Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

Escudo raro de 1934: Itatiaya Athletico Club – Campos dos Goytacazes (RJ)

Itatiaya Athetico Club foi uma agremiação da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). O ‘Clube da Serra’ foi Fundado na quinta-feira, do dia 29 de Janeiro de 1931, um grupo liderados pelos irmãos Bacelar da Silva após de sério desentendimento ocorrido no Clube Esportivo Rio Branco.

Do Rio Branco saíram para fundar o Itatiaia, Hélvio Bacelar, Valdir Nascife, Herval Bacelar, Chaquib Bichara, Ângelo Queiroz, Luís Reis Nunes e João Laurindo. De início, muitas dificuldades, mas depois a coisa melhorou, a ponto de o Itatiaia ter tido sua Praça de Esportes e a Sede, na Rua dos Goytacazes, nº 136 a 142, no bairro Turf Club, e sido o pioneiro do basquete campista.

O ‘Clube da Serra’ teve a glória de contar com grandes jogadores como Bragode e Cliveraldo, este chegando a titular da ponta esquerda do Clube de Regatas Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Do Itatiaia sabe-se, ainda, que adotou as cores vermelho, branco e azul, e foi campeão do Torneio Início da temporada de 1937, disputado no campo do Industrial.

Foi chamado de o ‘Clube da Serra’ por causa do nome, teve sede no prédio do antigo Doze Bilhares, na Rua Direita, hoje Bulevar Francisco de Paula Carneiro.

Seu último jogo foi contra o Americano, pelo Campeonato Campista, quando perdeu de 17 a 0. Somado a isso, um incêndio na sede onde promovia bailes na antiga Rua da Direita, hoje, Boulevard Francisco de Paula Carneiro, acabou acarretando a extinção precoce do Itatiaya.

Colaborou: Santiago

FOTO (papel timbrado): site Alberto Lopes Leiloeiro

FONTES: Blog Relíquias do Futebol – Wikipédia – Diário da Noite

Inédito!! Unidos de Ricardo Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): disputou o D.A. na década de 50

O Unidos de Ricardo Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Tricolor Ricardense” teve três Sedes, todas localizadas no bairro Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A , ficava na Rua Guanandy, s/n. Em 1948, o então Prefeito do Distrito Federal, Ângelo Mendes de Morais, sancionou o Projeto nº 130, da Câmara dos Vereadores para a desapropriação do terreno do Unidos de Ricardo.     

Na década de 50, o clube conseguiu uma nova sede, situado na Rua Coronel Alencastro, nº 2.361; e, por fim, se transferiu para a Rua Jaboticabal, nº 44 (Foto abaixo). As suas cores eram o vermelho, amarelo e verde.

Foto de 1967

Num sexta-feira, do dia 25 de Abril de 1941, foi Fundado por um grupo de desportistas comandados por Joaquim Domingues da Costa e Aladyr Dutra, que se reuniram no Café e Bar São Bernardo, então localizado à Rua Pereira da Rocha, nº 143, de propriedade de Júlio de Paiva.

O que restou da Sede do Unidos de Ricardo, situado na Rua Jaboticabal, nº 44.

O 1º nome escolhido foi Onze Unidos de Ricardo Futebol Clube, posteriormente adotou a nomenclatura atual. A escolha das suas cores (vermelho, amarelo e verde), talvez tenha sido inspirado na equipe maranhense do Sampaio Corrêa Futebol Clube.

A partir daí, os membros do Unidos de Ricardo se reuniam todas as segundas-feiras, a fim de traçar as novas metas e analisar o desempenho do time, que demonstrava ter um futuro promissor.

O primeiro tópico foi conseguir um campo para realizar os treinos e jogos. Calhou que o seu rival de Ricardo de Albuquerque, o Anagé Sport Clubdeu um tempo” nas competições. Então, o presidente Joaquim Domingues da Costa articulou negociações e conseguiu a Praça de Esportes do Anagé, que ficava situado no terreno do cemitério.  

