Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra – Ibaté (SP): disputou o Paulista da 3ª Divisão, em 1986

O Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra ou “Grêmio da Serra” foi uma agremiação do município de Ibaté (SP). Fundado na segunda-feira, do dia 11 de Abril de 1977, tinha a Sede localizada na Fazenda da Serra, s/n – Zona Rural – Área 1 – Ibaté (SP).

Em 1988, o Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra faturou o título do Campeonato Canavieiro, ao vencer na final a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho, pelo placar de 2 a 1, no Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos (propriedade do Comercial Futebol Clube), em Ribeirão Preto (SP).

Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira Campeão do Campeonato Canavieiro de 1988

O 1º gol saiu após o centro do centroavante Amarildo na área e Luís Fernando testou de forma inapelável para deixar o Grêmio da Serra em vantagem. O 2º gol surgiu depois de uma cobrança na área. O goleiro bobeou e, novamente, Lui´s Fernando chegou chutando tudo – inclusive, o volante China (companheiro do Grêmio da Serra), que estava na jogada – para aumentar o marcador. O adversário ainda diminuiu, mas já era tarde! O campeão tinha nome e sobrenome: Grêmio da Serra!

Grêmio da Serra jogou o Campeonato Paulista da 3ª Divisão em 1986

O GRE Usina Açucareira da Serra ingressou a esfera profissional, em 1986, quando disputou o Campeonato Paulista da 3ª Divisão, organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

Após essa experiência, o clube se afastou e não retornou até o presente momento ao futebol profissional. A Usina existe até hoje sobre o comando do ‘Grupo Raízen’.

O ex-goleiro Fernando Souza contou um pouco desse período, onde o amor pelo esporte ultrapassa o racional.

EM PÉ (esquerda para direita): Pércio (diretor), Luzardo, Baianinho, Biguá, Zé Carlos, Tucão, Crentinho, não identificado, Fernando e Careca (treinador);
AGACHADOS (esquerda para direita): Bossolan, China, Arruela, Valdir, Jabú, Kali e não identificado.

No futebol, os holofotes sempre estão nas grandes equipes do futebol brasileiro. E para os pequenos clubes, na maioria das vezes uma notinha e olhe lá. Dessa forma, a maioria do público não tem ideia do que é disputar competições das divisões abaixo.

Natural de São Carlos (SP), o ex-goleiro Fernando Souza, com passagens pelo Grêmio Sãocarlense (1981); CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense) de Descalvo; Estrela da Bela Vista Esporte Clube (São Carlos); contou um pouco desse “universo paralelo” do futebol bretão.  

Quando já tinha “pendurado as chuteiras”, acabou recebendo o convite para retornar no CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense) de Descalvo, no início de 1986.

Fiquei lá por três meses, onde fizemos alguns amistosos. Já trabalhava em outro emprego como projetista. A empresa me liberava as quartas até às sextas-feiras para treinar. Depois eu pagava as horas. Como eles queriam um time para subir eles propuseram que eu largasse o meu emprego. No entanto, o salário oferecido era muito baixo. Como já era casado e tinha uma família para sustentar, desisti e optei em jogar no Usina Açucareira da Serra”, disse Fernando.

Já no Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra as impressões foram positivas: “O clube tinha uma boa estrutura, com ônibus próprio bonito, na cor bordô”, contou.  

O clube trouxe diversos jogadores que já tinham parado de jogar bola profissionalmente. E o fato curioso é que o time quase não treinava. “O time era bom. Quase não treinávamos. Eram todos ex-profissionais que se reuniam para jogar.  Para ter uma ideia, no Primeiro Turno, ficamos dois ou três pontos atrás do primeiro colocado. Conquistamos muitos pontos fora de casa, mas em casa não conseguimos a mesma pontuação”, revelou Fernando.

Diante desse quadro de, jogar futebol e ainda trabalhar em outro emprego, acabou sendo determinante para o time não ter feito uma grande campanha. “Nós tínhamos parado de jogar, quando aceitamos esse desafio. A maioria já estava trabalhando em outros empregos, como: professor de educação física, engenheiro, projetista, entre outros. Fizemos uma boa campanha no turno, mas no returno, com a falta de treinamos o time acabou sucumbindo no aspecto físico”, concluiu Fernando.

o goleiro Fernando e Valdir.

Fernando foi o goleiro-artilheiro em 1981

Na quarta-feira, do dia 21 de outubro de 1981, o goleiro Fernando vivenciou uma experiencia rara para aquela época. Com apenas 12 jogadores a disposição, Fernando, que na época ainda era juvenil, foi a única opção no banco de reservas.

Em desvantagem de dois gols, o técnico Adésio de Almeida colocou Fernando, não como goleiro, mas sim como atacante. E a estrela do jovem arqueiro com o número 13 brilhou no ataque, marcando o gol de honra do Sãocarlense. Apesar da derrota, o gol ficou na lembrança de Fernando até hoje.

G.E. CATANDUVENSE (SP)       2        X        1        G.E. SÃOCARLENSE (SP)

LOCALEstádio Silvio Salles, em Catanduva/SP
CARÁTERCampeonato Paulista da 3ª Divisão
DATAQuarta-feira, do dia 21 de outubro de 1981
RENDACr$ 203.550,00
PÚBLICO1.419 pagantes
ÁRBITROOswaldo dos Santos Ramos (FPF)
CATANDUVENSEÉdson; Tércio, Fernando, Beto e Adalberto; Mário, Orciano e Brecha; Edmilson (Torres), Cássio e Itamar.
SÃOCARLENSEIvan; Paulo Felisberto, Pacheco, Bussolan e Vitinho; Carlinhos, Horácio e Hamilton; Silvano, Lilão e Serginho (Fernando). Técnico: Adésio de Almeida
GOLSEdmilson, duas vezes (Catanduvense); Fernando (Sãocarlense).

