Arquivo da categoria: Perfis de Jogadores

Dirceu – “Maravilha Negra” da Ferroviária

O Imparcial Esportivo -08/03/1954

Antes de Dudu (Olegário Tolói de Oliveira), a Ferroviária de Araraquara contou com o futebol vistoso, clássico e eficiente de Dirceu, um dos artífices da conquista da Segunda Divisão do certame paulista, versão 1955.

Dirceu - Equipe da AFE 1955

Naquela ocasião, a mídia esportiva traçava este perfil de Dirceu:

Médio direito, a mola propulsora do time grená, fazendo de maneira clássica e bela a ligação da defesa com o ataque. A torcida apelidou-o de “Maravilha Negra” pelo seu excelente controle de bola.

Nome – Dirceu Siqueira

Naturalidade – São Paulo, Capital

Idade – 27 anos. Nascido a 29 de setembro de 1929

Estado civil – Solteiro

Peso – 68 quilos

Altura – 1,75

Clubes – O famoso “Maravilha Negra” iniciou no Mocidade Glicério, da várzea paulistana. Ainda na Capital, Dirceu jogou pelo Iguape, Pelotas, Rádio Panamericana, Boca Juniors, Iuracan. Transferiu-se depois para o quadro amador do Corinthians Paulista de onde foi descoberto pelo Rio Pardo, tornando-se estrela de “primeira grandeza” segundo expressão de Pereira Lima que o trouxe para a Associação Desportiva Araraquara (ADA). Finalmente Dirceu ingressou na Ferroviária, onde atua com enorme desenvoltura, sendo um dos ídolos da torcida grená.

Dirceu - ADA

Títulos – Dirceu foi campeão pelo amador do Corinthians e campeão de série pelo Rio Pardo.

Maior emoção – O grande médio “colored” da Ferroviária tem duas grandes emoções em sua carreira esportiva. A primeira foi no Pacaembu, quando ainda defendia o amador do Corinthians, num lance em cima da risca fatal de seu gol que ele tirou de “bicicleta” empolgando a torcida presente ao jogo. A segunda maior emoção de Dirceu foi descrita por ele próprio: “O gol que fiz contra a Sanjoanense. Roque encobriu espetacularmente o famoso Zé Amaro e, conforme a bola desceu eu chutei para o gol de “sem pulo” marcando um tento sensacional.”

Dirceu - Atlas do México

Dirceu Careca – assim chamado porque jogava com a cabeça raspada – transferiu-se para o México, onde atuou com muito êxito até o encerramento de sua brilhante carreira. Lá seguiu residindo, até que em 1999 veio a falecer, vítima de infarto.

Fontes:
Jornal O Imparcial (Araraquara)
Que fim Levou? Milton Neves (Fotos)
Edição: Paulo Luís Micali

Dudu, antes do Palmeiras


Dudu, o volante raçudo, de fibra, “carregador de piano” surgiu como revelação da grande equipe da Associação Ferroviária de Esportes, de Araraquara,em 1959, ano de ouro grená que representou o início de um período glorioso da representação da “Morada do Sol”. Dudu fez parte de um time forte, que passou a ser considerado, pela mídia esportiva, como o sexto grande do futebol paulista.
Olegário Tolói de Oliveira, nascido em Araraquara em 7 de novembro de 1939, recebeu do avô o apelido de Dudu quando ainda era criança.
Nos cinco anos em que Dudu defendeu a AFE, esta viveu realmente uma fase magnífica. Em 1959, alcançou o terceiro lugar no Campeonato Paulista, juntamente com o São Paulo e atrás apenas de Palmeiras e Santos, que disputaram o título em três partidas, num autêntico supercampeonato. Após, de 1960 a 1963, a Ferroviária só obteve excelentes posições no Paulistão.

1960 – 6º lugar; 1961 – 5º lugar; 1962 – 6º lugar; 1963 – 6º lugar.

Não sem razão, a Ferroviária era tida como o sexto clube “grande” de São Paulo, dado que São Paulo, Palmeiras, Santos, Corinthians e Portuguesa de Desportos eram os cinco tradicionais “grandes” do futebol bandeirante, como de resto seguem sendo, à exceção, infelizmente, da simpática Portuguesa.
Dudu formou um meio-de-campo de rara competência com o grande Bazzani. Ambos foram artífices de vitórias expressivas, comandando, cadenciando, pelo meio da cancha o futebol aparatoso e de bons resultados da esquadra afeana.
O primeiro registro que temos de Dudu com a camisa da Ferroviária data de 13 de agosto de 1959, quando os grenás atuaram na Fonte Luminosa, contra a Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista. Foi uma quinta-feira à noite, e a vitória sorriu para o time da casa pela contagem mínima. Formação da Ferroviária naquela oportunidade: Rosan; Porunga, Antoninho e Cardarelli; Dirceu e Rodrigues; Baiano, Cardoso, Nei, Dudu e Benny. Técnico: José Guillermo Agnelli.