Seguindo empenhado em melhorar o patrimônio do clube, a diretoria conseguiu construir um campo, onde está instalado, hoje, o Colégio Alexandre Farah. Ao lado havia uma lagoa, que ficou famosa como Lagoa do Unidos, onde a garotada ricardense da década de 40, tomava seus banhos escondidos de seus pais.

EM PÉ (esquerda para a direita): Didi (técnico), Pinheiro, Água Quente, Rubens, Mozar, Ninico e Gilson;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tião, Hamilton, Guininho, Calunga e Leleco.

Fábrica de Craques

O Unidos de Ricardo montou grandes esquadrões, e uma das “fontes“, onde piçavam jóias era o time do Tira-Teima, composto por garotos que brincavam em um campo na Rua Pereira da Rocha, esquina com Rua Guanandy. Dessa equipe surgiram muitos craques que vestiram a camisa de grandes clubes brasileiros e até no estrangeiro.

Alguns nomes, como Ubiratan Gomes dos Santos (nascimento: 06 de janeiro de 1941), conhecido como Foguete, que jogou na Portuguesa, Bangu, Flamengo (jogou entre 1963 a 1965) e Oro (México). Birajatino, o Bira Pé Redondo, atuou pelo Madureira (RJ), Apucarana (PR), e Deportivo Itália (Venezuela). O saudoso volante Wescley Vieira Calixto, ou simplesmente Wescley, que se consagrou no Botafogo (anos 80), Fortaleza (CE).

Infelizmente, Wescley teve um triste fim. Em 10 de abril de 2013, seus familiares comunicaram seu desaparecimento à Polícia do Rio de Janeiro, e no dia seguinte três corpos foram encontrados boiando no rio Sarapuí, um deles, era Wescley, que teria sido confundido com policiais por traficantes na comunidade Jardim Gramacho, em Duque de Caxias.

Títulos

Em 1951, o Unidos de Ricardo debutou no Departamento Autônomo. Dois anos depois, se sagrou campeão de Aspirantes da “Série Manoel Antunes Batista“, em 1953; e vencedor da “Taça Disciplina” de 1955.

No domingo, do dia 07 de Abril de 1970, o Unidos de Ricardo ficou com o vice, no Quadrangular Carlos Lincoln. O Atlético Clube Nacional (Ricardo de Albuquerque) foi o campeão. Saldanha da Gama e Anchieta fizeram parte do torneio, realizado em Camboatá.

Curiosidades

Em 1967, o Unidos de Ricardo, possuiam 50 sócios proprietários, 200 contribuintes. Naquele momento a mensalidade custava NCr$ 1,00 (um cruzeiro novo). O clube não possuia campo, apenas a sua Sede, avaliada em NCr$ 100,00 (cem cruzeiros novos).

O Sócio número 1 foi o Sr. Valmir Forto Fernandes, que naquele ano era o presidente do clube. O jogador Foguete, revelado pelo clube, jogou na Associação Atlética Portuguesa e Clube de Regatas Flamengo.

Três partidas no estádio do Maracanã

Entre as suas proezas, o clube chegou a disputar três jogos no Estádio Mario Filho, o Maracanã. No sábado, do dia 15 de Março de 1952, jogou na preliminar da vitória do Palmeiras em cima do Botafogo, por 1 a 0 (gol de Ponce de Leon), válido pelo Torneio Rio-São Paulo. Nesse dia, o Unidos de Ricardo goleou o Ruy Barbosa Futebol Clube, do Centro do Rio, pelo placar de 6 a 1. A Renda foi de Cr$ 214.933,00.

No sábado, do dia 16 de Maio de 1953, Vasco e Botafogo empataram em 0 a 0, pelo Torneio Rio-São Paulo. Na preliminar, o Unidos de Ricardo acabou derrotado pelo Filhos de Iguaçu Futebol Clube, de Nova Iguaçu, por 2 a 1. A Renda foi de Cr$ 623.774,10. Teve ainda outra partida. Unidos de Ricardo e Atlético Futebol Clube (Atlético da Alegria), do bairro de São Cristóvão, empataram em 4 a 4, no maior estádio do mundo.

