Arquivo do Autor: Eduardo Cacella

GUARANI ESPORTE CLUBE DE PONTA GROSSA

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Em 30 de julho de 1914, nascia o GUARANI, cuja denominação tem origem no romance do renomado escritor José de Alencar, e na ópera do genial Carlos Gomes.O GUARANI ESPORTE CLUBE deixou saudades,marcou época no futebol paranaense. Ficaram na história do futebol princesino a rivalidade citadina com o Operário e com a União Campo Alegre, outras equipes de Ponta Grossa.

Principalmente o clássico OPE-GUÁ.As partidas entre esses grandes rivais lotavam os dois estádios da cidade.O Germano Kruger do Operário e o Joaquim de Paula Xavier,do Bugre.Os torcedores de degladiavam,as provocações começavam na véspera.O Gurani conquistou honrosas posições nos campeonatos que disputou principalmente nos anos de 1931 e 1956,quando sagrou-se vice-campeão paranaense.

Foi a primeira equipe do inrerior do Paraná a excursionar pelo Sul do país.Iniciou a mesma em 08/1917.
O clube hoje ainda existe e se destaca no futsal,mas não é mais filiado a Liga Pontagrossense.Sua última disputa no foi no ano de 1965.

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1931 GUARANI É VICE-CAMPEÃO

Mais uma vez o futebol pontagrossense foi destaque. Desta feita com a equipe do Guarani que disputou o título estadual com o Coritiba FC, que ao vencer as duas partidas pelo placar de 2 x 1, sagrou se campeã, ficando o Guarani com o vice.

GUARANI: Flaviano, Naumann, e Túlio; Nelson, Jango e Aparício, Lycio Taques, Durval, Dominguito, Flori, Soares, Rodrigo, Moisés, Jtaão Freitas e Nenê Frare.

1956 GUARANI VICE-CAMPEÃO PARANAENSE

Mais uma vez ficou comprovado o valor das equipes de Ponta Grossa. 0 Operário foi o campeão do Torneio Início e o Guarani o vice-campeão paranaense,sendo campeão do returno desta temporada.

Finais
02 Junho 1956 Coritiba 2-2 Guarani
09 Junho 1956 Guarani 1-3 Coritiba
16 Junho 1956 Coritiba 2-1 Guarani

GUARANI: Nino, Arnaldo Garcia e Leio (Ladinho), Falco e Oscar, Ozires, Nivaldinho, Odilon, Agostinho e Xavier.
Atuaram ainda: Nenê, Xavier, Madalozzo, Alvacir, Zoé, Edgar, Rosinha.

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Fonte:Interior bom de bola,internet e arquivo pessoal

Bosch Esporte Clube PR

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A equipe do Bosch Esporte Clube, surgiu com a vinda da familia Bosch da cidade de Telêmaco Borba para a cidade da Lapa, o primeiro membro da familia a vir para a histórica cidade da Lapa foi Casturina Bosch a qual se dedicou primeiramente a criação de gado leiteiro no interior da cidade. Por volta do ano de 1985, o patriarca da familia Sr Carlos Bosch chegou na cidade, trazendo com ele seus filhos menores, a partir desse momento os outros filhos também se mudaram e constituiram familia na pequena cidade. Em 1986 foi fundada a Tornearia Bosch a qual em 1989 passou a ser chamada de Metalurgica Indústrial Bosch, após a chegada maçica da familia na Lapa, foi criado o Time do Bosch, constituído por sua maioria de familiares (por isso o nome do time), no começo as disputas eram apenas de torneios no interior da cidade, onde os prêmios normalmente eram bois, leitões, carneiros entre outras coisas. Em 1995 o Bosch participou pela primeira vez da Liga de Futebol da Lapa, já em 1998 sagrou-se campeão da Liga, com isso teve o direito de representar a cidade na Taça Paraná, ganhou a 1º fase superando as fortes equipes das cidades de Araucaria e Fazenda Rio Grande, na 2º fase num sistema de mata mata enfrentou a equipe da cidade de Jaguaraíva, onde empatou o 1º jogo em casa e venceu o 2º na casa do adversário por 1×0, gol de Rato. Na 3º fase se defrontou contra a tradicional equipe do Capão Raso (Curitiba-PR), foram 2 jogos onde prevaleceu a tradição da equipe da capital, o Bosch foi eliminado mas marcou a história do futebol lapeano como sendo o time da Lapa a ir mais longe na Taça Paraná.

