Amistoso Nacional de 1984: Seleção Potiguar e Flamengo (RJ) empataram em 2 a 2, em Natal (RN)  

Pré-jogo: como chegaram cada equipe

Desfalcado de Andrade e Tita, o Flamengo, entregues ao departamento médico, iniciou uma série de amistosos, diante da Seleção do Rio Grande do Norte. O interesse do público potiguar é dos maiores e a previsão de renda é de Cr$ 70 milhões, o que estabeleceria o novo recorde do futebol local.

A Seleção do Rio Grande do Norte, dirigido por Ivan Silva, que estreou nesse jogo, contou com jogadores do ABC, América e Alecrim. A base será do ABC, que cumpriu campanha razoável na Copa do Brasil. Os jogadores mais destacados eram Marinho, Silva e Didi Duarte.

São 50.500 ingressos à venda

Foram colocados à venda 50.500 ingressos (se todos forem vendidos vai gerar a cifras de Cr$ 126 milhões, o que será recorde absoluto em todo o Nordeste), sob a responsabilidade de distribuição de José Jerônimo, da Fenat, atual diretor de futebol do ABC, que tem o seguinte esquema de vendas:   

SETORESVALORQUANTIDADE
Especiais (homens)Cr$ 6 mil1 mil ingressos
Especiais (mulheres)Cr$ 4 mil500 ingressos
Numeradas (homens)Cr$ 4 mil3 mil ingressos
Numeradas (mulheres)Cr$ 2 mil1 mil ingressos
Arquibancadas (homens)Cr$ 3 mil35 mil ingressos
Arquibancadas (mulheres/ crianças)Cr$ 1 mil10 mil ingressos
Leandro, que acabou expulso ainda no final do primeiro tempo, do lado de Joãozinho (Potiguar), que não entrou no jogo.

Arbitragem polêmica, expulsão e um empate em dois gols

Um gol de Júnior aos 44 minutos do segundo tempo, aproveitando um passe do goleiro Fillol, que saiu da área para evitar o gol adversário, deu empate ao Flamengo em 2 a 2, ontem à noite (23/05/84), contra a Seleção Potiguar, no Estádio Castelo Branco (inaugurado em 04/06/72, alterou o nome em 1989 para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, Machadão), em Natal (RN).

O Flamengo jogou com 10 jogadores desde os 42 minutos do primeiro tempo, pois Leandro foi expulso, após ofender o árbitro. Este, aliás, foi o maior problema enfrentado pela equipe carioca, que, segundo o presidente rubro-negro George Helal, “Só não abandonou o campo no intervalo por respeito ao público”.

O Flamengo começou bem no jogo, teve um gol anulado de Bebeto e foi surpreendido aos 39 minutos por um gol de Silva, em falha da defesa. Três minutos depois, Leandro reclamou de uma falta que sofreu e foi expulso. A partida, então, ficou paralisada por cinco minutos.

Na etapa final, o Flamengo buscou o empate, mesmo com arbitragem sendo contra. Bebeto grande nome do jogo, empatou aos 21 minutos, mas aos 34 minutos Marinho pós o time local em vantagem. E o Flamengo não levou mais gols por que Fillol fez uma série de grandes defesas, até cortar sua atuação com o passe para o gol de Júnior.

Foto tirada um dia antes da partida

SELEÇÃO POTIGUAR      2          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Castelo Branco, “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTERAmistoso Nacional de 1984
DATAQuarta-feira, do dia 23 de maio de 1984
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
PÚBLICONão divulgado
RENDACr$ 26 milhões
ÁRBITRONildeme Antunes (FNF)
AUXILIARESWilson da Conceição (FNF) e Anecildo Batista de Carvalho (FNF)
4º ÁRBITROJackson Inácio (FNF)
CARTÃO VERMELHOLeandro (Flamengo)
SELEÇÃO POTIGUARÍndio; Saraiva, Lúcio Sabiá, Sérgio e Wassil; Baltazar, Marinho e Didi Duarte (Dedé de Dora); Odilon (Gilson Lopes), Silva e Severino. Técnico: Ivan Silva.
FLAMENGOUbaldo Fillol; Leandro, Figueredo, Mozer e Júnior; Bigu, Lico (Heitor) e Bebeto; Lucio (João Paulo), Edmar e Adílio. Técnico: Cláudio Garcia.
GOLSSilva aos 39 minutos (RN), no 1º Tempo. Bebeto aos 21 minutos (Flamengo); Marinho aos 34 minutos (RN); Júnior aos 44 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Colaborou: Adeilton Alves

FOTO: Acervo de Jomar Aprígio Vieira Aprígio

FONTES: Diário de Natal (RN) – Jornal dos Sports (RJ)

Esporte Clube 1º de Maio, da Vila Madalena – São Paulo (SP): Fundado em 1924

O Esporte Clube 1º de Maio, da Vila Madalena foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado em 1924, com o nome de Esporte Clube União Operária, o 1º time da região (porém, não há concordância a este respeito, pois a 1ª ata de reunião data de 1933) e seus fundadores escolheram como cores da camisa, as da bandeira paulista e nota-se a proximidade da revolução de 1932, e nesta 1ª ata foram escolhidas as cores.