Colaborou: José Luis Braz

FOTOS: Acervo Fernando Souza

FONTES: Almanaque do Futebol Paulista – Rsssf Brasil – Fernando Souza

Amistoso Internacional de 1966: Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (RS) venceu a Seleção da União Soviética

A delegação da URSS desembarcou na segunda-feira, do dia 14 de fevereiro de 1966, em Porto Alegre/RS, onde ficou hospedada no City Hotel. Na capital gaúcha, os soviéticos aproveitaram a terça-feira de folga (15/02/66), passeios pelo Centro de Porto Alegre, fazendo compras na Rua dos Andradas e tirando fotos na Praça XV de Novembro. Alguns preferiram das uma volta de ônibus e outros foram ao cinema.

Preços dos Ingressos

No sábado, do dia 12 de fevereiro de 1966, foram divulgados os quatro locais de venda e valores dos ingressos para o jogo entre o Grêmio versus URSS. Na Sede do Grêmio (5º andar do Edifício Brasília); na Drogaria Panitz (Rua dos Andradas, nº 1211); Casa Herrmann (Rua dos Andradas, esquina com a Rua Uruguai); Sociedade Gondoleiros, no 4º distrito.   

Cadeiras NumeradasCr$ 5.000,00
ArquibancadasCr$ 2.000,00
½ ArquibancadasCr$ 1.500,00
Associados gremistasCr$ 1.500,00
Dependentes de sóciosCr$ 1.000,00
Sócios juvenisCr$ 1.000,00
Sócios infantisCr$ 1.000,00

Na sua sétima e última partida em território brasileiro, a Seleção Soviética acabou derrotada pelo Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, então tetracampeão Gaúcho, pelo placar de 2 a 0, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. Os gols foram assinalados por Alcindo, sendo que o último foi um golaço!

EM PÉ (esquerda para a direita): Não identificado, Cléo, Ortunho, Aírton, Áureo, Altemir e Alberto;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Dico (massagista), Vieira, João Severiano, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir e Ataíde Carvalho (massagista).

Crônica do jogo

Noiada de gala viveu o público metropolitano na noite de ontem (16/02/66), quando o Grêmio, confirmando o cartaz de grande esquadrão de futebol, dobrou a Seleção da União Soviética, pelo marcador de dois a zero. O onze treinado por Luiz Engelke, deu mais uma grande satisfação ao seu quadro social, com a meritória vitória obtida diante da União Soviética.

Os primeiros 45 minutos foram de ações parelhas, com as defensivas sobrepujando os ataques. Os visitantes, procuraram com muita vontade o último reduto tricolor, mas foram barrados, pelos companheiros de Aírton.

Na etapa complementar, embora o jogo tenha decaído muito em sua parte técnica, quase no final da partida, Alcindo, acordou a torcida presente ao estádio, com belo tento conquistado.

Aos 28 minutos, após uma falha de Shesternyov, o avante tricolor marcou o primeiro da noite. Aos 34 minutos, Alcindo, sem ângulo, após bater dois adversários, deixou Banikov, sem chances de defesa. Um golaço!

Aírton na área
O central Aírton, pulando para tentar cabecear. O arqueiro Banikov, mais expedito, saltou e conjurou o perigo sob o olhar apreensivo de Ponomariov.

Os russos que jogaram bem na primeira fase, na etapa final, exaustos e sem preparo físico, foram cedendo terreno, dando oportunidade para que a equipe do Olímpico tomasse conta das ações. Fim de jogo, e a vitória do Grêmio foi justa diante de uma excelente Seleção de futebol.      

GRÊMIO (RS)          2          X         0          URSS

LOCALEstádio Olímpico, na Av. Dr. Carlos Barbosa, s/n, no bairro Medianeira, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 16 de Fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 47.621.500,00 (quarenta e sete milhões, seiscentos e vinte e um mil e quinhentos cruzeiros)
PÚBLICO30 mil pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJaime Soligo (FRGF) e Sady Belotto Mello (FRGF)
CARTÃO VERMELHOKhusainov (URSS)
GRÊMIOAlberto; Altemir, Aírton, Áureo e Ortunho; Cléo e Sérgio Lopes; Jorginho Martins (Vieira), João Severiano (Paulo Lumumba), Alcindo e Volmir. Técnico: Luiz Engelke
U.R.S.S.Banikov; Ponomariov, Shesternyov, Usatore e Danilov; Valery Voronin e Biba (Sabo); Chislenko (Slava Metreveli), Khusainov (Khmelnitsky), Ivanov e Malofeyev (Serebryanilov). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSAlcindo aos 28 e 34 minutos (Grêmio), no 2º Tempo.
PRELIMINARGrêmio (Juvenil) 7 x 0 Atlético Veranense (Veranópolis)

FOTOS: Jornal do Dia (RS) – Assis Hoffmann, da Agência RBS

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RS) – Jornal do Dia (RS)

Amistoso Internacional de 1966: Grêmio Maringá bateu a Seleção Soviética

A sexta partida da URSS, em território brasileiro, transcorreu na tarde de domingo, do dia 13 de fevereiro de 1966, na cidade de Maringá (PR). Após perder os dois primeiros jogos para Corinthians e Palmeiras, e três vitórias seguidas (Atlético Mineiro, Cruzeiro e Uberlândia), a Seleção Soviética acabou derrotada pelo Grêmio Maringá pelo placar de 3 a 2, no Estádio Regional Willie Davids, em Maringá/PR.

