Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Pompéia mereceu um comercial da Gillete e da Rádio Globo

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“Criatividade é o que não faltou neste comercial da equipe esportiva da rádio Globo do Rio de Janeiro, então comandada pelo saudoso Waldir Amaral. A chamada enaltecia as grandes defesas do ex-goleiro do América Pompéia, descritas detalhadamente durante as partidas. Portanto, nada como ver o jogo ouvindo a rádio Globo….”

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Pompéia voa para fazer mais uma grande defesa em jogo no Maracanã. Ficou conhecido como um dos mais elásticos goleiros da história do futebol brasileiro

Fonte: site Milton Neves

HISTÓRIA DO MAJESTOSO – AAPP de CAMPINAS

HISTÓRIA DO MAJESTOSO
O Estádio foi construído com a ajuda da própria torcida. Moisés Lucarelli conseguiu unir os aficcionados a participarem do projeto. Fotos da época ilustram carros antigos em comboio transportando materiais para a construção. Quando foi inaugurado (1948) era um dos maiores estádios do país. Veja abaixo notícias de jornais de 1947 e 1948.

Cooperação pró estádio da A. A. Ponte Preta
Com algumas dezenas de milhares de tijolos e outros materiais em seu poder, iniciará agora a Associação Atlética Ponte Preta a fase mais ativa da campanha que visa a construção de seu estádio. Após haver lutado com incalculável número de dificuldades de toda ordem que tem retardado o desenvolvimento do trabalho, conseguiu a veterana agremiação esportiva finalizar a primeira etapa de sua tarefa, que consistiu na canalização de águas, remoção de terras e nivelamento do terreno. O que foi feito até agora representa parcela mínima do que está por fazer até o fim. Necessário se torna apelar para a compreensão de todos, a Comissão Pró Estádio da Ponte Preta fará distribuir lista de angariação de fundos, contribuindo, portanto, para o engrandecimento de Campinas.
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(Correio Popular, 09/jan/97 – HÁ 50 ANOS)

Caravana do tijolo no Estádio Pontepretano
No próximo domingo a Veterana A. A. Ponte Preta irá promover mais uma sugestiva “caravana do tijolo”. Cerca de 50 caminhões passarão pela cidade numa demonstração pujante do esforço hercúleo que desenvolve o clube de futebol mais velho do Brasil, para a construção da sua magnífica praça de esportes que tanto irá enriquecer o patrimônio urbanístico de Campinas. Os trabalhos da construção do estádio já passou da fase inicial para a fase da construção propriamente dita. Já se encontra em andamento a drenagem do campo de futebol e da pista de corrida. A drenagem será uma das melhores ou talvez a melhor que já se construiu no Brasil, em praça de esportes, posto que está sendo feita debaixo da mais rigorosa técnica moderna, sendo usados 1.800 metros de tubos.
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(Correio Popular, 21/abr/97 – HÁ 50 ANOS)

“Cadeiras Perpétuas”
A comissão Pró-Estádio da Associação Atlética Ponte Preta está procedendo a venda das “Cadeiras perpétuas” do futuro estádio e vem obtendo amplo sucesso, pois cada dia que passa mais aumenta o número de adquirentes. Essas localidades especiais, que oferecem aos compradores a sua posse por toda a vida, estão sendo vendidas pelo preço de Cr$ 2.000,00.
(Correio Popular, 10/set/97 – HÁ 50 ANOS)

Estádio da Ponte Preta será inaugurado com torneio quadrangular
Para provar, diante de todos, o que podem a fibra e o amor que os pontepretanos dedicam ao clube, na Rua Proença sobe, cada vez mais belo, o estádio social da Ponte Preta. Ele estará pronto para ser inaugurado em breve. Num dia de festa para todos os campineiros, para todos os desportistas que desejam o progresso do desporto e da pátria. É pensamento do clube, presidido pelo dinâmico Dr. Aylton José Couto, promover um torneio quadrangular para as festas inaugurais do estádio. Seriam convidados o E.C. Vasco da Gama, campeão da América do Sul, e o São Paulo F.C.. Daqui participaria o Guarani. Os irmãos Lucarelli, Moisés e Armando, pensam poder ocupar os dias 5 e 7 (domingo e terça-feira) para as primeiras rodadas.
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(Correio Popular, 17/jun/98 – HÁ 50 ANOS)

Inauguração do Estádio
Embora não oficialmente , abrir-se-ão, esta tarde, os portões do monumental estádio da A.A. Ponte Preta, na Praça Proença. Hoje presenciaremos o primeiro embate. Trata-se aliás, de um choque de suma importância para a tabela da Série “Preta”, pois defrontar-se-ão dois gigantes, dois esquadrões. A luta, ninguém duvida, será empolgante, sensacional, renhida.
(Correio Popular, 12/set/1998 – HÁ 50 ANOS)

História do Majestoso
E que história. Foi ali, nas arquibancadas do Majestoso, que a torcida pontepretana viveu grandes conquistas, comemorou inúmeras vitórias em dérbis, apoiou o time quando ele mais precisou.

Dentro dos 36 mil metros do estádio, os alvinegros viram a maior goleada já aplicada pela Ponte (8 a 1, sobre a Ferroviária, em 1994) e, nos hoje remotos anos 70, espremeram mais de 30 mil pessoas em um espaço onde atualmente são permitidos 19,7 mil, para assistir a um confronto contra o Santos.
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“Meu pai foi um pioneiro. Minha família sempre ficou muito feliz pelo reconhecimento dado a ele no estádio”, conta Nino Lucarelli, filho de Moisés. Mas, se outrora foi charmoso e pioneiro, hoje o belo Majestoso tornou-se pequeno para a grandeza da Ponte Preta e de sua torcida, razão pela qual uma Comissão de Estudos determinada pelo Conselho Deliberativo estuda o projeto de uma Arena Multiuso, padrão Fifa.

“Se meu pai estivesse vivo, com certeza veria com bons olhos o projeto da Arena. Ele era um abnegado pela Ponte Preta e o projeto é para o bem do clube”, diz Nino, ele mesmo um integrante da comissão. Como se vê, na Ponte Preta passado, presente e futuro são definidos por torcedores. Parabéns, Majestoso! Parabéns, Ponte Preta e imensa torcida alvinegra!

Fontes:http://www.pontepretaesportes.com.br/ler.php?id=3423
http://www.geocities.com/gnponte/

Times profissionais de São Paulo que optaram pelo amadorismo ou pela extinção

Lista que retrata os clubes que participaram anos atrás de campeonato
profissional em São Paulo . Com o passar dos anos , devido a problemas
financeiros, politicos e extra-esportivos , optaram pela retirada do
profissionalismo por 2 formas: Extinção , acabando em definitivo e por isso
não disputando mais competições profissionais de futebol. A outra forma foi
a opção pelo Amadorismo que , menos radical , viabiliza talvez o regresso no
futuro em campeonatos profissionais de futebol.

