As principais informações são do extinto e centenário jornal “A República” – fundado as vésperas da proclamação do regime republicano pelo médico e político Pedro Velho de Albuquerque Maranhão -, nas costumeiras sessões “Várias” e “Notas Sportivas”, geralmente inseridas na página um ou dois do total de quatro páginas.
O Natal Football Club foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). Em reunião realizado na residência de Alberto Roselli foiFundado na quarta-feira, do dia 18 de Maio de 1910, o Natal Football Club. A diretoria composta por somente três membros, ficou assim constituída:
Captain– Alberto Roselli;
Secretário – Salomão Filgueira;
Tesoureiro – Nizário Gurgel.
O uniforme adotado foi calça branca, camisa de listras brancas e encarnadas com o monograma NFL no bolso superior. Em pouco tempo, o clube já contava com mais de 20 sócios e projetava construir o seu “ground” na área do Prado Natalense (área do atual Palácio dos Esportes e Praça Pedro Velho), obsequiosamente cedido pelo Sport Club Natalense(fundado em dezembro de 1906 para corrida de cavalos).
Uma semana depois, foi Fundado na quarta-feira, do dia 25 de Maio de 1910, o Potyguar Football Club, de camisa cinza. A partir nascia o 1º grande clássico do futebol do Rio Grande do Norte. Os jogos entre as duas equipes dos primeiro e segundos quadros, pois não havia distinção, em “match-treinos” até outubro do mesmo ano.
Natal e ABC
O 1º jogo oficial de futebol, foi realizado no domingo, do dia19 de setembro de 1915, onde o Natal Football Club venceu pelo placar de 3 a 1 o ABC de Natal, na Praça Pedro Velho, onde se chamava o Ground da Praça, em Natal/RN.
Essa e outras histórias no lançamento do livro
Na expectativa do lançamento do livro do jornalista Adriano de Souza – na próxima quinta-feira, às 17 horas, do dia 15 de agosto de 2024, no Bar 294, na Avenida Deodoro da Fonseca, 294, Petrópolis, em Natal (RN).
Como o articulista antecipou em duas reportagens e o mesmo fez o autor em entrevista a uma rádio local a obra “O Mais Querido – Uma História do ABC Futebol Clube” terá o capítulo de abertura dedicado ao pioneirismo da introdução e consolidação do esporte em Natal entre 1903 e 1920.
ARTE: Desenho do escudo, uniforme – Sérgio Mello
Colaborou: Fabiano Rosa Campos
FOTO: Jornal da Grande Natal
FONTES: A República – Jornal da Grande Natal (José Vanilson Julião) – Everaldo Lopes Cardoso “Da Bola de Pito Ao Apito Final” – José Procópio Filgueira Neto “Os Esportes em Natal” – João Cláudio de Vasconcelos Machado – “Tribuna de João Machado” (coluna na “Tribuna do Norte – 1964) – Tribuna do Norte
O Mageense Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Magé, localizado na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 228.127 habitantes, segundo o censo do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, Magé fica 50 km da capital do estado do Rio.
Fundado na sexta-feira, do dia 07 de Setembro de 1917, por funcionários da Companhia de Fiação e Tecidos Magéense (que ficava na Rua 1º de Março, nº 100, em Magé/RJ), com o nome de Magéense Football Club.
a sua Sede está situado na Rua Cel. João Valério, nº 200, no Centro de Magé. A sua Praça de Esportes ficava na Rua Major Ricardo, em Magé. Atualmente, o seu Estádio César Paim, com capacidade para cerca de mil pessoas, na Travessa Rafael Fabri, s/n, no centro da cidade.
A sua Sede foi inaugurada no sábado, do dia 14 de Setembro de 1918, localizado na Travessa do Rocio, nº 4; enquanto o Campo ficava na Rua Prefeito Ullmann.
1º amistoso interestadual
Para a linda cidade de Magé, do Estado do Rio de Janeiro, partirá, domingo, pela manhã, do dia 02 de dezembro de 1917, o valoroso e disciplinado team dos “Esponjas” (grupo de sócios do Carioca Football Club, com camisa vermelha e calção branco, do bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio) a fim de jogar uma partida amistosa contra o Primeiro Team do Magéense Football Club, laureado campeão daquela cidade.
