Arquivo da categoria: 19. Cícero Urbanski

MOCINHO ERA BOM DE BRIGA

O VILÃO

Um dos primeiros vilões do futebol catarinense foi o jogador Antonio Bezerra, natural da histórica São Francisco do Sul/SC, onde como que por tradição, os moradores se notabilizam muito mais por seus apelidos, e o seu, não podia ser mais insólito: Mocinho.

Mocinho, no centro da foto.

O INÍCIO DE CARREIRA

Mocinho começou sua carreira no Ypiranga Futebol Clube, de São Francisco do Sul, em 1924, atuando como ponta-esquerda. Tinha na velocidade seu principal atributo e entre 1925 e 1928 destacou-se em diversos jogos amistosos, tendo inclusive marcado gols diante dos poderosos America de Joinville e Hercilio Luz de Tubarão, que foram derrotados por 3×0 e 3×2, respectivamente, em jogos bastante tumultuados.

O Ypiranga era um clube de origem humilde, composto basicamente por trabalhadores do porto, por isso, não tinha a polidez dos clubes da elite. Com isso, Mocinho pode sempre colocar em pratica o seu jogo pesado, sem ser repreendido. Neste cenário, os jogos entre Ypiranga e clubes como América e Caxias, de Joinville, geralmente acabavam em confusão, e o pivô delas era sempre o mesmo: Mocinho, o quebra-canelas.

PONTAPÉS E TAPAS NA CARA

Em 1928, passando a atuar no meio-campo, Mocinho começou a arrumar ainda mais encrencas, pois agora tinha a função de marcar. Em 8 de Setembro, num jogo em que o Ypiranga venceu o Britania de Curitiba por 1×0, após incomodar tanto o jogador Basani, levou um pontapé e uma bofetada. Ao revidar na mesma intensidade, deu inicio a uma batalha campal que só terminou após a intervenção dos presidentes dos clubes e da policia, que com muito custo, conseguiram fazer com o que o jogo fosse terminado, bem como as festividades que o sucederam.

Ainda neste ano integrou a Seleção Catarinense que em 4 de Novembro foi abatida pelos Paranaense por 8×0, em jogo valido pelo Campeonato Brasileiro.

UM CONTRA SETE

Em 1929 teve atuação discreta nos gramados, porém, em 1930 voltou com força total, agora defendendo o Lauro Muller Futebol Clube, de Itajaí, clube formado por operários de uma Fabrica de Tecidos e que era temido pela hostilidade que recebia seus adversários no seu campo, na Vila Operária.

Em 23 de fevereiro, quando seu time derrotou o Caxias por 3×2, em jogo amistoso, conseguiu a proeza de machucar sete jogadores caxienses e não ser expulso. A narrativa do Jornal de Joinville demonstra bem a indignação dos joinvillenses:

Os laurenses organizam um ataque mas o Caxias defende, Cylo ataca e Eurico defende, Mocinho dá uma violenta entrada em Cylo que jogou até o fim contundido. Dorotávio chuta forte e Chiquito ao tentar tirar faz gol contra, Lauro 1×0.O Caxias vai ao ataque e Lemos faz 1×1, Mocinho machuca Lemos com raiva e este é substituído por Andrade que joga 5 minutos e saiu machucado por Mocinho e por Lemos ter se recuperado.O Lauro Muller tem um escanteio, Paulo cobra Candinho defende mas Dorotávio faz Lauro 2×1.Mocinho que nem touro ataca de raiva, violentíssimo e o alvejado pela ferocidade é Raul Schmidlin que leva duas pancadas na boca do estômago, na segunda pancada Schmidlin revida e é agredido por brutamontes.Mocinho mostrou ser um elemento sem caráter e sem educação esportiva.Serenados os ânimos Dario faz penal e Marinheiro empata em 2×2.Mocinho e sua sinistra faixa de machucar dá seguidas entradas violentas.Começa o 2º tempo e o Caxias ataca e o Lauro defende, o Lauro ataca mas o jogo perde a beleza devido a Mocinho que machuca José, mas este porém continua a jogar,em seguida Mocinhovai agredir Cyrillo que se machuca, é uma verdadeira tourada.Vendo em Marinheiro a principal estrela da defesa caxiense, Mocinho depois de várias tentativas o machuca sendo que este foi levado a uma pharmácia onde foi  medicado e levado ao Hotel, depois de bons lances ocorre um penalty de Chiquito que Dario cobra e perde.Começa a cair uma torrencial chuva e em um ataque o Lauro faz 3×2, depois de  mais um ataque termina o jogo.Atuou de juiz Emilio Sada que foi muito criterioso e imparcial. Tomara que o Lauro Muller não apóie o jogo de Mocinho, o Caxias agradece a Pharmácia Santha Terezinha por tratar de Marinheiro.

 UMA TERRIVEL MUTILAÇÃO

Depois deste polemico jogo, Mocinho seguiu atuando normalmente pelo Lauro Muller, sendo sempre um dos principais jogadores do time, que já era famoso em todo Estado, enfrentando em condições de igualdade e muitas vezes vencendo, os principais clubes de Joinville, Florianópolis e Blumenau.

Em Outubro de 1930 foi convocado pelo exercito para lutar no “Movimento Libertador” que conduziu o ditador Getúlio Vargas á presidência do Brasil e nesta ocasião, servindo em Florianópolis, teve a infelicidade de ser atingido por uma granada que lhe arrancou o braço direito.

A fatalidade comoveu toda a população itajaiense, principalmente a comunidade esportiva, onde tanto o C.N. Marcilio Dias e quanto o Lauro Muller F.C. organizaram jogos para arrecadar fundos para ajuda-lo na recuperação.

A VOLTA AO FUTEBOL

Para qualquer outro, perder um braço significaria o fim da carreira futebolística, mas não para Mocinho, que imitando os passos de Hector ‘Manco’ Castro, herói uruguaio do Mundial de 1930, deu sequencia a carreira, mesmo com a deficiência.

No inicio de 1931, Mocinho voltou ao posto de titular do meio-campo do Lauro Muller, que nesta ocasião, estava com o time cada vez mais afiado.