Em seguida, viriam as seguintes presenças de Dudu no onze afeano:
19.08.1959 – Santos 0 x 0 Ferroviária – Campeonato Paulista
26.08.1959 – Ferroviária 4 x 2 Taubaté – Campeonato Paulista
30.08.1959 – XV de Jaú 0 x 0 Ferroviária – Campeonato Paulista

Destacamos, como curiosidade, uma formação para cada ano em que Dudu defendeu a Ferroviária de Araraquara:
1959 – Rosan; Porunga, Antoninho e Cardarelli; Dudu e Rodrigues; Baiano,
Cardoso, Nei, Bazzani e Benny
1960 – Rosan; Porunga, Antoninho e Cardarelli; Dirceu e Rodrigues; Faustino, Dudu, Baiano, Bazzani e Benny
1961 – Fia; Ismael, Antoninho e Jurandir; Dudu e Rodrigues; Peixinho, Laerte, Parada, Bazzani e Benny
1962 – Toninho; Geraldo Scalera, Antoninho e Galhardo; Dudu e Rodrigues; Davi, Peixinho, Parada, Bazzani e Benny
1963 – Toninho; Geraldo Scalera, Fogueira e Galhardo; Dudu e Mário; Peixinho, Tales, Lio, Capitão e Ari

Dudu participou, ainda, das duas primeiras excursões da Ferroviária ao exterior, que, somadas, resultaram na seguinte campanha:

Jogos

V

E

D

GP

GC

SG

36

30

2

4

133

25

108

 

Dudu foi também convocado, enquanto defendeu as cores grenás, para defender o Selecionado Paulista, visto que naquela época tínhamos a realização do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Fontes:
Arquivo do Prof. Antônio Jorge Moreira
Arquivo pessoal
Foto de Dudu: A Gazeta Esportiva Ilustrada/1962
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Carlos Alberto: Um dos maiores goleiros da história da Ferroviária

Carlos Alberto Alimari

Contratado junto ao Apucarana, do Paraná, em 1967, Carlos Alberto Alimari participou das campanhas que culminaram com a conquista do Tricampeonato do Interior pela Ferroviária em 1969.

Carlos Alberto - primeiro em pé (esquerda)

Também fez parte da delegação afeana que excursionou pela América Central e Caribe no ano de 1968. Goleiro de porte físico avantajado, Carlos Alberto tinha como principal característica a imponência e a boa colocação diante dos atacantes adversários. No chamado “Paulistinha” de 1971, torneio classificatório para o Campeonato Paulista de 1972, a equipe grená conquistaria a Taça dos Invictos, instituída em 1939, pelo jornalista Thomaz Mazzoni de “A Gazeta Esportiva”. Um dia após a vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo, na vizinha Ribeirão Preto, partida correspondente ao terceiro jogo de uma série de 14 jogos sem derrotas, alguns jogadores, entre eles, Carlos Alberto, foram participar de uma pescaria às margens do rio Mogi-Guaçu, para comemorar a conquista do primeiro turno do torneio. Carlos Alberto era o goleiro menos vazado do campeonato, até então. O que realmente aconteceu naquele dia, permanece um mistério até os dias de hoje. O que se sabe é que Carlos Alberto caiu no rio. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, às 23 horas do dia 13 de outubro de 1971, pelo Corpo de Bombeiros, preso a alguns galhos, no fundo do rio. O fato comoveu a cidade. Jogador querido e respeitado, seu velório foi realizado na antiga sede da AFE, na avenida Duque de Caxias, e atraiu milhares de torcedores e admiradores. O sepultamento ocorreu na cidade de São Paulo. O goleiro, que por tantas vezes honrou a camisa grená, deixou a vida prematuramente, para entrar para a história como um dos jogadores mais vitoriosos de toda a trajetória da Ferroviária.

Em Araraquara, Carlos Alberto Alimari virou nome de rua, numa justa homenagem ao correto e competente profissional, falecido tragicamente, no auge da carreira.