LISTA DE TIMES QUE OPTARAM PELO AMADORISMO
A.A. XI de Agosto – Tatui
Andradina F.C – Andradina
Aparecida E.C – Aparecida
A.A. Ararense – Araras

A.A.Botucatense – Botucatu
A.A. Candindomotense – Candido Mota
Comercial F.C (1) – Araras
Comercial F.C (2) – Lins

Cruzeiro F.C – Cruzeiro do Sul
D.E.R. Atlético Clube – Itapetininga
Dracena F.C – Dracena
E.C Elvira – Jacareí

Estrela da Saúde F.C – São Paulo
Estrela Esporte Clube – Piquete
A.A Ferroviária (1) – Botucatu
AAFerroviária (2) – Assis

AA Ferroviária (3) – Pindamonhangaba
C.A Ferroviário – Araçatuba
S.E. Gran São João – Limeira
E.C Hepacaré – Lorena

A.A Ituperavense – Ituprava
José Bonifácio E.C – José Bonifácio
Lucélia F.C – Lucélia
MAF – Piracicaba

G.E Monte Aprazível – Monte Aprazível
C.A Nevense – Neves
A.A Orlândia – Orlândia
C.A Ourinhense – Ourinhos

Palmeiras FC (1) – Franca
Palmeiras FC (2) – São João da Boa Vista
CA Piracicabano – Piracicaba
Prudentina E.A. – Pres. Prudente

A.A. Portofelicense – Porto Feliz
A.A Riopardense – São Jose do Rio Pardo
Rio Pardo F.C – São Jose do Rio Pardo
Saad E.C – São Caetano

A. A. Saltense – Salto
SE Sanjoanense – São João da Boa Vista
S.Caetano E.C – São Caetano
São Carlos Clube – São Carlos

São Joaquim FC – São Joaquim da Barra
São João F.C – Jundiai
AA Sãomanoelense – São Manoel
Uchoa F.C – Uchoa

C.A. Valinhense – Valinhos
Vila Santista F.C – Mogi das Cruzes
CA Votorantim – Votorantin
VOCEM – Assis

EC São Bernardo – São Bernardo
AA São Bento – Marília

EC DER – Araraquara
Corinthians F.C – São Bernardo
EC Corinthians – Presidente Prudente
Santa Fé F.C – Santa Fé

LISTA DE TIMES EXTINTOS
C.A. 9 de Julho – Getulina
A.A. Adamantina – Adamantina
Americana F.C. – Americana
E.C. Aparecida – Aparecida

A.D. Araraquara – Araraquara
A.A. Avenida – Salto
Barretos F.C. – Barretos

Bauru A.C. – Bauru
A.Brasil Clube – Paraguaçu Paulista
A.A. Campo Limpo – Campo Limpo
Catanduva E. C. – Catanduva

C.A Ceitense – Taubaté
Central Brasileira – Cotia/Pinhal
Comercial FC (1) – Limeira

Comercial F.C (2) – São Paulo
C.A Flamengo – Araçatuba
Fortaleza F.C – Barretos
G.NovoHorizontino – Novo Horizonte

G. E. Catanduvense – Catanduva
A.E.Guaratinguetá – Guaratinguetá
Irmãos Romano – São Bernardo
Independência EC – Osasco

C.A. Ituano – Itu
E.C.Mogiana – Campinas
Motorista F.C. – Barretos
A.A. Osvaldo Cruz – Osvaldo Cruz

A.A Palmeiras – Jaú
Paulista F.C. – Araraquara
Pindorama E.C – Pindorama
Pres.Prudente F.C – Presidente Prudente

S.Paulo F.C. (1) – Araçatuba
São Paulo F.C. (2) – Araraquara
Suzano F. C – Suzano
Vasco da Gama – Americana

Votuporanguense – Votuporanga
Araçatuba F.C – Araçatuba
Araçatuba E.C – Araçatuba
E.C Tião Maia – Araçatuba

Real E.Ituano – Itu

http://br.geocities.com/acessoaelite/Destino.htm

Inauguração e recorde de público em estádios brasileiros

::Estádio Mário Filho “Maracanã”
Estadual (Flamengo e Fluminense)
Endereço: Rua Prof. Eurico Rabelo, s/n., Maracanã – Rio de Janeiro (RJ)
Dimensões: 110m x 75m
Inauguração: 16/06/1950
(Seleção Carioca 1 x 3 Seleção Paulista)
Recorde de público: 183.341
(Brasil 1 x 0 Paraguai – 1969)

::Estádio Governador Magalhães Pinto ”Mineirão” Estadual (Cruzeiro e Atlético-MG)
Endereço: Av. Abraão Carã, 1001, Pampulha – Belo Horizonte (BH)
Dimensões: 110 x 75m
Inauguração: 5/9/1965
(Seleção Mineira 1 x 0 River Plate)
Recorde de público: 132.834 pessoas
(Cruzeiro 1×0 Vila Nova – 1997)

::Estádio Cícero Pompeu de Toledo ”Morumbi”
Próprio (São Paulo)
Endereço: Praça Roberto Gomes Pedrosa
Dimensões: 108 x 72 metros
Inauguração: 02/10/1960
(São Paulo 1 x 0 Sporting-POR)
Recorde de público: 138.032 pessoas
(Corinthians x Ponte Preta, 09/10/1977)

::Estádio Joaquim Américo Guimarães
Próprio (Atlético-PR)
Endereço: Rua Buenos Aires, 1270, Água Verde – Curitiba (PR)
Dimensões: 105m x 78m
Inauguração: 06/07/1914
(Internacional-PR 1×7 Flamengo)
Reinauguração: 24/06/1999
(Atlético 2 x 1 Cerro Porteño-PAR)
Recorde de público: 28.700
(Brasil 3×0 Letônia – 26/06/96)

::Estádio Moisés Lucarelli
Próprio (Ponte Preta)
Endereço: Praça Francisco Ursaia, 1900 – Jd.Proença – Campinas (SP)
Dimensões: 107,40 70,30m
Inauguração: 12/09/1948
(Ponte Preta 0 x 3 XV de Novembro)
Recorde de público: 33.000 pessoas
(Ponte Preta x Santos – 16/08/70)

::Estádio do Pacaembu
Municipal (Corinthians)
Endereço: Praça Charles Miller
Dimensões: 104 x 68 metros
Inauguração: 27/04/1940
(Palestra Itália 6 x 2 Coritiba)
Recorde de público: 71.281 pessoas
(São Paulo 3 x 3 Corinthians, 24/05/942)

::Estádio Alfredo Jaconi
Próprio (Juventude)
Endereço: Rua Hércules Galló, 1547 Caxias do Sul (RS)
Dimensões: 110m x 70m
Inauguração: 23/03/1975
(Juventude 0 x 0 Flamengo)
Recorde de público: 20.720 pessoas
(Juventude 0 x 3 Grêmio – 23/06/96)

::Estádio Orlando Scarpelli
Próprio (Figueirense)
Endereço: Rua Humaitá, 194 Estreito Florianópolis (SC)
Dimensões: 110m x 75m
Inauguração: 12/06/1960 (Figueirense 1 x 1 Atlético Catarinense)
Recorde de público: 26.600 pessoas (Figueirense 0 x 0 Vasco – 02/12/73)

::Estádio Olímpico Monumental
Próprio (Grêmio)
Endereço: Largo dos Campeões nº 1, Bairro Azenha, CEP.: 90880-440, Porto Alegre/RS
Inauguração: 24 de abril de 1953
Dimensões do gramado: 105 x 68 metros
Recorde de público : 98.421 (85.751 pagantes) – 26/04/81 Grêmio x Ponte Preta – Campeonato Brasileiro

::Estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo ”Castelão’ , Estadual (Fortaleza)
Endereço: Av. Alberto Craveiro, 2901
Dimensões: 110 x 75 m
Inauguração: 11/11/1973
(Ceará 0 x 0 Fortaleza)
Recorde de público: 118.496 pessoas
(Brasil 1 x 0 Uruguai, 27/08/1980)

