Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

História de algumas fotos de Domício Pinheiro

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A foto é de DOMÍCIO PINHEIRO, um dos maiores que o país já teve.

Djalma Santos, Djalma Dias e Procópio, com a camisa do Palmeiras, no Parque Antarctica, em 1965, tempos da maravilhosa Academia.
Os três como se estivessem fazendo uma coreografia, cabeça, tronco e membros num mesmo movimento.
Para o que olhavam? Para a bola é que não era. Teria o árbitro apitado alguma coisa?
Conversando com Djalma Santos, na ESPN, lembrei-me dessa foto maravilhosa e faço, agora, questão de compartilhá-la.

Retirado do Blog do Juca Kfouri

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Famosa imagem de Pelé feita décadas atrás pelo fotógrafo Domício Pinheiro, falecido há alguns anos. Em uma noite de jogo, Domício fez com que a bola e o uniforme branco do Santos contrastassem com a escuridão do ambiente, o número 10 preto da camisa e a pele negra do jogador. É uma obra de arte – e uma das fotos mais conhecidas de Pelé.

Blog Pandini

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No Brasil, a foto mais famosa de perna quebrada é do lendário Domício Pinheiro, fotógrafo do Estadão.
Essa foto de Domício Pinheiro ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo de 1975 e rodou o mundo inteiro.
Em São José do Rio Preto (SP), o América local vencia o São Paulo F. C. por 1 a 0. Mirandinha, procurando empatar o jogo, foi na bola disputada com Baldini e fraturou a perna. O atacante passou à época por sete cirurgias e só voltou a jogar dois anos depois.

Domício Pinheiro firmou-se como fotógrafo esportivo e, apaixonado pelo futebol, era conhecido como o fotógrafo de Pelé por ter registrado magistralmente a carreira do jogador. Suas fotos buscam com precisão o instante memorável, onde se concentra ao máximo de significado, e constituiram uma referência importante para toda uma geração de fotojornalistas.

Nenhuma fotografia exibiu com tanta dramaticidade a tragédia da perna quebrada como o flagrante do centroavante Mirandinha, do São Paulo, que fraturou a tíbia e o perônio diante das lentes de Domício Pinheiro.

Rivalidade de torcedor – Fato corriqueiro

No Metrô de São Paulo sempre tivemos fatos pitorescos protagonizados por nós, torcedores, no dia seguinte aos jogos.

Entre 1992 e 1993 estava insuportável aguentar a torcida do São Paulo, e, para piorar, tentariam o tricampeonato da Libertadores na partida final contra o Velez Sarsfield.
Em 1993 fui tentar ser diplomático e dar os parabéns no bicampeonato a um são paulino, o Amaury e fui obrigado a escutar poucas e boas, que eu tinha mais é que me ferrar por ser corintiano, etc and etc.
Mas a vingança veio contra o Velez, quando Palhinha perdeu o pênalti e o Velez foi campeão. As rádios foram entrevistar o goleiro Chilavert e ouvi ele aos berros falar: pase-me la copa, hijos de p_ _ a.
Como o Amaury foi ao jogo e chegou ás 2h50min da matina em casa e logo ás 06h teve que acordar para trabalhar, chegou ao serviço destruído.
E eu fui implacável e joguei a pá de cal em cima dele. Sabem como? Entrava de 30 em 30 minutos na sala e imitava Chilavert: Pase-me la copa, hijos de p _ _ a.

Mas futebol sempre tem vingança e……..quando Marcelinho Carioca perdeu o pênalti na semi-final da Libertadores contra o Palmeiras, esqueci-me de desligar o telefone e acabrunhado liguei o rádio somente para ouvir músicas até a hora do sono chegar. Passava já da meia-noite.
Um são-paulino, o Amaury, ligou para minha casa quase à 01h da manhã. Quem atendeu foi meu filho e como não tinha jeito de dar desculpas do tipo , está dormindo, ele não está , me chamou e tive que escutar o indefectível…..chuuuupáááá.
Doeu!