A sua Sede social alugada ficava na Rua Mourato Coelho, nº 91 – Vila Madalena, no distrito de Pinheiros, na região oeste de São Paulo (SP). Era hábito dos clubes oferecer bailes aos sócios, um dos principais usos que faziam da sede, na década de 60, o 1º de Maio não contava mais com este luxo.

A Praça de Esportes, cedido pelo então I.A.P.C., estava situado na Rua Mourato Coelho, s/n – Vila Madalena, no distrito de Pinheiros, na região oeste de São Paulo (SP).

Time posado dos anos 50

Os jogadores se reuniam nos bares, até que em 1964 recebeu a 1ª comunicação do I.A.P.C. para desocupar o campo, deste ano em diante, lutam

Judicialmente para mantê-lo, perdendo-o definitivamente no ano de 1970, são, portanto, mais de 40 anos de luta, mais de 30, dos quais ocupando este campo, no qual construíram cercas, traves e vestiários.

Com base em jornais da época podemos afirmar que a luta do 1º de Maio (juntamente com o Leão do Morro F.C. e 7 de Setembro F.C. que tinham campo no mesmo local) mobiliza e empolga a população do bairro, que passa a reivindicar uma praça de esportes e interesses do time, contudo os resultados foram nulos.

1º de Maio: Xororo, Careca, Fran, Agachados, Carlinhos,

Outro dado interessante a respeito desse time e comum a alguns festivais de várzea é que os cartazes em que se anuncia o festival e os jogos, assim como alguns prêmios são financiados por estabelecimentos comerciais do bairro, evidenciando-se tratar-se de boa forma de divulgação.

O quadro de veteranos do 1º de Maio é formado em 1966 por ex-jogadores do time, os velhinhos trazem novo ânimo á várzea pinheirense fazendo uma série de 68 partidas invictas, empolgando de tal forma a torcida que em 1968 uma verdadeira torcida organizada acompanha o time até Londrina no Paraná.

Equipe posada da década de 60

Em 1968, o jornal do Bairro registra para o 1º de Maio com 80 sócios e 28 Jogadores, conta-nos um de seus jogadores, os orgulhos do clube: Machado jogador do Fluminense e da seleção brasileira, Brandão do Corinthians e Waldemar Carabina, do Palmeiras, vice-campeão da liga Pinheirense de futebol várias vezes, assim como vice e campeão da Federação Paulista, e alguns menus famosos:

Jume, Belo, Didi, Fran, Careca, Romeu, Xororó, João, Esquerdinha, Chacrinha, Carlinhos, Didi, etc. e não esquecer do técnico e diretor Metralha, ganhamos mais de 300 taças e medalhas, como organizávamos muitos torneios (tradicionalmente no dia 1º de Maio de cada ano) e nem sempre tínhamos grana para comprar taças, guardamos perto de 40.

Tudo isso faz do Esporte Clube 1º de Maio uma agremiação importante na região e no bairro como que um símbolo de luta, papel este que adquire por ocasião da resistência ao desalojamento promovido pelo INPS, pela história do 1º de Maio percebe-se que a perda do campo provoca sua extinção.

Para os clubes existentes na Vila Madalena e Pinheiros, a venda dos campos de futebol da região que eram alugados ao INPS, um deles se transforma em um conjunto residencial Natingui do BNH, no outro a construção do Shopping Center Eldorado.

Colaborou: Samuel Polonio

FONTES E FOTOS: Caracterização geral  do futebol de  várzea como atividade popular de “Lazer”, de Betty Schifnagel – “Vila Madalena e suas figuras Notáveis”, de Antonio Ivo Pezzotti

Clube Náutico Riachuelo – Florianópolis (SC): ajudou a fundar o Avaí Futebol Clube, em 1923

O Clube Náutico Riachuelo (CNR) é uma agremiação da cidade de Florianópolis (SC). Sua Sede está localizada na Rua Antônio Pereira Oliveira Neto (Parque Náutico Walter Lange), s/n – Garagem 1 (próximo da Ponte Colombo Salles), no Centro de Florianópolis.