BENGALADAS E FACADAS

Como não podia deixar de ser, Mocinho, também continuou adepto de uma boa briga. Em 14 de junho de 1931, quando assistia a um jogo entre Brusquense e Lauro Muller, em Brusque, a confusão em que se envolveu por pouco não terminou em tragédia, conforme relatou o jornal ‘O Libertador’:

No final, quando os nossos rapazes preparavam-se para o regresso, houve uma desavença entre o chauffer João Pereira e um dos rapazes visitantes. Houve a intervenção de três outros presentes que o referido chauffeur tentou agredir a faca, tendo mesmo conseguido ferir de leve o nariz de um deles. Foi quando surgiu Antonio Bezerra, mais conhecido por Mocinho, que foi em socorro de um irmão, a quem Pereira também tentava ferir. Mocinho, que só tem o braço esquerdo, pois que o direito perdeu durante a revolução com a explosão de uma granada, entrara em luta armado de bengala, sendo esfaqueado pelo alludido chauffer, recebendo dois ferimentos, sendo um no braço esquerdo e outro no ventre. O criminoso refugiou-se num Hotel, sendo afinal preso, bem como o seu primeiro contendor. Mocinho, cujo estado não é grave, ahi fora assistir o match, acha-se internado no Hospital de Azambuja, daquella cidade.

NOVA VOLTA POR CIMA

Em Julho, mesmo ainda machucado pelas facadas, Mocinho voltou ao time principal do Lauro, que nesta ocasião, preparava-se para a disputa do Estadual de 1931, campeonato este, que após muita confusão por parte da Federação, terminou somente em janeiro de 1932, com o titulo sendo homologado ao Lauro Muller, devido a desistência do Athletico Catharinense. Embora não fosse mais titular do time, Mocinho fazia parte do plantel. Deste modo, colocou o seu nome no rol dos jogadores campeões do Estado.

O FIM DA CARREIRA ESPORTIVA

A partir de 1933 seu nome deixou de figurar no noticiário esportivo. Seu paradeiro fora do esporte é um tanto obscuro, embora existam evidencias que neste período tenha iniciado a carreira de Delegado de Policia na cidade de Penha.

CAMPEONATO CATARINENSE AMADOR (REGIÃO OESTE) 2005-2014

O Campeonato Catarinense de Futebol Amador da Região Oeste de Santa Catarina é subordinado ao Campeonato Catarinense de Futebol Não-Profissional, que além dos campões e vice-campeões desta região, conta também com a participação de clubes das regiões Sul/Norte e Capital.

Embora subordinado á competição estadual, o Campeonato do Oeste é atualmente o maior, melhor e porque não principal campeonato amador do Estado, contando neste ano de 2015 com a participação de 21 clubes de 21 cidades diferentes.

Entre as 21 cidades envolvidas na competição, apenas Chapecó possui um time de futebol profissional, ou seja, para as demais cidades esta é a principal competição do calendário esportivo.

A listagem e mapa abaixo detalham os participantes deste ano.

Clube Nome completo Sede População
Abelardense Associação Recreativa e Esportiva Abelardense Abelardo Luz 17.100
AFA São Carlos Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural AFA São Carlos 10.284
Ajap Sociedade Esportiva e Recreativa Ajap Pinhalzinho 18.284
Cometa Esporte Clube Cometa Itapiranga 16.253
CRM Clube Recreativo Maravilha Maravilha 26.104
Cruzeiro Sociedade Esportiva e Recreativa Cruzeiro Itá 6.427
Fraiburgo EC Fraiburgo Esporte Clube Fraiburgo 34.606
Grêmio Guarujá Grêmio Esportivo Guarujá Guarujá do Sul 4.908
Guarani Clube Esportivo Guarani S. Miguel do Oeste 39.352
Guarany Sociedade Esportiva Recr. e Cultural Guarany Xaxim 27.336
Harmonia Esporte Clube Harmonia Guaraciaba 10.498
Independente Sociedade Esportiva Independente São Domingos 9.496
Ipanema Grêmio Cultural Ipanema Mondaí 8.432
Juventude Sociedade Esportiva e Recreativa Juventude Lindóia do Sul 4.642
Oeste EC Oeste Esporte Clube Chapecó Chapecó 202.009
Ouro Verde Clube Esportivo Recreativo Ouro Verde Descanso 8.638
Ouro Verde/Curitibanos CME Ouro Verde / Curitibanos Esporte Clube Ouro Verde 2.271
Palmitos Associação Esportiva Palmitos Palmitos 16.266
Saudades Associação Desportiva Saudades Saudades 9.016
Xanxerê FC Xanxerê Futebol Clube Xanxerê 47.679
Ypiranga Associação Ypiranga Futebol Clube S. José do Cedro 13.672
533.273



O Campeonato Regional de Futebol do Oeste Catarinense teve origem em 1959 quando pela primeira vez formou-se um grupo entre clubes da região para indicar um representante no Campeonato Catarinense de Futebol. Esta fórmula perdurou até a década de 1960. Na década de 1970 a competição tornou-se um tanto obscura, não sendo disputada continuamente. Na década de 1980, o campeonato voltou a ganhar força e até o final da década de 1990 foi organizado pela Federação Catarinense de Futebol. No início dos anos 2000 a organização da competição era revezada de um ano para o outro entre as Ligas Amadoras da Região. Á partir de 2009 a organização passou a ser confiada exclusivamente á LEOC (Liga Esportiva Oeste Catarinense), de Joaçaba, que ano após ano, vem conseguindo aumentar o interesse e o numero de participantes do campeonato.

Nos últimos 10 anos, a competição vem sendo marcada pelo equilíbrio, tendo sido vencida por 9 clubes diferentes, cabendo apenas ao Cometa de Itapiranga, a honraria de ter conquistado dois títulos neste período.

O sucesso da competição deve-se ao fato dos clubes mais tradicionais da região preferirem disputar as competições amadores, do que se profissionalizar. Deste modo, os valores que seriam gastos com transportes, taxas da Federação, folha salarial e encargos de um time profissional, são gastos na formação de grande times, repletos de jogadores de renome no Oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A competição também sempre conta com jogadores conhecidos no cenário nacional.