::Estádio Heriberto Hulse
Próprio (Criciúma)
Endereço: Rua 13 de Maio, s/nº – Criciúma (SC)
Dimensões: 110m x 75m
Inauguração: 18/10/1955
(Comerciário 0 x 1 Imbituba)
Recorde de público: 21.050 pessoas
(Criciúma 1 x 1 São Paulo – 20/05/92)

::Estádio Serra Dourada
Estadual (Goiás)
Endereço: Avenida Fued José Sebba
Dimensões: 118 x 80 metros
Inauguração: 09/03/1975
(Seleção Goiana 2 x 1 Seleção Portuguesa)
Recorde de público: 79.610 pessoas
(Sel. Goiana 2 x 1 Sel. Portuguesa, 09/03/1975)

::Estádio Brinco de Ouro da Princesa
Próprio (Guarani)
Endereço: Av. Imperatriz Dona Tereza Cristina, 11, CEP: 13.095-160 Campinas – SP
Dimensões: 110 x 75 metros
Inauguração: 31.05.1953
(Guarani 3 x 1 Palmeiras)
Recorde de público: 52.002 pessoas
(Guarani 2 x 3 Flamengo, 15.04.19)

::Estádio José Pinheiro Borda ”Beira-Rio”
Próprio (Internacional)
Endereço: Rua Padre Cacique, 891
Dimensões: 106 x 75 m
Inauguração: 04/04/1969
(Inter 2 x 1 Benfica)
Recorde de público: 106.554 pessoas
(Rio Grande do Sul 3 x 3 Brasil, 17/06/1972)

::Estádio Pinheirão
Estadual (Paraná)
Endereço: Avenida Victor Ferreira do Amaral, 2.300, Curitiba (PR)
Dimensões: 105 x 76 metros
Inauguração: 15.06.1985
(Seleção Paranaense 1 x 3 Seleção Catarinense)
Recorde de público: 44.475 pessoas
(Atlético-PR 2 x 1 Coritiba, 11.06.1998)

::Estádio São Januário
Próprio (Vasco)
Endereço: Rua Gal. Américo de Moura, 131, S.Cristóvão (RJ)
Dimensões: 110m x 70m
Inauguração: 21/04/1927
(Vasco da Gama 2 x 5 Santos)
Recorde de público: 40.209
(Vasco 0 x 2 Londrina – 1978)

::Estádio: Manoel Barradas ”Barradão”
Próprio (Vitória)
Endereço: Estrada de Canabrava, s/n°, Salvador, BA
Dimensões do campo: 110 x 68 metros
Inauguração: 09/11/1986
(Vitória 1 x 1 Santos)
Recorde de público: 43.424 pessoas
(Vitória 2 x 0 Juazeiro, 07/05/2000)

::Estádio Major Antônio do Couto Pereira
Próprio (Coritiba)
Endereço: Rua Ubaldino do Amaral, 37, Alto da Glória – Curitiba (PR)
Dimensões: 106m x 68m
Inauguração: 20/11/1932
(Coritiba 4 x 2 América-RJ)
Recorde de público: 65.943
(Atlético-PR 2 x 0 Flamengo – 15/05/83)

::Estádio Anacleto Campanella
Municipal (São Caetano)
Endereço: Av. Walter Thomé, 64
São Caetano do Sul (SP)
Dimensões: 100m x 70m
Inauguração: 02/01/1955
(São Bento 1 x 0 XV de Piracicaba)
Recorde de público: 24.000 pessoas
(São Caetano 0 x 1 Atlético-PR – 23/12/2001)

::Estádio Olímpico Edgard Proença ”Mangueirão” Estadual (Paysandu)
Endereço: Rod. Augusto Montenegro, 3101 – Belém (PA)
Dimensões: 105m x 68m
Inauguração: 04/03/1978
(Seleção Paraense 4×0 Seleção Uruguaia); Reinauguração: 05/05/2002 (Remo 2 x 2 Paysandu)
Recorde de público: 65.000 pessoas
(Remo x Paysandu – 11/07/99)

::Estádio Urbano Caldeira ”Vila Belmiro”
Próprio (Santos)
Endereço: Rua Princesa Isabel Dimensões: 106 x 70 m
Propriedade: Santos Futebol Clube
Inauguração: 12.10.1916
(Santos 2 x 1 Ypiranga-SP)
Recorde de público: 32.989 pessoas
(Santos 0 x 0 Corinthians, 20.09.1964)

Fonte:http://jbonline.terra.com.br/destaques/brasileirao2003/estadios.html de 24.09.2008

Sérgio Neri, pegador de pênaltis

Sérgio Neri ganhou fama na década de 80 no Guarani ao defender algumas dezenas de pênaltis, principalmente no Campeonato Brasileiro. Em 1986, ele garantiu dois pontos ao Bugre na vitória de 1 a 0 sobre o Grêmio, em Porto Alegre, ao pegar a penalidade batida pelo atacante Valdo.
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NO CANTINHO – Sérgio Neri se estica todo para defender o pênalti cobrado pelo atacante Valdo, do Grêmio, na vitória bugrina por 1 a 0, em pleno estádio Olímpico, em Porto Alegre, dia 25 de janeiro de 1987, durante a segunda fase do Brasileirão de 1986

Dois anos depois, o “guarda-valas” também assegurou alguns “bichos” aos seus companheiros. Naquela edição, se ocorresse empate no tempo normal havia pênaltis e o ganhador somava um ponto extra na classificação. “Não me recordo com exatidão quantos jogos foram para os pênaltis, mas ganhamos a maioria”, diz. Apesar da estupenda campanha de 1986, Sérgio Neri não conseguiu dar o título ao Guarani. Nas duas primeiras fases, foram 17 vitórias, sete empates e duas derrotas, com 45 gols marcados e 11 sofridos. Obteve duas vitórias sobre o Vasco (3 a 0 no Rio e 2 a 0 em Campinas), nas oitavas-de-final. Despachou o Bahia nas quartas: 2 a 2 e 1 a 0, e na semifinal, liqüidou o Atlético-MG, empatando sem gols no Mineirão e ganhando por 2 a 1, em Campinas.

O time campineiro, que contava com Ricardo Rocha, Wilson Gottardo, Marco Antônio Boiadeiro, Evair, João Paulo, Tite – que hoje é treinador -, fez a final com o São Paulo. Empate de 1 a 1 no primeiro jogo, no Morumbi. Na épica decisão, no Brinco de Ouro, 1 a 1 no tempo normal, 2 a 2 na prorrogação, com Careca marcando o gol de empate do Tricolor, aos 14 minutos do segundo tempo, mas nos pênaltis os são-paulinos foram mais eficientes e venceram por 4 a 3. Sérgio Neri ainda defendeu a cobrança de Careca, mas Marco Antônio e João Paulo perderam para sua equipe.
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Time do Guarani que empatou em 0 a 0 com o Atlético-MG, no Mineirão, na semifinal do Brasileirão de 1986. No 2º jogo, o Bugre ganhou por 2 a 1 e se classificou para decidir o título com o São Paulo. De pé: Sérgio Neri, Gilson Jáder, Almir, Ricardo Rocha, Marco Antônio e Tosin; agachados: Chiquinho, Tite, Evair, Marco Antônio Boiadeiro e João Paulo. Vejam o atual técnico Tite no time campineiro.