Fundado na sexta-feira, do dia 11 de junho de 1915, por militares da marinha, que desejavam ver a implantação no estado, o remo, onde se tornou o pioneiro. O seu nome foi uma homenagem a “Batalha Naval do Riachuelo, ocorrido em 11 de junho de 1865”, evento histórico da Guerra do Paraguai.

As cores escolhidas: azul celeste e branco. Em 1936, o timoneiro Décio Couto se torna o 1º catarinense a disputar os Jogos Olímpicos em Berlim, na Alemanha nazista.

Riachuelo ajudou a fundar Federação Catharinense de Remo

Na quinta-feira, do dia 23 de janeiro de 1919, foi Fundado, em Florianópolis, a Federação Catharinense de Remo (FCR), tendo como membros fundadores o Clube Náutico Riachuelo, Clube Náutico Francisco Martinelli, Clube de Regatas Florianópolis (Aldo Luz).

A sua 1ª diretoria foi composta por: João Pedro de Oliveira Carvalho (Presidente, então Prefeito de Florianópolis); Sr. Lauro Linhares (vice-presidente), Celso de Almeida Coelho (secretário) e Paschoal Simone (tesoureiro).

O Clube Náutico Riachuelo foi o 1º campeão Estadual de Remo, e, no total 23 títulos: 1918, 1923, 1930, 1934, 1936, 1938, 1939, 1947, 1965, 1966, 1967, 1968, 1972, 1973, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 2021 e 2022.

Alguns dirigentes fundam o Avaí Futebol Clube

No sábado, do dia 1º de setembro de 1923, alguns dirigentes do clube, também adeptos do futebol que iniciava como a principal modalidade oficial catarinense, resolveram criar uma equipe denominado Avahy Foot-Ball Club (atual: Avaí Futebol Clube), sendo o seu nome também dado em homenagem à memorável “Batalha do Avaí, ocorrido no Paraguai, em 11 de dezembro de 1868”. As cores seguiram as mesmas: Alviceleste.

A 1ª partida oficial realizada pelo Avaí teve atletas vestindo a camisa do Clube Náutico Riachuelo. Em 1964, o Riachuelo participou do Campeonato Amadores da Grande Florianópolis. A partir daí cada agremiação seguiu caminhos distintos! O Riachuelo seguiu no remo, enquanto o Avaí trilhou no futebol bretão até os dias atuais.  

Colaborou: Laércio Becker

FONTES: Wikipédia – site do Riachuelo – site do Avaí FC – Livro “Desde Jutaí e Juruá – Uma História Centenária”, da autora Denise Becker – Federação de Remo do Estado de Santa Catarina (Feresc) – O Estado de Florianópolis (SC)

Fotos Raras, de 1960-61: América Futebol Clube – Barbacena (MG)

América Futebol Clube (América de Barbacena) foi uma agremiação da cidade de Barbacena (MG). Localizado no Campo das Vertentes (com uma população de 135.829 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2016), Barbacena fica a 169 km da capital (Belo Horizonte) mineira.

Mecão Barbacenense foi Fundado na sexta-feira, do dia 06 de Novembro de 1931. A Sede ficava situada na Avenida Olegário Maciel, s/n, no Centro de Barbacena. A equipe rubra mandava os seus jogos no Estádio Onda Nunes, com Capacidade para 3 mil pessoas.

FOTO de 1960
EM PÉ (esquerda para a direita): Hélio, Pino, Klebis, Lado, Hércules e Bernardo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Mosquitinho, Tarcísio Russinho, Pechincha, Celinho e Chiquinho.

América realizou diversos amistosos, como por exemplo, o Clube de Regatas Flamengonum domingo, do 21 de abril de 1957, no Estádio Onda Nunes, em Barbacena. No final, melhor para o Rubro-Negro carioca que não teve trabalho para golear pelo placar de 7 a 0.

América de Barbacena construiu uma história rica, onde faturou  inúmeros títulos do Campeonato Citadino, organizado pela Liga de Futebol Barbacena (LFB). Também participou de diversas competições na esfera profissional como o Campeonato Citadino de Juiz de Fora de 1964; o Campeonato Mineiro Segunda Divisão de 1967 e 1968; e o Campeonato Mineiro Terceira Divisão de 1987.

FOTO de 1961
EM PÉ (esquerda para a direita): Pino, Hércules, Ely Vasques, Cleber, Lado e Kebis (campeão pelo Atlético-MG, em 1963);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chiquinho
, Tarcísio Russinho, Mosquitinho, Celinho e Bernardo.