No ano de 2000 o Bosch E.C. sagrou-se Bi-campeão da Liga Lapeana.
Resultados do Jogos do Bosch na Taça Paraná 2000 :
1º Rodada : Araucaria 1 x 3 Bosch E.C. (gols 2 de Chacaiau, 1 de Nardo)
2 º Rodada : Bosch E. C. 2 x 2 Olimpique (gols de Wagner para o Bosch)
3 º Rodada : Bosch E.C. 2 x 5 Araucaria .

Participou da 4°divisão paranaense em 2001 e a única notícia atual que soube do clube é que ainda disputa na Liga de Lapa.Se o Rodrigo ou alguém souber mais notícias…

Abaixo foto da equipe Campeã de 2000
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OPERÁRIO SPORT CLUB,o Fantasma Paranaense!!!

Segundo narrativa do historiador e profundo conhecedor do futebol paranaense, José Cação Ribeiro Júnior, em seu livro “0 Fantasma da Vila”, no qual registra a brilhante trajetória do Operário Sport Club, fundado em 7 de abril de 1913, e, que de acordo com decisão de seus diretores, passou a ter a data de Primeiro de Maio, data universal do Operário, como referência para comemorações de seu aniversário.
O Operário nasceu da fusão do time da Rede Viação Paraná-Santa Catarina e alguns jogadores do Riachuelo Sport Clube. Existe a versão de que o clube surgiu do Tiro de Guerra.

O nome tem origem nos operários da Rede Ferroviária Federal, que foram os legítimos fundadores do FOOTBALL CLUB OPERÁRIO PONTAGROSSENSE. Em 1914, teve o nome mudado para OPERÁRIO SPORT CLUB. O cognome FANTASMA, vem do fato do esquadrão do Operário aterrorizar as equipes visitantes e conquistar vitórias inesperadas. Em muitas oportunidades, os torcedores já se conformavam com a derrota, quando num repente, os jogadores se enchiam de brios, com garra impressionante viravam o placar e festejavam mais uma vitória espetacular.

O primeiro Time em 1913

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Em 1913 foi formado o primeiro time da história do Operário para as disputas de jogos amistosos e das primeiras competições locais e estaduais. A escalação da equipe, neste ano, foi a seguinte: José Moro, Pedro Azevedo, Alexandre Bach, Henrique Piva, João Simonetti, Souza, Ewaldo Meister, Adolfo Piva, Holger Mortensen e Ernesto.

O OPERÁRIO fazia a alegria dos moradores. As tardes de domingo geralmente terminavam em festas e comemorações pelas ruas centrais da cidade. A noite a festa continuava na CONFEITARA SCHMIDT, onde os torcedores comemoravam com muito chope. 0s jogadores eram saudados e parabenizados na frente do CLUBE RENASCENÇA.

A PRIMEIRA REVELAÇÃO

0 goleiro TUFY NEJEN, foi a grande revelação do OPERÁRIO, pelas defesas incríveis. Os adversários temiam Tufy diziam que tinha pacto com o demônio, daí veio o apelido TUFY SATÃ ,Ele jogava vestido totalmente de preto. Ganhou fama no Estado e outras regiões do país.
Foi para o São Paulo F.C., em seguida defendeu São Bento, mais tarde o Santos F.C. 0 grande sucesso de sua brilhante carreira foi defendendo as cores do S.C. Corinthians Paulista, quando foi convocado para a seleção brasileira. Com sua classe, elegância, defesas fenomenais, foi considerado o melhor goleiro do Brasil no período de 1920 a 1929.