Neste ano, o destaque é o volante Ademir Sopa, ex-Portuguesa e São Caetano-SC, que está defendendo o Independente-SD. No ano passado a estrela foi Josiel, ex Paraná Clube e Flamengo, artilheiro do Brasileirão-2007, que defendeu o Cometa. O lateral direito Patricio, ex-Gremio-RS defendeu o Olaria de Xanxere por varias temporadas. Alguns jogadores são figuras carimbadas na competição. O goleiro Pedro Paulo, ex Chapecoense e Portuguesa/SP já foi campeão com o Oeste-Chapecó e  o atacante Tuto, ex Ponte Preta-SP, São Caetano-SP e futebol japones foi  campeão em 2012 com o Ypiranga.

A listagem abaixo, detalha os participantes e suas respectivas colocações entre 2005 e 2014.

CLUBE CIDADE 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
ABELARDENSE, A.R.E. Abelardo Luz 4F SF 1.
ACEF/SOERCA Campo Erê 1F
AFA, S.E.R.C. São Carlos SF 4F 1F SF
AJAP, S.E.R. Pinhalzinho 1F 2. 2. 4F 8F 1F SF
ASSOC. CORONEL FREITAS Coronel Freitas 1F
ATLÉTICO CN Campos Novos 4F 4F 8F
BAVIAL, A.A. Xanxerê 1F 1F 1F
CAÇADOR A.C. Caçador 4F 1F 8F
CAÇADORENSE, E.C. Caçador 1F
CANARINHO, E.C. Pinhalzinho 1F 8F 8F
COMETA, E.C. Itapiranga 1. SF 1. SF 2. 2. SF 8F
CONCÓRDIA A.C. Concórdia 8F
COOPERCAMPOS, A.A. Campos Novos 8F 1F SF 8F 4F
CRUZEIRO, S.E.R. Itá 1. 4F 8F 8F 2.
FLOR DA SERRA F.C. Herval D’Oeste 1F
FRAIBURGO Fraiburgo 1F
FRAIBURGO E.C. Fraiburgo 8F 8F
FREI BRUNO, A.A. Joaçaba 4F
GIGANTINHO, S.E.C. Chapecó 1. 4F 4F 1F
GUARANI, C.E. S. Miguel do Oeste SF 1. 8F SF 4F 2. 8F
GUARANI, E.C. Maravilha 1F 4F
GUARANY, S.E.R.C. Xaxim 4F 1F 1F 8F 1F
HORIZONTE F.C., E.C.R. Novo Horizonte 1F 8F
INDEPENDENTE, S.E. Barra Bonita 4F 1F 1F
IPANEMA, G.C. Mondaí 1F
ITABIGA, C.R. Faxinal dos Guedes 1F 1F 4F SF
JUVENTUDE, S.E.R. Lindóia do Sul 1F 1F 4F 2. SF SF 4F
JUVENTUS, C.A. Seara 2. 1F 8F 1F
MARAVILHA, C.R. Maravilha 1F 8F
METROPOL, S.E.R.C. São Carlos SF
NACIONAL F.C. Chapecó 1F
OESTE E.C. Chapecó 2. 1. 4F
OESTE F.C. Chapecó 1F 1F 1F
OESTE E.C. / GIGANTINHO Chapecó 4F
OLARIA, E.C. Xanxerê SF 4F SF SF 4F 4F 1. SF
OLÍMPICOS, C.E. Xanxerê 1F 1F 8F 8F
OPERÁRIO / RODEIO BONITO Águas de Chapecó 8F
OURO VERDE, C.E.R. Descanso 1. 8F
PALMITOS, A.E. Palmitos 4F 4F 8F
PINHEIRO F.C. Campos Novos 4F
PINHEIRO PRETO / ABEC Pinheiro Preto 1F
PONTESERRADENSE, C.E.R. Ponte Serrada 8F
REAL PROMORAR, E.C. São José do Cedro 4F
RODEIO BONITO, S.E. Chapecó 4F
SÃO CRISTÓVÃO, S.E.R. Quilombo 4F 4F 1F 4F 4F 8F
SERRA ALTA, C.M.E. Serra Alta 1F
SOERCA Campo Erê 1F 1F 1F 1F 1F 1F
TABAJARA F.C. Xanxerê SF 4F 4F 4F 4F 4F
TANGARAENSE, A.B.E.C. Tangará 1F 8F 8F
TRÊS ESTRELAS, E.C. Xanxerê 1F 8F 4F
UNIÃO CURITIBANENSE Curitibanos 1F
VINTE E NOVE DE JUNHO, A.A. Bom Jesus 8F
VIVA VIDA, A.C. Santiago do Sul 1F 1F
XANXERÊ F.C. Xanxerê 4F 4F
YPIRANGA F.C., A. São José do Cedro 4F 2. SF 1. 8F 4F

LEGENDA:

1. = Campeão

2. = Vice-campeão

SF = Semi-finalista

4F = Quartas de Final

8F = Oitavas de Final

2F = Segunda Fase

1F = Primeira Fase.

UMA AVENTURA DO CAXIAS EM BLUMENAU/SC – 1928

Nos dias de hoje, uma viagem entre Joinville e Blumenau, distantes cerca de 100 km, demanda pouco mais de 1 hora e meia para ser concluída, seja seguindo pela duplicada BR-101 até se chegar á mortal BR-470, ou seja via BR-101, depois BR-280 e finalmente a SC-414 que corta uma belíssima serra entre os municípios de Guaramirim e Blumenau.

Estes trajetos, todos bem asfaltados, embora perigosíssimos pela falta de rodovias duplicadas, são bem mais acessíveis do que o caminho que Caxias Futebol Clube de Joinville encontrou quando resolveu fazer uma excursão até a ‘vizinha’ cidade em 1928.

Nesta ocasião, qualquer trajeto escolhido era feito por estradas sem qualquer tipo de pavimentação, o que transformava uma simples excursão esportiva numa verdadeira epopeia.

O relato abaixo, extraído do Jornal de Joinville, detalha uma das diversas aventuras futebolísticas registradas em terras catarinenses, lá pelos idos de 1920/30.

Domingo 16 de Setembro de 1928

Em Blumenau:

F.B.C. BLUMENAUENSE 1X4 CAXIAS F.C. (Joinville)

A SAÍDA NO SÁBADO

O Caxias chefiado por seu presidente Irapuan Leal seguiu para Blumenau, animado das melhores esperanças, numa caravana de sete automóveis escalonados, sendo o primeiro carro pertencente ao Sr. Palmyro Vidal, que levou o contador de anedoctas Bento. Além destes e dos atletas, acompanharam a embaixada o tesoureiro Jazer Vieira, o secretário João Lorenzi, os senhores Roberto Schmidlin, Henrique Meyer Jr., Julio Cribari, Otto Schoereder e o tenente Manoel Câmara, que foi como juiz.

