Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

Amistoso Estadual (PE) de 1938: Odeon Football Club 3 x 5 Santa Cruz F.C.

ODEON F.C.              3          X         5          SANTA CRUZ F.C.

LOCAL: Campo da Rua São Miguel, no Bairro Afogados, no Recife

DATA: Domingo, 27 de novembro de 1938

COMPETIÇÃO: Amistoso

PÚBLICO: Cerca de 4 mil pessoas

ÁRBITRO: Yolanda Just (boa atuação)

ODEON FC: Biu de Vita; Vavá e Caçamba; Nicomedes, Bebé e Amaro; Bocão, Toddy, Peinha, Popó (Calango) e Natal.

SANTA CRUZ FC: Diogenes; Sherlok e João Martins; Marcionillo, Rubem e Ernani; Zé Pequeno, Braga, Robson, Gerson e Damião.

GOLS: Natal aos 10 min. (Odeon); Zé Pequeno aos 14 min. (Santa Cruz); Rubem aos 25 min. (Santa Cruz); Gerson aos 43 min. (Santa Cruz) do 1º tempo. Peinha aos 5 min. (Odeon); Toddy aos 10 min. (Odeon); Ernani, de pênalti, aos 22 min. (Santa Cruz); Damião aos 42 min. (Santa Cruz) do 2º tempo.

 

FONTE: Diário de Pernambuco

Clube Operário de Cultura Leão XIII – Catende (PE): Fundado em 1941

O Clube Operário de Cultura Leão XIII é uma agremiação do Município de Catende, que fica a 142 km da capital de Pernambuco. A sua Sede fica localizada na Avenida Presidente Getulio Vargas, 69, no Centro de Catende. O Estádio Municipal Anteógenes Chaves com capacidade para 1.500 pessoas, é onde a equipe manda os seus jogos.

HISTÓRIA

A história da equipe Alvi-azulina catendense’ ganhou o primeiro rabisco no começo de 1941, quando o coletor estadual Jaime Albuquerque, recém chegado a Catende, percebendo a inexistência da prática de esportes, teve a ideia de criar um time de futebol.

Jaime falou do seu desejo com Pelópidas Soares, que de imediato aprovou sua ideia e em pouco tempo mais catendenses aderiram, dentre eles o prefeito Álvaro Lins e o promotor Dr. Melquiades Montenegro. A Usina Catende, também viu com bons olhos.

Com isso, foi Fundado no dia 13 de setembro de 1941, na sede da R.C.A. (Rádio Cultural Artística, localizada na Rua Bela Aurora) com a presença de vários operários da Usina Catende e de várias pessoas da sociedade, entre elas Manoel Soares, Dr. Melquiades Montenegro, Manoel de Barros, João Candido, Pelópidas Soares, Sebastião Félix e Diocleciano dos Santos.

Jaime expôs sua ideia de criação de uma associação que não cuidasse apenas de futebol, mas também de estudos sociais, que logo foi aceita por todos os presentes. Ficou acertada a contribuição semanal por parte dos sócios, o valor de 100 reis (depois voluntariamente, todos concordaram em dar 200 reis).

Manoel Soares sugeriu que o centro esportivo cultural, fosse chamado “Centro Operário de Cultura” e o Dr. Melquiades Montenegro, acrescentou “Leão XIII” em homenagem ao Papa autor da Encíclica Rerum Novarum, ficando a nova associação denominada “Centro Operário de Cultura Leão XIII”, com o objetivo de desenvolver intelectualmente os jovens e os operários de Catende, ensinado noções de moral, religião, medicina e educação física.

Seu primeiro presidente foi o serralheiro mecânico e chefe das oficinas da Usina Catende, Manoel de Barros e Silva, tendo Jaime Albuquerque como Diretor de Desportos e Técnico do Time.O Leão XIII funcionava em uma casa na Rua da Saudade, 87, com reuniões regulares e uma biblioteca (registrada no Instituto Nacional do Livro, sob o nº 4.924, em maio de 1952), além de serviços médicos gratuitos para seus associados.

