Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Zequinha – supercampeão paulista de 1959

Recifense de Santo Amaro, Zequinha defendia na adolescência o Combinado da Vila. Na equipe, também jogavam alguns boleiros veteranos, entre eles Valdomiro Silva, treinador das divisões inferiores do Santa. Em 1956, ao ver o garoto se destacando entre os veteranos, Valdô, como era conhecido entre os tricolores, levou-o para o Arruda. A torcida já lotava o acanhado alçapão da Rua das Moças para ver o novo ídolo do Santa, o goleiro Barbosa.
Oto Vieira, treinador do clube à época, pediu a Valdomiro que indicasse um jogador da equipe de aspirantes para treinar entre os profissionais. E Zequinha foi o escolhido. Entrou no segundo tempo na equipe reserva e tomou conta do treino, chamando a atenção da torcida. Os suplentes perdiam por 2×1, mas o jovem talento acabou empatando o placar, num chute de fora da área, uma de suas principais características.

“Quando me chamaram para treinar entre os profissionais, fiquei meio receoso, mas depois entrei e fiz o gol em Miro. Acabei me soltando. No final, só ouvia os comentários dos torcedores, que foram ao Arruda para ver Barbosa e acabaram tendo uma grata surpresa com a minha atuação. E Barbosa acabou não treinando naquele dia”, recorda, saudoso, Zequinha, que reside em Olinda, nas proximidades do Centro de Convenções.

O eterno ídolo tricolor afirma que não esperava ser profissional, mas o fato acabou se concretizando em 56 quando assinou seu primeiro contrato. Àquela altura, já havia defendido a seleção pernambucana de aspirantes em algumas oportunidades.
“Ele era um jogador de muita técnica, hábil com a bola dominada e que levava o time para o ataque”, descreve o ex-presidente do Santa Cruz Rodolfo Aguiar. Para ele, o supercampeonato de 57 foi o mais importante título da história do Santa Cruz.

O PRIMEIRO SUPER – Em 1957, Zequinha ganharia seu primeiro e único título pelo Santa Cruz, pois, com tanto talento, logo despertaria a cobiça dos clubes do Sul. A conquista do supercampeonato estadual marcou bastante sua carreira e até hoje ele sabe de cor a escalação: Aníbal, Diogo e Sidnei, Zequinha, Aldemar e Edinho, Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca e Jorginho.

Após o título, as propostas para comprar o passe do promissor volante tricolor começaram a surgir. O Fluminense, do Rio, chegou a tentar levá-lo, mas não houve acordo financeiro. Zequinha acabou ficando no Arruda até que num fim de tarde do ano de 58, um senhor aproximou-se dele após um treino e foi incisivo: “Você já está pronto para viajar?” Era Oswaldo Brandão, treinador do Palmeiras, que preparava a formação da “Academia”, time que brilhou no final dos anos 50 e na década de 60, cuja escalação Zequinha também sabe na ponta da língua: Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina (ex-técnico de Santa Cruz, Náutico e Central), Zequinha, Aldemar e Geraldo Scotto, Julinho, Américo, Nardo, Chinezinho, Geo (Romeiro).

O primeiro título histórico daquele timão do Palmeiras foi conquistado em cima do Santos, de Pelé, Pepe e Zito, entre outros. Na decisão paulista de 59, um supercampeonato, a decisão ocorreu numa série de três jogos. “Na primeira partida, houve empate por 1×1. Pelé marcou para o Santos e eu fiz o gol do Palmeiras. No segundo jogo, outro empate, dessa vez 2×2. No terceiro jogo, vencemos por 2×1 e eu sofri a falta que deu origem ao segundo gol”, relembra.

Logo Zequinha virou ídolo em São Paulo e era bastante solicitado para as entrevistas. Jornalistas em início de carreira na crônica esportiva, como Joelmir Beting (hoje especialista em jornalismo econômico) e Benedito Rui Barbosa (autor de novelas da Rede Globo) assinavam matérias especiais com o craque pernambucano para os jornais paulistas.