Declínio

Na sexta-feira, do dia 19 de Junho de 1970, o clube foi fechado por tempo indeterminado, em razão de documentação irregular. A partir, o futebol foi deixado de lado.

O clube ainda “respirou” até a década de 80, onde sobrevivia, sobretudo, por meio dos eventos sociais, como os bailes de carnaval e festas até ser deixada definitivamente pelos associados e ser invadida, transformando-se em moradia.

Colaborou: André Luiz Pereira Nunes

FONTES: O Jornal (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Google Maps

Inédito!! Esporte Clube Vila Nova – Ji-Paraná (RO): Três edições no estadual

O Esporte Clube Vila Nova foi uma agremiação do município de Ji-Paraná (população de 131.026 habitantes, segundo o IBGE/2021), que fica a 373 km da capital (Porto Velho) do estado de Rondônia.

O “Alvinegro Ji-paranaense” foi Fundado na quinta-feira, do dia 07 de Setembro de 1972, por um grupo de desportistas, destacando-se o sr. Jurandir, Brasil, Loro e o ex-prefeito Roberto Jotão Geraldo. Seu último presidente foi o ex-vereador, e atualmente dentista em Porto Velho, Odimar Mathias.

Como os fundadores eram torcedores do Botafogo de Futebol e Regatas, a escolha das cores foi o preto e branco, em homenagem ao clube carioca. A sua Sede fica na Rua dos Seringueiros, nº 633, no bairro de Nova Brasília, em Ji-Paraná

Já o seu campo  ficava localizado na Vila Jotão (atrás da Pemaza), em Vila de Rondônia (atual Ji-Paraná). Na época o local era um ponto de encontro na cidade, um lugar de entretenimento e rivalidade entre as torcidas.   

EM PÉ (esquerda para a direita): Nô, Wilson, Daniel, Jair Ramires, Boró, Teleco, Fábio, xxx, Cabo Chico, Alcântara, Roldão e José Brasil;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Deva, Hélio, Chicão, Joãozinho, Filho da Velha, Paulo, Renato e Caetano.

Em 1976, o Vila Nova se sagrou Campeão da Taça Rondônia, ao bater na final o Vera Cruz pelo placar de 6 a 1. Na edição seguinte, foi a vez do Vera Cruz vencer o Vila por 2 a 1, ficando com o caneco.

Em 1983, o Vila ficou com o vice-campeonato Municipal de Ji-Paraná, ao cair na decisão para o arquirrival Vera Cruz, por 1 a 0. Nos anos 90, chegou a disputar o Campeonato Rondoniense da 1ª Divisão, em 1994, 1995 e 1997. No final da década de 90, paralisou suas atividades.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTO: Acervo da página do Facebook: “Saudosismo Portovelhense”

FONTES: Diário da Amazônia – site Rul – jornal Alto Madeira (RO)

Motocolombó Esporte Clube – Recife (PE): Existiu entre 1940 a 1960

O Motocolombó Esporte Clube foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). A sua Sede social foi inaugurada no sábado, do dia 12 de fevereiro de 1944, localizada na Rua Motocolombó, nº 91 depois passou para o nº 131, na Praça do Largo da Paz, em Afogados, no Recife (PE). As suas cores eram o vermelho e branco.

Os “Alvirrubros de Afogados” ou “Clube do Largo da Paz” foi Fundado no sábado, do dia 1º de Junho de 1940, com o nome de Motocolombó Sport Club, por um grupo de jovens desportistas, entre os quais:

José Vitor da Silva; Wilson Barros; Pedro Moreira Dias Júnior; Dagoberto Pimentel; Mário Paiva; Jaime Lima; Manuel da Costa Júnior; Miguel Romeiro; Oscar Ribeiro; Djalma Marques; Wanildo Beltrão, entre outros.

O clube tinha como um dos propósitos, ser um ponto de entretenimento com a população do bairro Afogados. Para isso, a diretoria realizava diversos eventos sociais no decorrer do ano, como por exemplo, os concursos de fantasias, bailes de carnavais, Festa do Balão (junina), Jazz, Bingos, Festa da Primavera, entre outros.