Vários grandes jogares passaram pelo MecãoPaulinho, “Cabeçinha de Ouro”, o técnico Paulo TrindadeMosquito, Canelinha, Willian, Celinho, Tonho, Joaozinho, Bigode, Russinho, Macalé, Nininho, Jurandir, Fubá, Lado, Tarzan, Chiquinho, Ely Vasques, Pascoal, Adalberto, Klebis, Zezé, Oiama, Pissolati, Célio, Hercules, Charrid e entre outros.

Jornal de Juiz de Fora: Mosquito e Chiquinho

FOTOS: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Wikipédia – Gol Aberto – Flapédia – Diário Mercantil

Foto rara, de 1969: Associação Atlética Portuguesa – Rio de Janeiro (RJ)

O Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1969, foi composto por 12 clubes, onde as equipes se enfrentaram no 1º turno, avançando para o returno os oito primeiros colocados.

A Associação Atlética Portuguesa, conseguiu terminar o turno exatamente na 8ª posição, e, consequentemente, passou para o segundo turno. Foram oito pontos, em 11 jogos: quatro vitórias e  sete derrotas; marcando 11 gols, sofrendo 17 e um saldo negativo de seis.

No 2º Turno, fez uma campanha decente, terminando na 7ª colocação: 4 pontos, em sete jogos: uma vitória, dois empates e quatro derrotas; marcando oito gols, sofrendo 15 e um saldo negativo de sete.

Na Classificação Geral, a Portuguesa Carioca terminou na 8ª colocação com 12 pontos, em 18 jogos: cinco vitórias, dois empates e 11 derrotas; marcando 19 gols, sofrendo 32 e um saldo negativo de 13.

Foto tirada no Estádio Maracanã
EM PÉ (esquerda para a direita): Chiquinho, Sérgio, Otávio, Gentil, Jerry e Beto;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Gilbert, Antoninho, Sabará, Mário Breves e Zé Carlos.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Arquivo pessoal – Jornal dos Sports (RJ)

Foto Rara, de 1968: Associação Atlética Portuguesa – Rio de Janeiro (RJ)

O Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1968, foi composto por 12 clubes, divididos em dois grupos de seis. A Associação Atlética Portuguesa, ficou no Grupo A, juntamente com o Botafogo, Flamengo, America, Bonsucesso e Campo Grande.

Os quatro primeiros de cada chave avançavam para o Turno Final. No entanto, a Portuguesa Carioca não foi bem, terminando na última colocação com apenas 4 pontos, em 11 jogos: uma vitória, dois empates e oito derrotas; marcando quatro gols, sofrendo 21 e um saldo negativo de 17.

Na classificação geral, ficou na 11ª colocação, só na frente do São Cristóvão F.R. que somou dois pontos em 11 jogos: dois empates e nove derrotas; marcando quatro gols, sofrendo 26 e um saldo negativo de 22.

Foto tirado no Estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador.
EM PÉ (esquerda para a direita): Norival, Taquinho, Roberto, Bruno, Beto e Zeca;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Jerry, Silas, Jorge Félix, Lazinho e Mário Breves.
Escalação: Roberto; Bruno, Norival, Taquinho e Beto; Zeca e Mário Breves; Jerry, Jorge Félix, Silas e Lazinho.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Arquivo pessoal – Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara, de 1962: Associação Atlética Portuguesa – Rio de Janeiro (RJ)

O Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1962, foi composto por 13 clubes, que se enfrentaram no 1º turno (Taça Guanabara) e Returno, com a equipe com o maior número de pontos ficando com o título.

A Associação Atlética Portuguesa, fez uma campanha modesta terminando na 11ª posição, Classificação Geral: 12 pontos, em 24 jogos: três vitórias, seis empates e 15 derrotas; marcando 13 gols, sofrendo 50 e um saldo negativo de 37.

Escalação do time base de 1962: Wagner;Djalma, Gagliano e Tião; Reinaldo e Raul; Zezinho, Foguete, Mauro, Bandolin e Zé Carlos. Técnico: Paulo Emílio.

EM PÉ (esquerda para a direita): : Djalma, Wagner, Raul, Gagliano, Reginaldo e Tião;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Zezinho (depois se transferiu para o Vasco), Bandolim, Foguete (posteriormente foi vendido ao Flamengo), Mauro e Zé Carlos.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Arquivo pessoal – Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara: Fluminense F.C. 0 x 1 Madureira A.C., pelo Campeonato Carioca de 1967

Pelo Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1967, no sábado, do dia 02 de Setembro, o poderoso Fluminense Football Club recebeu a visita do Madureira Atlético Clube, no Estádio das Laranjeiras, no bairro homônimo, na Zona Sul do Rio.