Estes fatos seguem de exemplos para narrar o que ocorreu hoje por e-mail entre eu e o Amaury. Como não se tem sossego, a gente sempre tem que devolver na oportunidade que se apresenta. Quando o Corinthians caiu para a segunda divisão, recebi uns 80 e-mails. Tive que aceitar na boa.
Então, hoje saiu um e-mail na coluna Voz da Arquibancada do site da Gazeta Esportiva, de um palmeirense , espinafrando os são-paulinos e mandei para o Amaury. Aí vai:

Bambis, não adianta contestar a história.

História de várias falências, vários pedidos de peniquinho para os rivais, e de duas filas nas costas, dois jejuns: de 1931 a 1943 e de 1957 a 1970; 25 anos sem ganhar nada nem o Paulistinha como vocês mesmos dizem. Em doze decisões de título, entre Brasileiro, Paulista, Rio-SP, e até Supercopa de Juniores, envolvendo Palmeiras e São Bâmbi, o Palmeiras venceu 10 (1933/33, 42, 44, 47, 50, 65, 72/73 e 95); São Bâmbi (71 e 92). Nos anos de 1940, que vocês falam que eram o tal do Rolo Compressor, vocês perderam todas as decisões disputadas com o Palmeiras.

Todas! Duas delas, bem famosas a de 1942, que vocês correram de campo para não serem goleados, e a de 1950, o célebre Jogo da Lama. Vocês nunca foram tricampeões paulistas naquela época, porque o Palmeiras nunca deixou. Vocês nunca venceram os Brasileiros dos anos de 1960. Nem Copa do Brasil. Nem Rio-São Paulo. Nem a Fita Azul da CBF vocês têm. Vocês nunca vestiram a camisa da Seleção. Vocês nunca colocaram meia dúzia de jogadores de uma só vez na Seleção. Vocês nunca foram campeões invictos de nada. Vocês nunca montaram um ataque que fizesse mais de 100 gols num único campeonato.

Não são titulozinhos de um joguinho só, e que vocês passam o tempo todo na retranca, tipo juventinhus da rua Javari, só ganhando na bola parada ou no gol sem querer, né seu Müller, que vão fazer de vocês o clube mais glorioso do País. Outra coisa: vocês já ganharam algum título no Palestra Itália? Nunca! Eu já cansei de comemorar títulos em vossa casa e em cima de vocês ? nesse estádio aí, que a minha Torcida ajudou a construir, isso mesmo, demos esmolas a vocês muitas vezes, e o mantivemos com nossas rendas ?, sem contar as várias eliminações de Brasileiros e Paulistas, e os shows de nossos craques, como Ademir da Guia, Jorge Mendonça, Evair, César Sampaio e Alex10, o Chapeleiro de Bâmbis, entre outros. Agora, façam o que vocês mais gostam de fazer: Chupem!

Giacomo Leone

Então, mandei o e-mail com a seguinte provocação:
Amaury, ele deve ser da Mooca, no mesmo bairro onde sua família se estabeleceu .
Quando morava lá você tinha que respeitar os palestrinos.
Ou não?

E a resposta do Amaury foi:
Você sabe que não!
Eu já contei pra você, mas vale a pena bisar, para os demais conhecerem.

Eu morei 30 anos na Moóca, reduto de italianos e palmeirenses.
Eles eram nojentos!
Tinha, por exemplo, Seu José e Da. Maria, 2 casas pra baixo da minha.
Em 1977, no dia da final do Brasileiro, contra o timaço do Atlético Mineiro, depois do almoço, eu e meu pai encontramos com o Seu José, que disse:

– Hoje vcs. vão levar uma surra daquelas lá no Mineirão, hein?
Eu e meu pai demos uma de humildes, concordamos que o Galo era mais time, etc.
Quando acabou o jogo e fomos campeões brasileiros pela primeira vez, eu e meu pai abraçados pulávamos e gritávamos sonoros “chupa!” por cima do muro que dava para o quintal deles!