1º jogo e primeira vitória

No domingo, do dia 07 de Julho de 1940, o “Clube do Largo da Paz” estreou no futebol. O Motocolombó começou “com o pé direito“, ao vencer o A.T.A., em amistoso, pelo placar de 3 a 1, no campo do Sancho. O time formou assim: Joel; Cesário e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Carmélio), Wilson, Genaro (Mário) e Jayme.     

Debutou no Torneio Início Infantil

Ainda no mês de julho de 1940, no domingo, do dia 21, o “Alvirrubros de Afogados” recebeu o convite especial para disputar o Torneio Início Infantil, no campo da Casa Amarella, promovido pela Liga Infantil dos Sports

Apesar de três prorrogações, o Motocolombó caiu na estreia, ao empatar sem gols e derrota por um escanteio a zero, para o Onze da Vila, composto por juvenis. Na final, o Great Western venceu por 1 a 0, o Onze da Vila, ficando com o título.   

No domingo, do dia 29 de Julho de 1940, o Motocolombó bateu o Volante por 2 a 0. O time formou: Joel; Harry e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Mário), Wilson, Rotandário e Jayme. As duas equipes eram filiadas a Associação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT).    

Olimpíada Interna de 1943

Em 1943, o clube realizou a Olimpíada Internas, que contou com a disputa de diversas modalidades esportivas, como o atletismo, voleibol, futebol, ping-pong (atual tênis de mesa), etc. Além do futebol e atletismo, o Motocolombó participou do Campeonato Pernambucano de voleibol e basquete, onde enfrentou o Santa Cruz, Náutico, Sport Recife, América como as principais forças da modalidade.

Excursão a Gravatá e Vitória de Santo Antão

Sob a presidência do Sr. Telmo da Rocha Barros (1942/43 e 1944/45), no domingo, do dia 30 de abril de 1944, excursionou até o município de Gravatá. Nesse dia, às 15h40min., enfrentou e venceu o Centro Esportivo Gravataense, por 2 a 1, na Praça de Esportes, na Rua do Prado. A partida foi arbitrada pelo sr. Benigno Soleiro.

Os gols foram assinalados por Menezes aos dois minutos, abrindo o placar para os donos da casa. Aos 25 minutos, após falha do zagueiro Chocolate, o atacante Vanildo aproveitou para deixar tudo igual. Na etapa final, os “alvirrubros de Afogados” voltou melhor e precisou marcar três vezes para valer um.  

Motocolombó: Odenat; Oliveira e Neto; Mota, Nelson e Toinho; Dinilton, Vanildo, Dagoberto, Walter e Jaime.

Gravataense: Joca; Chocolate e Everaldo; Bezerra, Menezes e Lupercio; Miliquio, Orlando, Valdinho, Nelson e Aleixo.

Na segunda-feira, do dia 1º de maio de 1944, a delegação rumou para o município de Vitória de Santo Antão, a fim de enfrentar o Esporte Clube Vitória. No final, os “alvirrubros de Afogados” venceram, de virada, por 2 a 1.

O Vitória abriu o placar aos 19 minutos por intermédio de Raminho. Logo depois, veio o empate com Dagoberto, após o goleiro Agenor “bater-roupa”. Na etapa final, logo no minuto inicial, novamente Dagoberto fez o gol que decretou o triunfo para o Motocolombó. A partida foi arbitrada por Geraldo Araujo e Valdemiro Fernandes, um em cada tempo. 

Motocolombó: Odenat; Oliveira e Neto; Mota, Nelson e Toinho; Dinilton, Vanildo, Dagoberto, Walter e Jaime.

Vitória: Agenor; Fernando e Antenor; Hugo, Rubem e Negrão; Zé Gomes, Nane, Milanês, Raminho e Erasmo.

Filiação a FPD, em 1946

Na segunda-feira, do dia 11 de fevereiro de 1946, a Federação Pernambucana de Desportos (FPD), filiou em caráter definitivo o Motocolombó.