Os jogos eram realizados no Campo da Saudade, localizado na mesma rua, que teve seu muro construído em 1945. Em comemoração ao 5º aniversário de fundação do Centro, no dia 13 de setembro de 1946, foi lançada a pedra fundamental da construção da sua sede. A partir de 1947, o Leão XIII, podia enfrentar qualquer time do interior de Pernambuco e da capital, pois estava filiado à Federação Pernambucana de Desportos (FPD).

A inauguração da Sede Social do Leão XIII aconteceu no dia 1º de maio de 1948, um majestoso prédio, doado pelo Sr. Costa Azevedo (Seu Tenente). Grande festa houve em Catende neste dia, missa, desfile das escolas, dos escoteiros e da Filarmônica Catendense que tocou o hino do Leão XIII, várias girândolas, discursos e baile.

A fita simbólica foi cortada pela Sra. Maria de Lourdes de Azevedo (esposa do Dr. João da Costa Azevedo), abrindo as portas da nova sede aos operários de Catende. A sede foi benta pelo vigário da paróquia, padre Antonio de Barros.

Em 1949, aarrecadação semanal do Leão XIII, era de800 a 900 cruzeiros, sendo descontado 1 cruzeiro por associado. Dessa arrecadação, era feito o pagamento ao gerente, zelador da sede e campo, prêmios aos jogadores, promoção de festas e jogos como também a compra de materiais desportivos.

Com a morte do Tenente em 1950, o C. O. C. Leão XIII prestou uma justa homenagem ao seu grande benfeitor, em ocasião da inauguração do Salão Nobre do Clube, onde foram colocadas fotografias do Sr. Costa Azevedo e do patrono do Clube, o Papa Leão XIII. Também o Campo da Saudade, passou a ser chamado Estádio Costa Azevedo.

Ao longo dos anos, o Leão XIII organizou vários concursos, como o Miss Beleza e Miss Primavera. No assunto futebol, o Leão XIII, foi um verdadeiro sucesso. Em seus quadros, passaram grandes jogadores, entre os quais, o goleiro Teobaldo que chegou a ser campeão pernambucano, pelo Santa Cruz em 1946 (também foi goleiro do Náutico), Nelson, Geraldo e Everaldo que também jogaram pelo Sport.

TÍTULOS

Participou do Campeonato Interno de Futebol de Catende, em 1947, onde foi campeão. Em 1958, foi o Campeão do 1º Campeonato de Futebol das Usinas de Pernambuco. A decisão foi realizado numa ‘Melhor de três’. Após os três jogos terem terminado empatado, a partida foi para a prorrogação. Logo aos 6 minutos da etapa inicial, o atacante Mouco marcou o gol do título. O time campeão foi o seguinte: Curao; Machado e Agrelli; Zé Bom, Luiz e Lamparina;  Mouco, Pernambuco, Doga, Heraldo e Pitota. Técnico: Teobaldo Silva.

Ainda em 1958, o Leão XIII seguiu invicto por 24 jogos. Nas décadas de 1940 e 50, alem de jogar com os times locais, jogou com vários times do interior de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, jogou várias vezes com o Santa Cruz, Náutico e Sport. Também chegou a jogar com o Madureira do Rio de Janeiro.

Em junho de 1985 aUsina Catende doou ao C.O.C. Leão XIII, a sua sede, o terreno, como também o terreno e as benfeitorias da quadra de esportes, sendo presidente na época, Hélio Luiz F. Galvão.

Time-base de 1957: Harry Carrey (Zé Francisco); Zanone e Lobinho (Lucena); Zé Bom, Baiano e Béu; Amaro Mouco (Zé Paulo), Geraldo, Dega (Pesqueira), Dedé e Pitota (Alderico). Técnico: Teobaldo Silva.

PS: O Clube Operário de Cultura Leão XIII desde a sua fundação até os dias atuais sempre foi alvianil.