Eles tinham um filho, o Carlinhos, casado, pai de um casal de filhos, que gostava de ir para o bar do Valter, na rua de baixo, onde puxava assunto de futebol e sempre terminava ofendendo algum torcedor de outro time pra sair na porrada.

E o meu episódio preferido: na semifinal do Paulista de 1978, jogamos com o porco, e o empate era deles.
Eu estava ouvindo pelo rádio, sentado num banco de pedra que ficava na porta do Otávio, palmeirense que morava na casa abaixo da minha.
No último minuto da prorrogação, 0 x 0, o porcão estava aos berros comemorando na sala da casa dele, cuja janela dava para a rua, e consequentemente para onde eu estava sentado, puto da vida.

Aí o Getúlio, Gêgê da cara grande, desceu pela lateral direita, cruzou pra área.
O Serginho Chulapa cabeceou, a bola viajou e……entrou no ângulo!
Não deu nem tempo pra raciocinar: levantei e dei um sonoró chute no portão de ferro da casa do Otávio e gritei:

-Chuuuuuuuuuuuuuuuupaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaá!!!!

Esse era o respeito que eu tinha pelos palestrinos da Rua Serra de Jairé, na Moóca da minha infância, adolescência e juventude!

Mostrei exemplos do pessoal que convivi. Alguns com mais picardia, outros mais popularescos, etc.
Gilberto Maluf

REGRAS DO FUTEBOL DE RUA

1. A BOLA
A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.

2. O GOL
O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.

3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos clássicos, o quarteirão inteiro.

4. DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira 3 e acaba 6, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

5. FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 20 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

6. O JUIZ
Não tem juiz.

7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:

a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é Gol.

8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições no caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição ou em caso de atropelamento.

9. AS PENALIDADES
A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.

10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalecem os mais fortes e quem pegar uma pedra antes.
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(autor não identificado)

Havia uma brincadeira que nenhum de nós prescindia, o jogo da bola.

A bola era em princípio feita com uma meia cheia de trapos, e quando aparecia uma bola de borracha fazia a delícia de todos nós. As balizas eram feitas com pedras. As regras eram feitas por nós. E os jogos quase sempre mudavam aos cinco e acabam aos dez, o que muitas vezes levava a lutas renhidas para a conclusão do jogo. Normalmente os mais pequenos, como era o meu caso, tinham de ir para a baliza. Como éramos quase todos pobres, andávamos descalços pelo que regra geral os que tinham sapatos ou botas tinham que as descalçar para poder jogar. Não eram poucas as vezes que chegávamos em casa com os dedos todos esfolados. Quero com isso dizer que não havia interferência de adultos senão muitas vezes à assistir às nossas grandes contendas, incentivando e comentando, entre eles que um ou outro de nós seríamos mais tarde jogadores para o Clube da terra.

Não havia a presunção sequer de se falar em jogar em clube algum . Não tínhamos kits caros de equipamentos com , mas não deixávamos de durante os nossos jogos de identificar-nos com elementos de cada equipe. Este é, em meu entender, o verdadeiro futebol de jovens. Não havia obesidade, porque muitos de nós também não tínhamos muito que comer, mas passávamos grande parte do tempo na rua r e não como agora os jovens passam o tempo agarrados a computadores e outras tecnologias .

Conclusões:

– O fato de jogarmos em espaços com irregularidades, como pedras, buracos, desenvolvia, em nós, uma maior capacidade técnica, pois não bastava ultrapassar os adversários , mas tínhamos sempre de contar com aquele ressalto inesperado que aparecia.

– O jogar com bolas de diferentes tamanhos, pesos e materiais, permitia-nos desenvolver uma maior sensibilidade no pé, associado ao fato de jogarmos descalços. De fato a relação pé e bola era a mais natural possível, pois não era mediada por chuteiras ou meias.