Zequinha, já em fim de carreira, formou uma excelente dupla de meio-de-campo com o jovem Ademir da Guia, que mais tarde seria conhecido como o Divino. Filho de outro craque, Domingos da Guia, Ademir foi um dos mais clássicos jogadores de sua geração.
Além de Santa e Palmeiras, Zequinha, defendeu Atlético Paranaense e Náutico. Pela seleção brasileira, fez 17 partidas.
Fonte: Arquibancada, esporte compaixão e história

O Futebol, por definição

O futebol é o desporto coletivo mais praticado no mundo. É disputado num campo retangular por duas equipas, de onze jogadores cada, que têm como objetivo colocar a bola dentro da baliza adversária, o maior número de vezes sem usar as mãos e braços. Esse objetivo é chamado de gol (Brasil) ou golo (Portugal). A meta, baliza, goleira ou gol é um retângulo formado por duas traves ou postes verticais, perpendiculares ao solo, uma trave ou travessão paralela ao solo e uma faixa branca posicionada no gramado exatamente abaixo do travessão. Ali fica posicionado o goleiro, ou guarda-redes, que é o único jogador com permissão para colocar as mãos na bola (apenas dentro da sua área), defendendo o gol (exceto na cobrança do arremesso lateral, onde o jogador deve lançar a bola para dentro do campo com as duas mãos). Uma partida de futebol é vencida pela equipa que marcar um maior número de gols. O torneio mais prestigiado do futebol é a Copa do Mundo Fifa, os maiores vencedores são Brasil (1958, 1962, 1970, 1994, 2002), Itália (1934, 1938, 1982, 2006) e Alemanha (1954, 1974, 1990).

Partida profissional de futebol.
O desporto é praticado de acordo com algumas regras, resumidas aqui:
As duas equipas de onze jogadores cada, disputam pela posse de bola para fazer um gol no adversário. A equipeque fizer mais gols vence a partida; no caso do jogo ser finalizado com o mesmo número de gols ele termina empatado ( a não ser que o jogo seja de “mata-mata”). Para conduzir a bola os jogadores não podem tocar na mesma com as mãos, braços ou antebraços. Qualquer outra parte do corpo é permitida para se dominar a bola e conduzi-la. A única exceção são os goleiros (ou guarda-redes em Portugal) e no caso de arremessos laterais. Os goleiros são jogadores únicos que ficam embaixo da trave e cujo objetivo é defender a baliza dos chutes adversários, podendo para tal usar qualquer parte do corpo, desde que esteja dentro de um espaço delimitado por linhas chamado de área (ou grande área).
Quando a bola sai pela linha de lado do campo, o jogo é interrompido e o time adversário àquele que pertence o jogador que tocou na bola por último deve devolver a bola ao campo; neste caso, para recolocá-la em jogo é necessário usar as duas mãos. E os escanteios ocorrem quando a bola sai pela linha de fundo do campo, tendo sido tocada por último por um jogador do time que está na defesa. O escanteio é cobrado sempre pelo time atacante. E neste caso deve ser recolocada em jogo com os pés. Quando a bola sai pela linha de fundo tendo sido tocada por último por um jogador do time atacante, deve ser cobrado o tiro de meta, que é executado pelo time da defesa. O tiro de meta é na maioria das vezes cobrado pelo goleiro, mas pode ser cobrado por qualquer jogador do time.
Num nível profissional poucos gols são marcados por partidas. Na temporada 2004-2005 da Premier League (Liga de Futebol inglesa) uma média de 2,57 gols por jogo foram marcados, e 88% terminaram com não mais que quatro gols. Porém, só 8% terminaram sem gols.