 FONTES: Diário de Pernambuco – Eduardo Silva de Menezes

C.O.C. Leão XIII do Catende é campeão do I Campeonato das Usinas (PE), em 1959

A decisão do Campeonato das Usinas, foi realizado numa ‘Melhor de três’. Após os três jogos terem terminado empatado, a partida foi para a prorrogação. Logo aos 6 minutos da etapa inicial, o atacante Mouco superou o arqueiro Purancy, decretando o título do Clube Operário de Cultura Leão XIII.

Resultados:

14-12- 1958 – Destilaria EC 0 x 0 COC Leão XIII, nos Estádio dos Aflitos, no Recife

21-12- 1958 – COC Leão XIII 1 x 1 Destilaria EC, na Ilha do Retiro, no Recife

28-12- 1958 – Destilaria EC 0 (0) x 0 (1) COC Leão XIII, nos Estádio dos Aflitos, no Recife

 

DESTILARIA E.C.    0 (0)    X         0 (1)    C.O.C. LEÃO XIIII

LOCAL: Estádio dos Aflitos, no Recife

DATA: Domingo, 28 de dezembro de 1958

ÁRBITRO: Argemiro Fêlix de Sena

COC LEÃO XIIII: Curao; Machado e Agrelli; Zé Bom, Luiz e Lamparina;  Mouco, Pernambuco, Doga, Heraldo e Pitota. Técnico: Teobaldo Silva.

DESTILARIA: Purancy; Vavá e Ferreira; Austrúlio, Quati e Walderico; Arnaldo, Dedé, Dadá, Nelson e Brasileiro.

GOL: Mouco aos 6 minutos do 1º tempo da prorrogação

FONTE: Diário de Pernambuco

Excursão no Nordeste de 1959: Bonsucesso Futebol Clube

O Bonsucesso Futebol Clube, do Rio de Janeiro, desembarcou em Recife, no sábado do dia 27 de junho de 1959 para enfrentar o Sport Recife, no dia seguinte. A excursão, contando com essa partida, foram de nove jogos, com três vitórias, quatro empates e apenas duas; marcando 13 gols e sofrendo nove, com saldo de quatro tentos positivos.
Ipiranga 1 x 1 Bonsucesso, em Salvador (BA);

Galícia 1 x 1 Bonsucesso, em Salvador (BA);

Democrata 1 x 4 Bonsucesso, em Salvador (BA);

Santa Cruz 0 x 2 Bonsucesso, no Recife (PE);

Botafogo-PB 1 x 2 Bonsucesso, em João Pessoa (PB);

Auto Esporte-PB 3 x 2 Bonsucesso, em Campina Grande (PB);

Campinense 1 x 1 Bonsucesso, em Campina Grande (PB);

Treze  0 x 0 Bonsucesso, em Campina Grande (PB);

Sport Recife 1 x 0 Bonsucesso, na Ilha do Retiro, em Recife (PE).

FONTE: Diário de Pernambuco 

Definido Rodada Inaugural da Taça Brasil de 1959

Na sexta-feira, do dia 10 de julho de 1959, foram definidos, em sorteio, a rodada inaugural da Taça Brasil,  que aconteceria no 23 de agosto daquele ano. Os jogos foram os seguintes:

Auto Esporte (PB)               x          Sport Recife (PE), em João Pessoa (PB);

Ferroviário (MA)                  x          Tuna Luso Comercial (PA), em São Luís (MA);

ABC (RN)                              x          Ceará (CE), em Natal (RN);

Capelense (AL)                   x          E.C. Bahia (BA), em Maceió (AL);

Rio Branco (ES)                  x          Manufatura (RJ), em Vitória (ES);

Hercílio Luz (SC)                x          Atlético Paranaense, em Florianópolis (SC)

PS.: O presidente da Federação Fluminense, Ramos de Freitas, abriu mão da localização da segunda e eventual terceira partida em Niterói (RJ), razão porque o campeão do Estado do Rio disputará todas as partidas na capital capixaba.