No ano seguinte, com a dissidência do Clube dos 13, a CBF, respaldada pela Fifa, criou os módulos Verde e Amarelo, sendo que no final, os dois primeiros de cada módulo decidiriam o título. O Flamengo bateu o Inter-RS e foi campeão do Verde. Guarani e Sport dividiram o caneco do Amarelo. O Bugre fez 2 a 0 na 1ª partida e perdeu de 3 a 0 em Recife. Nos pênaltis, empate de 11 a 11 e as equipes resolveram dividir o título. Flamengo e Inter-RS se recusaram a enfrentar os times do Módulo Amarelo para decidir o Brasileirão de 1987. Sport e Guarani fizeram a final. No Brinco de Ouro, empate de 1 a 1. Na Ilha do Retiro, o Sport fez 1 a 0 e ficou com a taça. O estigma de pé-frio acompanhou Sérgio Neri no ano seguinte, quando foi vice-campeão paulista ao perder a final para o Corinthians por 1 a 0, gol do então desconhecido Viola.

Campeão no Bahia e no Vila Nova-GO
Titular entre 1986 e 1990, Sérgio Neri tem seu nome guardado na galeria do Guarani, porém, sem conseguir ser campeão pelo time campineiro. As conquistas vieram só quando ele deixou o clube no final de 1990, comprado pelo Bahia. Logo na 1ª temporada no Nordeste foi campeão baiano. No começo de 1993, transferiu-se ao Vila Nova-GO, onde também faturou o título estadual, atuando com o volante Tosin, o lateral-direito Alfinete, entre outros. No ano seguinte foi emprestado ao Botafogo, de Ribeirão Preto, mas não cumpriu o contrato em razão de divergências com diretores do Vila Nova e decidiu parar. “Houve uma discussão com relação a porcentagem cobrada pelo empréstimo”, diz. Em seu currículo, consta ainda ter ajudado a seleção paulista a quebrar um jejum de 12 anos sem título no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais Sub-20, além da disputa da Libertadores de 87 e de 88 pelo Bugre. Pai de Harlen, Ana Carolina e Giovana, Sérgio Neri Santana é casado com Elaine Cristina. Quando parou de jogar, ele montou um restaurante em Marília, onde nasceu em 11/3/63. Aliás, seu 1º clube foi o Marília, que o vendeu ao Guarani em 1982. Ficou com o restaurante entre 1995 e 2004, retornando ao futebol como preparador de goleiros.

Fichas técnicas de jogos importantes com Sergio Neri:

Guarani 0 x 1 Corinthians
Guarani
Sérgio Neri; Marquinhos, Vágner, Ricardo Rocha e Albéris; Barbieri (Mário), Paulo Isidoro, Marco Antônio Boiadeiro e Neto; Evair (Careca Bianchesi) e João Paulo. Técnico: José Luiz Carbone.
Corinthians
Ronaldo; Edson Boaro, Marcelo Djian, Denilson e Dida; Márcio Bittencourt (Paulinho Carioca), Paulinho, Biro Biro e Everton (Wilson Mano); Viola e João Paulo. Técnico: Jair Pereira.
Gol: Viola aos 4 minutos do 1º tempo da prorrogação.
Árbitro: Arnaldo Cézar Coelho.
Expulsões: Paulinho Carioca e Paulo Isidoro.
Renda: Cz$ 17.543.200,00.
Público: 49.604 pagantes.
Local: Brinco de Ouro, em Campinas, domingo, 31/7/1988, na final do Paulistão, quando Sérgio Neri foi vice.

Seleção Paulista 1 x 0 Seleção Carioca
Seleção Paulista
Sérgio Neri, Heitor, Marco Antônio, Nenê e Carlinhos; Régis, Sidney e Paulo Sérgio; Marlon (Nereu), Valdir Lins e Luis Carlos. Técnico: Sebastião Lapola.
Seleção Carioca
Hugo; Catinha, Maurão, Souza e Ricardo; Mancieira, Giovane e Gilmar Popó (Antônio Carlos); Helinho (Mamão), Jairo e Pituca. Técnico: não obtido.
Gols: Luis Carlos aos 16 e Mamão aos 35 minutos do segundo tempo.
Árbitro: Airton Bernardoni.
Renda e público: não obtidos.
Local: Morumbi, em São Paulo, sábado, 12 de março de 1983, na decisão do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-20, quando São Paulo, com Sérgio Neri no gol, quebrou um jejum de 12 anos sem conquistar o título da competição.

Sport Recife 1 x 0 Guarani
Sport Recife
Flávio: Betão, Estevam Soares, Marco Antônio e Zé Carlos Macaé; Rogério, Ribamar (Augusto) e Zico; Robertinho, Nando e Neco. Técnico: Jair Picerni.
Guarani
Sérgio Neri: Baiano, Luciano, Ricardo Rocha e Albéris; Nei (Carlinhos), Paulo Isidoro e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Mário), Evair e João Paulo. Técnico: José Luiz Carbone.
Gol: Marco Antônio aos 19 minutos do segundo tempo.
Árbitro: Luís Carlos Trindade (Fifa-RJ).
Expulsão: Evair.
Renda: Cz$ 4.905.000,00.
Público: 26.282 pagantes. Local: Ilha do Retiro, em Recife, domingo, 7 de fevereiro de 1988, quando Sérgio Neri foi novamente vice-campeão brasileiro pelo Guarani, referente a edição de 1987.

Guarani 3 x 3 São Paulo
Guarani
Sérgio Neri, Marco Antônio, Ricardo Rocha, Valdir Carioca e Zé Mário; Tosin, Tite (Vágner) e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo. Técnico: Carlos Gainete.
São Paulo
Gilmar, Fonseca, Wagner Basílio, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Müller, Careca e Sidney (Rômulo). Técnico: Pepe.
Gols: Nelsinho (contra) aos 2 e Ricardo Rocha (contra) aos 9 minutos do 1º tempo. Pita a 1 e Boiadeiro aos 7 do 1º tempo da prorrogação. João Paulo aos 5 e Careca aos 14 do 2º tempo da prorrogação. Pênaltis: Guarani 3 x 4 São Paulo. Tosin, Valdir Carioca e Evair converteram para o Bugre. Marco Antônio e João Paulo erraram. Dario Pereyra, Rômulo, Fonseca e Wagner Basílio fizeram para o Tricolor. Careca errou.
Árbitro: José de Assis Aragão.
Expulsão: Vágner.
Renda: Cz$ 4.222.000,00.
Público: 37.370 pagantes.
Local: Brinco de Ouro, em Campinas, quarta-feira, 25/2/1987, quando Sérgio Neri foi vice-campeão brasileiro pelo Bugre

fonte:diarioweb de são jose do rio preto

Eu levei um são-paulino para ver a estréia de Pita no SPFC.