Salão de dança

No sábado, do dia 16 de Julho de 1949, o clube inaugurou o dancing, todo de taco, com as localidades para colocação de mesas de mosaico, medindo 96 metros quadrados. O evento foi marcado pela orquestra do Bando Acadêmico, sob  regência  de Alcides Leão.   

Vice-campeão do Torneio Início de Futebol de Salão de 1957  

Nas noites de sábado e domingo, dos dias 24 e 25 de agosto de 1957, o Motocolombó ficou com o vice do Torneio Início do Campeonato de Futebol de Salão, organizado pela Federação Pernambucana de Desportos.

A competição foi realizada nas dependências do Atlético Clube de Amadores, que contou com a presença de um grande público. Na estreia o Motocolombó venceu o Reno por 2 a 0 (gols de Valois e Gilvan, contra).

Na sequência, novo triunfo. Dessa vez, a vítima foi o Prado, que tombou pelo placar de 1 a 0 (gol de Mircio). Nas semifinais, o Santa Cruz foi um difícil oponente. Após empate sem gols, a decisão foi para a disputa de pênaltis. Melhor para os “Alvirrubros de Afogados” que bateu a Cobra Coral por 1 a 0.

Na final, o Motocolombó perdeu para o Benfica Atlético Clube, de Madalena pelo placar de 1 a 0 (gol de Inaldo). A renda total foi de Cr$ 2.590,00. O Benfica jogou: Geraldo; José Rodrigues (Inaldo), Guilherme, Henrique e Gilson. Motocolombó: Everaldo; Valois, Arruda, Mircio e Pedrinho.   

Fim da linha

No início da década de 60, o Motocolombó Esporte Clube foi extinto, deixando uma lacuna para o bairro dos Afogados. Assim, os dirigentes do Motocolombó resolveram fundar na terça-feira, do dia 11 de Abril de 1961, a AAA (Associação Atlética dos Afogados), visando preencher o vazio deixando pela antiga agremiação. A AAA conquistou títulos estaduais no futsal, mas acabou desaparecendo no fim dos anos 70.   

Algumas formações

Time base de 1940: Joel; Cesário (Harry) e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Carmélio), Wilson (Mário), Genaro (Rotandário) e Jayme.    

Time base de 1941: Newton (Luiz); Neco (Carlos) e Oliveira; Dagoberto, Doca e Bebé; Tino, Vanildo (Rotandário), Antonio (Cancio), Mario (Pedro) e Jayme

Time base de 1943: Odi; Oliveira e Neco; Wilson Primo, Doca e Toinho; Tino, Raimundo, Dagoberto, Lauro e Jaime.

Time base de 1944: Odenat (Luiz); Oliveira e Neco; Mota (Antonio), Doca (Nelson) e Toinho; Dinilton, Vanildo (Raimundo), Dagoberto (Odinar), Walter (Gileno) e Jaime.

Time base de 1946: Luiz; Oliveira e Neco; Demóstenes, Doca (Hipólito) e Raimundo; Tino (Vanildo), Bebé, Dagoberto, Lauro e Jaime.

FONTES: Sport Illustrado (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Jornal Pequeno (PE) – Última Hora (PE)

Escudo Inédito de 1939: Rio Cricket e Associação Atlética – Niterói (RJ)

O Rio Cricket e Associação Atlética é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica localizada  na Rua Fagundes Varela, nº 637, no bairro do Ingá, em Niterói. As cores oficiais do clube são o verde e o amarelo, homenagem dos seus fundadores ingleses e descendentes ao Brasil.

Foi no domingo, do dia 15 de Agosto de 1897, por um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes fundaram uma agremiação chamada Rio Cricket Club, que funcionava informalmente desde 1870, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo no Rio de Janeiro, para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.

Após alguns atos de discordância dentro da agremiação, um grupo de fundadores decidiram montar uma outra agremiação na cidade de Niterói, com o clube que ficara sediado da cidade do Rio de Janeiro recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube, assim nascendo uma grande rivalidade clubística entre os dois clubes da colônia britânica. Em algumas fontes antigas as partidas entre os dois clubes, nos mais variados esportes, era chamada de Clássico dos Ingleses.

