Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

A primeira partida da Taça Rio Branco de 1947

Brasil 0 x 0 Uruguai

” Nada feito no primeiro prélio “.
Foi assim que se referiu o jornal A Gazeta Esportiva, de 30 de março de 1947, para a partida válida pela Copa Rio Branco. Segundo o jornal “O zero a zero de ontem à tarde no Pacaembu, nada resolveu na disputa do primeiro colejo entre brasileiros e uruguaios, pela posse da “Taça Rio Branco”, em 1947, deixando tudo como estava antes da disputa.” Dizia ainda “A margem da extrema podreza do prélio inicial da “Taça Rio Branco”, ha um problema delicado a resolver na selecao brasileira – Precisa ser tão brasileira no Pacaembu como em São Januário.”

Na mesma página, o periódico paulista estampava “A má vontade prevaleceu e nada se pôde fazer – Dois quadros que não foram capazes de … empatar, pois que o empate vingou por si mesmo – E quasi 600 mil cruzeiros rodaram pelas bilheterias …”Abaixo fotos da partida.

bra x uru

bra x uru 1947

BRASIL 0 x 0 URUGUAI

COPA RIO BRANCOData: 29/Março/1947
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Juiz: Juan Carlos Armental (Uruguai)
Renda: perto dos 600 mil cruzeiros
Público: mais de 40 mil pessoas

BRASIL: Luiz Borracha [Flamengo] Augusto (Vasco), Nena (Internacional), Rui (São Paulo), Danilo Alvim (Vasco), Noronha (São Paulo), Cláudio C. Pinho (Corinthians), Ademir Menezes (Fluminense), depois Maneco (América-RJ), Heleno de Freitas (Botafogo), Jair Rosa Pinto (Vasco) e Eduardo Lima (Palmeiras). Técnico: Flávio Costa

URUGUAI: Máspoli, Lorenzo, Tejera, Gambetta, Manay (Barreto), Cajiga, Castro, José Garcia (Julio Perez), Medina, Burgueño (Attilio Garcia) e Godard. Técnico (Coach): Marcelino Pérez

Fonte: A Gazeta Esportiva, de 30 de março de 1947, e Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br
Pesquisas de Eduardo Bastos, de São Paulo, e Sidney Barbosa da Silva