A futura equipe campeã do torneio internacional do Carioca F. C., partirá assim organizada: Goal, Arlindo Martins; backes, Bernardo Martins e Fernando Albuquerque; half-hackes, João Gonçalves, Manoel Martins (cap.) e Antonio Martins; for- wards, Dante Tonini, Paulo Tawares, Carlos Cruz, Pedro Martins e Edgard Velloso.
Acompanhando o team seguem mais os srs.: Athayde Soares, Carlos Nery Shetting, João Meziat e Hudley Sholl. Infelizmente, não foi encontrado o resultado dessa partida.
Amistoso interestadual
No domingo, do dia 13 de julho de 1919, foi realizado na cidade de Magé, duas partidas entre as equipes do Mageense x Audax e Kuringa x Família. As duas partidas contaram com uma animada e grande presença de público.
No 1º encontro, com arbitragem do Sr. Raul Pinheiro (do Audax), o Mageense Football Club venceu o Audax Club, da capital, pelo placar de 3 a 1. Na partida de fundo, o Kuringa Football Club (camisa roxa e calção branco), também de capital, e Família ficaram no empate em 2 a 2. O árbitro foi o Sr. Antonio Sevenseu(do Sport Club Recife).
Após a peleja a diretoria do Mageense ofereceu um jantar de 70 talhares à embaixada, na residência do Sr. capitão José Ulsmann Júnior. À noite, realizou-se um baile, na sede do clube, que se prolongou até às 6 horas da manhã.
Foram entregues ao Mageense a Taça “José Ullmann” e Taça de prata “Kuringa” (ofertado pelo patrono do Kuringa, o Sr. Ítalo Machado) tendo um champagne feito a entrega os senhores Dr. Antonio Swensen e o Dr. Murillo de Souza Soares, em brilhante discurso.
A diretoria do Mageense, composta dos senhores Raul Botelho, José Macrino dos Santos, capitão José Ullmann, Vicente José Dias e Christovão Ullmann, foram pródigos em gentilezas para com os seus hóspedes.
O Mageense enfrentou e venceu o Bangu
O Mageense realizou dezenas de amistosos nas décadas de 20 e 30, em destaque para o domingo, do dia 19 de outubro de 1919, quando bateu o Bangu Atlético Clube por 2 a 1, em Magé. E, no sábado, do dia 15 de agosto de 1925, quando o Mageense enfrentou o Club Athletico Paysandu, em Magé (resultado não foi encontrado).
Participou do Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1944
Em 1944, o Mageense disputou a competição mais importante até então: Campeonato Fluminense de Clubes Campeões (no estilo Copa do Brasil, com jogos de ida e volta). Organizado pela Federação Fluminense de Desportos (FFD).
O adversário foi o Esporte Clube Olarias, de São João de Meriti. No jogo de ida, fora de casa, no domingo, do dia 28 de janeiro de 1945, o Mageense acabou goleado, duramente, pelo placar de 10 a 3. No jogo da volta, no domingo, do dia 04 de fevereiro de 1945, mesmo jogando nos seus domínios, o Mageense voltou a ser derrotado por 4 a 3, dando adeus precocemente do torneio.
Títulos
Pelo Campeonato Citadino de Magé, organizado pela LMD (Liga Mageense de Desportos), o Mageense se sagrou campeão por 15 vezes:1944, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1968, 1974, 1984, 1986, 1988, 1989, 1990 e 1996.
Na esfera profissional, o Mageense Futebol Clube conquistou o título do Campeonato Carioca da Série C (4ª Divisão) de 2018, organizado pela FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e também na categoria Sub-20.
Algumas formações:
Time base de 1918: Sócrates (Christovão); Homero (Paulo) e Vicente; Samuel (Waldemiro), Ramiro (Cap.) e Carlos (Juca); Dediorat (Eurydice), Franco, Chiquito, Miguel e Horácio.
Time base de 1933: Aurélio; Aristides e José Eduardo; Benedicto, Olegário e Osmundo; Osório, Faustino, Antenor, Pinguinho e Gallo.
Time base de 1934: Aurélio (Cap.); Olavo (Aristides) e José Eduardo (Molequeira); Benedicto (Gallo), Olegário (Faustino) e Osmundo; Osório (Bebeto), Antenor (Fula), Pinguinho (Mulambinho), Candonga e Bilau.
Time base de 1937: Aurélio; Hélio e Juquinha; Manoel, Olegário e Armando; Isaias, Bacury, Milton, Alcebíades e Bilau.