OPERÁRIO CAMPEÃO DO INTERIOR E VICE ESTADUAL em 1929

Em 23/01/1930, a decisão do campeonato paranaense de 1929 foi entre Atlético Paranaense e Operário. Após muita luta e determinação da equipe operária, o resultado foi desfavorável com a vitória do Atlético por 3 x 0. O Operário comemorou o título de vice-campeão, sendo a primeira equipe do interior a disputar o título.

A equipe vice-campeã foi esta:

OPERÁRIO: Staco, Scorsato e Santi, Chicharrão, David Paulista e Gabriel, Pedro, Joaquim Martim, Nico Ramalho, Zé Macaco e Candinho.
Participaram do campeonato: Chiquito, Zé Maria, Nhoca, Lycio Taques, Ernesto.

A fusão do Operário S.C. com o Ferroviário, clube dos funcionários da Rede Ferroviária em 15 de maio de 1933 que fez surgir o OPERÁRIO FERROVIÁRIO E.C.

Fonte:Interior Bom de Bola,www.operario.com.br,foto arquivo pessoal

Torneio Quadrangular de Cali 1960 Colômbia

07.01.1960 Torneio Quadrangular de Cali 1960
Cali (Colômbia)

Corporación Deportiva AMÉRICA (Colômbia) 2 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e RIBERTO; FERNANDO SÁTYRO e VICTOR; SILVIO, NECO (PEIXINHO), GINO ORLANDO (JURACY), CARLOS CÉSAR e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: GINO ORLANDO; NECO
Árbitro: Guillermo Velásquez (Colômbia)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

09.01.1960 Torneio Quadrangular de Cali 1960

Cali (Colômbia)
Club Atlético HURACÁN (Argentina) 0 X 1 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e VICTOR; FERNANDO SÁTYRO e DINO SANI; SILVIO (JURACY, depois PEIXINHO), NECO, GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR (BAZZANINHO) e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: GINO ORLANDO
Árbitro: Carlos Tulio Obonaga (Colômbia)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público: 25000

13.01.1960 Torneio Quadrangular de Cali 1960

Cali (Colômbia)
Asociación DEPORTIVO CÁLI (Colômbia) 1 X 4 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e RIBERTO; DINO SANI (FERNANDO SÁTYRO) e VICTOR; SILVIO, NECO (PEIXINHO), GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR (BAZZANINHO) e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: CARLOS CÉSAR; MUSSO (gol contra); GINO ORLANDO; NECO
Árbitro: Guillermo Velásquez (Colômbia)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público: 12620

http://spfcpedia.blogspot.com/

Pequena Copa do Mundo 1955

Jogos do São Paulo

16.07.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez
Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

LA SALLE Fútbol Club (Venezuela) 4 X 1 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; PÉ DE VALSA (VICTOR), BAUER e ALFREDO RAMOS; MAURINHO, DINO SANI, PARAÍBA, TEIXEIRINHA e CANHOTEIRO.
Técnico Vicente Feola
Gols: PARAÍBA
Árbitro: Dellow
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

21.07.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez
Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

Sport Lisboa e BENFICA (Portugal) 0 X 0 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; BAUER (PÉ DE VALSA), ALFREDO RAMOS e TURCÃO; MAURINHO, PARAÍBA (ROQUE), GINO ORLANDO, DINO SANI e TEIXEIRINHA.
Técnico Vicente Feola
Gols: Não houve gol do SPFC marcado nessa partida
Árbitro: Benito Jackson (Venezuela)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

24.07.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez
Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

VALENCIA Club de Fútbol (Espanha) 0 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; PÉ DE VALSA, BAUER e TURCÃO; MAURINHO, LANZONINHO (PARAÍBA), GINO ORLANDO (VICTOR), DINO SANI (ROQUE) e TEIXEIRINHA.
Técnico Vicente Feola
Gols: DINO SANI; GINO ORLANDO
Árbitro: Benito Jackson (Venezuela)
Expulso: Teixeirinha
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

26.07.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez
Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