 

FONTE:  Diário de Pernambuco

Temporada de 1951: Treze F.C. (PB) – 1º jogo Internacional

Treze x Velez Sarsfield, da Argentina, em 1951. Foi o primeiro jogo internacional do alvinegro. O uniforme é rubro-negro porque o Treze representou a Paraíba neste jogo. Da esquerda para a direita, de pé: Valfrido, Edinho, Zé Pequeno, Cléber, Félix e Harry Carey; agachados: Milton, Mário, Araújo, Ruivo e Hercílio

Treze 1×1 CRB-AL
Data:
 07/01/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 1×0 Vera Cruz-PE
Data:
 21/01/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 1×1 Botafogo-PB
Data:
 28/01/1951
Local: João Pessoa-PB
Marcador: Araújo

Treze 2×2 Ceará-CE
Data:
 04/03/1951
Local: Fortaleza-CE

Treze 1×2 Galícia-BA
Data:
 06/03/1951
Local: Fortaleza-CE

Treze 1×3 Ferroviário-CE
Data:
 11/03/1951
Local: Fortaleza-CE

Treze 0x2 ABC-RN
Data:
 24/03/1951
Local: Natal-RN

Treze 1×0 América-RN
Data:
 25/03/1951
Local: Natal-RN

Treze 2×1 Santa Cruz-PE
Data:
 15/04/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 1×0 América-RN
Data:
 22/04/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×3 Santa Terezinha-PE
Data:
 29/04/1951
Local: Santa Terezinha-PE

Treze 3×1 Leão XIII-PE
Data:
 30/04/1951
Local: Catende-PE

Treze 0x0 Botafogo-PB
Data:
 06/05/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 4×1 Central-PE
Data:
 13/05/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 1×1 Botafogo-PB
Data:
 27/05/1951
Local: João Pessoa-PB

Treze 1×6 Santa Cruz-PE
Data:
 05/06/1951
Local: Recife-PE

Treze 0x4 Botafogo-PB
Data:
 08/07/1951
Local: João Pessoa-PB

Treze 6×0 Esporte
Data:
 15/07/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 1×1 ABC-RN
Data:
 22/07/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×0 Combinado de João Pessoa-PB
Data:
 29/07/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×0 Paulistano-PB
Data:
 05/08/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×2 Botafogo
Data:
 26/08/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×2 Botafogo
Data:
 02/09/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 3×0 Central-PE
Data:
 07/09/1951
Local: Caruaru-PE

Treze 1×0 Comércio-PE
Data:
 09/09/1951
Local: Caruaru-PE

Treze 5×0 Atlético
Data:
 16/09/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 2×2 Auto Esporte
Data:
 28/09/1951
Local: João Pessoa-PB

Treze 2×0 Paulistano
Data:
 30/09/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 2×2 Colombo-PE
Data:
 21/10/1951
Local: Limoeiro-PE

Treze 2×0 Auto Esporte
Data:
 28/10/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 0x3 Botafogo-PB
Data:
 01/11/1951
Local: João Pessoa-PB

Treze 2×1 Colombo-PE
Data:
 11/11/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 2×1 Brejuí-RN
Data:
 15/11/1951
Local: Currais Novos-RN

Treze 1×1 Baependí
Data:
 18/11/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 9×0 Fluminense
Data:
 08/12/1951
Local: Campina Grande-PB

Treze 2×3 Velez Sarsfield (Argentina)
Data:
 16/12/1951
Local: Estádio Leonardo da Silveira – João Pessoa-PB
Treze: Harry Carey (Zé Armando), Felix e Kleber; Walfrido (João Luiz), Edinho e Zé Pequeno; Milton, Mario, Ruivo e Hercílio.
Marcadores: Ruivo e Milton   

Kleber e Felix feriam bastante o lado disciplinar da partida, ajudados pelo estrema esquerda Manzil da equipe argentina. Mesmo assim o famoso Galo da Borborema ganhou o 1º tempo pelo placar de 2×1, tentos de Ruivo aos 27 min e Milton, emprestado pelo Botafogo, aos 28. Para os portenhos, marcou Allegri, cobrando uma falta de cima da área. Novo incidente verificou-se com a infeliz entrada do presidente da FPF, Franco Neto, em campo para expulsar, por indisciplina, o jogador do Treze, Félix Pacaia, que abusava do jogo violento.