Capacidade do Estádio aumentada e sorteio para ver a Copa do Mundo de 1966

O Estádio Regional Willie Davids, em Maringá/PR, esteve em obras, durante uma semana, para que fossem construídos novos lances de arquibancadas, aumentando a capacidade de 17 para 22 mil pessoas. Os torcedores que adquiriram ingresso para o jogo, concorreram a duas viagens, ida e volta, a Londres, na Inglaterra, a fim de assistir à Copa do Mundo da 1966.

Jogão de cinco gols

O Grêmio Maringá vive um período de grandes conquistas. Bicampeão do Campeonato Paranaense da 1ª Divisão em 1963 e 1964, e vice-campeão em 1965, chegava para enfrentar os russos com moral elevada.

Mais pelo entusiasmo de seus jogadores, que por uma superioridade técnica, o Grêmio Maringá conseguiu derrotar a Seleção Soviética, levando seus torcedores ao delírio!

O 1º gol do Grêmio Maringá

Aos 13 minutos, Luiz Roberto abriu o placar para os donos da casa, aproveitando a rebatida do goleiro Lev Yashin. Sete minutos depois ampliou com Edgar, após tabelar com Célio. Mesmo com o forte calor e o estado do gramado ruim, os soviéticos não deixaram barato e conseguiram equilibrar as ações e obtiveram dois gols por intermédio de Shesterniev e Banishevskiy, aos 27 e 44 minutos, respectivamente, no primeiro tempo. 

Na etapa final, com a torcida vibrando perto dos seus jogadores, a que não estavam acostumados os soviéticos, e também pelas falhas do campo, desviando quase sempre os lançamentos em profundidade, a URSS acabou sofrendo o 3º gol.

Célio fez o gol da vitória sobre a URSS

Aos 13 minutos, Célio soltou a bomba. O “Aranha Negra” deu rebote e Edgar tocou para o fundo das redes. Daí para frente, o Grêmio Maringá, sem tática alguma, e concentrados na grande área, fazendo do entusiasmo sua arma contra melhor categoria dos soviéticos, garantiram a vitória: terceira derrota da URSS no Brasil.  

O Diário da Tarde (PR) destacou: “A vitória do Grêmio Maringá, frente a Rússia, foi a maior vitória conquistada até hoje, por um clube do Paraná”.

A Tribuna registrou no dia seguinte: “Um belo gol que ficará na história do futebol paranaense”.

Os capitães foram Voronin pelo selecionado soviético, enquanto Haroldo Jarra carregou a braçadeira pelo alvinegro de Maringá.

O público foi de 20 mil pessoas e a renda registrada foi de 63 milhões, mas segundo A Tribuna assinalou: “Como houve venda antecipada de entradas calcula-se que a renda total tenha chegado à casa dos 100 milhões de cruzeiros”.

GRÊMIO MARINGÁ (PR) 3 X 2 U.R.S.S.

LOCALEstádio Regional Willie Davids, em Maringá (PR)
CARÁTERAmistoso Internacional de 1966
DATADomingo, do dia 13 de fevereiro de 1966
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACr$ 63.373.000,00 (sessenta e três milhões, trezentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO20 mil pessoas
ÁRBITROAntônio Viug (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESGenésio Chimentão (FPF) e Pedro Campol (FPF)
GRÊMIO MARINGÁMaurício Gonçalves; Oliveira, Édson Faria, Roderley e Pinduca (Vitão); Haroldo Jarra e Zuring; Luiz Roberto (Danúbio), Edgar, Célio (Ademir) e Valtinho. Técnico: Nestor Alves
URSSLev Yashin, ‘Aranha Negra’; Malafeev (Danilov), Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Sabo; Slava Metreveli, Ivanov (Prokoniov), Banishevskiy (Kopaiev) e Meshki (Vanist). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSLuiz Roberto aos 13 minutos (Grêmio Maringá); Edgar aos 20 minutos (Grêmio Maringá); Shesterniev aos 27 minutos (URSS); Banishevskiy aos 44 minutos (URSS), no 1º Tempo. Edgar aos 13 minutos (Grêmio Maringá), no 2º Tempo.

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR) – O Jornal

Amistoso Internacional de 1966: Uberlândia x Seleção da União Soviética

Após o título do Torneio Magalhães Pinto de 1966 (postagem anterior), a Delegação soviética viajou pela manhã no dia seguinte (07/02/66), em avião da VASP, com destino a Uberlândia, para realizar a sua 5ª partida em território brasileiro, visando a preparação para a disputa da Copa do Mundo da Inglaterra de 1966.  

A URSS desembarcou em São Paulo, onde enfrentou no dia 25 de janeiro de 1966, o Corinthians, sendo derrotada por 3 a 1, no Estádio do Morumbi. Quatro dias depois, voltou a campo, e, novamente saiu derrotado para o Palmeiras pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  

Se na capital paulista, os soviéticos só viram derrotas, em Belo Horizonte/MG, a situação foi inversa. No dia 03 de fevereiro de 1966, estreou no Torneio Magalhães Pinto, com uma goleada em cima do Atlético Mineiro por 6 a 1, no Estádio do Mineirão. Três dias depois, bateu o Cruzeiro por 1 a 0, ficando com o título da competição.

Com duas vitórias e duas derrotas, o quinto jogo foi diante do Uberlândia Esporte Clube, na quarta-feira, às 21 horas, do dia 09 de fevereiro de 1966, na reinauguração do Estádio Juca Ribeiro (cuja capacidade de 7 mil, após as obras subiu para 20 mil pessoas).

Pela partida, os soviéticos receberam a quota livre de 15 mil dólares (na época, cerca de 33 milhões e 225 mil cruzeiros). Em relação aos ingressos, foram colocados à venda, com valores elevadíssimos:

GeralCr$ 5 mil cruzeiros
ArquibancadaCr$ 9 mil cruzeiros
CadeiraCr$ 15 mil cruzeiros

Em Uberlândia, a delegação soviética ficou hospedada no Hotel Presidente (atual: B&B Hotel), na Praça Tubal Vilela, nº 192, no Centro da cidade. O jogo, diante de chuva, o treinador da URSS, Nikolay Morozov fez diversas mudanças, mas isso não impediu que a vitória tranquila por 2 a 0 sobre o Uberlândia Esporte Clube. Os gols saíram ainda na primeira etapa, por intermédio de Dunga, contra, aos 25 minutos e Malotiev aos 42 minutos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Cafifa, Jorge, Carlinhos, Jair, Gato e Lourenço;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Fazendeiro, Neiriberto, Ferreira, Waldocir e Fioti.

UBERLÂNDIA E.C. (MG)              0          X         2          U.R.S.S.

LOCALEstádio Juca Ribeiro, Uberlândia/MG
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 09 de fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 52.000.000,00 (cinquenta e dois milhões de cruzeiros)
PÚBLICONão informado
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
UBERLÂNDIAAldo (Gutenberg); Germano, Dalmo e Dunga (Zé Roberto); Cafifa e Neiberto; Reis, Índio (Saci e depois Hamilton), Zinho, Jair e Fazendeiro.
URSSKavazashivilli; Ponomaryov (Prussaionov), Ussatores, e Afonin (Ivanov); Danilov e Voronin; Tissabot, Malotiev (Chislenko), Kopaiev, Biba e Vitalis. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSDunga, contra, aos 25 minutos (URSS); Malotiev aos 42 minutos (URSS), no 1º Tempo.

Após essa partida, a Seleção Soviética entrou em campo mais duas vezes, na região Sul do Brasil. Na tarde de domingo, do dia 13 de fevereiro de 1966, foi derrotada pelo Grêmio Maringá pelo placar de 3 a 2, em Maringá/PR. E, a última partida, aconteceu na noite da quarta-feira, do dia 16 de fevereiro de 1966, a URSS foi novamente derrotada, pelo Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense por 2 a 0, em Porto Alegre/RS.

Com isso, o selecionado soviético encerrou a sua excursão pelo Brasil, realizando sete jogos, com três vitórias e quatro derrotas; marcando 13 gols a favor, 12 tentos contra e um saldo positivo de um gol.

FOTOS: Divulgação

FONTES: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ)

Torneio Magalhães Pinto de 1966: União Soviética foi a grande campeã!

URSS – Campeã

O Torneio Magalhães Pinto, foi realizado entre os dias 3 a 6 de fevereiro de 1966 (quinta-feira a domingo). A competição contou com a participação do Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo e a Seleção da U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que fez uma excursão pelo continente sul-americano, visando a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Vice-campeão

O América Mineiro tentou participar, mas…

Um fato curioso, foi que o América Mineiro tentou participar do quadrangular. Para isso tentou junto a Federação Mineira de Futebol (FMF), transferir o seu jogo da Campeonato Mineiro referente ao ano de 1965, do dia 05 de fevereiro de 1966, diante do Valeriodoce para outra data. 

Inclusive, o clube enviou o representante o Sr. Lauro Gentil para uma reunião na sede da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), terça-feira, às 19h30min., do dia 19 de janeiro de 1966. Apesar do esforço do Coelho, a resposta definitiva foi de que seria impossível a sua inclusão no quadrangular.

Terceiro lugar

A Seleção Uruguaia foi cogitada a disputar

Sem cobrar cota, revertendo a arrecadação das partidas em benefício das vítimas das enchentes no Rio, a Seleção do Uruguai veio ao Brasil a fim de excursionar para realizar vários amistosos. Com isso foi cogitado a sua entrada no Torneio Magalhães Pinto de 1966, o que elevaria o número para cinco equipes. Porém, no final a Celeste não participou.

Quarta colocação

Os soviéticos livres, leves e soltos em Belo Horizonte

Na noite de terça-feira, do dia 1º de fevereiro de 1966, os jogadores do selecionado soviético saíram do Brasil Palace Hotel, onde estavam hospedados em Belo Horizonte/MG, informando que “iriam numa recepção”.

No entanto, foi descoberto, que na realidade os russos foram no Cine Art-Palace, assistir a um filme de strip-tease, chamado: “Noites Quentes do Oriente(filme italiano, que revela a vida noturna em países orientais), que é impróprio para menores de 18 anos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira (Foto: Arquivo Estado de Minas)

Cruzeiro e URSS estreiam com goleada e decidem o título

O Torneio Magalhães Pinto, teve a sua jornada dupla, na quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966. A diretoria do Cruzeiro que havia prometido um “bicho” de Cr$ 200 mil para cada jogador em caso de vitória, pelo visto motivou os jogadores.

Após um primeiro tempo equilibrado, com empate em dois gols, o Cruzeiro voltou para a etapa final e goleou o Flamengo pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

CRUZEIRO E.C. (MG)        6          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e José Teixeira dos Santos (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William (Celton), Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
FLAMENGOValdomiro; Murilo, Ditão (Jayme Valente), Luís Carlos e Paulo Henrique; Carlinhos e Jarbas (Mansilha); Neves, César Lemos (Aírton), Silva Batuta e Rodrigues (Osmar). Técnico: Armando Renganeschi.
GOLSSilva Batuta aos 20 e 27 minutos (Flamengo); Dirceu Lopes aos 24 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 37 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo. Wilson Piazza, de pênalti, aos 18 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 22 e 41 minutos (Cruzeiro); Marco Antônio aos 29 minutos (Cruzeiro), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, a diretoria bem que tentou motivar seus jogadores com a promessa de pagar Cr$ 200 mil pela vitória diante do selecionado soviético e mais Cr$ 300 mil pelo título.

EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei Paiva e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião. (Foto: Arquivo Cláudio Aldecir)

Porém, o que se viu foi um Atlético Mineiro ser goleado pela União Soviética pelo placar de 6 a 1, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG. Após um primeiro tempo com cinco tentos a zero, os russos retornaram num ritmo menor assegurando o direito de decidir o título contra o Cruzeiro.    

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           1          X         6          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO19 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e José Alberto (FMF)
ATLÉTICO-MGOsias; Canindé, Zé Borges (Vander), Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Buião (Ronaldo), Toninho, Noventa e Ronaldo. Técnico: Paulo Amaral
URSSKavazashivilli; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Danilov; Malafeev (Voronin) e Jussanov (Biba); Chislenko, Slava Metreveli, Kopaev (Serebrianikov) e Meshki (Jmelnitski). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSKopaev a 1 e aos 16 minutos (URSS); Jussanov aos 4 minutos (URSS); Chislenko aos 19 minutos (URSS); Meshki aos 26 minutos (URSS), no 1º Tempo. Kopaev aos 12 minutos (URSS); Toninho aos 15 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

A jornada dupla, de o Torneio Magalhães Pinto de 1966, no domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966, começou com a disputa do 3º lugar, entre Flamengo e Atlético Mineiro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

No final, melhor para o Rubro-negro carioca que bateu o Galo pelo placar de 1 a 0, ficando com a 3ª colocação do torneio.  

O primeiro tempo, foi fraco, com o Atlético um pouco melhor. No segundo tempo, com a entrada de Aírton na vaga de Carlinhos Violino, o Flamengo melhorou e dominou o jogo. Após perder uma série de gols, aos 37 minutos, saiu o gol.

Aírton dominou a bola na intermediária adversária e passou a César Lemos, na entrada da área. O ponta-de-lança deu um drible de corpo em Vander e, já com Luisinho batido, chutou rasteiro. A bola bateu no pé da trave e sobrou limpa para Neves que tocou alto para o gol, antes de entrar a bola resvalou na cabeça de Aírton, mas o árbitro assinalou o tento para Neves.

EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Ditão, Jaime, Franz, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Carlos Alberto, Nelsinho, Almir Pernambuquinho, Silva e Osvaldo (Foto: Revista Cruzeiro)

O Galo ainda tentou o empate, mas o rubro-negro por pouco não ampliou o marcador. Fim de jogo e o Flamengo ficou com a terceira colocação, enquanto o Atlético terminou na 4ª posição.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           0          X         1          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERDisputa do 3º lugar do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.704.000,00 (cento e quatro milhões e setecentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.422 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESLuís Pereira (FMF) e José Teixeira (FMF)
ATLÉTICO-MGLuisinho; Canindé, Vander, Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Ronaldo, Toninho, Noventa (Henrique Frade e depois Paulista) e Noêmio (Pio). Técnico: Paulo Amaral
FLAMENGOValdomiro (Franz); Leon, Luís Carlos, Jayme Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Aírton) e Jarbas; Neves, César Lemos, Silva Batuta e Rodrigues. Técnico: Armando Renganeschi.
GOLNeves aos 37 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, foi definido o grande campeão do Torneio Magalhães Pinto de 1966. E a Seleção da União Soviética bateu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0, e ficou com o título, na tarde de domingo, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

O gol da partida saiu aos 5 minutos da etapa final. O tento foi marcado pelo veterano atacante soviético Ivanov, que, mesmo sem condições físicas, encheu o pé numa bola que lhe foi passada por Banishevski, com o goleiro fora do gol, viu a bola morrer no fundo das redes.  

EM PÉ (esquerda para a direita): Voronin, Lev Yashin, Shesternyov (capitão), Danilov, Sabo e Ponomaryov;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chislenko, Banishevskiy, Porkuyan, Malofeyev e Khusainov. (Acervo pessoal)

A URSS ganhou cota de 24 mil dólares pelas duas exibições, correndo por conta da FMF (Federação Mineira de Futebol), as despesas com estadia, alimentação e, inclusive, diversões (cinema).

CRUZEIRO E.C. (MG)        0          X         1          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERFinal do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.404.000,00 (cento e quatro milhões e quatrocentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.432 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e Doraci Gerônimo (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William, Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio (João José) e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
URSSLev Yashin, ‘Aranha Negra’; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Jusainov (Serebrianikov); Slava Metreveli (Chislenko), Ivanov (Biba), Banishevskiy e Meshki (Kopaiev). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLIvanov aos 5 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Cláudio Aldecir – Revista Cruzeiro – Acervo pessoal

FONTE: Dados pessoais – Jornal dos Sports (RJ)

Amistoso Internacional de 1966: Palmeiras derrotou a Seleção da União Soviética

Após estrear em solo brasileiro, com derrota para o Corinthians (3 a 1), a Seleção da União Soviética se preparava para enfrentar a Sociedade Esportiva Palmeiras, no sábado, às 21h15min., do dia 29 de janeiro de 1966, no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo/SP.

Apesar da melhora da compilação intestinal de Ivanov, o treinador Nikolay Morozov optou em poupá-lo. Já o ponta-direita Metrevelli começaria o jogo como titular.

Na antevéspera da partida, os soviéticos almoçaram às 9 horas, depois visitaram a sede do Clube Atlético Paulistano, percorrendo depois, os pontos pitorescos da cidade de São Paulo/SP, só retornando às 20 horas para jantar. Na véspera, no período da manhã, o treinador Morozov realizou um treino com bola depois um treino tático, fazendo os últimos ajustes para o jogo diante do Palmeiras.

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)
Os sócios do PalmeirasCr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)

Transmissão

À esquerda o capitão soviético, Voronin, troca a flâmula com o capitão palmeirense, Djalma Santos. Ao centro, o árbitro Ethel Rodrigues, da Federação Paulista de Futebol.

A Rádio Continental transmitiu o jogo, tendo Clóvis Filho na narração e Carlos Marcondes nos comentários.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Morais, MInuca, Djalma Dias, Zequinha e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Gallardo, Ademir Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

Palmeiras bateu a URSS

Outra sensacional vitória obtida pelo futebol brasileiro sobre a União Soviética, na noite de sábado (29/01/1966), quando o Palmeiras derrotou a URSS pelo placar de 3 a 1, a mesma contagem que o Corinthians havia estabelecido.

Depois de um primeiro tempo sem gols, o quadro paulista abriu a contagem aos 3 minutos, Dudu chutou da intermediaria, e Lev Yashin fez golpe de vista e acabou indo buscar no fundo das redes.    

Os soviéticos empataram quatro minutos depois, quando o ponta-esquerda Meskhi driblou seguidamente Luís Carlos (substituiu Djalma Santos aos 35 minutos do 1º tempo) e Djalma Dias e tocou na saída de Valdir para deixar tudo igual.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Moraes, Procópio, Djalma Dias, Dudu e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Dario, Ademar Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

O domínio e a maior capacidade técnica do Palmeiras, no entanto, voltaram a se manifestar aos 24 minutos, Rinaldo cobrou falta e soltou uma bomba. O goleiro Yashin rebateu a bola, e Ademar Pantera, demonstrando oportunismo, marcou o gol, recolocando o Palmeiras na frente do placar.  

Aos 28 minutos, Jairzinho driblou vários adversários e, na pequena área, foi derrubado por Danilov! Pênalti, que Rinaldo converteu, sem chances para Yashin, dando números finais a peleja.

S.E. Palmeiras (SP)           3          X         1          URSS

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o ‘Pacaembu’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATASábado, do dia 29 de Janeiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 29.873.000,00 (vinte e nove milhões, oitocentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO17.998 pagantes
ÁRBITROEthel Rodrigues (FPF) fraca atuação
AUXILIARESGerminal Alba (FPF) e Wilson A. Medeiros (FPF)
PALMEIRASValdir de Morais; Djalma Santos (Luís Carlos), Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Zequinha (Suingue); Jairzinho, Servílio e Dario (Ademar Pantera). Técnico: Mario Travaglini
URSSLev Yashin; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Melafeev e Khusainov; Metrevelli, Kopaiev (Chislenko), Banichveski e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSDudu aos 3 minutos (Palmeiras); Meskhi aos 7 minutos (URSS); Ademar Pantera aos 24 minutos (Palmeiras); Rinaldo aos 28 minutos (Palmeiras), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Cruzeiro – Acervo ‘Eu Amo o Palmeiras’  

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna de Imprensa (RJ)

Amistoso Internacional de 1966: S.C. Corinthians (SP) venceu a Seleção da União Soviética

Na quarta-feira, às 10 horas e 20 minutos, do dia 19 de janeiro de 1966, num avião da Swissair Voo 200 (transitando por Gênova/ITA), a delegação da URSS desembarcou, no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo/SP. Ali, os soviéticos seguiram direto para o Morumbi, onde ficaram hospedados.

Vestindo roupas pesadas, rapidamente sentiram o verão brasileiro, com os termômetros marcando 35º graus. Cinco jogadores ficaram em Moscou, mas se incorporaram ao grupo no dia 26 de janeiro: Biba, Szabor, Kanielniski, Serebrianikov e Borivin. A delegação da URSS veio com os seguintes integrantes:

Chefe da delegação – Nikolai Riasshenstev (Presidente da Federação Soviética de Futebol);

Supervisor – Zolotov Sigal;

Técnico – Nicolai Petrovich Morozov;

Massagista – Morozov;

Delegado – Niskij (diretor);

Atletas (18) – Lev Yashin; Banishevski; Shuminskij; Kavazashvili; Afonin; Ponomariov; Guetmanov; Danilov; Valery Voronin; Metrevelli; Schesterniov; Hurtslava Usatorre; Kopaiev; Chilenko; Ivanov; Melofieev; Meskhi e Husainov.

EM PÉ (esquerda para a direita): Jair Marinho, Luizinho, Marcial, Ditão, Galhardo e Maciel;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Bataglia, Rivellino, Ney, Tales e Gilson Porto.

Mané Garrincha fez o 1º treino no Timão

Após empatar com o Londrina em 2 a 2, no sábado, do dia 22 de janeiro de 1966, no estádio Vitorino Gonçalves Dias, em Londrina/PR, o Sport Club Corinthians Paulista voltou para a capital paulista com uma cota livre de Cr$ 10 milhões de cruzeiros.

Na segunda-feira, às 14 horas, do dia 24 de janeiro de 1966, os jogadores se reapresentaram no Parque São Jorge,  visando o jogo diante da Seleção da União Soviética.

No treino, o técnico Osvaldo Brandão optou em sacar o atacante Flávio, que não estava em boa forma física, para a entrada de Ney. E, Mané Garrincha realizou o seu primeiro treino no Corinthians, levando cerca de 2 mil torcedores que acompanharam o treino para ver o Mané, que fora de forma, precisou de algumas semanas para ficar em condições de jogo.

Calor e comida brasileira: a preocupação dos soviéticos

O treinador Nicolai Morozov demonstrou preocupação com o forte calor, que oscilava entre 35 a 37 graus, e com o tempero da comida brasileira. Na véspera do jogo, os atletas Guetmanov e Ivanov acordaram indispostos devido ao forte calor que dificultou a noite de sono.

Por volta das 9h30min., os atletas foram tomar café da manhã, com mesa farta: ovos quentes, frango frito, purê de batatas, pão com manteiga, chá e limão. Às 14 horas, voltaram a se alimentar com sardinhas, pepino, sopa de massa, carne assada, uva e abacaxi, completando com água mineral.

À tarde alguns jogadores ficaram jogando xadrez, enquanto Yashin, Metrevelli e Afonin, ligaram a vitrola e ficaram ouvindo música, com gravações da Bossa-nova brasileira.

Às 18 horas, os jogadores jantaram, com um cardápio variado e farto, com iogurte (que eles apreciaram muito), strogonoff com fritas, água mineral e frutas diversas. Às 20 horas, foi servido um lanche com pão e manteiga, queijo e frutas.  

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
Cadeiras cativasCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)

Timão se impõe e bate a União Soviética

Na tarde da terça-feira, às 16 horas, do dia 25 de janeiro de 1966, o Corinthians venceu a Seleção da União Soviética pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Morumbi, pelo Torneio João Havelange.

O Timão partiu pra cima dos soviéticos, impondo um ritmo forte de jogo. E logo aos seis minutos, abriu o placar. Rivellino recebeu na intermediaria, ultrapassou a linha divisória e fez um longo lançamento para Tales. O ponta-de-lança venceu Shesterniev na corrida, e na saída do goleiro Kavazashivilli, tocou no canto, colocando o Corinthians em vantagem.

A equipe paulista foi melhor e foi para o intervalo de baixo de chuva, tendo criado algumas chances de gols, enquanto os soviéticos pouco ameaçaram a meta do arqueiro Heitor.

No segundo tempo, apesar da URSS ter voltado melhor, o Corinthians seguiu criando chances. Com a entrada de Flávio no lugar de Ney, o time melhorou e ampliou o placar aos 20 minutos.

Flávio foi lançado em profundidade, ganhou na corrida de Shesterniev e Afonin, e, na pequena área, sofreu duplo pênalti de Kavazashivilli e Danilov. Dino Sani cobrou firme, no canto esquerdo do goleiro, e a bola foi morrer no fundo das redes.      

A partir daí, o Timão passou a cadenciar o jogo. Mesmo assim, chegou ao terceiro gol. Aos 40 minutos, Édson Cegonha dominou a bola pela esquerda, e fez um longo lançamento para Rivellino, que entrava pela esquerda, nas costas da defesa russa, e na saída de Kavazashivilli, soltou a bomba, para estufar as redes soviética.

Dois minutos depois, numa jogada sem maiores pretensões, a URSS marcou o seu gol de honra. Metrevelli, da lateral, centrou na área. Voronin se atirou na bola, testando firme, vencendo o arqueiro Heitor.

Fim de jogo, e vitória do Corinthians. Já a URSS, apesar da derrota, o selecionado recebeu, pela partida, a cota livre de impostos, no valor de 12 mil dólares.

S.C. Corinthians (SP)       3          X         1          URSS

LOCALEstádio Cícero Pompeu de Toledo, o ‘Morumbi’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATATerça-feira, do dia 25 de Janeiro de 1966
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACr$ 41.946.000,00 (quarenta e um milhões, novecentos e quarenta e seis mil cruzeiros)
PÚBLICO18.548 pagantes
ÁRBITROÓlten Aires de Abreu (FPF)
CARTÃO VERMELHO Nenhum
CORINTHIANSHeitor; Jair Marinho, Galhardo, Clóvis e Édson Cegonha; Dino Sani e Rivellino; Bataglia (Geraldo José), Ney (Flávio), Tales e Gilson Porto. Técnico: Oswaldo Brandão
URSSKavazashivilli; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Voronin e Jusainov; Chislenko, Kopaiev (Metrevelli), Melafeev (Banichveski) e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSTales aos 6 minutos (Corinthians), no 1º Tempo. Dino Sani aos 20 minutos (Corinthians); Rivellino aos 40 minutos (Corinthians); Voronin aos 42 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ)

FONTES: Diário da Tarde (PR) – Jornal dos Sports (RJ)

Fotos raras: America F.C. 5 x 0 A.A. Portuguesa, pelo Campeonato Carioca de 1975

America dá goleada na Portuguesa, no toque: 5 a 0  

Com uma atuação tranquila e inteligente o America Football Club esperou que a Associação Atlética Portuguesa Carioca cansasse no segundo tempo, para chegar a uma goleada de 5 a 0, na tarde de sábado, no Estádio Mario Filo, Maracanã, válido pela 7ª rodada do segundo turno do Campeonato Carioca de 1975.

O jogo começou em ritmo lento. A primeira jogada de gol pertenceu ao America, num chute de Ivo, defendido sem maiores problemas pelo goleiro Sérgio. A Portuguesa deixou apenas Felipe na frente e a maioria das suas jogadas começava sempre nos pés do habilidoso Eraldo.

Num cruzamento de Orlando, aos 27 minutos, quase Tadeu marca. Ele subiu e cabeceou para fora. Oito minutos depois, num chute de Ivo, Sérgio mandou para escanteio.

Flecha abriu o placar

Flecha, fora da foto, bateu cruzado, acertando o canto direito do goleio Sérgio, abrindo o placar.

O primeiro gol do America ocorreu quase ao final do primeiro tempo, ou seja, aos 42 minutos. Tadeu tocou na direita para Ivo e este cruzou rasteiro, Orlando passou para Flecha, bem colocado, tocou no canto direito de Sérgio, que nada pode fazer.

Na etapa final, o treinador americano Danilo Alvim tirou Paulo César, que se mostrava inibido, e colocou Gilson Nunes. A alteração, segundo o técnico afirmou no vestiário, foi de caráter psicológico, já que Paulo César errou passes primários, porque seus companheiros reclamavam.

A Portuguesa ameaçou o gol de Ado aos 5 minutos, quando Eraldo tocou na medida para Felipe e este chutou forte à direita do arqueiro americano. Aos 17 minutos, o treinador da Lusa Luís Mariano tirou o seu melhor jogador – Eraldo – e fez entrar Oberdã.

Tadeu amplia para o Mecão

Um minuto depois, quase o America aumenta. Flecha chutou, Sérgio largou e Tadeu, na pequena área, acertou a trave. O segundo gol surgiu aos 22 minutos. Gilson Nunes cruzou da esquerda para a direita e Neco que acompanhava a jogada tocou para Flecha. Este chutou cruzado e a bola passou pelo goleiro Sérgio. Gilson Nunes caído tocou para o gol e quando a bola ia entrando, Tadeu apenas conferiu.

Logo a seguir, Renato entrou no lugar de Bráulio, no America, e Germano no de Jair, na Portuguesa. A substituição do America foi muito boa, já que Renato jogou avançado e deu mais velocidade à equipe.

Ivo Wortmann tocou para o fundo das redes, assinalando o 4º gol.

Ivo marca duas vezes em três minutos

O 3º gol foi marcado por Ivo aos 30 minutos. Orlando chutou forte no travessão e no rebote Ivo escorou de cabeça. Sérgio, fora da jogada, não poderia fazer nada. Três minutos depois, Ivo marcou novamente. Após tabelar com Tadeu, recebeu na frente, e tocou no canto esquerdo, e a bola foi morrer no fundo das redes.

Flecha, de pênalti, marcando o último gol da goleada

Flecha, de pênalti, fez o último

O quinto gol foi marcado através de um pênalti duvidoso de Fernando em Flecha. O próprio Flecha, aos 35 minutos, cobrou e encerrou o marcador. Aos 41 minutos, Flecha foi derrubado na área e o árbitro não marcou, neste sim, um pênalti claro. 

AMERICA F.C. (RJ)           5          X         0          A.A. PORTUGUESA CARIOCA (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã/RJ
CARÁTER7ª rodada do 2º Turno, do Campeonato Carioca de 1975
DATASábado, do dia 24 de Maio de 1975
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 76.504,50 (setenta e seis mil, quinhentos e quatro cruzeiros e cinquenta centavos) 
PÚBLICO7.735 pagantes
ÁRBITROLuís Carlos Félix (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESIvan Balcassa de Melo (FCF) e Mauro Rui dos Santos (FCF)
AMERICAAdo; Orlando, Alex, Geraldo e Paulo Maurício; Ivo, Bráulio (Renato) e Tadeu; Neco, Flecha e Paulo César (Gilson Nunes). Técnico: Danilo Alvim
PORTUGUESASérgio; Calibé, Daniel, Fernando e Sued; Carlinhos e Carlos Magno; Jair (Germano), Felipe, Russo e Eraldo (Oberdã). Técnico: Luís Mariano
GOLSFlecha aos 42 minutos (America), no 1º Tempo. Tadeu aos 22 minutos (America); Ivo aos 30 e 33 minutos (America); Flecha, de pênalti, aos 35 minutos (America), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo pessoal  

FONTES: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RJ)