Sport Lisboa e BENFICA (Portugal) 2 X 4 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; PÉ DE VALSA, VICTOR e TURCÃO; MAURINHO (ROQUE), LANZONINHO (PARAÍBA), GINO ORLANDO, DINO SANI e TEIXEIRINHA.
Técnico Vicente Feola
Gols: LANZONINHO; DINO SANI; MAURINHO; TEIXEIRINHA
Árbitro Desconhecido
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

30.07.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez
Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

LA SALLE Fútbol Club (Venezuela) 1 X 3 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; PÉ DE VALSA, BAUER e TURCÃO; MAURINHO, LANZONINHO, GINO ORLANDO, DINO SANI e TEIXEIRINHA (CANHOTEIRO).
Técnico Vicente Feola
Gols: LANZONINHO; GINO ORLANDO (2)
Árbitro: Dellow
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

04.08.1955 Pequena Copa do Mundo 1955 – Copa Marcos Pérez Giménez

Caracas (Venezuela) Universitário de Caracas

VALENCIA Club de Fútbol (Espanha) 1 X 1 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)

JOSÉ POY; DE SORDI e MAURO; PÉ DE VALSA, BAUER e TURCÃO; MAURINHO, LANZONINHO, GINO ORLANDO, DINO SANI e CANHOTEIRO.
Técnico Vicente Feola
Gols: GINO ORLANDO
Árbitro: Benito Jackson (Venezuela)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público: 15000

Fonte:http://spfcpedia.blogspot.com/

AMÉRICA CAMPEÃO PARAIBANO DE 1925

[img:America_Futebol_Clube_de_Joao_Pessoa_PB.jpg,full,vazio]

Encerrando a temporada oficial, patrocinada pela LDP, o América
conquistou o campeonato paraibano de 1925, com os seguintes jogadores;

Tógo (Simeão)João Augusto, João Albuquerque, Marinho, Néo, Estácio, Jair.
Ernesto, Birica, Queiroz, Pimenta, Edgar, Meireles, Pitúta e Sylvestre.

Em regosijo, o América mudou-se da General Osório para o prédio n° 413 da
Rua Duque de Caxias, onde ofereceu uma animada festa.

GOLEIRO DE OCULOS

O lado curioso na equipe do América, muito comentado pelos exaltados
torcedores do quadro rubro e curiosos de outros clubes, era ficar atrás
do gol para assistir o goleiro Togo pegar de óculos, violentos petardos
endereçados ao seu arco.

Até mesmo “gozações” eram improvisadas quanto às deligências do excelente
goleiro que tudo fazia para garantir a cidadela, sem deixar suas preciosas lentes,
sob às chuteiras do quadro adversário. A presença de Tógo no arco americano
era mais uma atração além das importantes jogadas que surgiam durante o desenrolar
da peleja.

Na estória do “impossível acontece”, poucos foram os goleiros com os
dotes de Tógo Albuquerque que, com muita habilidade por trás das lentes,
defendeu seu grande clube e por ele sagrou-se campeão de 1925.
Os mais preocupados com o “fenômeno”, os mais curiosos veteranos e admiradores
da camisa rubra, nos contam que em um dos jogos de maior movimentação,
Togo perdeu os óculos e por alguns instantes ficou sem saber o destino da pelota
que havia passado muito acima do travessão superior.
E assim eram comentados os jogos de um goleiro que mesmo com esse
“defeito físico” defendeu também com brilhantismo na Bahia, o arco do
Selecionado Paraibano.

Fonte:A Historia do Futebol Paraibano

Primeiro Jogo de Futebol em Pernambuco

Este foi o primeiro anúncio pela imprensa pernambucana sobre a prática do futebol no Recife

Estávamos a 22 de Junho de 1905. Era uma quinta-feira,
dia de “Corpus Christi”. A partir das 3 horas da tarde, os bondinhos
puxados a burros da Ferro Carril passaram a trafegar, lota
dos, direto, do centro da cidade para o campo do Dérbi,
local onde os jornais noticiavam com relativo destaque o primeiro
encontro de futebol em Pernambuco, entre o Sport Club do
Recife e o English Eleven, este formado por funcionários de
companhias britânicas aqui instaladas.
O campo estava enfeitado de bandeirolas, foguetes explodindo no ar,
enquanto uma banda de música da Polícia não parava de tocar.
O terreno era espaçoso, cercado de árvores, tendo já no século
passado servido de velódromo e hipódromo. O
famoso campo da Estância, que ficou depois conhecido por “Derby”
e daria nome ao aprazível bairro de hoje.