– A ausência de adultos, de sistemas táticos rígidos, permitia-nos desenvolver a criatividade, dar espaço ao “detalhe” individual, ao virtuosismo particular que cada um possuía. Dava-nos, ainda, a possibilidade de nós a organizarmos o espaço de jogo, a introduzirmos a regras em função do espaço disponível, e no fundo desempenhavamos ao mesmo tempo a dupla função de Atletas – treinadores.

– Para finalizar, este artigo não pretende ser uma crítica à criação de escolas de futebol, pois estas se bem orientadas, poderão ter um excelente papel no desenvolvimento de atletas. Pretende-se, apenas, alertar para os grandes benefícios que a prática do Futebol de Rua, pode trazer a todas aquelas que ocupam os seus tempos de lazer, correndo atrás de uma bola, pelo simples prazer de jogar.
Texto de António da Costa Pinheiro – Treinador de Futebol Nível II Pró UEFA.

Impressionante como veio à lembrança o fato que nós nos adaptávamos ao terreno irregular. Tínhamos que entender como seria o pique da bola.
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Fluminense, o grande precursor

Eu vou contar uma história
De um grande clube brasileiro.
O Pó de Arroz, tricolor carioca
Que no Brasil, foi o primeiro.
Com muita garra e coragem,
O Fluminense, plantou a semente
Do esporte Olímpico Brasileiro
Que o tricolor, trouxe p’ra gente

O sonho, demorou mais chegou.
Foram quase cem anos de luta
Em mil novecentos e vinte e dois
Ele patrocinou essa grande disputa,
Os jogos Olímpicos Latino-Americanos
Dos cem anos do Brasil Independente.
Um feito até os dias de hoje, lembrado.
Um legado, para o mundo, para a gente.

Em mil novecentos e quarenta e nove.
Foi a sede das Laranjeiras, que abrigou
Os primeiros anos da Seleção Brasileira
Seu nome, a história de glorias, marcou
No nosso futebol e no esporte amador.
O nome FLUMINENSE, sempre aparece.
Desde a Taça Olímpica de quarenta e nove.
Até hoje, o torcedor brasileiro, agradece.

Em dois mil e oito a grande emoção
Na final da Libertadores da América
Nos estádios do Brasil, jamais se viu.
Uma festa para o Futebol, como esta.
São vinte e quatro anos sem perder
Nas competições da COMMEBOL
Um marco histórico do fluminense.
Que enche de orgulho o nosso futebol

É esta historia tão cheia de beleza
Que hoje, este poeta, lhes narrou.
Das olimpíadas, do Rio de Janeiro
Foi o Fluminense, o grande precursor.
Que hoje, para dois mil e dezesseis
O Rio de Janeiro e o Brasil, ganhou
Hoje, homenageio os cem anos de luta
Que o Fluminense carioca, conquistou.

http://www.campeoesdofutebol.com.br/poesia_fluminense_olimpiadas_2016.html
Poeta Cypriano Maribondo
Alexandre Magno Barreto Berwanger

Lembranças do futebol

Quando crack era outra coisa
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Ingresso da estréia de Tostão no Vasco
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No dia 15 de abril de 1972, o craque que participou do tri campeonato mundial no México, chegava ao Aeroporto do Galeão e encontrava mais de dez mil torcedores que fizeram uma grande festa para receber seu novo jogador. A estréia de Tostão com a camisa do Vasco aconteceu no dia 7 de maio contra o Flamengo pelo campeonato carioca.

Qual o hino do Flamengo?
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O Flamengo possui dois hinos, um oficial, criado em 1920 por um ex-goleiro do clube, Paulo Magalhães, e um popular criado por Lamartine Babo, gravado pela primeira vez em 1945, sendo o mais conhecido

HINO OFICIAL
Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar
Flamengo, Flamengo
Campeão de terra e mar
Saudemos todos com muito ardor
O pavilhão do nosso amor
Preto encarnado, idolatrado,
De mil campões o vencedor
Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar
Flamengo, Flamengo
Campeão de terra e mar
Lutemos sempre com valor infindo
Ardentemente com denodo e fé
Que o seu futuro ainda será mais lindo
Que o seu presente tão lindo é
Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar
Flamengo, Flamengo
Campeão de terra e mar