Súmulas de 1953

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 1 x 2 FLAMENGO (RJ)
Data: 08/02/1953
Amistoso Interestadual
Local: Belo Horizonte
Árbitro: José Gomes Sobrinho
Gols: Indio e Geraldinho contra, Joãozinho
Renda: Cr$ 165.160,00
Gol: Souto
ATLÉTICO MINEIRO: Sinval, Afonso e Osvaldo, Geraldino, Haroldo e Olevar, Zeca (Antoninho), Vavá, Ubaldo, Gastão e Joãozinho
FLAMENGO: Garcia, Leoni (Biguá) e Pavão, Jadir, Dequinha e Valter, Joel, Rubens, Adãozinho, Índio (Maurício) e Zagalo
CANTO DO RIO (RJ) 1 X 3 BOCA JUNIORS (ARG)
Data: 08/02/1953
Amistoso Internacional
Local: Niterói
Árbitro: Mário Vianna
Renda: Cr$ 53.540,00
Gols: Gonzales, Navarro e Montano, Jairo
CANTO DO RIO: Horácio, Cosme e Garcia, Décio (Carango (Marioses)), Edésio e Heber, Miltinho, Jairo, Jaime (Flore (Carango)), Amir e Emanuel
BOCA JUNIORS: Carleti, Colman e Otero (Mendazzi), Lombardo (Fiano), Maurinho e Pescia, Navarro, Montano, Borelo (Sanches Garcia), Rolando e Gonzales
SANTOS (SP) 4 x 3 FLAMENGO (RJ)
Data: 03/03/1953
Amistoso Interestadual
Local: Santos
Árbitro: Amaral Sobrinho
Gols: Alvaro (3) e Carlyle; índio (3)
SANTOS: Manga; Helvio e Feijó; Nenê, Vitor e Formiga; Nicácio, Antoninho (Huqo), Álvaro, Carlile e Tite
FLAMENGO: Garcia; Leoni, Pavão; Jadir, Dequinha e Beto: Paulinho, Rubens, Adãozinho, índio e Zagalo
BOTAFOGO (RJ) 2 X 2 AMÉRICA MINEIRO (MG)
Data: 03/03/1953
Amistoso Interestadual
Gols: Dino (2); Inimar e Wilson
Árbitro: Miller Costa
Renda: Cr$ 75.925,00
AMÉRICA: Tinho, Gaia e Farias: Pedrinho, Jair e Delio, Wilson II, Otávio, Harvey, Miranda e Inimar (Jerbas )
BOTAFOGO: Osvaldo, Gerson e Floriano (Orlando) Arati, Calico e Juvenal, Geraldo (Sonicio), Geninho, Bravo (Zezinho), Dino e Jaime.
SANTOS (SP) 0 x 4 FLAMENGO (RJ)
Data: 05/03/1953
Amistoso Interestadual
Local: Santos
Árbitro: Amaral Sobrinho
Gols: Índio (2) Adãozinho e Rubens
Renda: Cr$ 37.180,00.
SANTOS: Manga; Helvio e Feijó; Nenê, Pascoal (Nelson Adams) e Formiga; Nicácio, Antoninho, Álvaro, Carlile e Tite
FLAMENGO: Garcia; Leoni (Biguá) e Pavéo; Jadir, Dequinha e Beto; Paulinho, Rubens, Adãozinho, índio e Zagalo
FLUMINENSE (RJ) 2 x 1 ADRIANINO (RJ)
Data: 08/05/1953
Amistoso Interestadual
Local: Paulo de Frontin
Renda: Cr$ 14.000,00
Gols: Larry e Joel; Miltinho
FLUMINENSE: Adalberto, Duarte e Duque, Batatais, Jair (Getúlio) e Rubens (Mauro), Chiquinho, Ramiro, Larry, Betinho e Joel
ADRIANINO: Mão de Onça, Julinho e João Martins, Jair, Lelé e Ismael, Miltinho, Délio, Mário, Haroldo e Mance
Obs: O Fluminense jogou com um time misto.
FLAMENGO (RJ) 8 x 2 VITÓRIA (BA)
Data:15/03/1953
Torneio Quadrangular de Salvador
Local: Estadio Fonte Nova / Salvador (BA)
Árbitro: Carlos Fraga
Gols: Índio(2), Adãozinho(3), Paulinho(2) e Rubens; Rui e Juvenal
FLAMENGO: Garcia(Antoninho), Leone, Pavão, Valter, Dequinha(Marinho), Beto, Paulinho, Rubens(Maurício), Adãozinho, Índio(Clóvis) e Zagallo(Esquerdinha).
VITÓRIA: Periperi, Alírio e Joel (Silveira), Eduardo, Bombeiro e Viana (Joel),Jorginho (Tombinho), Mituca, Juvenal (Rui), Antoni (Antonio) e Elias