Aos 9 minutos Kleber comete falta, bate Allegri para Zé Armando soltar a pelota, do que se aproveita Ruivo para empatar o jogo. Daí por diante a “porrada” falou no jogo; os argentinos revidaram e o juiz expulsou o ponteiro Manzil e o zagueiro Kleber. Finalmente, aos 35 minutos Zubeldia marca o terceiro gol da tarde, dando a sua equipe mais uma vitória em gramados paraibanos pela contagem de 3×2. Como curiosidade, o fato de o Treze ter jogado de vermelho e preto, cores do Campinense, em homenagem a bandeira do Estado da Paraíba.

FONTE: Arquivo Histórico do Treze F.C. 

Sport Club Flamengo – Recife (PE): História completa

O História do Futebol pergunta: “Você sabe quem foi o primeiro grande clube do futebol pernambucano?Santa Cruz? Náutico? Sport Recife? América? Errado! Parabéns para quem respondeu Sport Club Flamengo. O time Alvinegro dos Patativas  ou Campeão da Fidalguia foi uma agremiação da cidade do Recife (PE), sendo o 1º campeão do Campeonato Pernambucano de 1915.

HISTÓRIA

Na reunião (encerrada às 22 horas) que ocorreu na segunda-feira, do dia 20 de Abril de 1914, na Rua da Santa Cruz, 46, no Bairro da Boa Vista, pelos senhores Alcebíades Braga, Antonio Alcântara, Carlos Tavares, Cícero Loureiro, Elteredo Antunes, Francisco Alves, Francisco Braga, José Rodopiano dos Santos, Mario Santos, Patrício Moreira, Vicente e Braz Croccio, foi Fundado a agremiação que adotou como primeiro nome: Cruz Branca Foot-Ball Club. Entre outras definições ficou acertado o valor da mensalidade que seria cobrado para cada sócio: R$ 5.000,00 réis.

 

PRIMEIRA DIRETORIA

Presidente: Alcebíades Braga;

Vice-Presidente: Carlos Tavares;

1º Secretário: Braz Croccio;

2º Secretário: Elteredo Antunes;

Tesoureiro: José Rodopiano dos Santos;

Diretor de Esportes: Cícero Loureiro;

Vice-diretor de Esportes: Francisco Alves;

Procurador: Mario Santos;

Orador: Vicente Croccio;

Comissão de Finanças: Antonio Alcântara, Francisco Braga e Patrício Moreira.

ALVINEGRO HOMENAGEIA CLUBE CARIOCA E ALTERA O NOME

O nome de Cruz Branca não durou um mês. Vinte e oito dias depois da sua fundação, em Assembleia Geral, realizado no dia 18 de Maio de 1914, a diretoria decidiu aceitar a proposta feita pelo presidente Alcebíades Braga e mudou o nome para Sport Club Flamengo, em homenagem ao Clube de Regatas Flamengo.

 

FLAMENGO FOI RESPONSÁVEL PELO SANTA CRUZ SE TORNAR TRICOLOR

Apesar de grandes adversários, o grande rival do Alvinegro dos Patativas  era o Santa Cruz F.C. Tudo nasceu pelo fato de ambos terem escolhido as mesmas cores: preto e branco.

Então, a Liga Pernambucana determinou que um dos dois escolhesse novas cores. Ambos não demonstraram desejo em ceder. Mas após muita luta, o Flamengo levou a melhor e acabou sendo o responsável para que o Santa Cruz trocasse o alvinegro pelo Tricolor (vermelho, branco e preto). Da guerra nos bastidores se estendeu para os gramados, onde os jogos entre essas duas equipes era ferrenha e, muitas vezes, de partidas ríspidas.