ESTRÉIA DE PITA NO SÃO PAULO
Quando Pita vestiu a camisa do SPFC, lembro-me da gentileza de um corintiano para com um amigo são-paulino . Era um domingo de muito sol e o São Paulo ia estrear o Pita contra uma equipe do interior de São Paulo pelo campeonato paulista. Este corintiano era eu, que fui à casa de meu amigo Maurício, são-paulino, que estava sem carro. Bati à porta dele e ele, inteligente, imaginou mais ou menos o presente que eu estava dando. Falei-lhe: somente eu, um corintiano de alma branca, vem à casa de um são-paulino, com meu próprio carro, às 14h do domingo, oferecer carona para ver um jogo de outro time neste sol escaldante. Ele sorriu e num tapa já estava vestido para ir ao jogo. Falei mais uma vez: Mas não precisava vir com a camisa do São Paulo, né? Nem me deu resposta. Já foi ligando o rádio do carro, gostava de ouvir o Randal Giuliano comentarista são-paulino da rádio Jovem Pan.
O inverso meus amigos é muito difícil, vocês já receberam em vossas casas algum amigo torcedor rival para levar você ao estádio em jogo que não é o time do amigo torcedor, e sim o seu time? Ainda com o carro dele?
Bem, devo admitir que ele me pagou duas cervejas no estádio. Se for ver, ele me deve este favor até o último de seus dias….rs.
O Sâo Paulo ganhou de 3 x 0, com os três gols do Pita. Ele ficou entusiasmado. Mas alertei-o que somente o Pita em 1984 não faria o time campeão.
O fato aconteceu somente em 1985.
Quem não se lembra de Silas, Muller, Sidney, os “Menudos do Morumbi”, todos revelados na escolinha tricolor? Esta foi a equipe campeã paulista de 85. Quem não se lembra do goleiro Gilmar Rinaldi, dos laterais Nelsinho e Zé Teodoro, do volantão Bernardo e do atacante Careca. Todos eles, ao lado de Pita, venceram em Campinas o segundo título nacional do São Paulo.
Mas voltando ao Pita, Cilinho falava que ele era o último romântico do futebol. Encontrei o Cilinho aqui onde moro e ele me falou que daquele time dos menudos, tinha também muito respeito pelo Silas.
Um dos gols mais bonitos marcados por Pita foi em jogo contra o Palmeiras, em 85, no empate por 4 a 4, no Pacaembu. O meia fez uma fila de palmeirenses, entre eles os volantes Paulinho e Rocha, driblou o goleiro Emerson Leão e empurrou para as redes. Minha gente, neste jogo foi um entra-e-sai do estádio, todos os torcedores, dos dois lados, pensaram em algum momento que a vaca tinha ido para o brejo.
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O Futebol e as HQs

Preste atenção em qualquer jogo entre Palmeiras e Cruzeiro. Duas torcidas organizadas estarão sempre lá, ostentando suas bandeiras. A Mancha Verde do lado dos paulistas, e a Mancha Azul pelos mineiros. Em comum, o fato de que seus símbolos são nada mais, nada menos que o Mancha Negra, famoso vilão dos quadrinhos Disney..
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Mas no futebol as referências a HQs não se restringem ao Mancha, modificado pela cor do time de cada torcida. É fácil ver também o Hulk, o Duende Verde e até o Lobo da DC Comics estampados nas bandeiras das torcidas.

O que dizer, então, da folclórica e recentemente extinta “geral” do Maracanã, na qual se encontram, comumente, torcedores fantasiados de Flash, Super-Homem, Batman e Robin em tudo quanto é Fla-Flu?

Curioso foi o que aconteceu com o Lanterna Verde, que em 2002 esteve na boca até de quem não curtia quadrinhos. Graças ao Palmeiras, que no Brasileirão daquele ano amargou sua pior campanha em certames nacionais (caiu para a segunda divisão), e por causa da cor de sua camisa e por ficar nas últimas colocações do certame… bem, a piada estava feita.

Mas na campanha que reconduziu o alviverde à divisão de elite, os torcedores adotaram um novo símbolo: o “verdão” Hulk. Havia até um ator que se “transformava” no personagem a cada partida.
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Também em São Paulo, por muito tempo a torcida corintiana estendeu nos estádios uma faixa com o desenho Batimão, tendo o defensor de Gotham City com a camisa do clube, numa criativa junção do nome do herói com o apelido do clube.

A relação entre futebol e quadrinhos é mais velha do que se pensa. Já na década de 40, o argentino Lorenzo Mollas criou várias mascotes para os times cariocas. Nessa brincadeira, o Pato Donald passou a representar o Botafogo. Mas, antes disso, o marinheiro Popeye já posava como símbolo do Flamengo. Somente em 1969 o cartunista Henfil criou o urubu para o clube rubro-negro.

Em meados dos anos 80, pelas mãos de Ziraldo, popularizaram-se várias outras mascotes, com destaque para o Super-Homem do Bahia (por muito tempo chamado de “Tricolor de Aço”) e o Saci Pererê do Internacional.

Na Paraíba, o cartunista Deodato Borges (pai de Mike Deodato, um dos melhores desenhistas brasileiros da Marvel), bolou para o Treze de Campina Grande uma majestosa raposa. E o Botafogo da capital João Pessoa tem como representante o Guarda Belo, da Hanna-Barbera, embora ultimamente a torcida prefira o cão pitbull. Já o Esporte de Patos, do interior estado, também usa a figura do Pato Donald.

Também da Disney, o índio Havita e o papagaio Zé Carioca já foram usados como símbolos, respectivamente, do Guarani de Campinas e do Palmeiras, embora não sejam mais bem aceitos pelos torcedores (os palmeirenses até adotaram o porco, há alguns anos, como a mascote “oficial”).

Mas o interessante foi ver toda a turma de Patópolis entrando no clima e vestida com uniformes de seleções de vários países. Isso aconteceu em 2002, no álbum de figurinhas Copa do Mundo Disney. O livro ilustrado foi uma grata surpresa da Editora Abril, que há muito deixara de lançar cromos de personagens Disney, muito comuns nas décadas de 1970 e 1980.

Para relembrar uma Seleção Brasileira que deixou saudades, vale voltar aos meses que antecederam a Copa do Mundo da Espanha, em 1982, quando era exibida na TV uma propaganda da Gillette que marcou época. Era um desenho animado cujo personagem, Pacheco, um sujeito bonachão que representava toda nossa torcida, virou símbolo do País na competição. Ele também aparecia nos gibis, na forma de publicidade em quadrinhos.

No ano passado, no México, os jogadores do Rayados de Monterrey adotaram uma mascote do Hulk, de pouco mais de um metro de altura, que inclusive senta no banco de reservas em todos os jogos.

Futebol nas HQs brasileiras

O Brasil, como país do futebol, tem vários outros exemplos dessa bem-sucedida união entre dois dos melhores entretenimentos que existem. Já em 1932, os moleques Reco-Reco, Bolão e Azeitona, criações de Luis Sá, apareciam batendo uma bolinha.

A Turma do Pererê, criação de Ziraldo, gostava tanto de futebol que chegou a organizar um torneio na mata. E um inesquecível registro dessa paixão aconteceu em 1962, meses antes de o Brasil conquistar o bicampeonato mundial no Chile. Era uma história que mostrava um dos membros da turma desfilando seu talento nos gramados, e sendo convocado para a seleção que disputaria a Copa naquele ano. Tudo isso pôde ser visto no primeiro volume da coleção Todo Pererê, que a Editora Salamandra lançou em 2002 e cujo terceiro número saiu em agosto de 2004.
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Em 1978, o gibi Sítio do Picapau Amarelo # 13 (RGE) mostrou outro personagem convocado para a Copa. Tia Nastácia foi convidada a fazer parte da delegação do Brasil, para preparar deliciosos quitutes para os jogadores.