Etimologia
Diz-se que o futebol traz para o mundo moderno as rudes competições dos cavaleiros medievais. Este esporte, nascido na Inglaterra do século XIX e rapidamente difundido em todo o mundo, tomou seu nome das palavras “foot”(pé) e “ball” (bola), dois vocábulos cujas origens podem ser rastreadas muito longe.
“Foot” provém das raízes ´pod-´ e ´ped-´ das línguas pré-históricas indo-européias, que também deram lugar ao vocábulo grego ´pous´ (pé), do qual se derivaram palavras como trípode, pódio e antípoda. Do ponto de vista da língua portuguesa, sua derivação mais importante resultou no latim ´pedes´ (pé), que deu lugar a incontáveis palavras, tais como pedicuro, peão, pedal, velocípede.
No início do século XX foi cunhado um neologismo, a palavra ludopédio, com o objetivo de substituir football – palavra da língua inglesa – como a denominação do desporto. Todavia, a palavra nem remotamente conseguiu firmar-se como uma alternativa.
Esquemas táticos
As regras do futebol não determinam especificamente outras posições além do goleiro. Porém, com o desenvolvimento do jogo, um certo número de posições especializadas foi criada. As posições principais no futebol são:
· O goleiro ou guarda-redes é quem protege a baliza. É o único jogador que pode usar as mãos, e mesmo assim só pode usá-las dentro da área. Sua função é impedir que a bola passe pelas traves.
· Os zagueiros ou centrais tem a função de ajudar o goleiro a proteger o gol, tentando desarmar os atacantes adversários.
· Os laterais ocupam as laterais do campo. Também ajudam o goleiro a proteger o gol e normalmente são os responsáveis de repor a bola em jogo quando esta sai pelas linhas laterais do campo.
· Os meias, médios, meio campista têm basicamente a função de fazer a conexão entre a defesa e o ataque do time, atuando tanto na marcação como nas jogadas ofensivas.
· O atacante ou avançado tem a função fundamental de fazer o gol.
As posições definem a área do campo de atuação de um jogador, mas não o prendem a ela. Jogadores podem trocar de posições, sendo isso bem frequente. Os goleiros têm uma mobilidade menos versátil por sua função, mas também podem participar de cobranças de faltas e escanteios.
O número de jogadores em cada posição define o esquema tático do time, sendo os mais comuns na atualidade o 4-4-2, o 3-5-2 e o 4-5-1. A seleção italiana, no entanto, foi campeã da Copa do Mundo Fifa 2006 utilizando o esquema tático 4-4-1-1. Os números indicam a ordem sequencial de jogadores nas posições: o 4-4-1-1, por exemplo, significa que a Itália jogava com 4 jogadores mais defensivos( incluindo zagueiros e laterais, que podem ser mais ofensivos, sendo chamados no Brasil de alas), 4 meias , 1 meia mais avançado e 1 atacante.

Jogadores e Equipamento
Uma típica bola de futebol
Cada equipe é composta de 11 jogadores (excluindo os reservas que são 12), no qual um deve ser o goleiro. O mínimo de jogadores permitido numa partida em andamento é de sete jogadores. Se uma equipe ultrapassar esse número (por expulsão ou impossibilidade de troca) o jogo é terminado com o placar com que foi finalizado.
O equipamento básico necessário são calções, uma camisa, meias, um calçado (chuteira) e uma caneleira. Os jogadores são proibidos de usarem qualquer objeto que possa machucar outros jogadores, como jóias e relógios.
Um certo número de substituições pode ser feita durante o jogo. Em competições oficiais são permitidas no máximo três substituições. O número, entretanto, pode variar, sendo isso normalmente em amistosos. O jogador substituido pode voltar a campo, dentro do limite de substituição

Árbitro
A partida é controlada por um árbitro, que terá “autoridade total para fazer cumprir as regras de jogo”, sendo que “suas decisões sobre os fatos do jogo são definitivas”. (Regra 5)
O árbitro é auxiliado por dois assistentes (os bandeirinhas), que ficam nas linhas laterais do campo ajudando na marcação de faltas e impedimentos. Na maioria dos jogos oficiais há também um quarto árbitro, no caso de precisar substituir o árbitro que controla a partida.

Campo de jogo com as medidas oficiais
O comprimento do campo de jogo numa partida oficial deve ser de 90-120 metros e a largura de 45-90 metros.
As duas linhas de marcação denominam-se linhas laterais. As duas mais curtas são as linhas de meta. A bola ao sair das linhas laterais deve ser recolocada em jogo pelas mãos. Já nas linhas de metas há duas possibilidades: se o último toque da bola antes de sair foi feito pelo time defensor, será dado o escanteio (que é batido com os pés) para o time atacante. Do contrário a bola é do goleiro do time defensor.
O gol deve ter um comprimento de 7,32m, e a distância do travessão (a trave superior) ao chão deve ser de 2,44m. As redes não são obrigatórias (apesar serem fixadas em qualquer torneio); elas só podem ser colocadas se estiverem presas de forma que não atrapalhe o goleiro.
Na frente de cada gol há a área penal (chamada coloquialmente de grande área). Essa área consiste de duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 16,5m de cada poste. Essas linhas se unem com uma linha de 40,3m paralela à linha de meta. Toda essa área delimitada é a área penal.
Em cada área penal a 11m do ponto médio entre as traves há o ponto penal, onde a bola é colocada no caso de um pênalti.
O campo tem outras medidas além das descritas; vide a Regra 1.