HINO POPULAR
Uma vez Flamengo.
Sempre Flamengo
Flamengo sempre, eu hei de ser
É meu maior prazer vê-lo brilhar
Seja na terra, seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo, Flamengo até, morrer
Na regata ele me mata,
Me maltrata, me arrebata
Que emoção no coração
Consagrado no gramado
Sempre amado, o mais cotado
Nos Fla-Flus é o ‘ai, Jesus’!
Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse o Flamengo no mundoEle vibra, ele é fibra
Muita libra, já pesou
Flamengo até morrer eu sou.

ALVINEGRO DA VILA OU LEÃO DO MAR?
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Se você perguntar para qualquer torcedor de futebol, qual o hino do Santos, ele com certeza responderá: “Santos, Santos, Goooool. Agora quem dá a bola é o Santos…” ou seja, Leão do Mar. Mas quando essa pergunta é feita para um santista (não todos), ele com certeza cantará para você: “Sou alvinegro da Vila Belmiro, o Santos vive no meu coração…”.Texto extraído de naforquilha.com
A música que conhecemos como Leão do Mar, foi composta muito antes do hino oficial, por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho, em 1955 quando o Santos quebrou um jejum de 20 anos sem títulos (venceu o Campeonato Paulista) e foi quando essa marcha da vitória, como foi chamada na época, foi cantada pela primeira vez.
Já o hino foi composto apenas dois anos depois, em 1957, por Carlos Henrique Paganeto Roma (ex-conselheiro do clube). Antes disso, a marchinha Leão do Mar, serviu como “hino” e por isso é mais conhecida que o hino oficial.
Porém, o hino do Santos nunca foi oficialmente reconhecido, até que em 1996, o conselheiro Júlio Teixeira Nunes propôs que a música de Carlos Henrique Paganeto Roma, fosse adotada como o verdadeiro hino Santos Futebol Clube.

Alvinegro da Vila Belmiro
Composição: Carlos Henrique Roma

Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção

Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter

No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor

Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor.

TABAJARAS?
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Conforme Globoesporte.com, em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais, um clube ficou famoso na última década. Mais pelo nome do que pelos títulos. O Esporte Clube Tabajaras ganhou fama e visibilidade na região ao ter a imagem ligada automaticamente ao “Tabajara Futebol Clube”, time fictício criado pelo “Casseta & Planeta” e considerado o pior do mundo!

Fundado em 11/11/1945, o Tabajaras era considerado um clube normal na cidade. Mas passou a ter projeção devido ao grupo humorístico. E junto com ela veio a reviravolta. O clube se reestruturou, adquiriu uma sede própria e conseguiu voltar a disputar a Primeira Divisão do campeonato municipal de Ouro Preto.
O lema do Tabajaras é: ‘Ser derrotado e não se render é uma vitória’

CHAMADA PARA UM JOGO NO ESTÁDIO DA PONTE PRETA
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Antigamente em São Paulo eram colocados cartazes em postes, muros, bancas de jornais, etc, fazendo a propaganda e chamada para um jogo de futebol.
Principalmente nos anos 40 e 50 quando vinham jogar os uruguaios e argentinos.

VASCO DA GAMA É O PRIMEIRO CAMPEÃO SUL-AMERICANO

HÁ 60 ANOS NASCIA O EXPRESSO DA VITÓRIA
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As manchetes do jornal dos Sports de 15 de março de 1948 eram as seguintes: “Recebamos os vascaínos como autênticos heróis de uma jornada sem precedentes”; “Partiram para a vitória e venceram!”; “Que todos acorram ao aeroporto!”; “Vozes do esporte louvam a conquista sensacional”; “No Galeão às 17,30 e no aeroporto uma hora depois”.

O motivo: o Clube de Regatas Vasco da Gama conquistava há 60 anos o primeiro título internacional de um clube brasileiro. E o fez de forma invicta. No peito, na raça e numa disputa de pontos corridos.