Nossa seleção, aliás, tem um grande número de aparições nos quadrinhos, em diferentes épocas, principalmente em lançamentos próximos a alguma Copa do Mundo. Sócrates, Zico, Falcão, Careca, Bebeto, Romário, Taffarel, Ronaldinho e muitos outros (que incluíam os técnicos Cláudio Coutinho, Telê Santana e Lazzaroni) apareceram em gibis do Sítio do Picapau Amarelo, Cebolinha, Zé Carioca e Pelezinho, em 1978, 1982, 1986, 1990 e 1994.

E só mesmo no país pentacampeão do mundo são mais do que comuns as coletâneas especiais sobre o esporte, pinçadas de uma variedade enorme de histórias dos mais diferentes personagens, como os da Disney (em edições de Zé Carioca relacionadas a Copas e no Disney Especial), Turma da Mônica (Pelezinho, também em edições alusivas aos mundiais e na Coleção Um Tema Só: Futebol), entre outros.

Em gibis como Cebolinha, Cascão, Os Trapalhões (tanto na Bloch quanto na Abril) e O Gordo, passando por Menino Maluquinho, Alegria, Turma do Lambe-Lambe e tosqueiras como Sérgio Mallandro, o futebol sempre deu um jeitinho de pintar nas histórias produzidas aqui. Até mesmo Senninha, um piloto de Fórmula 1, participava de peladas com sua turma.

Há outras criações tupiniquins que também amam o futebol, como Maciota, o jogador de várzea criado por Paulo Paiva; a garotinha Mutuca, de Antônio Cedraz (criador da Turma do Xaxado); a tira O Dia a Dia do Futebol, de Bruno Teixeira Lomba; o cão Jarbas, que às vezes veste a camisa da seleção ou se traja de árbitro; e o travesso Cabeça Oca, cuja roupa vermelha e branca é uma homenagem ao Vila Nova, clube para o qual torce o criador do personagem, o goiano Christie Queiroz.

E não se pode esquecer de Futebol e Raça, publicado pela Cedibra, que durou apenas três edições. Com textos de Luiz Antônio Aguiar e desenhos de Mozart Couto, as histórias tinham como protagonista um jogador aposentado.

Mesmo quando algum personagem vinha dos Estados Unidos – país conhecidamente avesso ao futebol -, os autores brasileiros tratavam de fazê-lo apreciar o esporte. Nas histórias da Pantera Cor-de-Rosa, Luluzinha, Bolinha ou algumas da Hanna-Barbera produzidas aqui, era possível encontrar pelo menos a tradicional bola de gomos pretos e brancos compondo cenários de lojas de brinquedos ou quartos de criança. Coisa que não se via nas aventuras importadas.

Em O grande jogo, história produzida nos estúdios da Editora Abril e publicada na revista Pato Donald # 1252, foram reunidos vários vilões como João Bafo-de-Onça, Dr. Estigma e Irmãos Metralha em torno de uma disputa futebolística num presídio. O melhor ficou para o final, quando todos organizaram uma partida de futebol de botão, uma invenção genuinamente brasileira.

Zé Carioca, por sua vez, joga bola com muita freqüência, desde suas primeiras histórias produzidas no Brasil. Mais ainda depois que surgiu o Vila Xurupita F.C., criado por Ivan Saidenberg na década de 1970. O time punha em campo, além do papagaio, os pernas-de-pau Nestor, Afonsinho, Pedrão e outros “grossos”.
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Praticamente uma versão em quadrinhos do Íbis (time pernambucano que é considerado o pior do mundo), o Vila Xurupita é o maior saco de pancadas da história do futebol. Na única vez em que ganhou um troféu (disputado num jogo só, contra uma equipe formada por gorilas mal-encarados, vencido devido a um gol contra), foi obrigado a vender o prêmio para pagar os aluguéis atrasados da sede do clube.

O time alimenta ainda uma rivalidade ferrenha com o Arranca-Toco. Os jogos entre as duas equipes são o que se pode chamar de (com o perdão do trocadilho) clássico dos quadrinhos.

Como todo brasileiro que se preza, o papagaio malandro é fanático por futebol, e essa paixão foi – e continua sendo – parte marcante do gibi do personagem. Seja em menções a clubes, jogos na calçada ou “furadas de fila” no Maracanã, a revista sempre destacou o esporte bretão.

E numa dessas, foi concebida a melhor saga futebolística do Zé Carioca, a divertida Zé nos States, escrita por Gérson B. Teixeira e desenhada por Aluir Amâncio. O arco completo de histórias foi publicado na edição número 2000 da revista do personagem, e se passava na época da Copa do Mundo 94.

A aventura narrava a ida de Zé Carioca aos Estados Unidos para assistir aos jogos do Brasil. É claro que, para chegar lá sem um tostão no bolso o malandro apronta de tudo para alcançar seu intento. Uma das melhores passagens é o encontro dele com o craque Maradona num navio de passageiros. A rivalidade entre brasileiros e argentinos foi o mote para as mais divertidas confusões. O jogador, claro, sofreu nas mãos do papagaio.

Não mais que um marinheiro argentino, que não resistiu e cantou Aquarela do Brasil junto com o Zé Carioca. Acabou sendo expulso do navio pelos próprios compatriotas, que gritavam “Traidor!” a pelos pulmões.

Para quem não teve a oportunidade de ler essa fantástica saga há dez anos, a Editora Abril a republicou em 2004 no título quinzenal do Zé Carioca.

Mas essa não foi a primeira vez que o papagaio assistiu in-loco aos jogos do Brasil nas Copas. Em muitas ocasiões, ele tanto fazia que acabava integrando a delegação nacional. Como em 1986, na revista Zé Carioca # 1775, em que o malandro até ensina ao técnico Telê Santana um novo posicionamento tático, baseado no famoso “carrossel holandês”: a gangorra tupiniquim.

Antes disso, em 1982, ele foi com Donald e Panchito à Espanha. E em 1998, lá estava o caloteiro na França, no especial Copa 98.

Tantas histórias ligadas ao futebol na revista do papagaio caloteiro provavelmente não se originavam apenas do apelo comercial que o esporte possui, mas também porque a turma da Redação Disney da Editora Abril era adepta de uma pelada semanal nos anos 80.

Os quadrinhistas alugavam uma quadra na sede do Corpo de Bombeiros, em São Paulo, e os jogos rendiam inspiração não só para engraçadíssimas HQs, como para impagáveis charges sobre a Redação, nas quais um dos alvos preferidos era o rechonchudo arte-finalista Acácio Ramos.

Até hoje o argumentista Gérson B. Teixeira (atualmente trabalhando nos Estúdios Mauricio de Sousa) guarda esses desenhos, uma recordação dos bons tempos da produção nacional de quadrinhos Disney.

Falando em charges, grandes nomes da área não perdem a oportunidade de brincar um pouco com o futebol. Laerte, Glauco, Luís Fernando Veríssimo e muitos outros têm em seu portfólio diversos trabalhos sobre o tema.

E aqui mesmo no UHQ o leitor pode se deliciar com divertidas charges que colocam famosos personagens dos quadrinhos (Demolidor, Thor, Wolverine, etc.) no mundo da bola, destacando-se as que antecederam a Copa de 2002.

Com relação a outro sucesso e orgulho nacional, a Turma da Mônica, seus gibis talvez são uma das poucas HQs nas quais os personagens torcem por um time de verdade. Não se trata de uma história isolada em que alguém revelou seu clube do coração. É algo já consolidado em diversas aventuras. Efetivamente, o Cascão é fanático pelo Corinthians, o Cebolinha torce pelo Palmeiras, o Anjinho é santista (nada mais lógico!) e por aí vai.