Texto de Gustavo Ferreira Luiz, Monitor do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara (Arena Fonte Luminosa)
Transcrito da revista e a – esporte araraquara, nº 28, de fevereiro de 2012 (página 18)
Edição: Paulo Luís Micali
Fotos: Sim News, internet e Revista e a – esporte araraquara

Caíco – Carreira curta, porém brilhante

Carlos Alberto Gonçalves Pereira (Caíco), nascido em 11 de agosto de 1964, foi um lateral direito de muita vitalidade que atuou na década de 1980 e encerrou sua carreira prematuramente (aos 25 anos de idade) em virtude de problemas de saúde e de contusões, que o impediram de ter uma sequência normal de partidas.
Começou jogando no “dente-de-leite” do Comercial do bairro do Carmo, em Araraquara, dirigido por Paulo Gonçalves André, em 1978; no ano seguinte transferiu-se para o Corinthians da Vila Xavier, passando a ter a orientação do técnico Luís Carlos da Silva, o Luizinho, na categoria de juvenis; não demorou muito e voltou a mudar de clube, passando para o Palmeiras E.C. da Vila Xavier, onde respeitou o comando técnico de Paulo Esteves.
Aí surgiu o interesse da Associação Ferroviária de Esportes, que o levou para a Fonte Luminosa com o propósito de ver fortalecida a lateral direita do time que disputaria a Taça São Paulo de juniores.

Integrando a escolinha do Bazzani (Olivério Bazzani Filho, o maior jogador que já defendeu as cores da Ferroviária), Caíco acabou sendo lançado no time principal grená.

De 1985 a 1989, com um intervalo na maior parte do ano de 1988 (quando se transferiu para o Atlético Goianiense), Caíco realizou quase uma centena de jogos em defesa da Ferroviária, assinalando dois gols.
Em seu primeiro ano como profissional, e embora sem a titularidade da lateral direita, Caíco participou da campanha vitoriosa da Ferroviária no Paulistão, em 1985, quando o time chegou às semifinais, disputando o título com São Paulo, Portuguesa de Desportos e Guarani.

Ganhou um apelido bélico, mas que não tinha nada a ver com violência: “Tanque de Guerra” da Fonte Luminosa. Orgulhava-se de ver reconhecido o seu esforço. Seu futebol arrojado ganhou espaço. O lado direito do campo tornava-se pequeno com as investidas fulminantes do atleta vigoroso.
No dia 14 de agosto de 1986, ganhou um Motoradio da equipe de esportes das Rádios Globo/Excelsior, comandada por Osmar Santos, por ter sido escolhido como o melhor em campo no jogo realizado em Araraquara (Ferroviária 0 x 0 São Paulo, pelo Campeonato Paulista).
Na única temporada em que jogou no Atlético Goianiense, Caíco sagrou-se campeão goiano, o mesmo acontecendo com outro grande jogador afeano que em 1988 também se transferiu para Goiás: Douglas Onça.

Caíco voltaria à Ferroviária no mesmo ano, em tempo de disputar o Campeonato Brasileiro da Série C.

O futebol do lateral direito era voluntarioso, de muita raça e determinação. Caíco defendia e atacava, com fôlego privilegiado. Tinha muita velocidade e agia com inteligência. Os técnicos se impressionavam com a sua resistência; infelizmente para o futebol, Caíco não conseguiu manter a regularidade necessária para sustentar a carreira, pelos motivos já expostos. Mas enquanto esteve atuando, encantou a todos com a sua volúpia pelo futebol, o seu determinismo invulgar.

Hoje, feliz na convivência com o grande número de amigos e admiradores que formou no esporte, Caíco reside em Araraquara e trabalha em uma destacada empresa local, acalentando um sonho que o move e que o estimula: publicar um livro contando suas memórias no futebol; quer transmitir sua experiência aos jovens e passar-lhes uma mensagem de determinação e aplicação. Caíco fez tudo com muito amor e desprendimento, daí o seu êxito e o seu inconformismo ao ver, no futebol de hoje, excesso de profissionalismo e falta de garra, de dedicação.