Depois do Trem da Vitória, equipe bi-campeã carioca em 1930 (em 1931 esse time chegou a aplicar um 7×0 no Flamengo), nascia e ficava pra sempre na história do Vasco o Expresso da Vitória.

HOMENAGENS

“A vitória não é só dos vascaínos. É do desporto brasileiro.”

(João Lyra Filho, Presidente do Conselho Nacional de Desportos, o CND, na época a instância máxima do esporte brasileiro)

“Tenho o maior prazer de felicitar os esportistas brasileiros por tanto denodo, perseverança e disciplina que elevaram o nome do esporte nacional, levantando com justiça o título de campeão sul-americano.”

(General Ângelo Mendes de Morais, Prefeito do Distrito Federal – na época o Rio de Janeiro ainda era a capital do Brasil)

“A ABI – Associação Brasileira de Imprensa -, sempre atenta a todas as festas que assinalam tanto os triunfos da inteligência como os da vida desportiva na sua mais alta expressão, não pode deixar de compartilhar com o maior entusiasmo das manifestações vibrantes do regosijo público pela vitória grandiosa que vem de alcançar denodadamente o grêmio da Cruz de Malta nesta parte do hemisfério, conquistando o título de campeão invicto num certame glorioso de campeões. Esse acontecimento equivale à consagração de nossa indisputada primazia no esporte continental.”

(Herbert Moses, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa – ABI)

O RECONHECIMENTO DA CONMEBOL

No início de 1996, o Comitê Executivo da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) reconheceu o Vasco como primeiro campeão sul-americano de clubes. A decisão só não foi unânime porque o representante do Flamengo, Michel Assef, votou contra o reconhecimento.

A oficialização do título de 1948 por parte da entidade máxima do futebol na América do Sul elevou o Gigante da Colina à condição de primeiro clube do mundo a ter conquistado um campeonato continental oficial, uma vez que as competições similares em outros continentes só começaram a ser realizadas na década de 1950.

O Vasco ganhou também o direito de participar da Supercopa, torneio então restrito aos clubes vencedores da Taça Libertadores da América. Jogou a edição de 1997, em que foi eliminado curiosamente pelo River Plate. Em 1998 – ano em que o Vasco ganhou a Libertadores -, a Supercopa fui substituída pela Copa Mercosul. O Vasco disputou todas as edições da nova competição e conquistou-a brilhantemente em 2000, levantando assim seu terceiro título sul-americano oficial.

A CAMPANHA
Vasco 2×1 Litoral (BOl)
Vasco 4×1 Nacional (Uru)
Vasco 4×0 Municipal
Vasco 1×0 Emelec (Equ)
Vasco 1×1 Colo Colo (Chi)
Vasco 0x0 River Plate (Arg)

OS HERÓIS:

– Goleiros: Barbosa e Barcheta
– Zagueiros: Augusto, Wilson e Rafagnelli
– Médios: Ely, Danilo, Jorge e Moacir
– Atacantes: Nestor, Djalma, Maneca, Lelé, Friaça, Dimas, Ademir “Queixada” Menezes, Ismael e Chico

FONTE:http://6858kmdefutebol.blogspot.com/2008/03/h-60-anos-atrs-nascia-o-expresso-da.html

O Clássico da Paz

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Chamado assim, depois de um amistoso em comemoração ao fim das brigas “politicas” entre os clubes de futebol do Rio de Janeiro ligados a LCF – Liga Carioca de Futebol e a FMD – Federação Metropolitana de Desportos, que acabou após a fusão das duas para a criação da Liga de Football do Rio de Janeiro – LFRJ. Os Presidentes do Vasco e América promoveram um amistoso (em melhor de três) entre os dois clubes para comemorar a pacificação do futebol carioca. Houve muita festa, salva de 21 tiros, fogos de artifício. Na primeira partida o Vasco venceu por 3×2, na segunda deu América 3×1 e no terceiro jogo deu América novamente. Daí surgiu a designação “Clássicos da Paz” para os jogos entre as duas equipes.
O curioso é que o Vasco, anos depois, solicitou a Taça por empréstimo. Mas nunca devolveu!!!!