FLUMINENSE (RJ) 1 X 1 DEPORTIVO CALI (COL)
Data: 19/03/1953
Local: Medelin (COL)
Gols: Cerioni, Simões
FLUMINENSE: Veludo; Pindaro e Duque; Jair, Emilson e Bigode; Telê. Robson, Marinho, OtaviO e Quincas
DEPORTIVO CALI: Mejia; Viafara e Sanguinettl (Coscenza); Fain, Calonga’ e Lecca; Vlarino, Cerione, Mur, Coll e O. Perez.
FLAMENGO (RJ) 2 X 1 BAHIA (BA)
Data: 19/03/1953
Torneio Quadrangular de Salvador.
Local: Estadio Fonte Nova / Salvador (BA)
Árbitro: Carlos Fraga
Gols: Rúbens e Índio; Isaltino
Renda: Cr$ 150.000,00.
FLAMENGO:Garcia. Leoni e Pavão; Walter, Dequinha e Beto; Paulinho (MauriciO), Rubens, Adãozinho, Índio e Zagalo (Esquerdinha).
BAHIA: Lessa. Dário e Bacamarte GuiU, Ivan e Milton, Patrocínio (GerecO), Raimundo (Testirtha), CarlitO, Tuia e Isaltino.
SAN LORENZO (ARG) 4 X 1 BOTAFOGO (RJ)
Data: 20/03/1953
Amistoso Internacional
local: Buenos Aires (ARG)
Árbitro: Will Braham
Gols: Quimonez, Martinez, Benavides e Papa; Braguinha
SAN LORENZO: Blazina, Martina e Basso, Resquin, Faína (Civico), Berterame, Camacho, Martinez (Picot), Flório, Benavidez (Papa) e Quinonez
BOTAFOGO: Gilson, Gerson (Tomé) e Floriano, Araty, Bob e Juvenal,Braguinha, Geninho, Dino, Bravo (Zezinho) e Jaime.
BOTAFOGO (RJ) 2 X 0 BOCA JUNIORS
Data: 22/03/1953
Amistoso Internacional
Árbitro: Will Braham
BOTAFOGO: Gilson, Gerson e Floriano, Araty, Bob (Calico) e Juvenal, Braguinha (Depinho), Geninho, Dino, Zezinho (Vinicius), Jaime (Braguinha)
BOCA JUNIORS: OrmenO; Colman e Otero; Acosta. Maurino e Bendazzi; Navarro,Gil, Rolando, Bairo (MontanO) e Gonzalez.
JUVENTUS (RS) 3 X 2 BONSUCESSO (RJ)
Data: 29/03/1953
Local: São Paulo
Amistoso Interestadual
Árbitro: Antonio Musitano
Renda: Cr$ 14.175,00
Gols: Edélcio, Tico, Osvaldinho
Juventus: Walter, Valussi e Arnaldo, Vitor (Severino), Nicolau e Nésio, Osvaldinho (Izabelino), Tico (Osvaldinho), Arêa (AQdélcio) e Castro
BONSUCESSO: Ari ou Ori, Wladir e Urubatão (Décio), Garcia (Urubatão),Gilberto (Serafim), e Bibi, Nicola, Almir (Jorge), Wassil,Soca (Almir) e Jairo
AMÉRICA (RJ) 3 x 0 BESIKTAS (TUR)
Data: 10/05/1953
Amistoso Internacional
Local: Istambul
Gols:Leônidas(2), Wassil
AMÉRICA: Osni, Joel, Osmar; Rubens, Osvaldinllo e Ivan; Wassil, ManecO. Leônidas, João Carlos e Jorginhoi
BESIKTAS: Serfi, Faruk e Vedil; Ezref, Alibsan e Nirest; Metti, Halil, Seket, kazin e Coskuti
FLAMENGO (RJ) 2 X 2 SAN LORENZO (ARG)
Data: 24/03/1953
Amistoso Internacional
Local: Buenos Aires
Árbitro: Elife
Gols: Adãozinho, Rubens, Florio, Camacho
FLAMENGO: Garcia, Leoni e Pavão, Jadir, Dequinha e Marinho, Paulinho, Rubens, Adãozinho, Indio e Esquerdinha
SAN LORENZO: Blazina, Martina e Basso, Resquis, Fulna (Ctico) e Bererama, Camacho, Benevidez, Flório, Martinez (Papa) e Quinones
FLAMENGO (RJ) 1 X 1 BOCA JUNIORS (ARG)
Data: 26/03/1953
Amistoso Internacional
Local: Buenos Aires
Árbitro: Hartless
Gols: Índio, Montano
FLAMENGO: Garcia, Leoni e Pavão, Jadir, Dequinha e Marinho, Paulinho (Joel), Rubens, Adãozinho, Indio e Esquerdinha

