Ferreira (nº 11). Técnico: Antônio Carlos Mangualde.
FLAMENGOChamorro (nº 1); Tomires (nº 2), Pavão (nº 3), Jadir (nº 4), Dequinha (nº 5) e Jordan (nº 6); Joel (nº 7), Duca (nº 8), Evaristo (nº 10), Paulinho (nº 9) e Zagallo (nº 11). Técnico: Fleitas Solich.
GOLSFerreira aos 16 minutos (America); Joel aos 35 minutos (Flamengo); Alarcon aos 45 minutos (America), no 1º Tempo. Canário aos 5 minutos (America); Leônidas aos 40 minutos (America); Romeiro aos 42 minutos (America), no 2º Tempo.  

C.R. FLAMENGO (RJ)        4       X       1       AMERICA F.C. (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã, na Zona Norte do Rio/RJ
CARÁTER3º jogo da final do Campeonato Carioca de 1955
DATAQuarta-feira, do dia 4 de Abril de 1956
HORÁRIO21 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDACR$ 2.492.334,40
PÚBLICO147.661 pagantes
ÁRBITROMário Vianna (FMF)
AUXILIARESFrederico Lopes (FMF) e José Monteiro (FMF)
FLAMENGOChamorro (nº 1); Tomires (nº 2), Pavão (nº 3), Servílio (nº 4), Dequinha (nº 5) e Jordan (nº 6); Joel (nº 7), Duca (nº 8), Evaristo (nº 10), Dida (nº 9) e Zagallo (nº 11). Técnico: Fleitas Solich.
AMERICAPompéia (nº 1); Rubens (nº 2), Édson (nº 3), Ivan (nº 4), Osvaldinho (nº 5) e Hélio (nº 6); Canário (nº 7), Romeiro (nº 8), Leônidas (nº 9), Alarcon (nº 10) e Ferreira (nº 11). Técnico: Antônio Carlos Mangualde.
GOLSDida aos 15 e 43 minutos (Flamengo), no 1º Tempo. Romero aos 6 minutos (America); Dida aos 16 e 44 minutos (Flamengo), no 2º Tempo. 
o técnico Fleitas Solich e o presidente Gilberto Cardoso

COMENTÁRIOS SOBRE A FINAL DE 1955
Roberto Vieira disse…
Bom lembrar do pontapé… a história oficial por vezes esquece.

2 de Agosto de 2008 04:42
Mauro disse…
O campeonato de 1955 foi disputado em três turnos. Os dois primeiros classificavam uma equipe para a final, e o terceiro turno, com apenas seis clubes, classificava o outro finalista, se o vencedor fosse diferente do primeiro. A soma total de pontos nao tinha relevância. E adivinha quem foi o time com maior numero total de pontos? Pois é. E a gente não perdeu para aquele time que foi campeão roubado. Inclusive, ganhamos de 3 x 0 no terceiro turno. Quem nos derrubou foi o Fluminense. Hoje em dia, eles são fregueses, mas na época do Castilho o “osso era duro de roer”. Até pênalti do Ademir ele pegava.

4 de Agosto de 2008 14:27
Adalberto Day disse…
Que pena que o América não ganhou a decisão, mas é assim mesmo – tiveram que tirar um de campo para o Flamengo ter vantagem… Brincadeirinha. O Flamengo tinha um grande time. A nova roupagem do blog está muito boa.
Parabéns que continue a nos brindar com as suas histórias pelos comentários esportivo.
Adalberto Day cientista social de Blumenau

4 de Agosto de 2008 14:57
Anônimo disse…
Comentários: 1º) vi esse jogo. De fato, o time do Flamengo era bom, como todos, em termos: Dequinha, Joel, Evaristo, Dida e Zagalo eram “feras”; Chamorro e Jordan: bons; Duca: médio; Tomires e Pavão: dois Brucutus. O América não ficava atrás: Édson, Osaldinho, Hélio, Canário e Alarcon: “feras”; Pompéia, Romeiro e Ivan: bons; Rubens e Ferreira: médios; Leônidas: o melhor adjetivo para ele seria: Folclórico. Evidente que a retirada de Alarcon facilitou (e quanto!) para o resultado.
2º) vi Teixeirinha jogar no nosso Botafogo em 1947, quando eu tinha 14 anos. O time era: Ari, Sarno e Gérson; Nílton II, Nílton I e Juvenal; Santo Cristo, Geninho, Heleno, Otávio e Teixeirinha. Na ponta esquerda revezavam-se Teixeirinha e Rogério, um jogador vindo do Benfica, de Portugal.
Espero não ter cometido nenhum erro de memória. Em todo caso, converse com ele a respeito, e veja se confere.
Um abração alvinegro do seu amigo Carlinhos.

4 de Agosto de 2008 20:20
Antonio Estevam disse…
Valdir,
Vc sabe de onde vem essa expressão ” vai ter a negra”, ou ” vamos à negra”.
Segundo li, quando da existência de escravos no Brasil, o pessoal em roda de carteado quando não tinha mais o que apostar apostava uma negrinha “saborosa” que estivesse à disposição.
Satisfeito o vencedor, paga estava a dívida.
Em direito do trabalho seria chamado de PAGAMENTO IN NATURA. Rsrsrsrs
Abração.
Saudações vascaínas.