Em 1950 os dois times decidiram o campeonato carioca e segue abaixo foto do gol de Ademir de Menezes .
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– Trechos do comentário de LUIS MENDES para a Revista – O ESPORTE ILUSTRADO –
A decisão do campeonato carioca, verificou-se no Estádio Municipal do Maracanã, e foi, indiscutivelmente, o fecho de ouro do certame guanabarino. Os quadros que mais fizeram de bom dentro do campeonato, em confronto decisivo, ofereceram ao maior publico já presente a um jogo de certames regionais, um espetáculo colorido, onde nada faltou para arrebatar de emoções os torcedores que estiveram no estádio. Vasco e América não tiveram medo da derrota e procuram jogar para a vitória.

E o encontro, cuja decisão mais parecia ser fruto da maior classe do Vasco, teve duas fases distintas. A primeira, em que o América foi mais time, mais conjunto e, por isso mesmo, o dominador da cancha. A segunda, em que o Vasco tomou conta da situação, penetrando seguro no rumo certo da conquista suprema. A objetividade do Vasco se fez notar, uma vez mais nessa peleja. No primeiro tempo, o América, mesmo dominando, marcou um gol, mas sofreu outro. Na etapa final, quando o controle das ações pertenceram ao onze cruzmaltino, o Vasco voltou a marcar um gol sem que o América conseguisse mais outro. E se o empate já era bastante para a conquista do Vasco, a vitória lhe sobrava.

Logo aos três minutos, Ademir assinalou um gol. Uma boa virada que cobriu Osni, no momento em que o goleiro saia para cortar a trajetória da bola. Esse gol deu maior tranqüilidade a família vascaina, pois ao América se tornou muito mais longínquo a hipótese de atingir o campeonato, já que o Vasco levava a vantagem do empate. Sacudindo o nervosismo que esse gol lhe causou, o América reencontrou o seu melhor jogo e começou a empurrar o Vasco para dentro do seu próprio campo, que somente atacava as custas de manobras isoladas que pontificavam em escapadas perigosas de Ademir, Ipojucan e Djair. E, Maneco, aos 33 minutos, valendo-se da sua superioridade, conquistou o empate que o time vinha fazendo por merecer. Foi um belo gol do Saci, depois de uma finta espetacular em Eli.

O América prosseguiu dominando até o final da etapa inicial, mas o Vasco continuava a ser quase invulnerável , mesmo quando o antagonista o dominava. No tempo complementar, o Vasco tomou as rédeas da contenda, dominou por sua vez o adversário e fez o gol da vitória pela sua categoria superior e da sua classe bem maior que a do América. O merecimento da vitória vascaina está precisamente na sua maior superioridade clássica. Seus homens são mais experimentados que os do América. Ademir, numa carga isolada, empurrou a bola as redes de Osni, como só ele podia empurrar. O Vasco agora, era o detentor do titulo que nunca conseguira, o de bi campeão carioca, está de parabéns.

Cabe elogios ao Vasco, cujo titulo ninguém contestará, e exaltar o América pela sua campanha brilhante, que o levou de um mero participante despretensioso, a finalissima do campeonato. Se o vasco foi grande por ter encontrado seu jogo que parecia perdido, o América também foi grande por ter ultrapassado a própria expectativa.

Jogo disputado no Maracanã no dia 28 de janeiro de 1951.
Vasco 2 x América 1
Primeiro tempo: 1×1, gols de Ademir e Maneco.
Segundo tempo: Vasco 2×1, gol de Ademir.
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro.
Renda: 1.577.014,00.
Vasco: Barbosa. Augusto e Laerte. Eli. Danilo e Jorge. Alfredo. Ipojucan. Ademir. Maneca e Djair.
América: Osni. Joel e Osmar. Rubens. Osvaldinho e Godofredo. Natalino. Maneco. Dimas. Ranulfo e Jorginho.

