Arquivo da categoria: 03. Toninho Sereno

UNIÃO COMÉRCIO E INDÚSTRIA – GOIÂNIA – GOIÁS

UNIÃO COMÉRCIO E INDÚSTRIA - GOIÂNIA - GO

Fundado e mantido por bancários dos diversos estabelecimentos da Capital, surgiu em fins de 1946, com o nome de Associação Bancária de Goiás e disputou alguns campeonatos. Em 1949 passou a chamar-se União Comércio e Indústria. Em 1955 passou a chamar-se Associação Mariana de Esportes transferindo sua sede da Rua 29 para Campinas. Por volta de 1957 nova troca de nome, desta feita para Associação Campineira de Esportes  e finalmente Campinas, quando foi incorporado ao Vila Nova

Fonte: extraído do livro “30 ANOS DE FUTEBOL EM GOIÂNIA”, de autoria de Lisita Junior, publicado em janeiro de 1975.

 

PIMA FUTEBOL CLUBE – Novo Horizonte – SP

PIMA FUTEBOL CLUBE

A título de colaboração, e com a finalidade de ajudar na confecção do escudo do PIMA FC, tendo em vista que o escudo aparentemente se encontra mais visível nesta foto,  é que adiciono esta matéria, a qual foi extraída da revista Grêmio Esportivo Novorizontino – O Tigre do Vale – De Pima a Grêmio – Os 17 anos de uma Fera (edição de outubro de 1990).

 

GE Novorizontino

A HISTÓRIA

(do time da fábrica de sapatos até se transformar na força do interior).

O Novorizontino foi fundado em 11 de março de 1972 com o nome de Pima Futebol Clube e na época, era formado por funcionários de uma fábrica de sapatos da qual levou o nome. A Pima funciona até hoje como fábrica-escola e atende crianças carentes na forma de orfanato.

Em 1974, após disputar jogos varzeanos em seu primeiro ano de existência, o Pima filiou-se a Liga Catanduvense de Futebol e em seu primeiro campeonato amador conquistou o título de Campeão Regional, seguindo-se o Bicampeonato em 75.

Com o sucesso regional, a diretoria, presidida pelo fundador do clube, Arnaldo Sauressig, decidiu optar pelo profissionalismo e, em 1976, após filiar-se a Federação Paulista de Futebol, nascia o Grêmio Esportivo Novorizontino, nome que substituía o primeiro por exigências da legislação esportiva.

Conta-se que o nome de Grêmio acabou surgindo em uma churrascada, feita pelos atletas da época, que decidiram homenagear o presidente Arnaldo, gaúcho radicado em Novo Horizonte, e torcedor fanático do Grêmio Portoalegrense.

As cores amarelo-preta vieram da própria caixa de sapatos da fábrica, que até hoje se orgulha em mantê-las numa forma de preservar a tradição. O escudo foi inspirado no do Santos Futebol Clube.

O primeiro uniforme do Pima FC era idêntico ao do São Paulo FC, porém, em lugar da faixa horizontal vermelha existia uma faixa amarela. Depois este foi substituído pelo uniforme com listras verticais amarelo e preta.

 

 

O FUTEBOL EM SÃO JOSÉ DO RIO PARDO – SP

Foi uma festa a primeira partida de futebol

A banda tocou durante o primeiro jogo oficial de futebol em São José do Rio Pardo. Depois da partida, o time pagou um copo de cerveja aos presentes no Club Recreativo Riopardense.

O assassinato de Euclides da Cunha, em 15 de agosto de 1909, abalou profundamente a cidade onde fizera amigos e era considerado uma glória municipal pela reconstrução da Ponte Metálica e pela publicação do livro “Os Sertões”, grande parte escrito em São José do Rio Pardo.

No fim desse ano, vários jovens rio-pardenses sonhavam em criar uma sociedade esportiva, o que se concretizou em meados de janeiro de 1910, quando fundaram o Club Foot-Ball, cuja diretoria ficou assim constituída: presidente – Guilherme Kulhmann, diretor do Grupo Escolar Dr. Cândido Rodrigues; secretário – Pedro Isaac de Souza; tesoureiro – Dr. Costa Júnior e diretor esportivo Eurico Cruz. (1)

Em março já estava escolhido o nome do clube: Sport Clube Euclides da Cunha em homenagem ao saudoso escritor.

Os primeiros treinos foram realizados no campinho do Largo do Grupo Escolar, atual Praça Barão do Rio Branco.