Caico: foto de 2008

Súmulas de alguns jogos disputados por Caíco:

Jogo: Juventus 1 x 1 Ferroviária
Data: 6 de janeiro de 1985
Local: Estádio Conde Rodolfo Crespi, na rua Javari, em São Paulo (SP)
Finalidade: Taça São Paulo de Futebol (Juniores), 1ª rodada, Grupo “C”
Árbitro: Osvaldo Buontempo
Gols: Marcos, 15’ e Amarildo (pênalti”, 33 do 2º tempo
Juventus: Serjão; Dorval, Paulo Roberto, Amarildo e Mourão; Diogo, Zé Carlos e Rui; Paulinho, Raudinei e Marquinhos (Betinho). Técnico: Borracha
Ferroviária: Narciso; Carlinhos, Dama, Rosa e Pachiega; Donato, Caíco e Marcos; Ruela, Túlio e Toquinho (Chuí). Técnico: Bazzani

Jogo: Jalesense 0 x 1 Ferroviária
Data: 2 de fevereiro de 1986, domingo (tarde)
Local: Jales (SP)
Finalidade: Amistoso
Árbitro: Maurício Oscar Franco Marques
Gol: Caíco, 21’ do 1º tempo (Primeiro gol de Caíco pela Ferroviária)
Jalesense: Mineiro; Nilson Leite, Gardel (Serjão), Ademir e Cerezo; Wilson Luiz, Márcio Ribeiro (Marquinhos) e Vítor; Dejair (Fernando), Toninho (Serginho) e Gardelzinho (João Luiz)
Ferroviária: Washington (Donizetti); Caíco, Mauro Pastor (Edmilson), Marco Antônio e Nonoca (Divino); Orlando, Sídnei e Douglas Onça (Valdir); Zé Roberto, André e Márcio Fernandes (Marcos Ferrugem). Técnico: Bazzani

Jogo: Santos 2 x 1 Ferroviária
Data: 11 de maio de 1986
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista, 20ª rodada do 1º turno
Árbitro: Antônio Fonseca Ribeiro
Renda: Cz$ 352.420,00
Público: 15.371 pagantes
Gols: Caíco, 31’ do 1º tempo; Serginho Chulapa, 40’ do 1º e 39’ do 2º
Santos: Evandro; César, Celso, Pedro Paulo e Robson; De Leon, Dunga e Carlos Alberto Borges (Júnior); Paulo Leme, Serginho e Zé Sérgio (Gérson). Técnico: Júlio Espinosa
Ferroviária: Washington; Caíco (Dama), Mauro Pastor, Marco Antônio e Divino; Orlando, Sídnei e Cardim; Donato, Marcos Ferrugem (Ademir) e Márcio Fernandes. Técnico: Bazzani

Jogo: Atlético Goianiense 1 x 0 Goiatuba
Data: (?) 1988
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Finalidade: Campeonato Goiano
Árbitro: Herônimo Alves
Renda: Cz$ 671.400,00
Público: 2.846 pagantes
Gol: Nei, 12’ do 1º tempo
Expulsão: Adílson (Goiatuba), 2º tempo
Atlético: Wlamir; Caíco, Paulo Nelli, Ronaldo e Marcos; Marçal, Valdeir e Ticão (Mendes); Gilson Batata, Nei (Élder) e Jerson. Técnico: Zé Mário
Goiatuba: Célio; Paulo César, Marco Antônio, Jorge Scott e Cláudio; Jaílson, Pitita e Serginho; Adílson, Bill e Henrique (Lenilson). Técnico: Eulálio Roberto

Jogo: Atlético Goianiense 2 x 0 Itumbiara
Data: (?) 1988
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Finalidade: Campeonato Goiano
Árbitro: Manoel Leal
Renda: Cz$ 578.300,00
Público: 2.446
Gols: Ticão (pênalti, 21’ do 1º; e Jerson
Atlético: Wlamir; Caíco (escolhido o melhor em campo), Ronaldo, Paulo Nelli e Marcos; Marçal, Ticão e Valdeir; Gilson, Nei (William) e Jerson (Douglas Onça)
Itumbiara: Aranha; Robô, Hermínio, Maninho e Pedrinho; Luiz Renato, Ronis (Carlos Alberto) e Aílton Rocha; Paulo César, Roberto e Jonson (Biro-Biro)

Fontes:
Site oficial da Ferroviária: ferroviariasa.com.br (Matéria de Marcelo Inaco Cirino e Tetê Viviani)
CD disponibilizado por Caíco, com fotos e recortes de jornais não identificados
Arquivo pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

O Grande Téia

O GRANDE TÉIA

Nascido em Regente Feijó-SP, em 29.04.1944, Antônio  Zelenkov Silvestre, o TÉIA, teve como primeiro clube a Epitaciana, de  Presidente Epitácio. Antes de ingressar na Ferroviária, defendeu a Bancária de Fernandópolis.