A BOIADA ‘CAXIAS’

Todos passaram por várias peripécias até a chegada, devido às más condições do tempo e da estrada, que passava pelas margens do Rio Itajhay. Num dos trechos, a caravana deparou-se com uma boiada composta por onze bois pretos e brancos. Logo todos a apelidaram de boiada Caxias, e para os mais supersticiosos, era um indicio da vitória caxiense no jogo.

A CHEGADA DOMINGO DE MADRUGADA

O Caxias chegou às 3 horas da madrugada (de domingo) em Blumenau, e logo se hospedou no Hotel Wurger na Altona, distante 7 km do centro Blumenau. Faltava ainda o carro de Julio Cribari que trazia o Jazer, Candinho, Manequinho e Amorim.

O AGUACEIRO

Às 10 horas da manhã começou um forte aguaceiro, que pôs em dúvida a realização do jogo. A diretoria do Blumenauense foi buscar os representantes do Caxias, para juntos verificarem as condições do campo, e ao chegaram até ele, mal puderam distinguir o gramado, que estava coberto por um lençol d’água. A solução foi seguirem até o campo do Brasil, que embora também não estava bom, apresentava um melhor aspecto. Desta forma, foi combinado entre as três diretorias, a realização do jogo, no campo do Brasil.

A CHEGADA DO RESTO DO TIME

O Caxias ainda estava receoso pelo atraso do sr. Julio Cribari, já que sem ele, o time só poderia entrar em campo com 9 jogadores. No entanto, as 13:00 horas, todos chegaram são e salvos à Blumenau. O atraso foi motivado por um desarranjo no carro, logo que saíram de Joinville, que fez com que eles retornassem para repará-lo.

 O JOGO

Às 16 horas depois do clássico bate-bola no gramado, era chegada à hora do jogo. A sorte de escolher o campo coube ao Caxias. A linha do Caxias que jogava num terreno pior, cheio de lama, não podia firmar-se bem, o que era aproveitado pelos locais. O jogo mais combinado porém, por parte do alvinegro, leva os seus dianteiros a assediar constantemente o arco. Desse modo, Calafate aos 20 minutos, de perto, conquista o primeiro ponto caxiense. Continuam os ataques por parte dos joinvillenses, que perdem mais duas ótimas oportunidades. Os de Blumenau reagem, mas não fosse a afobação, teriam conseguido empatar. O Caxias continua fazendo pressão e consegue mais dois pontos com Pedro Lemos. Não desanimaram os blumenauenses e alguns minutos depois, devido a uma furada de Candinho, que não pode firmar-se no terreno, fizeram seu único ponto. João saiu do arco, mas não impediu que fosse vasado, terminando assim o 1º tempo com 3×1 para o Caxias.

Reiniciado o 2º tempo, o Caxias entra a atacar, procurando aumentar a contagem. Os blumenauenses começam a desenvolver um jogo um tanto pesado, sendo marcadas varias penalidades. A partida foi interrompida duas vezes para atender os jogadores machucados. Prossegue o jogo, e é marcada uma penalidade contra os locais. Há esforço de parte a parte para aumentar a contagem. Num dado momento que se acha caído um jogador local, os blumenauense conseguem um ponto que é acertadamente anulado pelo juiz. Prosseguem os do Caxias com mais investidas, sendo ao faltar dez minutos, conseguem o ultimo ponto, com Pedro Lemos. Atuou de juiz o Sr. Camara que foi imparcial.

Á NOITE

A noite no Hotel, ocorreram brincadeiras com Bento, Manequinho e Candinho, que nos intervalos exigiam uma rodada de chopps. Os senhores Irapuan Leal e Willy Urban discursaram, os directores dos clubes locais também estavam presentes. A exceção de Henrique Meyer e seus acompanhantes, que voltaram na mesma noite, os demais regressariam apenas na 2ª feira pela manhã.

FUGINDO DA ENCHENTE

Conforme era previsto, a embaixada caxiense deixou Blumenau segunda-feira pela manhã, chegando a Joinville de tarde, após uma vigem sob forte chuva. Apenas Julio Cribari, que já teve problemas na ida, não pode retornar. Ao acordar, ele deparou-se com o Rio Itajahy cheio, inundando parte da Rua XV e impedindo que os automóveis passassem. Segundo alguns, foi cômico ver o sr. Jazer Vieira  tentando colocar 12 pessoas no carro para não serem víctimas do Rio Itajhay.

O TRAJETO ATUAL

CAMPO DO COLÉGIO CATARINENSE – 100 ANOS

A INAUGURAÇÃO

Domingo 11 de Abril de 1915

Em Florianópolis:

No campo do Gymnasio, na Rua Esteves Junior, ás 14:50 horas, um match de foot-ball amistoso:

EXTERNATO ‘1º team’  1×0  INTERNATO ‘1º team’ 

A CHUVA ATRAPALHOU O JOGO INAUGURAL DO CAMPO

Após dois anos de trabalho intenso, finalmente o Gymnasio Santa Catharina (atual Colégio Catarinense) conseguiu concluir a construção do seu próprio campo de futebol, localizado nos fundos do extenso terreno do estabelecimento de ensino.

Para inaugurar o campo com toda a pompa que o mesmo merecia, a diretoria do Gymnasio promoveu uma grande tarde esportiva, onde os seus alunos mais afeitos ao esporte, puderam demonstrar caprichados exercícios de ginastica e realizar o clássico jogo de futebol entre alunos internos x alunos externos, ou simplesmente Internato x Externato.

Foi um dia de muita expectativa e festa para todos no Gymnasio Santa Catharina, tendo o campo ficado repleto de alunos e alguns convidados para assistirem á programação.

As provas de ginastica transcorreram dentro do esperado, o que não aconteceu com o jogo de futebol, que por conta de um forte temporal que caiu de repente, teve que ser paralisado tão logo foi terminado o primeiro tempo.