O entusiasmo dos esportistas logo propiciou a formação de dois times — o vermelho e o branco — sendo titulares Melchior do Amaral Mello (capitão), Arlindo Juliani, Totó Freire, Joaquim Nogueira, Paulo Corrêa, Orlando Peixoto, Caetano Caruso, Orlando de Lima, Euclides de Souza, Jacinto Parisi e Sílvio Nogueira. Os reservas eram Samuel Mendes (capitão), Calimério, Braghetta, Destro, Cobra, Marçal, Perrela, Fernando, Oswaldo, Vitório, Lídio, Umberto e Geraldo.

O Sport construiu seu campo no Parque da Caixa d’Água, no local onde hoje está a Estação Central e estacionamento do Hospital.

A grande área do parque foi urbanizada pelo prefeito João Baptista Moreira de Souza, em terreno cedido por Honório Luís Dias que também foi o benemérito doador do terreno para a construção da Santa Casa de Misericórdia, atual Educandário São José, conforme escritura de 2 de agosto de 1907. (2)

Outras contribuições recebidas para a construção do campo foram: a renda de um espetáculo cinematográfico no Theatro São José, oferecido por Eurico Cruz e Empresa Gaumont, as primeiras mensalidades pagas pelos sócios esportistas, além de uma doação importante —  a bola — oferecida por José Estevão, da Casa Flora Brasileira.

A festa da inauguração do pequeno estádio realizou-se no dia 22 de maio de 1910 quando, ao som da banda do Grêmio Musical Riopardense (3), ocorreu o jogo do time branco contra o vermelho, vencendo este por 3 a 0.

Ao fim, as duas equipes e o público, à frente da banda do Grêmio, seguiram para o Club Recreativo Riopardense, onde o “team vencedor ofereceu um copo de cerveja às pessoas presentes”. Com a excursão de 18 de junho a Mococa assinala-se o primeiro encontro sério com um time de outra cidade. “Houve empate de 0 a 0. Voltaram encantados”, escreveu o cronista de “O Rio Pardo”. (4)

 

ANOTAÇÕES

(1) Pedro Isaac de Souza, Valêncio Bulcão e outros euclidianos participaram da primeira Romaria à cabana, em 15 de agosto de 1912; Eurico Cruz foi o fundador da primeira empresa rio-pardense de cinema ao inaugurar, em 1909, uma sala fixa de projeções cinematográficas no Theatro São José.

(2) Em 1935 a Santa Casa permutou o prédio e o terreno do antigo hospital como Asilo de Orfãos por um prédio na rua Benjamin Constant, que havia sido doado pelo coronel Oliveiros Fernandes Pinheiro.

(3) O Grêmio Musical Riopardense foi criado em 1910, sendo professores de música Melchior Amaral de Mello e Valêncio Bulcão, o qual, além de músico, compositor e regente de banda, foi jornalista. Em 1910, era proprietário do jornal “O Rio Pardo”.

4) O Club Recreativo Riopardense foi fundado em setembro de 1901. Em 1909 sua sede era na Francisco Glicério.

RECORTE

“O Sport Club Euclydes da Cunha foi a primeira associação esportiva fundada nesta cidade, graças aos esforços do inteligente moço professor Melchior do Amaral Mello. O comerciante José Estevão, proprietário da Casa Flora Brasileira, ofereceu a primeira bola. Começaram os treinos no largo do Grupo Escolar. Depois, o coronel Honório Dias cedeu um terreno pegado à Caixa d’Água, lugar onde está construída em parte a nova Santa Casa. Por meio de subscrições, foi angariada, em poucos dias, a soma necessária para construção do campo. Inaugurou-se com grande assistência (não se pagava), jogando o primeiro contra o segundo quadro. O nosso clube não conheceu o prazer de uma vitória, pois em todos os encontros, ou empatava ou perdia, quer no seu como nos campos dos adversários. Perdeu para Casa Branca em diversos jogos e para Mococa em alguns, empatando em outros”. (Joaquim Nogueira em entrevista a Fausto Prado Olyntho para a revista “Colméia”, 1930).

 

Antigo time de futebol dos anos 1930. Em pé, Adhemar de Almeida, os três seguintes não identificados e Leonardo Trovatto. Agachados: Bicudo (Pomeranzi), não identificado, Waldemar Poggio, José Ary Ribeiro (Zé Gato) e José Aguiar.

Fonte: Cidade Livre do Rio Pardo