Há dois anos, Mauricio de Sousa anunciou que transformaria o jogador Ronaldo (sim, ele mesmo, o Fenômeno) em mais um de seus personagens. Foi até divulgado um desenho do craque ao lado de Mônica e Cascão. Até hoje, nada de concreto aconteceu.

Marcelinho Carioca, o polêmico ex-atacante do Corinthians, por pouco também não virou personagem de quadrinhos. Em 2001 ele lançou o Pé de Anjo, que só não foi para os gibis (ou para qualquer outro lugar) porque, na época, o jogador estava em crise com os torcedores.

Outro que não emplacou e acabou cedo foi o título Coringuinhas. Lançado em 2003, numa parceria entre o Corinthians e a Publishouse, o gibi tinha como atração os jogadores mirins da escolinha do clube paulista, entre eles o craque Alvinho. A equipe criativa contava com Caco Machado (roteiros), George Tutumi (desenhos), Roberto Souza (arte-final) e o saudoso Hermes Tadeu (cores). Em 1998, a Editora Abril lançou o especial de luxo Linha de ataque: Futebol Arte. Com textos dos comentaristas esportivos Armando Nogueira, José Trajano, Marcelo Fromer (que também era guitarrista da banda Titãs e faleceu há poucos anos) e Casagrande, mais os desenhos de Marcelo Campos, Octavio Cariello, Rogério Vilela e Roger Cruz, foi um dos exemplos mais significativos da junção do futebol com a nona arte. Mas não foi nenhuma obra-prima do gênero, é preciso dizer.

Outra produção recente sobre o tema foi lançada em 2002. Trata-se de Dez na área, um na banheira e ninguém no gol. O álbum, publicado pela Via Lettera, apresentou 11 histórias produzidas pelos craques dos quadrinhos Fábio Moon, Gabriel Bá, Allan Sieber, Custódio, Fábio Zimbres, Lélis, Leonardo, Osvaldo Pavanelli, Emílio Damiani, Spacca, Samuel Casal, Maringoni e Caco Galhardo. E ainda teve um prefácio do ex-jogador Tostão.

E em 2004 saiu pela Editora Bom texto, o espetacular A História do Futebol no Brasil através do Cartum, livro organizado pela dupla Jal e Gual que rende uma homenagem ao mais apaixonante dos esportes e à memória do traço nacional. São 340 ilustrações de várias épocas.

Para os que não puderem adquirir nenhuma dessas edições, e que desejam ler alguma HQ sobre futebol, a opção é acessar o site da Nona Arte, sempre rico em quadrinhos de vários estilos. Lá se encontra disponível para download a excelente Dia de decisão, produzida por Arthur Ferraz, Daniel Brandão e Denilson Albano.

Reforços estrangeiros

Em qualquer lugar do mundo onde haja futebol e se produza HQs, pode-se testemunhar a união de ambos. Do Chile, com o Condorito (às vezes ele aparecia de chuteiras e com uma bola na mão, vindo de alguma pelada), à Argentina, com o jogador Dico (o personagem, criado em 1971 pelo desenhista José Luis Salinas, era artilheiro do Estrela F.C. e participava de aventuras policiais fora de campo).
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Ambos foram publicados no Brasil em revistas próprias, pela RGE, respectivamente nos anos 80 e 70. O condor chileno ainda voltou às bancas brasileiras em curta temporada, no começo da década de 1990, pela Editora Maltese.

Até o frio e “burocrático” futebol da Alemanha tem representantes nos quadrinhos. Kick Wilstra, criado por Henk Sprenger, era um jogador que enfrentava bandidos nas horas vagas. O personagem fez muito sucesso entre os alemães, na década de 1950.

E não só aqui os personagens Disney demonstram paixão pelo futebol. Em países como Dinamarca, França e Itália, também chegados numa pelota, é muito comum encontrar histórias do gênero.

Uma das mais memoráveis foi feita pelos italianos e publicada no Brasil em 1986. Nela, Mickey e Pateta tentam voltar no tempo, mais precisamente para 1970, para tirar fotografias exclusivas da final da Copa do Mundo entre Brasil e Itália. Tudo dá errado e eles acabam indo para o futuro, exatamente no dia e local da disputa da Copa 86. Enquanto o jogo se desenrola, são mostradas apenas as expressões dos personagens, que ficam sabendo, antecipadamente, quem venceu o campeonato.

A capa de Peninha # 1, lançamento da Abril em agosto de 2004, é outra prova do quanto os italianos gostam do esporte. O desenho foi feito na Disney Itália, e mostra o pato atrapalhado ao lado de Huguinho, Zezinho e Luisinho num campo de futebol alagado.

Curiosa foi a história O som da arena, feita nos Estados Unidos e protagonizada por Cable, um dos muitos mutantes da Marvel Comics. Publicada aqui na Wizard # 12 (Panini Comics, setembro de 2004), mostrou, em algumas páginas, aquilo que todo mundo lá fora já sabe: brasileiro é apaixonado por futebol. As cenas apresentavam o herói no Rio de Janeiro observando um garoto mutante batendo uma pelada na praia com seus amigos e usando superpoderes para cabecear uma bola que vinha muito alta.

Os chamados quadrinhos autorais também prestaram sua homenagem ao futebol. Vários cartuns do argentino Mordillo (cultuado na Europa e pouco conhecido aqui), e Os Campeões (lançado no Brasil pela Meribérica/Líber), obra do turco Gürcan Gürsel, são dois excelentes exemplos. Donos de traços diferentes entre si, têm em comum a paixão pelo esporte das massas e um humor inteligente que se traduz na forma como produzem seus álbuns: gags puras, sem nenhum balão ou recordatório, no máximo uma onomatopéia aqui e ali.

O também argentino Sergio Más lançou, em 1998, o livro de cartuns Futbol de Más, com a participação de alguns cartunistas brasileiros.

E um futebol futurista, com jogos violentos em verdadeiras batalhas campais, foi mostrado, em 1987, na obra Hors Jeu, de Enki Bilal e Patrick Cauvin.

Ainda há O mini-guia do futebol, HQ dos franceses Bruno Madaule e Gaston. Publicado recentemente em vários países da Europa, o álbum bem que poderia circular pelo Brasil, já que Portugal verteu a obra para nossa língua.

De nossa pátria-mãe vem Pantera Negra Eusébio, homenagem em HQ ao maior jogador português da história do futebol, o atacante Eusébio, artilheiro da Copa da Inglaterra, em 1966. O álbum foi lançado em 1990 pela Meribérica, com desenhos de Eugénio Silva.

Até na terra do Sol nascente, sem nenhuma tradição futebolística (mas que vem se interessando pela coisa há alguns anos – Zico que o diga!), vez ou outra se produz alguma HQ com o tema.

Em 1982, surgiu o mangá Captain Tsubasa (criado por Yoichi Takahashi), com as aventuras do jovem Oliver Tsubasa, que sonhava em ser campeão de juniores pelo Japão. O primeiro tomo da série foi até 1989.

No ano de 1994 veio o segundo tomo, no qual o personagem jogava no São Paulo. Isso se justificava pelo fato de o clube ter ganhado duas decisões da Copa Intercontinental Toyota, em Tóquio, em 1992 e 1993 e gozar de muito prestígio por lá. Nas histórias ainda apareciam outros times brasileiros, como Flamengo e Grêmio. Recentemente, Tsubasa se transferiu para o Barcelona.