Duração
90 minutos
Padrão
As partidas oficiais são compostas de dois tempos iguais de 45 (quarenta e cinco) minutos cada um. Entre esses tempos há um intervalo, que não poderá exceder 15 (quinze) minutos.

Acréscimos
Como o tempo de jogo é contínuo, ou seja, não para devido a saída da bola, gols ou faltas e outros acontecimentos que possam parar o mesmo, o juiz pode acrescentar alguns minutos a mais a cada final de um tempo. Este acréscimo serve para compensar situações específicas. É definido pelo árbitro, e dificilmente ultrapassa três minutos.

Tempo extra
Em algumas competições, se a partida terminar empatada, é concedido dois tempos extras de 15 minutos cada um. Se o jogo continuar empatado, mesmo após o tempo extra, é levada para uma decisão de pênaltis.
Faltas e conduta anti-desportiva

Os jogadores são punidos com um cartão amarelo, e expulsos do jogo com o vermelho.
Uma falta se dá quando um jogador comete uma das ações listadas na Regra 12, entre as quais incluem pontapés sobre o adversário, rasteiras, puxões, empurrões etc., podendo ser direta ou indireta. Quando direta, o jogador a cobrá-la pode a fazer com só um toque. Já na indireta é preciso de dois toques, ou seja, um jogador precisa tocar a bola para seu companheiro.
Ainda há uma falta especial, o pênalti (penalidade máxima). Ele ocorre quando uma falta é cometida dentro da área penal. Nesse caso a bola é colocada no ponto penal, e os dois times (com exceção do cobrador e do goleiro que irá defender a cobrança) devem ficar fora da linha área penal, só podendo entrar nela quando a cobrança for feita. O goleiro deverá ficar na sua linha de meta, só podendo se deslocar para os lados, nunca para a frente. Qualquer contravenção a essas regras será punida com a repetição da cobrança.
Faltas mais violentas, que de acordo com a regra sejam típicas de uma conduta anti-desportiva, são punidas com um cartão amarelo. Se o jogador receber dois do mesmo numa única partida é expulso dela, sendo-lhe apresentado o cartão vermelho após o segundo amarelo. O cartão vermelho é também usado em casos de faltas extremas, quando expulsa automaticamente o jogador do jogo.

Vantagem
No caso de uma falta ter sido cometida mas na continuação da jogada a bola continuar com a posse do time que sofreu a falta o árbitro pode dar vantagem, ou seja, não parar o jogo para marcar a falta.

O impedimento é uma regra para impedir a chamada banheira (gíria do futebol para os jogadores que ficam só dentro da área penal adversária esperando pela bola). Ela caracteriza-se quando um jogador que poderia receber um passe, no momento em que este é executado, não tem entre si e a linha de fundo adversária pelo menos dois jogadores do outro time. Quando um jogador não está em posição de impedimento, diz-se que há jogadores adversários “dando condições a ele”. Os jogadores a “dar condições” ao atacante podem ser um goleiro e um jogador de linha ou dois jogadores de linha. As exceções a regra do impedimento são unicamente os casos de lançamentos diretos de tiros de meta, arremessos laterais, escanteio; e situações específicas: quando o jogador a receber o passe encontra-se no campo de defesa ou quando está atrás da linha da bola.

Estádio de futebol. Na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha foram dispostos telões que trasmitem a cobertura televisiva.
Difusão
O futebol tem cada vez mais se tornado um esporte popular em vários países sem muita tradição neste jogo. Esta é uma tendência mundial. Especialmente porque para se jogar futebol precisa-se de poucos recursos e equipamentos, uma bola e uma área plana. Países pobres assim como países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, vem descobrindo esta modalidade.

Tecnologia
As inovações tecnológicas vem cada vez mais interferindo nas partidas. Muitas vezes, é possivel perceber imprecisões nas decisões do árbitro. A televisão, e os recursos de alta resolução de vídeo demostram para o telespectador todas as nuances de uma partida em tempo real. Assim é possível visualizar diversos ângulos de uma jogada, que muitas vezes a equipe de arbitragem, os jogadores, e os torcedores em campo não poderiam ver.
Recentemente na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha foram dispostos telões de grandes dimensões nos estádios. As imagens televisivas permitem à torcida rever detalhes ampliados das jogadas. Porém, os lances polêmicos não são mostrados em replays nos telões dos estádios. Também, os árbitros estão usando um discreto sistema rádio-comunicador durante a jogo que permite a troca de informações entre a equipe de arbitragem.