Téia na festa do bicampeonato do interior recebe a faixa e posa com médio volante Bebeto (1968) Fotos: Geraldo Cesarino

 

Um destacado banner no Museu do Futebol e Esportes de Araraquara exibe uma foto do artilheiro, que atuou na Ferroviária de 1965 a  1968.

 

Ao lado da foto, lê-se:

“TÉIA

Artilheiro do Campeonato Paulista de
1968

Antônio Zelenkov, o Téia, atuou em 100
jogos pela Associação Ferroviária de Esportes, nos anos de 1965 a 1968.
Eficiente nas bolas aéreas, Téia teve papel fundamental nas conquistas da
Primeira Divisão de 1966 e do Bicampeonato do Interior em 1967 e 1968.

Com a camisa grená, Téia marcou 61 gols.
Seu grande feito ocorreu no campeonato paulista de 1968, quando superou o rei
Pelé na artilharia do campeonato paulista com 20 gols marcados. Foi o
artilheiro máximo da competição naquele ano.”

 

1968: A primeira vez, desde a criação da Federação Paulista  de Futebol, que o artilheiro não foi de um clube da capital ou do Santos.

OS 20 GOLS DO ARTILHEIRO DO CAMPEONATO PAULISTA DE 1968, TÉIA

1. AFE 2 x 0 Portuguesa Santista, em 28.01.68, aos 22’ do 1º tempo;

2. Guarani 1 x 1 AFE, em 31.01.68, aos 20’do 2º tempo;

3. São Paulo 1 x 2 AFE, em 04.02.68, aos 27’ do 2º tempo;

4. Palmeiras 2 x 1 AFE, em 14.02.68, aos 44’ do 2º tempo;

5. AFE 1 x 4 Santos, em 03.03.68, aos 2’ do 1º tempo;

6. Comercial 1 x 1 AFE, em 10.03.68, aos 37’ do 1º tempo;

7. AFE 1 x 2 XV de Piracicaba, em 20.03.68, aos 3’ do 1º tempo;

8 e 9. AFE 2 x 0 Juventus, em 03.04.68, aos 20’ e 22’ do 2º tempo;

10. XV de Piracicaba 2 x 3 AFE, em 13.04.68, aos 25’ do 2º tempo;

11. Portuguesa Santista 2 x 1 AFE, em 25.04.68, aos 29’ do 1º tempo;

12. AFE 2 x 0 Guarani, em 05.05.68, aos 13’ do 2º tempo;

13. AFE 3 x 0 Comercial, em 08.05.68, aos 4’ do 1º tempo;

14. AFE 3 x 1 São Paulo, em 19.05.68, aos 30” de jogo;

15. São Bento 2 x 2 AFE, em 22.05.68, aos 19’ do 2º tempo;

16. AFE 2 x 1 Portuguesa de Desportos, em 26.05.68, aos 34’ do 2º;

17 e 18.  AFE 3 x 0 Palmeiras, em 29.05.68, aos 18’ e aos 24’ do 1º tempo;

19. Corinthians 1 x 4 AFe, em 01.06.68, aos 2’ do 2º tempo; e

20. AFE 2 x 1 América, em 05.06.68, aos 14’ do 1º tempo.

 

Téia recebe cartão de Prata alusivo à conquista da artilharia do campeonato paulista de 1968 - Foto: Geraldo Cesarino

 

Para se  ter uma idéia da importância dos gols de Téia, eis a campanha da Ferroviária no  Campeonato Paulista de 1968:

J

V

E

D

GP

GC

SG

PG

PP

26

11

8

7

42

31

11

30

22

 

Dos 42  gols assinalados pela Ferroviária, 20 foram de autoria de Téia, o artilheiro  maior do campeonato. Quase a metade deles.

 

Primeiros colocados do Campeonato Paulista de 1968:

1º –  Santos (campeão), 45 p.g.;

2º –  Corinthians, 32;

3º –  Ferroviária, 30

A  Ferroviária sagrou-se, em 1968, bicampeã do Interior.

 

NO SÃO PAULO

Esse  desempenho extraordinário de Zelenkov chamou a atenção da diretoria do São  Paulo FC, que sem perda de tempo tratou de contratar o centroavante artilheiro.

Em 1969,  foram 33 jogos realizados e 15 gols marcados. Caindo de produção, foi ofuscado  com a chegada de Toninho Guerreiro.

Téia no SPFC (1969)

No tricolor, o atacante atuou 60 vezes, com 32 vitórias, 12 empates e 16 derrotas.  Assinalou 19 gols.