CAMPOS DE TREINO

O Flamengo treinava no campo do Derby, e, posteriormente adquiriu o campo da Magdalena. Já nos anos 30 e 40, treinava ora no campo do América, ora na Ilha do Retiro (Campo de propriedade do Sport Recife).

 

OUTROS ESPORTES

Além do futebol, o clube também disputou o Campeonato Pernambucano de Atletismo (foi o 1º clube a adotar a modalidade em vários torneios internos), Basquete e voleibol.

 

SEDES

A sua primeira Sede ficava localizada na Rua do Cotovello (atual Rua Visconde de Goiana), 02. Em 1919, transferiu a sua sede social para a Avenida Riachuelo, 182. Na sexta-feira, do dia 31 de outubro de 1924, inaugurou a sua nova e luxuosa Sede, na Rua da Imperatriz Teresa Cristina, 257 – 2º andar.

Então, na domingo, do dia 03 de fevereiro de 1929, outra mudança. O alvinegro se mudou para o prédio situado na Rua Aurora, 309, todos os quatro locais ficavam no Bairro de Boa Vista, no Recife. Em 1935, outra mudança de rua e bairro. Desta vez para a Rua da Hora, s/n, no Bairro do Espinheiro. Dois anos depois, passou para a Rua das Pernambucanas, 167, no Bairro da Capunga, no Recife. Em 1940, mais uma mudança. Dessa vez para a Avenida Rosa e Silva, 259, nos Aflitos.

 

ALVINEGRO AJUDA A FUNDAR A LPDT

O Flamengo foi um dos fundadores, no dia 16 de junho de 1915, da Liga Sportiva Pernambucana (LSP), que mudou de nome em 1918, passando a se chamar Liga Pernambucana dos Desportos Terrestres (LPDT).

 

S.C. Flamengo de 1937

O SC Flamengo foi campeão do primeiro Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão de 1915. Ao todo, o Alvinegro participou da elite pernambucana 31 vezes: 1915 (1º lugar), 1916 (5º lugar), 1917(4º lugar), 1918 (5º lugar), 1919 (6º lugar), 1920 (4º lugar), 1921 (6º lugar), 1922 (6º lugar), 1923 (4º lugar), 1924 (5º lugar), 1925 (4º lugar), 1926 (7º lugar), 1927 (3º lugar), 1928 (4º lugar), 1929 (6º lugar), 1930 (7º lugar), 1931 (3º lugar), 1932 (3º lugar), 1933 (8º lugar), 1934 (4º lugar), 1935 (6º lugar), 1936 (7º lugar), 1937 (7º lugar), 1938 (8º lugar), 1940 (8º lugar), 1941(7º lugar), 1943 (6º lugar), 1944 (7º lugar), 1945 (7º lugar), 1946 (7º lugar) e 1947 (5º lugar).

 

S.C. Flamengo de 1915

1º CAMPEÃO PERNAMBUCANO

No dia 12 de dezembro de 1915, com uma vitória de 3 a 1 sobre o Torre Sport Club, o Flamengo sagrava-se campeão do I Campeonato Pernambucano de Futebol, organizada pela Liga Sportiva Pernambucana.

O time-base campeão foi: Luiz Cavalcanti; Chico Alves e Rubens; Fred (Maciel), Ruy e Zezé; Waldemar, Gastão, Tayllor, Percy Fellows e Lelys.

O Jornal Diário de Pernambuco assim descreveu o título: “Encerrou-se anteontem, com a vitória do Sport Club Flamengo contra o Torre Sport Club, o campeonato da Liga Sportiva Pernambucana (LSP), instituído para o football. Depois de uma série de matchs emocionantes, que trouxeram em constante delírio o público esportivo do Recife, teve o Flamengo coroado os seus esforços e firmada a sua força dentre os seus dignos adversários nas lutas pacíficas do esporte.

O Flamengo do Recife quis ser o êmulo do seu congênere do Rio, e vencendo a tática do Santa Cruz e a tenacidade do Torre, soube guardar para si os louros da vitória – e as ‘louras medalhas’“.