No final, deu zebra e o Tricolor Suburbano venceu pelo placar de 1 a 0. O gol da vitória foi assinalado pelo craque Nando. Para que não associou o nome, o camisa nº 8 é um dos quatro irmãos que foram jogadores de futebol: Antunes (Fluminense, Olaria, America e Cruzeiro/RS); Edu (passagens pelo America, Vasco da Gama, Bahia, Flamengo, Colorado/PR, Joinville/SC, Brasília/DF e Campo Grande) e Zico (Flamengo, Udinese/ITA e Kashima Antlers/JAP).

Nando (fora da foto), bateu forte, sem chances para o goleiro Márcio, que se esticou, mas não alcançou. O zagueiro tricolor Valdez(nº 3) e Anísio (nº 8) e Marcílio (nº 10), do Madureira observam a jogada.

Mesmo jogando fora de casa e diante de um forte adversário, o técnico do Madureira, Esquerdinha manteve o esquema tático do 4-3-3 (que vinha de vitória sobre o São Cristóvão por 2 a 0), mostrando que não pretendia jogar na retranca.

Aos 28 minutos, Nando complicou a situação do Fluminense, marcando o que seria o gol da vitória. A jogada nasceu de uma falha de Rinaldo e u, que se esticou, na bobeada de Bauer, que estourou  e perdeu a bola para Miguel (atacante emprestado ao Madureira pelo America). Ele penetrou até o bico da área e centrou livre para Nando estabelecer o gol da vitória do Tricolor Suburbano.    

FLUMINENSE F.C. (RJ)    0          X         1          MADUREIRA A.C. (RJ)

LOCALEstádio Álvaro Chaves, no bairro das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio/RJ
CARÁTERCampeonato Carioca da 1ª Divisão de 1967
DATASábado, do dia 02 de Setembro de 1967
HORÁRIO15 horas e 30 minutos
RENDANCr$ 6.516,50
PÚBLICO3.281 pagantes
ÁRBITROFrederico Lopes (FCF)
AUXILIARESIdovan Silva (FCF) e Geraldino César (FCF)
EXPULSOSAnísio (Madureira) e Jardel (Fluminense)
FLUMINENSEMárcio; Jardel, Valdez, Denílson e Bauer; Suíngue e Rinaldo; Robertinho, Samarone, Cláudio e Gilson Nunes. Técnico: Alfredo Gonzalez
MADUREIRALaerte; Luís Almeida, Joel, Silva e Pereira; Elmo e Marcílio; Anísio, Nando, Miguel e Édson. Técnico: Esquerdinha
GOLNando aos 28 minutos (Madureira), no 1º Tempo.
PRELIMINARFLUMINENSE 2  X  0  MADUREIRA (Aspirantes)
HORÁRIO13 horas e 30 minutos
ÁRBITROEdelmar Freire (FCF)
AUXILIARESHélio Alves (FCF) e Ericho Schwartz (FCF)
FLUMINENSEZé Roberto; Pedro Omar, Terziane, Bucharel e Elio; Tião e Alves; Wilton, Noce, Camilo e Valdir.
MADUREIRAMauro; Cordeiro, Almeida, França e Quelé; Carlinhos e Wilson; Orlando, Elio, Jaime e Celso.
EXPULSOSAlmeida (Madureira) e  Alves (Fluminense)
GOLSWilson aos 45 minutos (Fluminense), no 1º Tempo. Noce aos 12 minutos (Fluminense), no 2º Tempo.
EXTRAAos 22 minutos do 2º tempo, a partida ficou paralisada por 15 minutos, em razão da falta de policiamento.

Apesar do grande triunfo, o Madureira terminou o 1º Turno na 10ª colocação (oito pontos em 11 jogos: três vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 10 gols, sofrendo 18 e um saldo negativo de oito). Como apenas os oito primeiros avançaram para o Turno final, o Tricolor Suburbano ficou pelo meio do caminho.

Já o Fluminense encerrou o turno na 3ª posição (15 pontos em 11 jogos: sete vitórias, um empate e três derrotas; marcando 19 gols, sofrendo 11 e um saldo de oito). No Turno final, o Tricolor das Laranjeiras manteve o 3º lugar  (nove pontos em sete jogos: quatro vitórias, um empate e duas derrotas; marcando 15 gols, sofrendo 10 e um saldo de cinco).

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FOTO: site Rio Antigo

FONTE: Jornal dos Sports