FONTES:

Museu do Futebol e Esportes de Araraquara
A Gazeta Esportiva
Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa, Editora Abril
O Caminho da Bola, de Rubens Ribeiro
Arquivo Pessoal
Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali

Bonsucesso F.C. (RJ) apresenta ex-lateral do Vasco

Após arrancar um empate heróico na última quarta-feira (29/02/12), contra o Vasco da Gama (2 a 2), em São Januário, na estréia da Taça Rio, a diretoria do Bonsucesso Futebol Clube apresentou na tarde desta sexta-feira (02/03/12) mais um reforço para a seqüência do Campeonato Carioca-2012.

Curiosamente, o novo reforço é um velho conhecido da torcida vascaína: trata-se do lateral-direito, Thiago Maciel, de 29 anos, que estava no Ypiranga-RS.

Com passagens por vários clubes do futebol Brasileiro, Thiago Maciel, chega para disputar posição na lateral. A regularização do atleta já está sendo realizada pelo departamento técnico do clube, a estreia do lateral, deverá ocorrer no próximo domingo (04/03/12), contra o Bangu no Estádio Giulitte Coutinho, no Distrito de Edson Passos, em Mesquita (Baixada Fluminense do Rio).

Natural de Santana do Livramento (RS), Thiago Maciel Santiago, de 29 anos, estava no Ypiranga-RS e teve passagem marcante pelo Vasco da Gama entre 2003 e 2005.

O treinador Marcão comemora a chegada de mais um reforço “O Thiago Maciel conhece muito bem a posição, é um atleta de impacto, ele com certeza virá para somar, acredito muito no seu potencial’’ disse Marcão.

FICHA-TÉCNICA:

Nome completo: Thiago Maciel Santiago
Apelido: Thiago Maciel
Nascimento: 07/08/1982
Naturalidade: Santana do Livramento-RS
Posição: Lateral-direito
Clubes: Vasco da Gama, Alania (Rússia), Ipatinga-MG, Macaé Esporte-RJ, Juventude-RS, Duque de Caxias-RJ, Volta Redonda-RJ, Guarani-SP e Ypiranga-RS.

Foto: André Luiz Queiroz/ Ascom Bonsucesso

 

Olaria A.C. (RJ) contrata atacante paraguaio

Após campanha ruim na Taça Guanabara (prmeiro turno do Campeonato Carioca-2012), quando conseguiu uma vitória em sete jogos, o Olaria Atlético Clube se movimenta para fazer bonito na Taça Rio (segundo turno). Para isso, o clube acertou a contratação do atacante paraguaio Cristhian Ovelar, 27 anos, ex- Santiago Morning, do Chile.

Cristhian Ovelar

O jogador está liberado e começará no banco na partida contra o Vasco, neste sábado (03/03/12), no Estádio Proletário Guilherme da Silveira, Moça Bonita, em Bangu (Zona Oeste do Rio) válida pela segunda rodada da Taça Rio.

Natural de Ciudad Del Leste, no Paraguai, Ovelar tem 1,85m e jogará centralizado, esperando para empurrar a bola para dentro do gol. “Sou um jogador de área, bom no jogo aéreo. É uma grande experiência para minha carreira e espero aproveitar ao máximo a oportunidade de jogar no Brasil. Terei a chance de entrar e ajudar minha equipe a conseguir a vitória contra o Vasco”, avaliou Cristhian Ovelar.

Apesar de ter chegado recentemente, Ovelar garante que vai lutar por um lugar no time e quer ajudar na campanha deste segundo turno. “Estou trabalhando muito para conseguir meu lugar no time”, concluiu Cristhian Ovelar.

Foto: Jornal dos Sports

Ídolo eterno do Figueirense, Albeneir completa 54 anos

O centroavante participou no total de 221 jogos e marcou 93 gols pelo Alvinegro

 O ex-jogador do Figueirense, Albeneir, completa hoje, sexta, 9, 54 anos. Albeneir trouxe muitas alegrias para os torcedores do Figueirense na década de 1980 e início de 1990, seu último retorno ao clube.

O centroavante participou no total de 221 jogos e marcou 93 gols pelo Figueirense, que este ano o homenageou como ídolo eterno, na estréia da série de camisas comemorativas que leva o nome e assinatura de atletas que fizeram história no Clube.

Albeneir é o terceiro maior artilheiro do alvinegro catarinense, ficando atrás somente de Calico e Fernandes.