Estatísticas
* Número de Jogos : 252 .
* Vitórias do Vasco : 142 .
* Vitórias do América : 56 .
* Empates : 54 .
* Gols do Vasco : 457 .
* Gols do América : 283 .
* Maior goleada do Vasco : 8 a 2 em 14 de agosto de 1949 .
* Maior goleada do América : 5 a 1 em 19 de novembro de 1943 .
* Empate com mais gols : 4 a 4, em 2 de junho de 1951 .

Maiores públicos do Clássico da Paz

1. América 1 a 2 Vasco, 121.765 (104.775 pags.), 28 de Janeiro de 1951
2. América 3 a 1 Vasco, 79.922, 13 de Agosto de 1967
3. América 0 a 2 Vasco, 60.542, 3 de Novembro de 1974
4. América 0 a 1 Vasco, 53.434, 28 de Novembro de 1982
5. América 1 a 3 Vasco, 47.164, 27 de Fevereiro de 1982
6. América 1 a 2 Vasco, 45.484, 2 de Dezembro de 1984

Uniformes
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Wikipedia
www.campeoesdofutebol.com.curiosidades
foto do gol do museu dos esportes

Livro de registro de um clássico de 1943

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Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1943.

Returno do Campeonato Carioca. Oito mil e quinhentas pessoas aguardam ansiosas, nas arquibancadas do Estádio das Laranjeiras, mais um Clássico Vovô. No ar, a tensão que antecede os grandes jogos.
No vestiário, o técnico uruguaio Ondino Vieira distribui as camisas aos jogadores do Fluminense, e aproveita para dirigir as suas instruções finais. Na vez de entregar o uniforme tricolor a Russo, Ondino pede que ele marque o meio-médio argentino Santamaría.

Amigos, a modéstia é uma qualidade extraordinária. Russo é um craque, um dos maiores artilheiros que o Fluminense jamais terá em suas fileiras. Mas, ao receber a instrução, devolveu a camisa ao treinador uruguaio. “Escale Brant, pois ele sabe marcar e também atacar”, retrucou Russo.

A resposta de Ondino Vieira demonstra sua infinita sabedoria. O uruguaio recua de sua decisão, passa novamente a camisa a Russo, e afirma: “Haga lo que quieras”. Já diz o sábio JT de Carvalho: somente os craques têm o direito de ouvir uma frase dessas.
Para o desespero dos alvinegros, Russo fez mesmo o que quis. E, com três gols dele, o Fluminense venceu o Botafogo por 5 a 3, em mais um Clássico Vovô imortal.

O personagem do jogo? Foi Russo, claro. Eu só poderia escolher o Russo. Adolpho Milman (Адолфо Милман) nasceu no dia 26 de julho de 1915, numa província russa que um dia se chamará Afeganistão. Quando ainda era bebê, sua família se mudou para Pelotas, no Rio Grande do Sul. Em 1933, Russo estreou pelo Fluminense. Já conquistou 4 campeonatos no Tricolor: 1936, 1937, 1940 e 1941.

Ficha técnica: Fluminense 5 x 3 Botafogo.
Returno do Campeonato Carioca de 1943.
Data: 04/09/1943.
Local: Laranjeiras.
Fluminense: Gijo; Norival e Renganeschi; Vicentini, Ruy e Afonsinho; Adilson, Russo, Invernizzi, Tim e Carreiro. Técnico: Ondino Vieira (URU).
Botafogo: Ary; Borges e José Almeida; Ivan, Santamaría e Hélio; Patesko, Heleno de Freitas, José Diaz, Silva e Pirica. Técnico: Mário Fortunato.
Árbitro: Antônio Rocha Dias.
Gols: Adilson, Russo (3) e Tim, para o Fluminense; e Heleno de Freitas, José Diaz e Pirica, para o Botafogo.
Público: 8.492.
Renda: CR$ 39.831,90.

Paulo Cezar da Costa Martins Filho
Alexandre Magno Barreto Berwanger