Embora este evento fosse marcante para o futebol da capital, que acabava de ganhar outra praça de esportes além do campo do C.S. Florianópolis, a repercussão na imprensa local foi mínima. O único jornal que noticiou a inauguração do campo foi o ‘Ipiranga’, que não por acaso, era escrito pelos próprios alunos do Gymnasio.

‘Ipiranga’, Florianópolis, maio de 1915:

Foi escolhido para a direcção o distincto moço Gentil Silva que ás 14,50, mandou que os “players” tomassem as respectivas posições.

As equipes entraram assim em lucta:

Externato

J. Amorim Admastor Linhares Rude Celso

Perusca Floriano Algemiro

Iracy Altamiro

Nicanor

 Internato

Cauduro Pinho Abelardo Sada Affonso

Edmundo Theodoro Jorge

Jayme Mario

Bruno

Convidada, a senhorita Cora Linhares, deu o “place kicke”. Durante alguns minutos correu o jogo sem dominio certo, feito só de shoots e rebatidas.

Porém Pinho, o veloz ontside righr do Internato de uma escapada passa alguns “driblings” nos “halves” do externato e consegue enviar uma “granada” ao rectangulo inimigo, dando occasião a uma bella defeza de Nicanor, o impertubavel goal-keeper.

Subito uma escapada de Amorim, habilmente cortada por Jorge, arranca dos espectadores anceios e freneticos enthusiasmos. Depois certo tempo, começou de pensar o temivel outside do Externato, Celso, a realçar a linha dos forwards, passando acolá ao Amorim driblando e enviando emfim vigorosos shoot ao goal adversario habilmente defendido por Bruno.

Á medida que lamentamos a falta de combinação dos players externos, devemos elogiar a combinação dos internos. Abelardo manteve-se no nivel dos seus companheiros, conseguindo atacar o goal de Nicanor, com shoots vigorosos.

Adamastor que até então estava desanimado, recobra a animação, vendo a bola manter-se, por algum tempo, no campo inimigo e, recebendo um passe de Celso, impelle a bola ao goal atirando-se sobre o goal-keeper – e abre assim a “score” do seu team, com o primeiro e unico goal do dia.

Os players internos não fraqueiam. Dada a sahida, investiram estes, em forte investida contra a defeza adversaria, e enviam varias “granadas” ao goal. Floriano, o “center-half” dos externatos, que sempre faz o seu jogo realçadamente, fel-o n’este dia muito obscuramente. Foi muito notada a perseverança de Edmundo, marcando Celso. Affonso e Sada, os excellentes “players” da ala esquerda fizeram, por ultimo, um jogo de passes estupendos.

D’um “corner” de Theodoro, se originou um “mellée” que, infelizmente, foi cortado devido a bola ter batido no “referee”. Iam os formados internos em veloz investida, quando o  ‘refere” apita dando como terminado o jogo, devido a chuva. De um só half-time constou o jogo do dia 11, terminando com o seguinte resultado.

Externos – 1 gool

Internos – 0                                                                              

TRAVE DE ENTRADA DO CAMPO – Década 1920

VISTA AÉREA – Década de 1920


PALCO ÚNICO DO CAMPEONATO DE 1925

Por conta de obras de melhoria no Campo da Liga, na Rua Bocayuva, (depois rebatizado de Estádio Adolfo Konder), o Campeonato de 1925 teve como único palco dos jogos o campo do Gymnasio Santa Catharina.

Não á toa, o título deste ano foi conquistado de forma invicta e indiscutível pelo Externato Futebol Clube, time formado exclusivamente por alunos do ginásio.

A conquista do Externato rendeu reclamações dos torcedores dos demais clubes da Liga, que alegavam que os jovens conheciam todos os buracos do campo e por isso foram favorecidos no campeonato. Replicavam os do Externato lembrando que o Internato, também composto de alunos do ginásio, havia participado do mesmo campeonato e terminou num modesto 5. lugar entre 7 participantes. Numa tréplica, os torcedores mais atentos lembravam que o Internato, embora tenha ido mal no campeonato principal, conquistou também de maneira invicta o título dos 2. quadros. Certo é que a discussão cessou no campeonato seguinte, quando o Campo da Liga voltou a ser o palco principal do futebol de Florianópolis.

EXTERNATO, CAMPEÃO DE 1925

O CAMPO DE FUTEBOL MAIS ANTIGO DO ESTADO

O campo do atual Colégio Catarinense, existe até os dias de hoje, sendo, portanto, o campo, ou estádio de futebol mais antigo ainda existente em Santa Catarina e um dos mais antigos do Brasil.

Se anteriormente o primitivo campo era cercado de morros e arvores, atualmente, devido ao enorme crescimento urbano de Florianópolis, pode-se dizer que o mesmo fica espremido entre os prédios e as instalações do próprio colégio, construídas no decorrer das décadas.

O campo também mudou muito em um século de existência, ganhando uma pequena pista olímpica ao seu redor e uma confortável arquibancada de cimento, localizada na lateral onde fica o barranco, que embora modificado, ainda persiste. Também existem alambrados e traves metálicas, itens comuns em qualquer estádio atual. O gramado, que no principio misturava-se á terra batida, pode ser considerado um dos melhores da cidade, cuidadosamente tratado para a utilização dos alunos, seja nas aulas de educação física, seja nos torneios de futebol de base que o colégio participa.

Pode-se dizer que o campo do Gymnasio Santa Catharina, até 1930, foi ao lado do campo da Rua Bocayuva, o principal palco do futebol florianopolitano. Neste período, geralmente por conta de obras que inviabilizavam a utilização do campo vizinho que ficava apenas há 1300 metros de distancia, o campo do Gymnasio foi utilizado para a realização de jogos intermunicipais, interestaduais, do campeonato catarinense e do campeonato da capital.

Á partir de 1930, com a construção do Estádio Adolpho Konder, o campo do Gymnasio ficou restrito a jogos sem maior importância, como jogos do campeonato interno do colégio e poucos jogos do campeonato da capital, geralmente aqueles onde o A.D. Colegial, fundado em 1944, sucessor de Internato e Externato, tomava parte.

Na década de 1960, quando o Colegial deixou de participar dos campeonatos da capital e o Figueirense inaugurou o estádio Orlando Scarpelli, o campo do Colégio Catarinense, denominação tomada á partir de 1942, passou a ser praticamente de uso exclusivo dos alunos.