Outras Variedades do Futebol
O futebol possui diversos esportes derivados de suas regras, em sua maioria versões modificadas das regras para determinado piso (areia, quadra) ou ao tamanho ou característica destas (paredes ao invés de laterais, campos gramados menores).
Variações FIFA
· Futsal: Jogado em Quadras similares a de Basquete e Handebol, com 5 jogadores de cada lado.
· Futebol de Areia: Também conhecido pelo seu nome em inglês, Beach Soccer, é jogado em Campos de areia fofa e também é praticado com 5 jogadores de cada lado.
Futebol Paraolímpico
· Futebol-de-Sete: Projetado para atletas que sofram de Paralisia Cerebral.
· Futebol-de-Cinco: Projetado para desportistas com Deficiência Visual (total ou parcial). Para igualar o grau de deficiência são usadas vendas nos olhos.

Variações Independentes
· Futebol Society: Variação jogada em campos gramados (ou artificiais) menores, com pelo menos sete metros de cada lado. Já existem campeonatos amadores na América do Sul.
· Indoor Soccer: Popular nos Estados Unidos e Ganhando Atenção na América do Sul (Onde é conhecido como Showbol) é parecido com o Futsal, mas nas laterais e linhas de fundo se tem paredes como no Hóquei no Gelo.
· Futebol de Salão: Muitíssimo parecido com o Futsal, é decorrente de uma rixa entre a FIFA e a FIFUSA que era a única federação internacional de futebol de salão, As regras são consideradas mais clássicas, tendo a bola um pouco menor e mais pesada, entre outras diferenças.
· Rush goalie: Praticado na Europa, Basicamente é um futebol Society onde a posição de Goleiro não é definida podendo ser desempenhada por qualquer um dos jogadores mas não ao mesmo tempo. Em algumas variedades o Goleiro temporário tem de avisar com um grito que está assumindo a posição.

Órgãos
O orgão que cuida do futebol no mundo (assim como o futsal e o futebol de areia) é a Fedération Internationale de Football Association (FIFA), cuja sede está localizada em Zurique, Suíça.
Há seis confederações regionais associadas a FIFA, sendo elas:
· Ásia: Confederação Asiática de Futebol (AFC)
· África: Confederação Africana de Futebol (CAF)
· América Central/América do Norte & Caribe: Confederation of North, Central American and Caribbean Association Football (CONCACAF)
· Europa: Union of European Football Associations (UEFA)
· Oceania: Confederação de Futebol da Oceania (OFC)
· América do Sul: Confederación Sudamericana de Fútbol (CONMEBOL)
Principais competições internacionais
· Mundo (FIFA): Copa do Mundo (seleções) e Mundial de Clubes (clubes)
· Europa (UEFA): Eurocopa (seleções) e Liga dos Campeões da UEFA (clubes)
· América do Sul (CONMEBOL): Copa América (seleções) e Copa Libertadores da América (clubes)
· América do Norte e Central (CONCACAF): Copa Ouro (seleções) e Copa dos Campeões da CONCACAF (clubes)
· Ásia (AFC): Copa da Ásia (seleções) e Liga dos Campeões da AFC (clubes)
· África (CAF): Copa das Nações Africanas (seleções) e Liga dos Campeões da CAF (clubes)
· Oceania (OFC): Copa da Oceania (seleções) e Campeonato de Clubes da OFC (clubes)

· FIFA (Federação Internacional)
· UEFA (Federação Europeia)
· CONMEBOL (Confederação Sul-Americana)
· FPF (Federação Portuguesa de Futebol)
· CBF (Confederação Brasileira de Futebol)
-Fonte: Museu dos Esportes

Ardiles – o Revolucionário

Quando o argentino Osvaldo Ardiles se transferiu para o futebol inglês se tornou ídolo do Tottenham Hotspurs. De seus pés saíram os lances mais inteligentes, alguns deles resultando em vitórias memoráveis. Graças a isso, seu clube chegou a novos títulos e passou a atrair, em média 40 mil torcedores por partida. Ídolo e craque respeitado, era tido como o jogador intelectualmente mais bem dotado do futebol inglês. Ardiles acabou vivendo um drama tão inesperado quanto intenso pouco antes de viajar para Buenos Ayres, onde se apresentou para a seleção argentina. Tudo isso porque a Argentina decidiu resolver à força sua centenária discussão com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas. A invasão do arquipélago deflagrou uma séria crise internacional e tornou insuportável a vida dos argentinos e ingleses. Nesse clima de guerra, Ardiles jogou sua partida de despedida do Tottenham, contra o Leicester, na cidade de Birmingham. Embora apoiado e prestigiado por seus companheiros de equipe e o presidente do clube, Ardiles estava tenso. Não era exatamente desta forma que ele havia planejado sua despedida do futebol inglês.