BOCA JUNIORS: Mussinessi, Colman e Otero, Lombardo, Maurino e Mendazzi, Navarro (Gonzales), Gil, Rolando, Vairo (Montano) e Gonzalez (Mussico)
Blog Arquivo de Súmulas

Juventus – o Moleque Travesso


1924 – Fundação

O Cotonifício Rodolfo Crespi F.C. foi fundado no ano de 1924 em uma modesta salinha, fruto da fusão do Extra São Paulo F.C. e do Cavalheiro Crespi F.C. tradicionais clubes da várzea do bairro da Mooca formado por empregados da fábrica de tecidos da família Crespi.

Na ocasião decidiu-se por manter as cores do Extra São Paulo – vermelho, preto e branco – como sendo as oficiais da nova agremiação, aproveitando deste clube a maioria dos jogadores que já gozavam de certo prestígio nos “campinhos do bairro”.

Em contrapartida, o Cavalheiro Crespi F.C. cedeu a sua sede social – localizada na Rua dos Trilhos, nº 42 (antigo), preservando como data simbólica de fundação do clube o dia 20/04/1924.

1925 – Campo da Rua Javari

No dia 24/04/1925, o Cavalheiro Rodolfo Crespi ofertou a esta nova agremiação que tanto honrava o bom nome de sua fábrica no cenário esportivo um amplo terreno situado na Alameda Javary, nº 117 – atual Rua Javari – a fim de que naquele espaço, utilizado como cocheira de cavalos, fosse desenvolvida a prática do futebol em franca popularização na cidade em condições melhores e mais dignas.

Estádio da rua Javry - década de 30

Estádio da rua Javary – década de 30

1930 – Surge O Moleque Travesso

Garoto Travesso - Gazeta Esportiva 1944


No dia 14 de setembro de 1930, um fato marcante entraria para todo sempre na história do Clube Atlético Juventus. Disputando pela primeira vez a elite do futebol profissional, o Garoto – como era conhecido o Juventus – surpreendeu a todos ao vencer a forte equipe corinthiana em pleno Parque São Jorge por 2 a 1, gols marcados por Nico e Piola. Nascia alia um fatalismo e um apelido. Surgia a mí­stica do Moleque Travesso, imortalizada nas palavras do inesquecível jornalista esportivo Tomas Mazzoni, que batizou o feito do novato time da Mooca como uma travessura de um moleque que ousou vencer um gigante em seus próprios domí­nios.

por e-mail de Mario Lopomo

SOLUÇÃO BRASILEIRA

Recebi de um amigo:

Já assisto futebol há mais de meio século. Nunca vi um meio de campo de SELEÇÃO BRASILEIRA igual a este. O melhor no meio de campo é o Lúcio. O meio de campo é SÓ LÚCIO e a atual forma física do Juan nos dá SOLUÇÃO (grandes soluços de nervoso). Continuemos orando e com fé.
Prosseguindo: Chegamos ao fundo do poço com Josué, Felipe Melo, Julio Batista e Daniel Alves.
Didi deve estar se mexendo no caixão….

Imaginem uma conferência “hipotética” para discutir os problemas do nosso meio de campo com: Didi, Zizinho, Ademir da Guia, Gerson, Rivelino, Rivaldo e tantos outros. Isto sem considerar os que jogavam no meio de campo, com capacidade de dribles e lançamentos, aí a lista vai longe. Fiquemos apenas como exemplos: Zito, Dino Sani, Falcão e por aí vai.

Aquele miolo começou a complicar a partir de 1994 com o Zinho que  ganhou o apelido de enceradeira.
Ficava rodando sempre no mesmo lugar. Daí até chegar em Felipe Melo foi um pulo. Que tristeza! Como a mediocridade impera pode até ser campeão. Mas este futebol não é o brasileiro. São jogadores “europeizados” com a nossa camisa.
O sonho do europeu foi sempre o de nos copiar, mas nós o copiamos e perdemos o nosso molejo, o drible, o improviso, a molecagem (no bom sentido) enfim, a alegria de jogar futebol que o mundo inteiro admirava. Desapareceram os nossos Charles Chaplins que encantavam as platéias. Revejam alguns lances da final Brasil x Suécia em 1958 e veremos o Rei da Suécia as gargalhadas com os dribles de Garrincha em seus próprios compatriotas.
Agora, virou tudo “japonês” em matéria de futebol.
Para reflexões.