VISTA DA ATUAL ARQUIBANCADA

 VISTA AÉREA – atualmente

Pesquisa do autor ©

Fontes: jornal Ipiranga, Republica e O Estado. Colégio Catarinense. Livro 85 anos de Bola, de Maury Borges.

ALFREDO SCHLEMM – O PRIMEIRO CRAQUE CATARINENSE

O primeiro craque do futebol catarinense chamava-se Alfredo Hugo Francisco Schlemm, nasceu em Joinville em 1892, filho de Ida Wilhelmine Auguste Ehlke (1870-?) e Friedrich Heinrich August Schlemm (1862-1918), proprietário de um curtume e uma fabrica de sabão.

Alfredo Schlemm era o mais velho entre cinco irmãos e em 1906 foi mandado para o recém-fundado Gymnasio Santa Catharina de Florianópolis, para dar sequencia aos seus estudos, ingressando no 2º ano ginasial.

O Gymnasio Santa Catharina (atual Colégio Catarinense) foi responsável pela introdução definitiva do futebol no Estado quando em 28 de março de 1906, promoveu um animado jogo entre seus alunos maiores. Também foi o único centro de pratica futebolística do Estado até 1911.

Acredita-se que Alfredo participou deste jogo de 28 de março e dos demais promovidos ao longo de todo o ano de 1906. Neste primeiro ano, o colégio, que era comandado por padres jesuítas alemães e tinha a subvenção do Governo Estadual, passava por diversas obras, motivo pelo qual, o jogo não correu com a frequência que se desejava.

Em 1907, com a inauguração do imponente prédio principal e do pavilhão de ginastica, foram construídos dois pequenos campos com traves, fora das dimensões oficiais, mas suficientes para que se criasse um campeonato interno entre os alunos. No campeonato da 1ª Divisão de 1907 (composta pelos alunos maiores), Alfredo Schlemm ganhou o premio de melhor jogador, defendendo a Secão A que foi vencedora na série de jogos realizados contra a Seção B.

Em 1908 foi promovido a chefe da Seção A, uma espécie de capitão do time, e voltou a ser agraciado com o premio de melhor jogador.

Em 1909 não conseguiu alcançar o premio de melhor jogador, mas foi citado entre os quatro demais alunos que mereceram destaque na pratica do futebol.

Em 1910 colocou seu nome definitivamente na história do futebol catarinense, quando foi o autor do primeiro gol oficial do futebol no Estado, quando pela primeira vez, o time do Gymnasio saiu de dentro das dependências do colégio e pisou em um campo de medidas oficiais, para medir forças com um Combinado formado por jovens do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, que estavam em Florianópolis para prestar um concurso publico para ingressar na Alfandega. O placar de 2×1 em favor do Gymnasio, animou ainda mais a disputa do campeonato interno, onde Alfredo apareceu novamente como o chefe da secão A que desta vez, terminou empatada com a Seção B em 140 pontos.

Em 1911, já com 19 anos, era um tanto ‘velho’ para atuar contra os demais alunos, então, preferiu ser o juiz dos jogos da 1ª Divisão. Neste mesmo ano concluiu o 6º ano ginasial, o que lhe garantiu o titulo de Bacharel em Ciencias e Letras.

Em 1912 foi para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Faculdade de Medicina, onde também estavam matriculados diversos jogadores do Flamengo e do Fluminense. Não existem indícios de que tenha participado de qualquer um destes times, talvez até por sua saúde, que nesta época não era das melhores. Em 1914 foi para a Suiça tratar de uma tuberculose e concluir seus estudos em medicina.

Voltou para Joinville em 1920, onde não se envolveu mais com o futebol, ao contrario de seus primos e irmãos, que certamente movidos por sua influencia, tornaram-se ardorosos defensores do Fuss-Ball Club Teutonia (1915-1925) e do Caxias Futebol Clube (1920).

Alfredo Schlemm estabeleceu-se como o primeiro médico psiquiatra de Joinville, sendo responsável por um hospício que entre 1923 e 1942 contava em média com 250 internos. Era discípulo de Carl Gustav Jung, que propunha uma atitude humanista frente aos pacientes. Foi casado com Adelaide de Oliveira (1902-2000), viúva de Erico John, com quem criou as enteadas Dora e Nora e a filha Carmen.

Faleceu em plena atividade, aos 59 anos de idade, em 1951, ano do Centenário do Município de Joinville.

ALFREDO SCHLEMM EM 1911

 

JOGO DE FUTEBOL NO PÁTIO DO COLÉGIO

Fonte: Colégio Catarinense.