Quando Cesar Menotti convocou Ardiles para a seleção argentina que disputaria a Copa do Mundo de 1978 o colocou como titular, ele se impôs graças ao seu futebol clássico, fino e de um vasto repertório que inclui, entre outras coisas, o jeito lépido de evitar as entradas violentas dos adversários.

O homem é um animal capaz de adaptar-se a qualquer ambiente. Na Inglaterra o meio é estranho, mas qualquer jogador pode ser bem sucedido, desde que seja um bom profissional. Jogadores ingleses são mais responsáveis e disciplinados do que os sul-americanos. Quase não há concentração, a temporada é dura, mas existe mais tempo para a família do que no futebol argentino, onde o regime de concentração é muito mais intenso. Ardiles aprendeu muito no futebol inglês. Quando deixou o futebol, era economicamente, um homem independente.
Revista Placar

Ibope de torcidas no Rio em 1954

Em 31 de Dezembro de 1954 o Jornal dos Sports divulgou pesquisa de torcidas do IBOPE em que o Flamengo era a maior torcida do Rio de Janeiro com 29% da preferência, em seguida vinham Fluminense com 19%, Vasco 18%, América 6%, Botafogo 5%, Bangu 2% e São Cristóvão 1%.

O fato da torcida do América aparecer como maior do que a do Botafogo era natural, pois até então o América havia sido campeão carioca em 6 ocasiões (1913, 1916, 1922, 1928, 1931 e 1935) e considerando as ligas principais, o Botafogo só havia conquistado 5 títulos (o polêmico de 1907, 1910, 1930, 1932 e 1948), já que 4 títulos do Botafogo foram conquistados em ligas mais fracas (1912, 1933, 1934 e 1935), sem a mesma repercussão, enquanto o América disputava grandes clássicos cariocas. No confronto entre estes clubes, o América chegou a golear o Botafogo por 11 a 2 em 3 e Novembro de 1929.

Provavelmente só a partir da década de 1960, quando o Botafogo teve grandes momentos, é que sua torcida superou a do América, talvez inclusive, ocupando grande parte do espaço que antes pertencia ao clube rubro da rua Campos Sales. Na década de 50 era comum América e Bangu disputarem partidas com bons públicos que superaram em algumas ocasiões a 30 mil pessoas, como no jogo de 18 de Novembro de 1951 (2 a 2) quando 38.646 espectadores (29.380 pagantes) compareceram ao Maracanã ou no 1º jogo entre eles neste estádio (América 3 a 1 em 7 de Outubro de 1950), quando 33.515 pagaram ingressos .

Em um simples amistoso do América contra o Portsmouth , da Inglaterra, 24.005 espectadores compareceram ao jogo (17.864 pagantes) em 8 de Junho de 1951 (América 3 a 2).

JS

Djalminha foi um terror na Copa São Paulo Juniores de 1990

Djalminha conduziu o Flamengo à conquista da Copa São Paulo de Juniores de 1990. Em decorrência de seu excelente desempenho, ele conseguiu a promoção para os profissionais ao lado de figuras como Nélio e Paulo Nunes. O talentoso meia ainda participou, no mesmo ano, do título da Copa do Brasil. Contudo, com dificuldades de adaptação, ele foi negociado com o Guarani em 1993, depois de uma briga com Renato Gaúcho. As suas consecutivas passagens por Palmeiras e Deportivo La Coruña lhe alçaram à condição de craque. Até mesmo uma convocação para a Copa do Mundo de 2002 esteve perto, mas o “pavio curto” atrapalhou seus planos mais uma vez.

Voltando para 1990, à Copinha , o time rubro-negro derrotou o Corinthians por 7 a 1, em pleno Pacaembu, e depois derrotou na final o Juventus, gol de Júnior Baiano. Djalminha foi o principal destaque da equipe do Flamengo.