Em 1897, o novo clube, fundado por ingleses e descendentes dissidentes do clube carioca, liderados por George Emmanuel Cox e Basil Freeland, também e provavelmente não por acaso no dia 15 de agosto, ganhou a denominação de Rio Cricket e Associação Atlética, no bairro de Icaraí, na cidade de Niterói, sendo este o 3º clube mais antigo destinado á prática de esportes na cidade, atrás apenas do Grupo de Regatas Gragoatá e do Clube de Regatas Icaraí, ambos fundados em 1895.

No dia 16 de novembro de 1897, foi lavrada a escritura de compra do terreno onde se instalaria o Rio Cricket e Associação Atlética. Em 1978, Carlos Ary Vieira torna-se o 1º presidente de origem luso-brasileira a dirigir o Rio Cricket. Antes dele, todos os quarenta e três presidentes do clube eram de origem britânica.

Futebol bretão

No domingo, do dia 22 de Setembro de 1901, ocorreu a 1ª partida de futebol oficialmente realizada no Estado do Rio de Janeiro, no campo do Rio Cricket. Neste dia, Oscar Alfredo Cox, que viria posteriormente a ser fundador e presidente do Fluminense Football Club, atravessou a Baía de Guanabara para enfrentar os praticantes de críquete e tênis do clube inglês. Ainda cerca de quinze observadores assistiram o jogo que terminou empatado em 1 a 1, causando espanto a crônica da época, não habituada a relatar embates finalizados sem vencedores.

Em 1906, o clube participou do 1º Campeonato Carioca de Futebol, ficando com a 3ª colocação. Foi no campo do Rio Cricket que foi definido o primeiro campeonato carioca de futebol.

Em 1916, ao contrário do que algumas fontes sugerem, o Rio Cricket jamais abandonou a prática do futebol, teve que se licenciar do Campeonato Carioca (do qual era convidado especial, já que na época pertencia a outro estado) apenas por conta da I Guerra Mundial, quando muitos de seus jogadores foram defender a Inglaterra.

Em 1920, o clube retomou as atividades futebolísticas, as quais mantém até hoje. O clube, no entanto, nunca se profissionalizou, mantendo-se amador como o futebol era em seu princípio. Em 1927, se sagrou campeão do Torneio Início de Niterói, organizado pela Liga Sportiva de Amadores (LSA).

Em 2006, o clube voltou a disputar uma partida de futebol contra o Paissandu Atlético Clube após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio de Janeiro (realizados na sede do Rio Cricket). O Rio Cricket foi derrotado por 2 a 1.

O clube participou das primeiras edições do Campeonato Carioca em: 1906, 1908, 1911, 1912, 1913, 1914 e 1915 e do campeonato niteroiense em 1925, 1926, 1927, 1928 e 1929.

FONTES: livroRio Cricket e Associação Atlética, Mais de um século de paixão pelo esporte”, de autoria de Patrícia Iorio e Vítor Iorio – Sport Illustrado (RJ)

Foto rara de 1936, quando o clube era alvirrubro: América Mineiro – Belo Horizonte (MG)

O América Futebol Clube, ou simplesmente América Mineiro é uma tradicional agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). A sua Sede fica localizada na Avenida dos Andradas, nº 3.000, no Bairro Santa Efigênia (Piso G-I do Boulevard Shopping), em Belo Horizonte (MG).

O “Coelho” foi Fundado na terça-feira, do dia 30 de Abril de 1912, quando garotos de 11 a 13 anos realizaram um sorteio para a escolha do nome de um novo clube na capital mineira. A garota Alda Meira, irmã de Adhemar de Meira, um dos fundadores, sorteou o nome e, naquele momento, nascia o América Foot-Ball Club, um dos clubes mais vencedores, tradicionais e revelador de craques do futebol nacional. Esta primeira grafia foi alterada mais tarde para América Futebol Clube, que prevalece até os dias de hoje.