6 de Agosto de 2008 10:02
Lucídio disse…
Nota 10!
Blog, a história de Miro, a lembrança de Alarcon
Um abraço
Lucídio

FONTES: Valdir Appel – Diversos jornais cariocas

O FUTEBOL NOS JOGOS OLIMPICOS DE 1900 E 1904

Você se alegra quando seu time do coração leva a taça do campeonato estadual, regional, nacional ou continental? Se orgulha quando é campeão do mundo? Então, o que diria se seu time conseguisse uma proeza que é o sonho do futebol brasileiro, a medalha de ouro olímpica! Pois bem, ao contrário do que muitos pensam, o primeiro campeão olímpico de futebol não foi o Uruguai, Alemanha, Argentina, União Soviética ou a Hungria do lendário Puskas…
Essa façanha pertence a dois clubes: o Upton Park F.C. da Grã-Bretanha, em 1900, nas olimpíadas de Paris-França e, ao Galt F.C. do Canadá nos jogos de Saint Louis, em 1904, nos Estados Unidos.

A FIFA, órgão máximo do futebol mundial, não reconhece os titulos olimpicos desses clubes, da mesma forma não considera como mundiais os títulos intercontinentais ou da copa toyota.

Porque ela não reconhece, não sei; talvez porque no caso do Upton Park, a arrogante Grã-Bretanha da época, inventora do futebol, exigiu e os fracos organizadores do evento cederam muitos privilégios, tais como:
1° – o torneio só teria três participantes.
2° – o Upton Park deveria fazer a final.
3° – as representações da Bélgica e da França jogariam em jogo único-eliminatório, para decidir o outro finalista.

Irritados por tamanha exigência, a Union des Societès Françaises de Sports Athlétiques (USFSA) fez o melhor time possivel na esperança de conquistar o titulo. Tanto que, no jogo eliminatório, derrotou a Bélgica por 7×4. Na decisão, os franceses amarelaram e foram massacrados pelo Upton Park por 4×0.

As equipes participantes tiveram como time base na disputa, a seguinte escalação:
UPTON PARK: Jones; Buckeham e Grosling; Chalk, Burridge e Quash; Turner, Spackman, Nicholas, Zealley e Haslam.

FRANÇA: Huteau; Bach e Allemane; Gaillard, Bloch e Macaire; Fraysse ( Peltier), Garnier, Lambert, Grandjean e Canele (Duparc).

BELGICA: Leboutte; Kelcom e Moreau; Renier, Pelgrims e Van Hoorden; Neefs, Thornton (Delbeque) Spaunoghe, Van Heuckelum e Londot.

Em 1904, foram três os participantes; os norte americanos: Christian Brothers College e St. Rose School, mais o representante do vizinho e irmão Canadá, Galt Football Club que levou a melhor na decisão contra o Christian Brothers College. Ganhou sem deixar sombra de dúvidas pelo placar de 7×0 e ficou com o ouro.

O Galt Footbal Club/Canadá teve como time base a seguinte escalação: Linton; Ducker,e Gourley; Fraser, Johnson e Lane; Taylor, Steep, Hall, McDonald e Twaits.

O Christian Brothers: Mengues; Lydon e Thomas January; John January, Charles January e Ratican; Brittingham, Cudmore, Bartiff, Brockmeyer e Lawler.

Saint Rose: Frost; George Cooke e Harry Jameson; Brady, Dooling (Johnson) e Dierkes; Cosgrove, O’Connell, Claude Jameson, Tate e Thomas Cooke

Essas olimpiadas foram marcadas pela humilhação, os organizadores submetiam os pigmeus, nativos da america do sul, africanos a um verdadeiro constrangimento, eles ficavam assustados, com medo em meio a um estadio cheio de espectadores tropeçavam nas proprias pernas, tambem pudera eles eram pessoas que na sua maioria que apenas pescava ou caçava para sobreviver.

Esses jogos eram um verdadeiro circo a os espectadores era a platéia , os nativos os palhaços! Isso ficou conhecido como “jogos antropologicos”.

Irritado com isso o Barão de Coubertain disse: “esses que não sabem hoje arremessar um dado, um dia serão melhores que vocês!”

Foram realizados 390 competições – O Barão de Coubertaim, presidente do COI, homologou APENAS 88 !
O decatlo foi criado nessa época porém seu reconhecimento por parte do COI, só se deu em 1954, sendo o campeão o irlandes Thomas Kiely, portanto,meio século depois.

O futebol, diferente de outras modalidades que foram reprovadas pelo Barão de Coubertaim, Presidente do Comitê Olímpico Internacional, foi homologado Sim pela entidade máxima que reje a maior competição do Esporte de todo o mundo.

É bom lembrar que o Comitê Olimpico Internacional, reconhece tais feitos e estes clubes juntos com seus jogadores estão na seleta galeria dos campeões olímpicos.

Ano Ouro Prata Bronze
1900 Upton Park (G.Bretanha) França Bélgica
1904 Galt FC (Canadá) Christian Brothers School (EUA) Saint Rose School (EUA

Fonte: Campeôes do Futebol