Os gestos dos árbitros de futebol

Em tempos de Copa do mundo, muitas pessoas que não estão a acompanhar futebol voltam-se para a televisão com a camisa verde e amarela e todos nós tornamo-nos especialistas em táticas  e em arbitragem.

Por Luis Ricardo Cobra

O que pouca gente sabe, é que os árbitros de todos os esportes utilizam o apito apenas para chamar a atenção da infração ou da finalização do lance e que o que indica realmente qual a marcação, são seus braços ou a sinalização dos assistentes com a bandeira.

Além dos sinais básico, como apontar tiro de meta, escanteio ou até mesmo laterais, existem 5 gestos básicos que o árbitro de futebol executa.

Quando o árbitro está autorizando a cobrança de uma infração direta, ele ergue levemente seu braço direito, mantendo-o paralelo ao ombro, conforme imagem a seguir.

Esse braço indica que o jogador responsável pela cobrança pode direcionar a bola ao gol sem a necessidade de tocá-la para um companheiro antes da bola ser chutada ao gol.

Já quando o braço do árbitro está totalmente levantado, indica que o tiro é indireto, então é necessário que um outro jogador do time receba a bola antes dela ser chutada ao gol.

No futebol moderno, a vantagem se transformou em uma “constante” nos jogos. Mesmo após uma infração, se o time que sofreu a infração estiver em uma situação vantajosa, a jogada não deve ser interrompida e ambos os braços do árbitro são esticados para frente.

Já o gesto da punição a um atleta, os famosos cartões amarelo e vermelho, tem o mesmo gesto e a recomendação de que o jogador punido seja afastado do grupo, com o objetivo de facilitar sua identificação por quem estiver fora do campo.

Auxiliares

Antigamente eram chamados de bandeirinhas e muitas vezes eram árbitros escalados para fazer o papel do auxiliar. Hoje em dia, a função do auxiliar é bastante importante e por não contar com a ajuda do apito, possui uma série de movimentos que ajuda, à distância, na identificação do árbitro das infrações?

Substituição Lateral ataque Lateral defesa Falta da Defesa Falta de Ataque
Impedimento Impedimento próximo ao auxiliar Impedimento no centro do campo Tiro de canto Tiro de meta

Decisão da Copa do Brasil – 1966

COPA DO BRASIL – 1966

Estádio: Pacaembu Data: 07/12/1966
Renda: CR$ 65.146.000,00 Ano: 1966
Árbitro Principal Armando Castanheira da Rosa Marques
Assistentes: Germinal Alba | Wilson Medeiros

Chuva forte, campo enlameado, poças d’água por todos os lados. Mais experiente, o Santos tratou de lançar bolas longas sobre a área do Cruzeiro para Pelé e Toninho forçarem os erros de William e Procópio.

Para não perder o meio de campo, Lula escalou Amauri no lugar de Dorval. Sua missão era ajudar Zito e Mengálvio a parar Tostão e Dirceu. E Piazza, que havia anulado o Rei no jogo de ida, sem poder recuar demais para não abrir brechas no meio de campo, ficou fora de jogo no começo do 1º tempo.

Com amplo domínio do jogo, o Santos abriu o placar aos 23. Pelé driblou William e chutou no canto: 1 x 0. Aos 25, após receber passe de Pelé, Toninho invadiu a área e deslocou Raul: 2 x 0.

Piazza recuou e voltou a colar em Pelé. O Cruzeiro respirou, começou a tocar a bola. O Santos arrefeceu um pouco seu poder ofensivo. Após descansar um pouco, voltou a atacar furiosamente nos últimos 5 minutos.

Aos 40, Pelé passou por Piazza e lançou Toninho entre Procópio e William. Raul saiu do gol e defendeu nos pés do centroavante. Um minuto depois, Toninho acertou a trave. Aos 44, Pelé ficou cara-a-cara com Raul. O goleiro fez milagre.Terminou. Só 2 x 0.