De sonho a realidade, o projeto inicial contou com as participações dos jovens Affonso Silviano Brandão, Aureliano Lopes de Magalhães, Aldemar de Meira, Oscar Gonçalves e Henrique Dinis Gomes. Em seguida, se juntaram ao grupo, Alcides de Meira, Álvaro Moreira da Cruz, Augusto Penna, Caetano Germano, Carlos Antônio Nunes, Cezar Gonçalves, Fioravante Gonçalo Labruna, Francisco Bueno Brandão Filho, Gerson de Salles Coelho, Guilherme Halfed, Henrique Diniz Gomes, José Miranda Megale, Leon Roussoullieres Filho, Lincoln Brandão, Waldemar Jacob, Dario Ferraz, Fausto Ferraz, Geraldino de Abreu, Otacílio Negrão de Lima, Henrique Moura Costa, Antônio Duarte, Cleantho Nunan e Luiz Guimarães, todos fundadores do América Futebol Clube.

As cores verde e branca também foram escolhidas por sorteio e, em 1913, ano seguinte à fundação, foi agregada a cor preta, que predominava nos calções dos atletas. Hoje, as três participam nas variações dos uniformes do tricolor América Mineiro (nome fantasia). A  Diretoria foi formada pelos seguintes membros:

Presidente – Affonso Silviano Brandão;

Vice-Presidente – Aureliano Lopes Magalhães;

 Secretário – Aldemar de Meira;

 Secretário e zelador – Oscar Gonçalves.

Decacampeão Mineiro

O América Mineiro fez história ao conquistar uma sequência de vitórias ininterruptas no Campeonato Mineiro, com o América se tornando o primeiro time decacampeão do mundo, entre 1916 a 1925, abriu a história de conquistas do Clube.

O 1º título desta série foi no sábado, do dia 29 de abril de 1916 e o fechamento deste glorioso feito, que valeu registro no ‘Guiness Book’, além de empolgar a todos os mineiros, foi em 1925.

Sob protesto contra o profissionalismo, clube adota a cor vermelha

No ano de 1933, inconformado com a implantação do profissionalismo, pois os americanos acreditavam que o futebol, assim como os demais esportes, deveria ser amador, o Clube passou a disputar suas partidas com a camisa vermelha, em sinal de protesto.

Nasce o ‘Coelho’

Em 1945, surge a mascote: Coelho. Criado pelo cartunista Fernando Pierucetti, o ‘Mangabeira’, o Coelho vira o Mascote do Clube. Hoje a torcida americana se orgulha de dizer que torce pelo Coelhão.

Para conhecer mais curiosidades e o restante da história do América Mineiro acesse o site do clube e clica na “História” do clube. Vale a pena!

ACERVO: Do livro “Futebol no Embalo da Nostalgia”, de autoria de Plínio Barreto  

FONTES: Site do clube (https://www.americamineiro.com.br/) – Fabiano Rosa Campos

Flâmula rara de 1973: Amapá Clube – Macapá (AP)

O Amapá Clube é uma agremiação da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. A sua Sede fica na Avenida Presidente Vargas, entre General Rondon e Tiradentes, na área central da capital. Suas cores são preto e branco.

A “Zebra da Avenida Presidente Vargas” foi Fundado na quarta-feira, do dia 23 de Fevereiro de 1944, em reunião ocorrida em residência situada em frente ao primeiro prédio da Prefeitura Municipal de Macapá, hoje servindo à Secretaria Especial de Defesa Social. É o mais antigo clube de futebol do Amapá.

O clube se inspirou no carioca Botafogo de Futebol e Regatas. Como mascote o time tem a zebra, que mesmo tendo fama de dar azar, garantiu ao Clube 10 títulos do Campeonato Amapaense de Futebol, quando ainda era amador.

Os seus fundadores foram os seguintes senhores: Eloy Nunes Monteiro, Francisco Serrano, Pauxy Gentil Nunes, Newton Cardoso, Jose Serafim Coelho, João Vieira de Assis, Glicério de Souza Marques, Raimundo Nonato Araújo Filho, Raimundo de Campos Monteiro e Zoilo Pereira Córdoba. O governador do Estado na época, Janary Gentil, participou da reunião de fundação do clube, mas não assinou a ata de fundação, pois tivera que ausentar-se antes do término da reunião.