ALGUNS TÍTULOS:

Campeonato Pernambucano: 1915;

Taça A Noite ‘Curso Simpatia’: 1915;

Torneio Início da LSP dos Terceiros Times: 24 de junho de 1917;

Taça dos Menores Correccionaes: 10 de março de 1918;

Tarde dos Chronistas – Taça Emoção:  27 de novembro de 1921;

Campeonato Pernambucano Segundos Quadros: 1921, 1922 e 1931;

Taça Sete de Setembro (AL): goleada de 6 a 1 em cima do CSA-AL, em 1923;

Taça Prefeitura Municipal de Fortaleza (CE): vitória por 4 a 2 em cima do América-CE, em 1924;

Vice-campeão do Torneio Início da LPDT: 1926 e 1927;

Taça Bittencourt: 1928;

Taça Festival Varzeano Sport Club: 15 de novembro de 1929;

Taça Casa Amarela: 1929;

Campeonato Pernambucano

Torneio de Verão da Cidade do Recife: 1939.

 

HINO

Ô Flamengo, ô Flamengo

Valoroso campeão!

Cheio de glórias oscila

Alvinegro pavilhão

 

Time-base de 1916: Nozinho; C. Alves e Zezé; Joquinha, Rubem e Eugenio; Waldemar, Gastão, Herothides, Mário e Miranda.

Time-base de 1918: P. Maciel; Santiago e R. Cruz; Lafayette, James e Ferreira; Alecrim, J. Silveira, Fontes, Mirandinha e Crossia.

Time-base de 1920: O. Soares; A. Lellys (Rubens) e Carmello Fontes; Adolpho Bastos (Vavá), Hero Xavier e Fernando Teixeira; J. Lecch, Gastão Bittencourt, Jeronymo Duarte (Vieira), Mirandinha e Heitor Fontes.

Time-base de 1926: Fritz; Pedro Sá e Chico Altino; Tota, Dourado e Baptista; Pilota, Cantinho, Bernardo, Miranda e Brunner.

Time-base de 1937: Alvides; Watson e Leon (Humberto); Chico, Walfrido (Tarzan) e Moura; Ayrton, Odílio (Gayozo), Damião (Capi), Vicente (Marinheiro) e Lula.

 

No dia em que “O Homem de Aço” deu prejuízo

Dentre tantas histórias do Flamengo, uma, no mínimo curiosa, ocorreu no domingo, do dia 7 de agosto de 1921. O zelador da Sede do SC Flamengo, conhecido pela alcunha de “Homem de Aço” já trabalhava há um bom tempo no clube. Então, na manhã daquele dia, como de costume foi para a Sede realizar mais um dia de labuta.

Então, após retornarem do treino, os jogadores do Flamengo foram surpreendidos com a ausência dos seus pertences (roupas e objetos de valor) e também do Zelador. Após os furtos, os jogadores foram até a Delegacia prestar queixa. O “Homem de Aço” fez a limpeza e, num piscar de olhos, desapareceu.

 

O fim do campeão de 1915

Coincidência ou não, o declínio do Sport Club Flamengo começou a partir de dezembro de 1935. Os jornais recifenses já especulavam que o clube se dissolveria. Naquele momento, a diretoria do Alvinegro dos Patativa  publicou uma nota desmentindo que o clube estaria fechando às portas.

Fato é que as campanhas seguintes até 1947 foram pífias, com o Flamengo figurando na penúltima e última colocações! Somado a brigas políticas com a Federação pernambucana e um desgaste com os principais clubes, a diretoria resolveu se afastar das competições futebolísticas.

Em 1954, o Diário de Pernambuco fez uma matéria com um ar de saudosismo para relembrar os grandes feitos do Sport Club Flamengo. Contudo, o clube seguiu no ostracismo até desaparecer definitivamente deixando saudades da briosa agremiação 1ª campeã de Futebol de Pernambuco.

 

Fontes: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província