Desnecessário é dizer a curiosidade que a todos dominava
para ver aqueles respeitáveis senhores, grossos bigodes, calções
abaixo dos joelhos, correndo atrás de uma bola de couro. A diretoria
do Sport, em peso, fazia as honras da casa, recebendo os
convidados. Os homens vestidos a caráter: sobrecasaca, cartola
e bengala, enquanto as mulheres trajavam ricas saias arrastando
pelo chão, largos chapéus e um leque para afugentar o calor.
0 jogo estava com início previsto para as 4 horas, mas só começou
mesmo 1 hora depois, devido às solenidades.
Tidos como os “pais” do futebol, os ingleses que formavam
English Eleven eram apontados como francos e absolutos
O local da partida foi exatamente onde hoje é o campo de futebol
da Polícia Militar de Pernambuco, no Dérbi, defronte ao quartel.

Mas, contrariando os prognósticos, o Sport conseguiu
surpreendente e honroso empate de 2×2, que foi exaltado no dia
seguinte por todos os jornais. Para o “Diario de Pernambuco”,
por exemplo, o empate era como se fosse uma vitória, “pois sendo
o Sport uma sociedade nova não se deixou vencer pelo English Eleven”.
A melhor impressão que nos fica dessa partida é da matéria
publicada pelo “Jornal do Recife”, na qual o cronista desenvolveu
largo relato, fazendo críticas inclusive ao local do encontro, “cheio de lama”.
Este comentário deve desde já ficar entendido como sendo o primeiro na
imprensa pernambucana sobre futebol.

“A prometedora associação Sport Club Recife realizou, ontem,
no Dérbi, um match a epigrafar estas linhas. Eram cinco
horas da tarde quando começou a diversão, notando-se no local
grande número de famílias. Desde o começo do match se notou
logo serem os iogadores quer do Sport, quer do English Eleven
da mesma força, começando o jogo pelo ataque dos do primeiro
grupo aos do segundo, muito bem defendido pelos goal-keepers
e pelos backers. Notamos falta de destreza por parte dos combatentes,
sendo o resultado do match empate.
Entre os do Sport distinguiram-se Amorim Colander
e Torquato Gonçalves, que fez esplêndido jogo de cabeça e entre
os do English Eleven tornaram-se salientes Bradford e Mielar.
Damos nossos parabéns ao futuroso clube, desejando que
no próximo jogo encontre melhores condições e não como ontem,
cheio de lama, o que prejudicou a bela diversão. Durante a festa
tocou uma banda de música da Polícia”.

0 “Jornal do Recife” não forneceu a escalação das equipes,que foi a seguinte:

Sport — L. F. Lhatan; L. Parrot e Nosworthy; A. G. Silva, Colander e Ramiro; Guilherme, Coimbra, Alberto Amorim, J. Gonçalves e Torquato Gonçalves.

English Eleven – Pratt; Chandler e Dauwson; Pickwood, Clack e Mielar;
Rowley, Cook, Bradford, Olíver e Sthelin.

Mas, não se pense que com o sucesso do Sport o futebol
tomasse logo grande impulso. Nada disso. Ele continuou tí
mido e vagaroso durante quatro anos, ao longo dos quais somente
três clubes jogavam: Sport, Great Western e Western Tele
graph. Os encontros pareciam mais sociais do que esportivos.
Terminado um jogo, fosse qual fosse o resultado, os jogadores
saíam incorporados ao “bufet”, bebiam à vontade, cantavam, da
vam “hurras” e depois se dispersavam.

Fonte:A Historia do Futebol em Pernambuco