As primeiras partidas do Amapá ocorreram no campo da Praça da Matriz, atual espaço da Praça Veiga Cabral. Logo em seu primeiro ano de fundação, participou do Campeonato Amapaense. Porém, seria campeão somente no ano seguinte, sobre o Macapá.

Em 1959, disputou um torneio amistoso na cidade de Caiena, retornando à Macapá com o troféu da competição. Em três partidas realizadas na Guiana, o Amapá venceu duas e empatou uma.

FONTES: Wikipédia – Acervos de Alcilene Cavalcante e História do Futebol Amapaense

Escudo raro de 1958/59: Esporte Clube Hepacaré – Lorena (SP)

O Esporte Clube Hepacaré é uma agremiação da cidade de Lorena, no Vale do Paraíba (SP). Fundado n dia 07 de Setembro de 1914, a sua Sede fica localizada na Rua Coronel José Vicente, nº 340, no Bairro da Cidade Industrial, em Lorena. A equipe mandava os seus jogos no Estádio General Affonseca, com capacidade para 2 mil pessoas, situado na Rua Conselheiro Rodrigues Alves, s/n (em frente ao número 100), no Centro da cidade.

Significado do nome

Foto tirada nas Quartas-de-finais do Campeonato do Interior de 1958, contra o Itatiba, realizado no início de 1959

O nome Hepacaré a princípio foi o nome da cidade de Lorena e há dúvidas quanto ao seu significado. Há relatos que Hepacaré significa “braço” ou “seio da Lagoa Torta“, outra corrente diz que significa “lugar das goiabeiras“.


Pai de Pelé jogou no Hepacaré

O time teve em suas fileiras o futebol do atacante Dondinho, pai do Rei do futebol Édson Arantes do Nascimento, Pelé. Dondinho jogou no time de Lorena na década de 40, na época Pelé era apenas um garoto de pouco mais de dois anos de idade.

Estádio inaugurado em 1941, teve Friedenreich no apito

Os jogos do time acontecem no estádio General Affonseca. O nome é de um oficial do Ministério da Guerra nos anos 30, com ligações com a história da cidade de Resende no Rio de Janeiro.

A sua inauguração foi em um jogo em 30 de março de 1941 entre o Hepacaré e o Fluminense, onde o time de Lorena foi goleado pelo time carioca pelo placar de 5 a 0. O amistoso foi apitado por nada menos que Arthur Friedenreich, que dizem ter sido o primeiro futebolista a chegar a marca de 1.000 gols.

Doze participações no Paulista da Segunda e Terceira Divisões

Na esfera profissional, o Hepacaré disputou 10 edições do Campeonato Paulista da Terceira Divisão (atual A3): 1956, 1957, 1958, 1960,  1961,  1962, 1963, 1964, 1965 e 1966. Além disso, no seu currículo, constam duas participações no Campeonato Paulista da Segunda Divisão (atual A2): 1959 e 1973.

Sede leiloda por R$ 5 milhões de reais

Atualmente o departamento de futebol do clube se dedica apenas a competições de cunho amador. Em 2011, o clube com poucos sócios, acabou entrando em falência. Com 51 ações foram movidas por falta de pagamento de direito dos funcionários. O total da dívida chega a R$ 500 mil reais. Sem dinheiro o Esporte Clube Hepacaré foi a leilão.

Uma rede de supermercados, dos irmãos Nunes do Produtor Supermercado, do Município de Cruzeiro arrematou o clube por R$ 5 milhões, 304 mil reais, em cinco parcelas (de R$ 1.060.800,00). Segundo uma fonte ligada ao grupo empresarial de Cruzeiro, revelou que a intenção é construir um supermercado no local.

Ficamos tristes com essa informação, pois grande jogadores passaram por aqui como foi o caso do Pelé e agora essa historia irá se acabar“, disse Raimundo Souza, Gordinho, técnico do Hepacaré.

FONTES & FOTOS: Wikipédia – Blog Nossa Região em Foco – YouTube – Templos do Futebol – Rede Band – Waldomiro Junho