Time base de 1945: Toninho; Hélio e David; Tetraldo, Vado e Alceu; Pimpão, Zequinha, Ismael, Chiquinho e Pedrinho.
Time base de 1951: Zaquino; Hélio e Pedro; Wilson e Tista; Pimpão, Tutu, Nei, Umbá e Romildo.
Time base de 1973: César (Manuel); Válter, Lilinho, Gato e Zé Henrique; Ademir (Wilson) e Pixura; Marcinho, Adauto (Rubinho), Serginho e Cosme.
ARTE E PESQUISA: Desenho do escudo, uniforme e texto – Sérgio Mello
FOTOS: Página no Facebook “Fatos e Fotos da Memória Mageense”– Acervo de Lú Apolinário
FONTES: A Noite (RJ) – A Razão (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Gazeta Suburbana (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Paiz (RJ)
A Liga Mageense de Desportos é a entidade máxima da cidade de Magé, localizado na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 228.127 habitantes, segundo o censo do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, Magé fica 50 km da capital do estado do Rio.
Fundado na quarta-feira, do dia 29 de julho de 1942. A sua Sede fica localizada na Rua Getúlio Pereira de Souza, nº 9, no bairro da Figueira, em Magé/RJ. As suas cores são o azul e o amarelo.
ARTE E PESQUISA: Desenho do escudo, uniforme e texto – Sérgio Mello
FOTO: Santayana Leilões
FONTE: Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ)
O time de Veteranos do Minas Futebol Clube, de São João Del Rei, no jogo contra o Veteranos do Olimpic, no ano de 1979, no Estádio Santa Terezinha, em Barbacena. No final, vitória do Minas pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo atacante Licinho.
Este jogo foi beneficente, realizado para arrecadar fundos para o ex-ponta direitaPicinim, que estava com doença grave, e que jogou por anos no Olimpic e também, no ano de 1965, no Cruzeiro/BH, falecendo meses depois.
É um distrito situado na região central do município brasileiro de São Paulo, a leste do chamado Centro Histórico da São Paulo. Apesar de sua posição geográfica, pertence à região administrativa do Sudeste, visto que o bairro integra a subprefeitura da Moóca.
Atualmente, trata-se de uma região muito conhecida pelo comércio de roupas, especialmente nas imediações do Largo da Concórdia e da rua Oriente.
No começo do século, mais precisamente, nos anos 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.
Este crescente processo imigratório proporcionou um enorme crescimento dos bairros operários, em especial o bairro do Brás, onde grande parte dos italianos se fixou.
Três, desses estrangeiros, os irmãos José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes, fundaram no dia 7 de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de Clube Atlético Flor do Brás. O Sr. José de Carvalho, foi o seu primeiro presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos.
CLUBE ATLÉTICO FLÔR DO BRAZ
O Clube Atlético Flôr do Braz é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na sexta-feira, do dia 07 de setembro de 1928. A sua Sede fica na Rua Silva Teles (esquina com a Rua Bresser), no bairro do Brás, na Região Central de São Paulo /SP.
História do Flôr do Braz
Na década de 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.
Três, desses estrangeiros, destacam-se neste Memórias da Várzea, trata-se de: José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes. Irmãos, que numa conversa de botequim, fundaram em sete de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de C.A Flor do Brás.
Seu Zezinho ficou na presidência por meio século
O Sr. José de Carvalho, seu Zezinho, foi o seu 1º Presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos. Nessa época tinham sede (casa do presidente) e campo de futebol. Porém, o terreno do campo foi desapropriado para a construção de uma biblioteca municipal.
Quando o então presidente adoeceu e mais tarde veio a falecer, assumiu em seu lugar Antônio Veríssimo da Silva, o Caçula, que há 23 anos dirige o clube com organização, lealdade e acima de tudo amor. “Só estou dando continuidade ao trabalho do Zezinho, que até hoje é considerado o presidente de honra do Flor. Nosso maior orgulho é não ter parado, pois muitas agremiações que começaram na mesma época que nós já encerraram suas atividades”, disse.
Sobre o princípio de tudo, Caçula conta: “Depois da sua morte, o clube ficou meio dividido, já que seus primeiros cinquenta anos de vida ficaram com ele. Nós não temos acesso a esses documentos, o que é uma pena, pois acabamos desconhecendo fatos importantes de sua história” e acrescenta “estou tentando localizar uma sobrinha dele, pois me disseram que ela possui um acervo antigo com parte dessa biografia”, afirmou Caçula.