Estou escrevendo este artigo porque houve uma passagem entre eu e o Domingos , torcedor do São Paulo, na época desta copinha. Quando o Corinthians perdeu para o Flamengo, o Domingos passou por mim e deu apenas um leve sorriso. Para bom entendedor de futebol isto basta. Mas o time dele, o São Paulo, iria jogar neste dia . E se ganhasse o jogo iria jogar contra o Flamengo de Djalminha.
Mas o São Paulo perdeu e foi também eliminado.
Passei pelo Domingos e perguntei um tanto dissimulado: E aí, Domingos? Que pena, hein?
O Domingos deu uma resposta pra ninguém botar defeito. Qualquer torcedor enfiaria o rabo entre as pernas e iria embora e foi o que eu fiz dando risada internamente.
Ele falou: Ainda bem. Já pensou enfrentar o Djalminha?

Coisas do Futebol

Em 1985, de tanto ouvir falar que alguns colegas do Metrô de São Paulo jogavam futebol soçaite aos sábados no clube do São Paulo Futebol Clube, e em vista da promoção na venda dos títulos, acabei ficando sócio do clube.

Aos sábados formávamos vários times e para continuarmos jogando necessitávamos de dois gols ou vinte minutos. A outra hipótese seria o único gol após os vinte minutos.

Um conselheiro do clube, de nome Toninho falava-me que eu era um corintiano de alma branca e que podia deixar seus pertences perto de mim que ele confiava. Falava até mais, quando o Corinthians jogava no Morumbi ele deixava as janelas da casa aberta porque durante o jogo não tinha perigo. Brincadeiras como se faz em todo lugar.

Este preâmbulo se faz necessário haja vista o relato a seguir.

Durante a semana normal de trabalho pagávamos algumas contas o que é corriqueiro. Pedi para meu amigo Domingos, torcedor do São Paulo, hoje pastor evangélico, para ir ao Bradesco pagar a manutenção bimestral do clube São Paulo Futebol Clube. O carnê evidentemente ostentava o escudo e as cores do clube.

Mas, o meu talão de cheques tinha em suas folhas no espaço ao lado da assinatura uma chancela, ou seja, eu carimbava com um carimbo do escudo do Corinthians.

Assinei o cheque e entreguei o carnê.

Quando o Domingos chegou à boca do caixa, tinha uma japonesa empertigada, séria, de camisa branca de mangas compridas e fechada até o último botão no pescoço.

Figura impassível, nada parecia distrar a atenção desta filha do sol nascente.

O Domingos entregou o carnê e a japonesa arregalou os olhos, tendo visto o escudo. Pegou o cheque e…….desandou a rir. Olhava o carnê com um distintivo e o cheque com outro distintivo. Ela queria parar de rir e não conseguia, está certo que ela dava risos contidos.

Na volta o Domingos que riu junto à japonesa me contou em detalhes.

Só mesmo o futebol para trazer certar passagens.

Primeira crônica de Nelson Rodrigues sobre Pelé – 25/02/1958

Reparem na data e nas palavras do Nelson Rodrigues. Sensacional!
Santos 5×3 América, 25/02/1958, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo

Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.

O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certeza eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.

Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável.

Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau.

Fla x Flu também teve gol de mão

Naquela tarde de 13 de outubro de 1968, o Fluminense entrou em campo com Felix. Nélio. Galhardo. Altair e Assis. Cláudio Garcia. Suwing e Serginho. Wilton. Samarone (Lula) e Aguinaldo (Salvador). O Flamengo jogou com Marco Aurelio. Murilo. Onça. Guilherme e Tinho. Liminha (Cardosinho). Carlinhos e Arilson. Gilbert. Silva e Fio (Betinho). O juiz foi Armando Marques.

O jogo foi pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no maracanã, quando o ponteiro Wilton, do Fluminense, enganou o goleiro Marco Aurélio, ajeitando descaradamente a bola com a mão, para depois, livre, marcar o gol da vitória dos tricolores. O lance que foi repetido milhares de vezes na televisão, somente não foi percebido pelo juiz Armando Marques e o bandeirinha Antônio Viug, irritando profundamente a torcida rubro negra. Tão escandaloso quanto o toque de mão de Wilton na bola foi o impedimento do jogador do Fluminense, que recebeu um passe de Samarone inteiramente livre, e que também foi ignorado pelo bandeiranha.

Além de tudo estava impedido após receber um passe de Samarone. Então, Wilton dribla o goleiro do Flamengo com a mão e marca o único gol do jogo.

Jornal A Tribuna