Por aqui, o personagem só deu as caras em animê. O mangá ainda é publicado no Japão, numa nova série, com a impressionante tiragem semanal de 1,5 milhão de exemplares.

O mais recente trabalho de Yoichi Takahashi também é sobre futebol: Syukan Shonen Champion, também inédito no Brasil.

O Rei em quadrinhos

Pelé, o maior expoente do futebol em toda a História e talvez a personalidade mais conhecida do planeta, já honrou as HQs com sua presença. Além de contracenar com o Zé Carioca, o Rei ainda apareceu na capa do especial Super-Homem versus Muhammad Ali, publicado no Brasil nos anos 70, pela Ebal. Na ilustração, ele assiste à luta ao lado de outras figuras famosas da política e das artes.

Assim como se formaram mitos em torno das façanhas de Pelé nos gramados, também existe uma lenda sobre ele nos quadrinhos. Lee Falk, criador do Fantasma, afirmou numa entrevista ao Jornal da Tarde (de São Paulo), em 1996, que o rei do futebol ajudou o Espírito-que-Anda numa aventura produzida no Brasil.

O fato é que não se sabe que editora realizou tal façanha: RGE/Globo, Saber ou Ebal, que publicaram o herói em diferentes épocas em nosso país. Infelizmente, não se encontra registro dessa história, mas se o próprio Lee Falk disse que ela existe…

No final da década de 1970, Pelé ganhou participação mais que efetiva nos quadrinhos, quando Mauricio de Sousa criou Pelezinho. Estreando em tiras de jornal e depois ganhando seu próprio gibi na Editora Abril, o personagem fez muito sucesso não só no Brasil, mas em outros países da América do Sul.
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Os coadjuvantes de Pelezinho eram todos baseados em amigos de infância do Rei. Um dos mais divertidos da turma era o (arremedo de) goleiro Frangão. Até Dondinho, o pai de Pelé, aparecia nas histórias.

A revista mensal do pequeno craque durou até 1982, e por mais quatro anos foram lançados almanaques periódicos com republicações, incluindo os especiais da Copa do Mundo de 82 e de 86 (em duas edições).

Quando os Estúdios Mauricio de Sousa foram para a Editora Globo, o personagem ganhou um almanaque em 1988, além do especial Copa 90 (que apresentava histórias inéditas, e numa delas havia até um encontro entre Pelé e Pelezinho) e um álbum em comemoração aos 50 anos do rei do futebol.

Em 1990, Mauricio de Sousa cogitou a volta do personagem com um visual bem diferente, agora um pré-adolescente. Anos depois, em 2002, essa nova imagem foi apresentada em propagandas nas revistas da Turma da Mônica e em sites pela internet. Mas a idéia não seguiu adiante.

Restou só a saudade do maior craque que os quadrinhos já revelaram para o futebol – ou seria o contrário?

Supercraques

Em 1995, o então diretor de redação da revista Placar, Marcelo Duarte, teve a idéia de revitalizar as mascotes dos clubes de futebol, as quais achava ultrapassadas. Pensou em algo que significasse o poder e a força que os times representam.

A Era Image, na qual supertipos anabolizados e anatomicamente inverossímeis eram a bola da vez, estava no auge. Assim, sob encomenda do jornalista, a equipe do estúdio Art & Comics seguiu a tendência e transformou as velhas e passivas mascotes nos Super-Heróis da Bola: Mega Timão (Corinthians), Power Urubu (Flamengo), Lança-Chamas (Botafogo), Cyberpork (Palmeiras), Galo Vingador (Atlético-MG), Fox (Cruzeiro) e outros formavam o mais novo esquadrão de paladinos da justiça.

A Editora Abril pretendia popularizá-los até que pudessem ganhar uma revista própria. Durante vários números da Placar, eles foram tema de matérias, capa de edição e chegaram a ganhar um superpôster e uma história curta. Mas a iniciativa não surtiu efeito, as vendas não demonstraram que o público ficara animado com a inovação e o projeto foi engavetado.

De qualquer forma, foi um divertido exercício de imaginação que entrou para a história da mais longeva revista de esportes do País.

Também em 1995, inspirado nas “supermascotes”, este articulista fez uma montagem que consistia no Ciclope (líder dos X-Men), vestindo a camisa do Flamengo e segurando a cabeça do ex-jogador Renato Gaúcho, o então algoz do time rubro-negro (autor do gol que tirou o título carioca do rubro-negro naquele ano). Batizada de X-Mengo, a imagem foi publicada na Placar especial de 100 anos do time carioca.

Mas os quadrinhos continuaram fazendo parte da revista. Tiras de humor e charges são seções fixas na Placar há muitos anos. A hilária coluna Lendas da Bola, de Milton Trajano, é um belo exemplo disso.

Diante de tudo que se viu, não resta dúvida: nos quadrinhos o futebol também é alegre, faz sorrir e chorar, produz tabelas perfeitas e até as goleadas surgem com mais freqüência.

O único problema é que não é possível xingar o juiz. Mas isso parece não fazer falta, pois os leitores já têm seu próprio saco de impropérios: o editor.

Fonte: www.universohq.com/quadrinhos- Marcus Ramone é flamenguista roxo. Talvez por isso também seja torcedor fanático do Vila Xurupita nos quadrinhos.
Obs: meu gibi favorito era o Fantasma. Imaginem só, Pelé ajudou o espírito-que-anda numa aventura. Só o negão mesmo.
Gilberto

O surgimento do apelido TIMÃO do Corinthians

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Em pé: Jair Marinho, Dino Sani, Galhardo, Ditão, Édson e Heitor. Agachados: Garrincha, Nair, Flávio, Tales e Gílson Porto.
Meus amigos, neste dia eu estava no Pacaembu, seria o quarto jogo do Mané Garrincha com a camisa do Corinthians. Nas estréia contra o Vasco não pude ir porque não tinha o dinheiro para o ingresso. Ainda bem, foram 3 x 0 para o Vasco, numa quarta-feira à noite.
No ano de 1966 chegaram em poucos dias o zagueiro Ditão e o volante Nair da Portuguesa de Desportos e o fenomenal Garrincha do Botafogo. Neste ano foi sacramentado o apelido de TIMÂO criado pela imprensa paulistana. A equipe não deu muito certo, mas o apelido ficou até hoje. Desde 1964, tímidos comentários davam manchetes do tipo, ” Timão corintiano venceu na Fazendinha” etc.
Voltando ao jogo da foto, o Corinthians ganhou do São Paulo por 2 x 0, gols de Garrincha aos 34 do 1° tempo e Tales aos 33 do 2° tempo.
O gol de Garrincha : Ele desceu pela direita, e dentro da área na linha de fundo, driblou o lateral do São Paulo, acho que era o Tenente, e chutou de três dedos enganando o goleiro do São Paulo que saia para tentar interceptar o hipotético cruzamento. Pedro Luis narrou o gol como sendo do tipo Copa do Mundo, dando este nome a beleza do gol. Depois o Mané iria para a seleção nos preparativos da Copa de 66 e foi talvez o único grande jogo dele com a camisa do Corinthians.
Gilberto Maluf
ET: desde aqueles tempos já tínhamos jogadores médios rotulados como salvadores da pátria. Ditão e Nair jamais poderiam ser os salvadores do time. Apenas compunham o elenco. Nada além.