A escolha das cores do clube
Sabe-se, no entanto, que o nome Flor do Brás surgiu, pois no bairro havia uma fábrica de perfumes que utilizava flores em suas fragrâncias. Mas, por que deram a este clube as cores verde, preto e branco?
“Essa é uma história engraçada. O que eu sei é que dois dos fundadores eram palmeirenses e um era corinthiano, assim, em comum acordo, uniram as cores desses times para batizar o C.A Flor do Brás”, explicou Caçula.
“Um outro fato engraçado envolvendo nossas cores ocorreu no ano passado, quando fui a uma casa de esportes mandar fazer nosso fardamento. O rapaz da loja disse que eu não poderia fazer meu uniforme porque era igual ao do América de Minas. Mas eu o questionei: Por que eu não posso, se o Flor é mais antigo que o América? Se tiver alguém querendo copiar não somos nós, pois nosso clube é registrado na Secretaria Municipal de Esportes e na FPF nessas três cores”, revelou.
A dura realidade de um clube da várzea
O C.A Flor do Brás como muitos da várzea, passa por uma série de problemas financeiros. “Somos uma equipe prestes a celebrar 72 anos de atividades ininterruptas. Uma equipe tradicional que ainda luta para conseguir sede e campo próprios”, lamenta o presidente.
“Temos muitos planos para o clube, mas está difícil vê-los realizados. Gostaríamos, por exemplo, de disputar as categorias de base da Secretaria Municipal de Esportes, mas não temos espaço para treinar” conta Caçula e ainda “Hoje nós treinamos e temos o mando de jogo no campo do CDM Vigor e recentemente, fizemos um acordo com o Flamengo da Vila Maria para usar o campo deles em sábados alternados”.
Sua atual diretoria sonha com a construção de uma sede. Atualmente, como há 72 anos, as reuniões do clube são feitas na casa do presidente, e é lá também onde são guardados troféus, medalhas e fardamentos que contam a sua história. “Minha esposa, Izilda da Silva, tem muito carinho pelo Flor do Brás. Eu a considero presidente de honra do clube, pois está sempre nos apoiando. Faz modelos de fardamentos, lava e passa as camisas. Quando estava empregada, 20% da sua renda era destinada ao time”, se emociona Caçula.
“Nossos atletas também enfrentam dificuldades, por isso, na medida do possível, tentamos ajudá-los. Seja com uma cesta básica, com um passe de ônibus ou quitando uma conta de água e luz que esteja atrasada”.
A maior reclamação, porém, é por falta de um patrocínio “Várias pessoas já apareceram com a intenção de nos ajudar, mas quando você apresenta um projeto elas fogem”. Assim, sem apoio e ajuda, o Projeto Criança não sai da gaveta. “Gostaríamos muito de fazer um trabalho voltado para as crianças. Esse projeto prevê a construção de um centro de convivência infantil, com campo de futebol, área de recreação e escolinha de futebol. Pretendemos tirar as crianças das ruas e dar a elas condições para crescerem num mundo mais sadio”, sonha Caçula.
Títulos do C.A. Flôr do Brás
Copa Gabriel Ortega;
Campeão da Copa Benflor, organizada pelo Benfica da Vila Maria. Na final, o Clube Atlético Flor do Brás venceu a Estrela Vermelha Futebol Clube da Vila Nivi por 1 a 0, com gol de Baianinho;
Campeão da Copa Amizade, organizada por Milton Montes e Vítor Sapienza realizada na cidade de São Manuel;
Campeão Metropolitano Regional da Zona Norte;
Vice-Campeão Metropolitano Geral na final ocorrida no Estádio Ícaro de Castro Mello no Ibirapuera. O Clube Atlético Flor do Brás perdeu para o Estrela Futebol Clube de São Bernardo do Campo pelo placar de 2 a 1.
ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
FONTES E FOTOS: Meu acervo – Histórias do Pari – Site do SIMMM – Museu Virtual do Futebol
A Liga Esportiva Municipal Campograndense(LEMC) realizou, no domingo do dia 9 de junho de 1957, o Torneio Início do Campeonato oficial de Futebol de 1957, da Primeira Divisão. O simpático clube da cidade, o Operário Futebol Clube sagrou-se campeão da Primeira Divisão.