Segundo Tempo

Aírton Moreira, que na chegada a São Paulo, recebera apoio dos irmãos mais famosos, Aymoré e Zezé, estava perplexo. “Tá tão ruim que nem eu sei como consertar. Façam o que vocês acharem melhor”, recomendou aos jogadores.

Para piorar, num gesto de provocação, Mendonça Falcão, presidente da Federação Paulista de Futebol e Athiê Jorge Cury, presidente do Santos, procuraram Felício Brandi para acertar data e local do terceiro jogo. Foram enxotados, aos berros, do vestiário.

Felício aproveitou a visita inoportuna para mexer com os brios dos jogadores. Na volta, os craques conversavam, combinavam jogadas, animavam-se mutuamente. Estavam certos de que podiam virar o placar. Afinal, já haviam vencido duas vezes o time de Pelé naquele ano.

O Piazza voltou disposto a parar Pelé.  Sem a companhia do melhor do mundo, Toninho virou presa fácil para os compadres William e Procópio. Dirceu e Tostão começaram a cair pelos lados do campo. Com o fôlego dos garotos celestes, Zito e Mengálvio se perderam na marcação. Sob pressão, a defesa santista começou a falhar.

Aos 12, Hilton serviu Evaldo que foi derrubado na área por Oberdan. Pênalti. Tostão bateu mal. Cláudio defendeu. A torcida santista se assanhou à toa. Apesar do gol perdido, o Cruzeiro continuava controlando o jogo.

Aos 18, Lima derrubou Natal na lateral da área. Falta para cruzamento. Mas Tostão bateu direto. De curva: 1 x 2.

gol tostao
tostao 02

Sequência do primeiro gol do Cruzeiro, marcado por Tostão

A partir daí, o Cruzeiro esqueceu-se de qualquer cuidado defensivo e dedicou-se a atacar. Dirceu exibiu seu repertório de  dribles. Aos 28, tirou Joel de sua frente com um drible de corpo e fuzilou Cláudio: 2 x 2. Bastava.

Natal

Natal decreta o fim da disputa: Cruzeiro 3 X 2 Santos

Aos 44, o Santos caiu definitivamente. Do lado esquerdo, Tostão passou por Lima e Zé Carlos e cruzou para trás. Chegando na corrida, Natal apenas cumprimentou Cláudio: 3 x 2.

Fim de jogo.

Enlameado, Piazza levantou a Taça Brasil, o troféu mais importante da história do futebol mineiro.

De todos os tempos!

Cruzeiro
Raul
Pedro Paulo
William
Procópio
Neco
Wilson Piazza
Dirceu Lopes 1
Natal 1
Tostão 1
Evaldo
Hilton Oliveira

blog Cruzeirense

footbook com br

Cid Moreira e a Jabulani

jabulani

Clique e ouça

http://www.youtube.com/watch?v=0iBQDHw8b4g

A transmissão dos jogos da Copa do Mundo ganhou uma vinheta-surpresa na Globo. De repente, mo meio do jogo, surge a voz do locutor Cid Moreira dizendo “Jabulani”, o nome da criticada bola do Mundial. A vinheta é disparada toda vez que um jogador chuta longe do gol. A gravação já virou sucesso na internet. Cid gravou várias versões, com diferentes entonações – uma delas com a voz trêmula, meio fantasmagórica: “Jabulaaaaaaaaaaaaniiii”. As vozes foram usadas numa reportagem de Tadeu Sschmidt para o Fantástico, no último domingo. Ele falava sobre a falta de pontaria dos atacantes e a escassez de gols nos primeiros jogos. A voz de Cid Moreira surgiu de novo durante a transmissão de Espanha x Suíça. Agora, a vinheta é usada em quase todos os jogos. Se o jogador erra o chute, se o goleiro toma frango ou a bola muda de direção, lá vem “Jabulani”.

Fonte: Paulo Ricardo Moreira/JB Online