1965 – JANEIRO Á MARÇO – SC – COLETÂNEA DE JOGOS

9 1 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 1 1 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI
10 1 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 2 3 METROPOL, E.C. CRICIUMA
10 1 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 2 3 CAXIAS F.C. JOINVILLE
10 1 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 1 1 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
10 1 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 3 1 OLÍMPICO, G.E. BLUMENAU
10 1 65 ESTADUAL 1964 COMERCIAL E.C. JOAÇABA 3 2 GUARANY, G.A. LAGES
10 1 65 ESTADUAL 1964 INTERNACIONAL, E.C. LAGES 4 1 CRUZEIRO A.C. JOAÇABA
10 1 65 ESTADUAL 1964 CAÇADORENSE CAÇADOR 1 2 ATLÉTICO CHAPECOENSE CHAPECÓ
13 1 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 0 2 CAXIAS F.C. JOINVILLE
13 1 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 3 0 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
13 1 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 1 2 HERCILIO LUZ .F.C. TUBARÃO
13 1 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 2 0 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
16 1 65 AMISTOSO METALDOUAT JOINVILLE 5 1 MASA, S.E. JOINVILLE
17 1 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 3 1 CAXIAS F.C. JOINVILLE
17 1 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 1 1 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
17 1 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 1 2 OLÍMPICO, G.E. BLUMENAU
17 1 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 2 1 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI
17 1 65 AMISTOSO COMERCIAL NASS JOINVILLE 2 3 ESTRELA E.C. JOINVILLE
17 1 65 AMISTOSO DOM PEDRO II CORUPA 2 1 ARSENAL F.C. JOINVILLE
20 1 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 3 1 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI
20 1 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 2 1 HERCILIO LUZ .F.C. TUBARÃO
20 1 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO BLUMENAU 4 4 CAXIAS F.C. JOINVILLE
20 1 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 3 2 GUARANI E.C. BLUMENAU
21 1 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 0 0 METROPOL, E.C. CRICIUMA
23 1 65 AMISTOSO COLON F.C. JOINVILLE 9 4 SAMRIG JOINVILLE
23 1 65 AMISTOSO BANCIAL JOINVILLE 4 2 PROSDOCIMO JOINVILLE
23 1 65 AMISTOSO METALDOUAT, S.E.R. JOINVILLE 3 0 ICA F.C. JOINVILLE
24 1 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 4 1 CAXIAS F.C. JOINVILLE
24 1 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 2 1 TUPY, A.A. JOINVILLE
24 1 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 4 0 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
24 1 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 4 0 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
24 1 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 1 1 OLÍMPICO, G.E. BLUMENAU
24 1 65 ESTADUAL 1964 CAÇADORENSE CAÇADOR WO 0 SADIA, S.E.R. CONCÓRDIA
24 1 65 AMISTOSO ARSENAL F.C. JOINVILLE 4 2 AGUA VERDE F.C. JOINVILLE
24 1 65 AMISTOSO AUTOVILLE F.C. JOINVILLE 3 2 MOLD-MOTORES F.C. JOINVILLE
27 1 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 2 1 METROPOL, E.C. CRICIUMA
27 1 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 4 1 TUPY, A.A. JOINVILLE
30 1 65 AMISTOSO AVAI E.C. JOINVILLE 3 2 VASTO VERDE E.C. JOINVILLE
31 1 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 1 2 TUPY, A.A. JOINVILLE
31 1 65 AMISTOSO COMERCIAL NASS A.C. JOINVILLE 5 4 AVENTUREIRO E.C. JOINVILLE
31 1 65 AMISTOSO GLORIA F.C. JOINVILLE 4 4 JUVENTUS F.C. JOINVILLE
31 1 65 AMISTOSO AVAI F.C. FPOLIS 1 1 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
31 1 65 AMISTOSO PALMEIRAS BLUMENAU 3 1 PAYSANDU, CÉ BRUSQUE
31 1 65 AMISTOSO GUARANY, G.A. LAGES 2 3 INTERNACIONAL, S.C. PTO. ALEGRE
31 1 65 AMISTOSO MARINGA, S.E. JOINVILLE 9 3 AVIAÇÃO F.C. JOINVILLE
31 1 65 AMISTOSO AGUA VERDE F.C. JOINVILLE 12 2 FLUMINENSE F.C. S. FRANCISCO
3 2 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 2 2 GUARANI E.C. BLUMENAU
6 2 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 2 0 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
6 2 65 AMISTOSO METALDOUAT, S.E.R. JOINVILLE 3 1 AUTOVILLE F.C. JOINVILLE
7 2 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 3 5 HERCILIO LUZ .F.C. TUBARÃO
7 2 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 3 1 CAXIAS F.C. JOINVILLE
7 2 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 1 1 METROPOL, E.C. CRICIUMA
7 2 65 AMISTOSO 25 DE AGOSTO, G.E. JOINVILLE 5 2 JUVENTUS F.C. JOINVILLE
7 2 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 0 1 OLÍMPICO, G.E. BLUMENAU
7 2 65 AMISTOSO AVAI E.C. JOINVILLE 4 5 AGUA VERDE F.C. JOINVILLE
7 2 65 AMISTOSO MARINGA, S.E. JOINVILLE 9 1 ARSENAL F.C. JOINVILLE
10 2 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 4 1 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
10 2 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 1 0 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
10 2 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 1 1 TUPY, A.A. JOINVILLE
10 2 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 3 0 GUARANI E.C. BLUMENAU
13 2 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 1 0 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
14 2 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 0 2 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO
14 2 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 0 0 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU
14 2 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 1 1 METROPOL, E.C. CRICIUMA
14 2 65 AMISTOSO PINGUIM, C.A. JOINVILLE 0 1 GLORIA F.C. JOINVILLE
14 2 65 AMISTOSO SULISTA F.C. JOINVILLE 2 3 AGUA VERDE F.C. JOINVILLE
14 2 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 0 2 CAXIAS F.C. JOINVILLE
14 2 65 AMISTOSO SAPAS JOINVILLE V D DUREZA F.C. JOINVILLE
14 2 65 AMISTOSO AUTOVILLE F.C. JOINVILLE 3 3 BOHEM F.C. JOINVILLE
14 2 65 AMISTOSO AUTOVILLE F.C. JOINVILLE 1 0 SAPAS F.C. JOINVILLE
14 2 65 AMISTOSO IPIRANGA JOINVILLE 1 1 MOLD-MOTORES F.C. JOINVILLE
17 2 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 2 1 GUARANI E.C. BLUMENAU
17 2 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 2 1 TUPY, A.A. JOINVILLE
17 2 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 6 1 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO
17 2 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 2 0 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
18 2 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 2 1 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
20 2 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 1 2 CAXIAS F.C. JOINVILLE
20 2 65 AMISTOSO MARINGA, S.E. JOINVILLE 1 0 ALVORADA JOINVILLE
20 2 65 AMISTOSO OURO VERDE JOINVILLE 3 1 SANTA CRUZ JOINVILLE
20 2 65 AMISTOSO JORDAN JOINVILLE 4 1 MOLD-MOTORES F.C. JOINVILLE
20 2 65 AMISTOSO FERROVIARIO F.C. ARAQUARI 2 3 AUTOVILLE E.C.
21 2 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 7 2 GUARANI E.C. BLUMENAU
21 2 65 AMISTOSO SENARCO JOINVILLE 2 2 PALMEIRAS F.C. JOINVILLE
21 2 65 AMISTOSO AVAI E.C. JOINVILLE 1 2 TIGRE E.C. JOINVILLE
21 2 65 AMISTOSO CONTINENTAL E.C. RIO NEGRINHO 2 5 GLORIA F.C. JOINVILLE
21 2 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 1 3 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
21 2 65 AMISTOSO COMERCIAL NASS A.C. JOINVILLE 4 4 ARSENAL F.C. JOINVILLE
21 2 65 TORN. INICIO LBF-65 PALMEIRAS E.C. BLUMENAU E E FLORESTA, S.E. POMERODE
21 2 65 TORN. INICIO LBF-65 PALMEIRAS E.C. BLUMENAU 1 0 TUPI, C.A. GASPAR
21 2 65 TORN. INICIO LBF-65 PALMEIRAS E.C. BLUMENAU 2 2 AMAZONAS E.C. BLUMENAU
24 2 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 6 2 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
24 2 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 2 3 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO
24 2 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 2 1 METROPOL, E.C. CRICIUMA
24 2 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 2 0 GUARANI E.C. BLUMENAU
25 2 65 ESTADUAL 1964 AMÉRICA F.C. JOINVILLE 2 3 TUPY, A.A. JOINVILLE
27 2 65 AMISTOSO MALARIA, E.C. JOINVILLE 0 2 BELENENSES JOINVILLE
28 2 65 CAMPEONATO DA LBF OPERÁRIO, C.A. BLUMENAU 4 3 CARAMURU TIMBO
7 3 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 3 2 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU
7 3 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 3 0 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS
7 3 65 ESTADUAL 1964 MARCILIO DIAS, C.N. ITAJAI 2 1 TUPY, A.A. JOINVILLE
7 3 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 5 2 BARROSO, C.N.A. ITAJAI
7 3 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 4 1 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
7 3 65 AMISTOSO SELETO E.C. GUARAMIRIM 2 1 JUVENTUS F.C. JOINVILLE
7 3 65 AMISTOSO ARSENAL F.C. JOINVILLE 2 0 ESTRELA E.C. JOINVILLE
10 3 65 ESTADUAL 1964 FIGUEIRENSE F.C. FPOLIS 0 1 MARCÍLIO DIAS, C.N. ITAJAI
10 3 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 0 0 METROPOL, E.C. CRICIUMA
10 3 65 ESTADUAL 1964 TUPY, A.A. JOINVILLE 1 2 GUARANI E.C. BLUMENAU
10 3 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 6 1 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
11 3 65 ESTADUAL 1964 CAXIAS F.C. JOINVILLE 6 2 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO
13 3 65 AMISTOSO DUREZA E.C. JOINVILLE 2 1 MOLEZA, E.C. JOINVILLE
13 3 65 AMISTOSO BARCELONA F.C. JOINVILLE 1 3 CEREJEIRA F.C. JOINVILLE
13 3 65 AMISTOSO PROSDOCIMO, A.A. JOINVILLE 2 5 SAPS F.C. JOINVILLE
13 3 65 AMISTOSO BOEHM F.C. JOINVILLE 5 2 AUTOVILLE E.C. JOINVILLE
13 3 65 AMISTOSO JORDAN E.C. JOINVILLE 0 4 IMPRESSORA IPIRANGA F.C. JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO SALFER, COMERCIAL JOINVILLE 1 3 TIPOGRAFIA BOEHM JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO SAO LOURENÇO, E.C. JOINVILLE 1 1 SERRANA F.C. JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO VASTO VERDE F.C. JOINVILLE 1 0 DNER, E.C. JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO MARINGA, S.E. JOINVILLE 2 1 AGUA VERDE F.C. JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO IPIRANGA JOINVILLE 2 4 BANCIAL JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO PALMEIRAS JOINVILLE 4 2 BONSUCESSO JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO SANTA CRUZ JOINVILLE 2 0 PALMEIRINHAS JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO 25 DE AGOSTO, G.E. JOINVILLE 4 3 GUARANI DE PIRABEIRABA JOINVILLE
14 3 65 AMISTOSO COMERCIAL A.C. JOINVILLE 0 3 TIGRE E.C. JOINVILLE
14 3 65 ESTADUAL 1964 METROPOL, E.C. CRICIUMA 3 2 CAXIAS F.C. JOINVILLE
14 3 65 ESTADUAL 1964 GUARANI E.C. BLUMENAU 1 1 AMÉRICA F.C. JOINVILLE
14 3 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 4 1 MARCÍLIO DIAS, C.N. ITAJAI
14 3 65 ESTADUAL 1964 BARROSO, C.N.A. ITAJAI 2 2 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU
20 3 65 AMISTOSO SANTOS F.C. JOINVILLE 5 3 COLON F.C. JOINVILLE
20 3 65 AMISTOSO MASA, S.E.R. JOINVILLE 9 6 AUTOVILLE E.C. JOINVILLE
21 3 65 AMISTOSO AVAI E.C. JOINVILLE 1 1 AVENTUREIRO E.C. JOINVILLE
21 3 65 ESTADUAL 1964 SANTA CRUZ E.C. CANOINHAS 1 1 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU
21 3 65 ESTADUAL 1964 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO 4 1 INTERNACIONAL, E.C. LAGES
21 3 65 AMISTOSO JORDAN E.C. JOINVILLE 4 1 LABORATORIO CATARINENSE JOINVILLE
21 3 65 AMISTOSO 25 DE AGOSTO, G.E. JOINVILLE 2 4 MARINGÁ, S.E. JOINVILLE
21 3 65 AMISTOSO ARSENAL F.C. JOINVILLE 3 7 DOM PEDRO II, S.E. CORUPÁ
21 3 65 REGIONAL LBF 1965 TUPI, C.A. GASPAR 0 2 PALMEIRAS E.C. BLUMENAU
21 3 65 REGIONAL LBF 1965 VASTO VERDE, S.D. BLUMENAU 1 1 AMAZONAS E.C. BLUMENAU
21 3 65 REGIONAL LBF 1965 UNIÃO, S.D. TIMBÓ 2 2 FLORESTA, S.E. POMERODE
28 3 65 ESTADUAL 1964 OLIMPICO,G.E. BLUMENAU 4 0 HERCILIO LUZ F.C. TUBARÃO
28 3 65 ESTADUAL 1964 INTERNACIONAL, E.C. LAGES 2 1 SANTA CRUZ CANOINHAS
28 3 65 AMISTOSO ATLÉTICO SÃO FRANSCISCO S. FRANCISCO 2 3 TUPY, A.A. JOINVILLE

ANTIGO ESTÁDIO DO YPIRANGA F.C. de SFS/SC

Fachada do antigo Estádio Comandante Paulo Maurício Douat, palco dos jogos do Ypiranga F.C. de São Francisco do Sul nas décadas de 1940 á 1970.

No mesmo terreno hoje estão a sede social e o novo campo do clube, inaugurado em 21/04/2006.

fonte: JSC