Participaram do presente campeonato seis clubes:
1º de Maio Esporte Clube;
Associação Atlética Alfaiates;
Comercial Esporte Clube;
Mamoré Esporte Clube;
NoroesteFutebol Clube;
Operário Futebol Clube.
Ferroviário campeão do Torneio Início da 2ª Divisão de 1957
Quatro dias depois, a Liga Esportiva Municipal Campograndense(LEMC) realizou, na quinta-feira, do dia 13 de junho de 1957, o Torneio Início do Campeonato oficial de Futebol de 1957, da Segunda Divisão.
O Clube Atlético Ferroviário, sagrou-se campeão do Torneio Início da Segunda Divisão, conquistando o magnifico troféu oferecido pelo “mais completo” a LEMC. Participam do campeonato da Segundonasete equipes:
Automóvel Clube;
Clube Atlético Bandeirantes;
Clube Atlético Ferroviário;
Cruzeiro Futebol Clube;
Dois de Maio;
Esporte Clube Vasquinho;
Santa Cruz Futebol Clube.
Os campeonatos foram animadíssimos devido à boa organização que a atual diretoria da Liga Esportiva Municipal Campograndense vem desenvolvendo e, consequentemente, causando boa impressão ante os simpatizantes dos clubes participantes, com os melhoramentos introduzidos no Estádio Municipal Belmar Fidalgo.
O Operário Futebol Clubeé uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A suaSede socialfica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).
O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.
Operário do Povo
Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.
Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.
O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.
“Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.
A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.
O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.
“O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.
Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.
O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.
Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.
Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.
“O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.
Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.
“Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.
Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.
Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.
Criação de Mato Grosso do Sul
A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).
No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.
FOTOS: Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”
FONTES: site e página do clube – Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul
O Esporte Clube Comercial é uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A sua Sede administrativa fica localizada na Rua Dr. Euler de Azevedo, nº 4.880, no Parque dos Laranjais, em Campo Grande/MS.
O “Colorado” foi Fundado na segunda-feira, do dia 15 de março de 1943, pelo esportista Etheócles Ferreira, em conjunto com comerciantes locais e estudantes do Colégio Dom Bosco.
No começo, os primeiros jogadores eram estudantes do Colégio Dom Bosco. Durante quase três décadas o clube permaneceu no amadorismo, onde faturou nove títulos do Campeonato Citadino de Campo Grande, organizado pela Liga Municipal Campo-Grandense (LMC) e depois pela Liga Esportiva Municipal Campo-grandense (LEMC).
Primeiro clube a disputar a elite do futebol brasileiro
Em 1972, o Comercial se profissionalizou para disputar, naquele ano, o Torneio Seletivo para definir quem seria o representante do estado no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão de 1973. Foi campeão, sendo então o 1º time a disputar um Campeonato Brasileiro pelo estado do Mato Grosso.
Campeão em dois estados
No âmbito estadual, foi campeão do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1975. Após o estado ter sido dividido em dois (MT e MS), em 1979, o Comercial se sagrou campeão nove vezes no Campeonato Sul-Matogrosso da 1ª Divisão: 1982, 1985, 1987, 1993, 1994, 2000, 2001, 2010 e 2015. Com isso, o clube detém a proeza de ter dois títulos em dois estados diferentes.
Quarto lugar na Taça de Prata de 1981
Em 1981, foi realizada a segunda edição da Taça de Prata(Campeonato Brasileiro Série B), que foi disputado por 48 equipes. O Comercial ficou em 4º lugar, também ficou na 3ª colocação na última edição da Copa Centro-Oeste e em 1994 ficou em 7º lugar na Copa do Brasil.
Em 2015, o Colorado sagrou-se campeão estadual, conquistando o seu 9º TítuloSul-Mato-Grossense, se tornado o segundo maior vencedor no estado do Mato Grosso do Sul.
Abaixo a lista de títulos:
Campeonato Sul-Mato-Grossense (9 Títulos): 1982, 1985, 1987, 1993, 1994, 2000, 2001, 2010 e 2015;
Campeonato Mato-Grossense (1 Título): 1975;
Seletiva do Campeonato Brasileiro(1 Título): 1972;
Liga Campo-grandense de Futebol (9 Títulos): 1948, 1951, 1956, 1957, 1959, 1964, 1965, 1967 e 1971.
ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”
FONTES: site e página do clube – Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul