DE REPENTE SURGE O BAVEC
O Barra Velha Esporte Clube foi fundado por volta de maio de 1997 e teve o seu CNPJ regularizado em 28 de junho de 1997. Sua sede era a pequena cidade de Barra Velha, situada no litoral Norte de Santa Catarina e que na época contava com pouco mais de 15 mil habitantes.
O BAVEC, como ficou carinhosamente conhecido, tinha como presidente, o secretario de finanças do município, João Carlos D’Avila Bitencourt e o técnico era o seu cunhado Rodolfo Diniz. O apoio da Prefeitura Municipal, na pessoa do prefeito Orlando Nogaroli também foi essencial para estruturar e dar vida ao clube.
O clube não tinha um patrocinador oficial estampado na camisa, mas sempre que era preciso, sobretudo no caso do pagamentos das premiações, a solução era recorrer aos empresários e comerciantes locais, que na medida do possível, davam a sua parcela de contribuição, principalmente na alimentação dos atletas. O café da manhã, por exemplo, era um oferecimento da panificadora da Léia, esposa do prefeito.
A FORMAÇÃO DO ELENCO
O BAVEC foi fundado em maio para disputar o Campeonato Catarinense da 2ª Divisão de 1997, que iniciaria no mês de julho, ou seja, tudo foi feito na correria e o elenco de jogadores foi formado ás pressas.
O técnico Rodolfo Diniz, na época com apenas 33 anos, havia sido jogador juvenil do Flamengo-RJ no início dos anos 1980 e foi jogador profissional da Portuguesa-SP até meados de 1985 quando encerrou a carreira prematuramente devido a inúmeras contusões. Orador muito bem articulado, deu-se muito bem como vendedor e corretor de imóveis. Nos fins de semana, passou a treinar clubes amadores em Osasco onde fixou residência. Quando foi convidado para treinar o BAVEC, estava á frente do Primos Futebol Clube, onde começou a procurar os primeiros jogadores para o novo time.
Por indicação do jogador Amaral, que havia jogado no Figueirense-SC em 1995 e estava no Primos F.C. apenas para manter a forma até achar um novo clube, foram recrutados o seu irmão Dinho, que era volante, Luis que era meia, e o garoto Fabinho Paulista. Os três jogadores foram ‘contratados’ pela manhã e após arrumar as malas ás pressas, vieram para Barra Velha á noite, de carona com o técnico, num golzinho bola branco.
Ao mesmo tempo, graças ao prefeito Orlando, chegavam do Rio Branco-PR mais quatro jogadores: o goleiro Kiko e o lateral Marcão, formados na base do Coritiba-PR, o zagueiro Rossano, com passagem pelo Paraná Clube-PR e o experiente zagueiro Fabio Lima, formado no Cascavel-PR e com diversas passagens por times do interior do Paraná e São Paulo. Os paranaenses vieram para serem as estrelas do time, recebendo cerca de R$ 800 por mês e mais um terreno em Itajuba.
Na semana seguinte, o técnico Rodolfo voltou a fazer seus contatos em Osasco, trazendo de uma só vez mais três os jogadores: o zagueiro Rodney, o meia André Luis (Ex-União São João) e o jovem meia Ribamar. Em contrapartida, Fabinho Paulista não aprovou nos treinos e voltou para casa sem assinar contrato.
Também nesta época, foi realizado uma espécie de peneirão em Barra Velha que selecionou diversos jogadores locais para integrar o elenco, dentre os quais estavam o goleiro Marcelo Rohling, o zagueiro Dorival, o volante Laranja e os atacantes Fabinho e Paulo Sérgio ‘Tripinha’, entre outros.
Após o início dos treinos, por indicação de André Luis, foi trazido por empréstimo o atacante Álvaro, do Taubaté-SP. Por indicação dos garotos de Osasco, veio o atacante Baiano, que vinha de uma passagem pelo futebol da Paraíba. Por indicação de Dinho, veio o lateral Vagner, que após ter sido reprovado num teste no modesto Calouros do Ar-CE , estava em São Paulo-SP sem clube.
A maioria dos jogadores paulistas buscava afirmar-se na carreira, por isto, suas médias salariais estavam bem abaixo do que receberiam os paranaenses, cerca de R$ 300 por mês.
O volante Embú, ex-Inter de Lages-SC, foi um dos últimos á chegar e veio parar em Barra Velha após uma negociação frustrada com o Tiradentes de Tijucas-SC.
Após poucas semanas de treinamento, o BAVEC fez dois jogos treinos contra o C.N. Marcílio Dias, clube da elite catarinense. O primeiro realizado em Itajaí, não se sabe quanto foi o resultado. O segundo, realizado em Barra Velha, terminou 0x0 com 20 minutos de jogo, devido uma briga feia entre os jogadores.
Apesar da confusão, os testes foram validos para o BAVEC que reforçou seu time com mais dois jogadores do time de Itajaí: o volante Amaral e o atacante Renatinho, que também engrossaram o numero de paulistas no elenco, já que eram oriundos de Taboão da Serra-SP.
Deste modo o elenco ficou formado quase que exclusivamente por jogadores jovens, com idade entre 20 e 23 anos, a maioria recém-saída das categorias de base, e que buscavam afirmar-se como jogadores profissionais. As exceções á regra eram Baiano, com 29 anos e Fabio Lima, com 26 anos, já com boa experiência no futebol profissional. Dorival, morador de Itajuba, aos 29 anos, tinha a sua primeira chance no futebol profissional, zagueirão duro, ao longo da campanha notabilizou-se muito mais por sua fé religiosa do que pelo seu futebol.
GOLEIROS: Kiko e Marcelo Rohling.
LATERAIS: Luis, Marcão e Vagner.
ZAGUEIROS: Rossano, Rodney, Fábio Lima e Dorival.
MEIAS: Embú, Dinho, Laranjinha, Amaral, André Luis e Ribamar.
ATACANTES: Álvaro, Baiano, Renatinho, Fabinho e Paulo Sérgio.
TÉCNICO: Rodolfo Diniz.
Também existia uma equipe de apoio bastante dedicada dentro do BAVEC. A cozinha do alojamento ficou sob a responsabilidade da mãe do treinador Rodolfo Diniz, que também atuou como fisioterapeuta do clube. O massagista era o Laranja, pai do jogador Laranjinha. O roupeiro era o sr. Cacau que quando a situação apertava, pedia auxilio para sua esposa, dona Pipa.
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O ESTÁDIO
A novidade da fundação do BAVEC, deixou os moradores da cidade inicialmente céticos, afinal, como uma cidade pequena que sequer tinha um time de futebol amador forte, poderia ter um clube profissional?
Além disto, onde o time jogaria? O Estádio Municipal Figueirão, localizado no centro da cidade, era na prática um campo, apenas com alambrados, sem muros ou vestiários. Também havia o estádio do São João Esporte Clube, mas este também não passava de um campo cercado, e pior que isso, ficava localizado no minúsculo município vizinho de São João do Itaperiú, que havia recentemente se emancipado de Barra Velha.
As duas opções anteriores iriam requerer um alto custo em obras, motivo pelo qual o estádio escolhido foi o Centro Esportivo e Recreativo Pedro João Pereira “Pedro Quintino” anexo ao colégio municipal da Praia de Itajuba, distante 8 km do centro do município.
O estádio, que era parcialmente murado e tinha uma arquibancada com capacidade para 500 espectadores, recebeu alguns pequenos reparos para o campeonato, embora, por haver um morro nas suas imediações com visão privilegiada de todo o campo, pode-se dizer que o pagamento de ingresso era facultativo.
Para facilitar a logística, foi alugada uma casa na Praia de Itajuba para a maioria dos jogadores ficarem alojados. Deste modo, não haveria custos de transporte já que os treinos, também eram realizados no estádio Pedro Quintino.
A exceção ficava por conta dos jogadores curitibanos: Kiko e Marcão ficaram hospedados por conta do Hotel Barra Velha. Rossano e Fabio Lima vieram com suas famílias, por isso, alugaram apartamentos nas imediações do hotel.
Estádio Pedro Quintino em 2006
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O CAMPEONATO DE 1997
O Campeonato Catarinense da 2ª Divisão de 1997 foi composto de apenas seis equipes e daria acesso apenas ao campeão. Além do BAVEC entraram na disputa os seguintes clubes:
– Biguaçu Atlético Clube, de Biguaçu, vice-campeão da Segundona do ano anterior, era comandado por Balduíno, craque do futebol catarinense nos anos 1970 e 80, localizado na Grande Florianópolis, contava com vários jogadores com boas passagens por Avaí e Figueirense no elenco.
– Brusque Futebol Clube, de Brusque, rebaixado da Primeira Divisão do ano anterior, era o principal favorito á conquista do acesso, já que contava com um time forte e o patrocínio generoso da Loja Havan.
– Sociedade Esportiva Kindermann, de Caçador, clube que sucedeu a Associação Caçadorense de Desportos, que no início da década de 1990 havia feito boas campanhas no Estadual da Primeira Divisão. Foi o clube que mais investiu para o Campeonato, colocando-se assim, entre os favoritos.
– Joaçaba Atlético Clube, de Joaçaba, sucessor da Associação Desportiva Joaçaba, que por conta de dividas, foi extinta após disputar sem brilho a Segundona do ano passado. Não vinha com grandes aspirações para este campeonato.
– Tiradentes Esporte Clube, de Tijucas, tradicional clube que voltava ao profissionalismo após seis anos, vinha com um elenco bem modesto, sem almejar muita coisa.
Diante de tais adversários, o BAVEC iniciou o campeonato como franco atirador, ou incógnita, sendo apontado como o principal candidato á lanterna da competição.
O REGULAMENTO
O regulamento previa que somente o campeão teria acesso ao Campeonato Catarinense da Primeira Divisão de 1998.
Na Primeira Fase, os campeões do turno e do returno, mais os dois melhores no índice técnico se classificariam para a Segunda Fase.
Na Segunda Fase, os campeões do turno e do returno, classificariam-se para a Final.
Na Segunda Fase, caso o mesmo clube conquistasse o turno e returno, seria campeão de forma direta.
UNIFORME 1
UNIFORME 2
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A PRIMEIRA FASE DO CAMPEONATO:
A DECEPÇÃO NO TURNO
Após um inicio promissor, com empates diante dos favoritos, o BAVEC acabou amargando derrotas sucessivas em casa e foi muito mal no turno da Primeira Fase.
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1. Rodada:
27/07/97 – Estádio Augusto Bauer – Brusque 1×1 BAVEC
Gol: Baiano.
BAVEC: Kiko, Luis, Rodney, Dinho e Marcão; Embú, Vagner e Amaral; Renatinho, André Luis e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Mesmo desfalcado de Rossano, Fabio Lima e Álvaro, que ainda não estavam aptos para jogar, o BAVEC até que iniciou bem o campeonato, já que na primeira rodada conseguiu empatar com o poderoso Brusque fora de casa.
O pré-jogo foi muito festivo e contou com a presença da modelo e apresentadora Monique Evans e de passistas de uma escola de samba, trazidas de São Paulo pela Havan. O objetivo era animar a torcida brusquense, que após festejar o titulo estadual em 1992, amargava o segundo rebaixamento em 4 anos. Simpática, Monique tirou fotos com todos os jogadores e ainda deu um beijo no goleiro, falando no seu ouvido para deixar o Brusque ganhar.
Em campo, o jogo foi muito amarrado, com o BAVEC bem fechado na defesa, ameaçando o adversário apenas em raros contra ataques, puxados pelo rápido Renatinho. O Brusque fazia uma forte pressão contra o gol de Kiko, obrigando todo o sistema defensivo a se desdobrar para conter os fortes ataques. O BAVEC também era perigoso nas bolas paradas, e numa delas na intermediária, o lateral Marcão cruzou alto na área, onde estavam Dinho e Baiano. Oportunista, Baiano se antecipou aos zagueiros e fez a conclusão, mandando para o fundo das redes, deixando a torcida local atônita, já que a goleada que eles esperavam ver, estava longe de acontecer.
No segundo tempo, á medida que o tempo passava, aumentava a impaciência dos brusquenses. A primeira grande chance de empatar, veio numa cobrança de pênalti, Kiko, porém, frustrando Monique, fez a defesa. A pressão seguiu intensa e dez minutos depois o time da casa alcançava o empate.
O resultado de 1×1 acabou sendo muito bem vindo para os forasteiros do BAVEC, que pela primeira vez, atuavam em Santa Catarina.
BAVEC com Monique Evans, em Brusque
Da esquerda para á direita: Luis, Renatinho, Amaral, Dinho, Marcão, Vagner, Rodney (atrás), Baiano, André (atrás ) e Embú.
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2. Rodada:
03/08/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 0x0 Biguaçu
BAVEC: Kiko, Luis, Rossano, Dinho e Marcão; Rodney, Vagner e Amaral; Renatinho, Baiano e André Luis. Técnico: Rodolfo Diniz.
Expulsão: Rodney.
Publico: 353 pagantes
Na segunda rodada, na sua estreia em casa, o BAVEC recebeu o Biguaçú, e com a entrada do zagueiro Rossano no time, a confiança era maior. Em contrapartida, Embu machucado ficou fora.
A torcida local estava muito animada com a estreia do time e da cidade num Campeonato Estadual, e não á toa, a entrada dos jogadores em campo ocorreu sobre um estrondoso show de fogos de artificio.
Em campo, o jogo foi muito igual, conforme relata a reportagem reproduzida abaixo, porém, o zero á zero persistiu até o final.
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3. Rodada:
10/08/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 0x1 Joaçaba
BAVEC (provável): Kiko, Luis, Rossano, Fabio Lima e Marcão; Dinho, Vagner e Amaral; Álvaro, Baiano e André Luis. Técnico: Rodolfo Diniz
Após enfrentar os dois times considerados mais fortes do campeonato e empatar, o BAVEC teria mais três jogos para realizar no turno, sendo dois em casa, com isso, a expectativa era brigar pelo titulo desta etapa até o final.
O desfalque para este jogo foi o zagueiro Rodney, que suspenso devido a expulsão no jogo passado, deu chance para a estréia de Fábio Lima. No ataque a novidade era a presença de Álvaro que ganhou a posição de Renatinho.
Em campo, o jogo foi quase que um treino de ataque x defesa. O BAVEC começou o jogo bombardeando o gol do adversário, que se defendia de qualquer jeito. A jogada forte, que eram as bolas alçadas na área, eram todas cortadas pelos zagueiros e pelo goleiro joaçabense, que tiveram atuações impecáveis.
Como quem não faz toma, num dos raros ataques do Joaçaba, a bola foi cruzada para a área sem muita pretensão, porem, acabou resvalando em Fabio e pegou Kiko no contrapé. Gol do Joaçaba.
Durante todo o restante do jogo o BAVEC ficou em cima do adversário, porém, nervoso e afobado, não conseguiu o empate.
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4. Rodada:
17/08/97 – Estádio Carlos Alberto da Costa Neves – Kindermann 1×1 BAVEC
Gol: Amaral.
BAVEC (provável): Kiko, Vagner, Rossano, Rodney e Marcão; Dinho, Embu e Amaral; Álvaro, Baiano e André Luis. Técnico: Rodolfo Diniz
Na rodada seguinte, o BAVEC teria uma parada duríssima pela frente, a Kindermann em Caçador. A viagem, de cerca de 370 km percorriveis em 5 horas foi muito exaustiva, mas ao menos o time viajou no dia anterior e ficou bem acomodado no Hotel Kindermann (de propriedade de Salézio Kindermann, dono do time adversário). Deste modo, o BAVEC veio a campo bem descansado para enfrentar o forte adversário.
Embora fosse inverno, o clima seco e o sol fortíssimo prejudicou muito o ritmo de jogo do BAVEC que veio para o jogo desfalcado de Luis, suspenso pelo terceiro amarelo.
O primeiro tempo foi um verdadeiro massacre do experiente time local que tinha como destaque o experiente atacante Tita, que incomodou muito a defesa, tanto nas investidas ao gol de Kiko, quanto no jogo bruto. A zaga da Kindermann era uma verdadeira fortaleza com Bibico e Borjão que não deixavam passar nada. Ao fim do primeiro, a derrota por apenas 1xo até que agradou o BAVEC, que não via a hora do jogo parar para repor as energias.
No segundo tempo o clima melhorou um pouquinho, assim como o futebol do BAVEC que conseguiu alcançar o empate. Novamente a bola parada foi decisiva, já que numa cobrança de escanteio de Marcão, a bola sobrou limpa no segundo pau para o volante Amaral que chutou cruzado para colocar no fundo das redes do goleiro Alemão.
Foi neste jogo em Caçador, que o técnico Rodolfo Diniz formou o time que considerava ideal. O esquema era baseado num 4-3-1-2, com dois laterais com liberdade para avançar (Luis ou Vagner e Marcão), dois zagueiros (Rodney e Rossano), três volantes (Dinho, Amaral e Embú), um meia de ligação (André), um atacante de referencia (Baiano) e um atacante pelo lado do campo (Alvaro).
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5. Rodada:
24/08/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 1×3 Tiradentes
BAVEC (provável): Kiko, Vagner (Luis), Rossano, Rodney, Fabio Lima e Marcão; Amaral (Dinho), André Luis e Ribamar (Laranja); Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz
Gol: Álvaro (provavel)
Expulsão: Dinho
O ponto suado trazido de Caçador não amenizou a situação do clube, que a esta altura já era o lanterna da competição e para piorar tudo, na ultima rodada, jogando em casa, o BAVEC tomou um passeio do Tiradentes e voltou a perder em casa.
O técnico Diniz optou em manter Vagner na lateral direita e Luis no banco e para dar mais ofensividade ao time, escalou três zagueiros para dar liberdade aos laterais e ainda promoveu a entrada do meia Ribamar na vaga do volante Dinho.
Na prática, as alterações não surtiram muito efeito. Vagner se machucou com quinze minutos de jogo, e Ribamar foi substituído no intervalo, quando o jogo ainda estava 1×1.
No segundo tempo, o jogo foi amplamente favoravel ao Tiradentes, que fez dois gols com facilidade, ainda mais que teve uma pequena ajuda da arbitragem, que errou diversas marcações prejudicando o BAVEC, que teve ainda, o volante Dinho expulso.
Com esta derrota, o BAVEC terminou o turno da pior forma possível: lanterna da competição, sem vitória e com apenas 3 pontos conquistados.
A torcida irritou-se muito com o desempenho do time e ao longo da semana, e o mais corneteiro dos torcedores estendeu na entrada da cidade uma faixa que trazia a seguinte mensagem para os futuros adversários: “Venham e levem três pontos”.
A indignação dos barravelhenses também se dava pelo fato dos jogadores locais não terem vez no time, figurando apenas como opção no banco de reservas. A frase mais repetida nas conversas de buteco era a seguinte: “Se trazem estes caras de fora para jogar isto, que mandem tudo embora e ponham a garotada daqui”.
Mesmo diante de tanta desconfiança, os jogadores não tinham tempo á perder, pois na semana seguinte começaria o returno, e a chance de se manter na competição era vencer e vencer.
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Classificação do turno:
1. Biguaçu – 10 pontos (campeão)
2. Brusque – 8
3. Tiradentes – 7
4. Joaçaba – 7
5. Kindermann – 4
6. Bavec – 3.
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A REDENÇÃO NO RETURNO
Após a derrota para o Tiradentes, o clima entre os jogadores do BAVEC era de visível abatimento. Para piorar ainda mais a situação, a pedido do presidente João, o técnico Diniz convocou todos os jogadores para um treino, já na segunda-feira de manhã.
Mesmo contrariados, os atletas foram ao estádio, esperando uma grande bronca e um penoso treino de regeneração, porém, havia algo estranho na porta do estádio: um ônibus.
Sem dar maiores detalhes, o presidente mandou todos entrarem no ônibus e partiu rumo a um sitio. Para surpresa dos atletas, no local estava sendo preparado um belo churrasco, regado a muita cerveja.
Nesta ocasião presidente e técnico reafirmaram a sua confiança no elenco, que assim, se fechou definitivamente e passou a jogar por eles.
E assim foi, como num passe de mágica, com o mesmo treinador e elenco, tudo mudou no returno, e o BAVEC surpreendeu todos aqueles que não acreditavam mais no time, conquistando o titulo desta etapa.
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1. Rodada:
01/09/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 2×1 Brusque
BAVEC (provável): Kiko, Luis, Rodney, Fábio Lima, Rossano e Marcão; Embu, Amaral e André Luis; Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Gols: Baiano (2x).
Público 226 pagantes.
No primeiro jogo do returno, o BAVEC recebeu o Brusque, que veio mordido pela perda do turno. O principal desfalque do time foi o volante Dinho, expulso no jogo passado, o que deu chance para o técnico Diniz manter o esquema com três zagueiros, tendo Fábio Lima, um pouco mais de liberdade de sair jogando, já que possuía boa técnica para isso.
O time visitante começou o jogo melhor em campo e não demorou muito para abrir o marcador. O BAVEC não se abateu de modo algum e poucos minutos depois conseguiu o empate. Rossano cobrou uma falta com violência, a bola foi rebatida e quando estava quase saindo do campo foi chutada pelo oportunista Baiano que não deu chances de defesa para o goleiro brusquense. O jogo seguiu equilibrado até que num chutão do goleiro Kiko, a bola quicou no gramado e enganou os zagueiros brusquense, que deixaram Baiano livre com a bola, partindo em direção ao gol. O goleiro Fabiano Appel abandonou a meta para ir de encontro ao atacante, mas foi surpreendido com um gol por cobertura. Um golaço, que encheu de entusiasmo a pequena torcida local. O Brusque não se conformou com o gol sofrido e foi pra cima com tudo, tendo a grande chance de empatar numa cobrança de penalti. Kiko, porém, repetiu o que havia feito no jogo do turno e fez a defesa, garantindo a primeira vitória do BAVEC.
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2. Rodada:
07/09/97 – Estádio Acacio Zelnio da Silva – Biguaçú 1×0 BAVEC
BAVEC: Kiko, Luis, Rodney, Fábio Lima e Rossano; Embú, Amaral e André Luis; Álvaro, Fabinho e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
A vitória sobre o Brusque encheu o elenco do BAVEC de confiança e nem o desfalque do principal jogador do time, o lateral Marcão, foi capaz de abalar o otimismo dos jogadores, que viajaram até Biguaçu, crentes que poderiam superar o time local. Para manter o time forte nas bolas paradas, a opção do treinador foi colocar o zagueiro Rossano na lateral. No ataque, a novidade era a entrada de Fabinho.
Em campo, o jogo foi muito equilibrado e depois de muita luta, o BAVEC acabou amargando uma magra derrota de 1×0 para o time mais forte do campeonato até aquele momento.
O resultado negativo repercutiu mal em Barra Velha e novamente a torcida colocou em dúvida a força e a qualidade do time para conseguir a vaga na próxima fase.
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3. Rodada:
20/09/97 – Estádio Oscar Rodrigues da Nova – Joaçaba 4X5 BAVEC
Gols: Rossano (2x) e Alvaro (3x).
Expulsão: Embú.
BAVEC: Kiko, Vagner (Fabinho), Fábio Lima, Rodney, Rossano e Marcão; Embú e Amaral; André Luis, Baiano (Laranja) e Álvaro. Técnico: Rodolfo Diniz.
Publico: 50 pagantes
Na terceira rodada o BAVEC tinha um páreo duríssimo pela frente, já que faria uma longa viagem até o Oeste do Estado para enfrentar o Joaçaba, seu algoz no turno. Por problemas em seu estádio, o JAC decidiu mandar este jogo no estádio do Arabutã F.C. na vizinha cidade de Ouro, no entanto, a Federação esqueceu-se de avisar o BAVEC sobre a alteração na tabela. Com isso, o BAVEC iniciou uma longa viagem de 350 km até o Oeste, mas acabou sendo avisado no meio do caminho para retornar devido este impasse. Diante de tamanha incompetência, restou á Federação remarcar o jogo para a semana seguinte. Como os demais jogos da rodada já haviam sido realizados, o BAVEC voltou á Joaçaba sabendo que se vencesse, assumiria a liderança do returno e pela primeira vez entraria no G4 da classificação geral.
Para este jogo, o principal desfalque do BAVEC era o lateral Luis, também conhecido como Alemão, que assim, deu lugar á Vagner. Para este jogo, o técnico Diniz voltou a usar uma formação com três zagueiros, dando um pouco mais de liberdade para Fábio Lima ajudar na saída de bola e na marcação no meio de campo. No ataque Fabinho deixou o time e ficou como opção no banco.
O jogo, realizado no sábado á noite, foi sensacional, principalmente para o BAVEC que conseguiu superar o jogo violento do adversário e conquistou uma grande vitória num jogo que também foi bem tumultuado conforme detalha a reportagem reproduzida abaixo.
Num dos momentos mais tensos, o volante Embu reagiu a um xingamento racista com um soco na boca do adversário, que acabou perdendo um dente. A briga foi feia e o capitão do BAVEC foi expulso de campo.
O grande nome do jogo foi o atacante Alvaro, que mesmo após sofrer uma pancada na coxa no primeiro tempo e jogar toda a partida com dores no local, no segundo tempo, fez três gols em sequência.
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4. Rodada:
28/09/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 3X2 Kindermann
Gols: autores desconhecidos.
BAVEC (provável): Kiko, Luis, Fábio Lima, Rodney, Rossano e Marcão; Laranja e Amaral; André Luis, Baiano e Álvaro. Técnico: Rodolfo Diniz.
É CAMPEÃO !!!
Nesta altura da competição, o BAVEC já tinha até torcida organizada e para fazer parte dela, bastava comprar uma camisa no principal mercado local. A vitória em Joaçaba proporcionou uma semana de muita empolgação para a torcida e para atrair ainda mais público ao jogo, um carro de som ficou todo o sábado rodando pela cidade, convidando os moradores para prestigiar o time. Até um ônibus grátis para levar o povo do centro e bairros para a praia de Itajuba para ver este jogo foi disponibilizado pela Prefeitura.
Durante os treinos da semana, o técnico Diniz optou novamente em manter o esquema com três zagueiros, já que o time adversário vinha para o tudo ou nada, já que daria a sua última cartada para se manter na competição e caso vencesse, colocaria o BAVEC em má situação para a última rodada. O desfalque para o jogo era o volante Embú, que expulso no jogo anterior, deu vez para Laranja entrar no time.
Em campo, com grande atuação dos atacantes e com a defesa um pouco vulnerável, o BAVEC confirmou a boa fase e conquistou uma difícil vitória. Além disto, os demais resultados da rodada garantiram a conquista do título do returno por antecipação e por isso, a cidade viveu um grande clima de festa com o feito do time. Houve até uma carreata que percorreu o trajeto entre a Praia de Itajuba e o centro da cidade.
Como premiação pelo titulo, os jogadores ganharam uma churrascada e foram levados para fazer uma animada pescaria num dos recantos da cidade.
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5. Rodada:
05/10/97 – Estádio Sebastião Vieira Peixoto – Tiradentes 3×0 BAVEC
BAVEC: Kiko, Luis, Fábio Lima, Rossano, Rodney e Marcão; Embú, Laranja e Amaral; André e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Em pé, Laranja (massagista), Kiko, Marcão, Fábio Lima, ? , Rossano, Rodney e Rodolfo Diniz. Agachados: Cacau (roupeiro), Amaral, Luis, Baiano, André Luis, Embu e Laranja.
Classificação do Returno:
1. BAVEC – 9 pontos – 3 vitórias (campeão)
2. Tiradentes – 9 pontos – 2 vitórias
3. Biguaçu – 7 pontos
4. Kindermann – 6 pontos
5. Brusque – 5 pontos
6. Joaçaba – 2 pontos.
Além de Biguaçu e Barra Velha, respectivamente campeões do turno e no returno, classificaram-se para a Segunda Fase, o Tiradentes e o Brusque pelo índice técnico.
1. Biguaçu – 17 pontos
2. Tiradentes – 16 pontos
3. Brusque – 13 pontos
4. BAVEC – 12 pontos
– – – – – – – – – – – – – – – – –
5. Kindermann – 10 pontos
6. Joaçaba – 9 pontos.
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O QUADRANGULAR FINAL
A Segunda Fase do Campeonato consistia num Quadrangular, que a exemplo do que ocorreu na Primeira Fase, indicaria o campeão do turno e do returno para a Final. No entanto, este Quadrangular poderia também já indicar o campeão, caso o mesmo clube vencesse os dois turnos.
Era a hora de Brusque e Biguaçu, favoritos no inicio da competição, fazerem valer o seu favoritismo. Enquanto isso, BAVEC e Tiradentes, que iniciaram a competição desacreditados, estavam a poucos passos de conquistar uma façanha antes impensável.
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O TURNO DO QUADRANGULAR FINAL
No primeiro turno do Quadrangular, a responsabilidade de conquista pendia mais para o BAVEC, que iria fazer dois jogos em casa, sendo um deles contra o Biguaçú, que era o outro time que também jogaria duas partidas em casa. Brusque e Tiradentes, por fazerem apenas um jogo em seu campo, eram franco atiradores.
1. Rodada:
12/10/97 – Estádio Augusto Bauer – Brusque 1×0 BAVEC
BAVEC: Kiko, Luis, Rodney, Rossano, Fábio Lima e Marcão; Dinho, (Ribamar), André Luis e Fabinho; Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
A estréia do BAVEC na Fase Final também ocorreu em Brusque, e ao contrário do que encontrou na estréia do campeonato, desta vez não havia um clima de festa na Cidade dos Tecidos, já que a campanha irregular do time quadricolor acabou afastando o torcedor dos jogos.
O técnico Rodolfo Diniz pode contar com a volta de todos os jogadores poupados e suspensos que não atuaram na rodada passada, diante do Tiradentes, com isto, levou força máxima até Brusque, escalado o time com três zagueiros e promovendo a volta do volante Dinho ao time, já que precisaria ter uma marcação bem forte no meio para evitar uma vitória do time adversário.
Em campo, o jogo foi muitíssimo equilibrado e a derrota por 1×0 foi recebida com muita decepção pelos jogadores do BAVEC que por muito pouco não saíram de campo com o empate.
No outro jogo da rodada, o Biguaçu tropeçou em casa, empatando com o Tiradentes, resultado muito bom para o BAVEC.
Derrota em Brusque na estréia do Quadrangular
Em pé: Kiko, Fábio Lima, Marcão, Álvaro, Rodney e Rossano. Agachados: Dinho, Luis, Fabinho, André e Baiano.
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2. Rodada:
19/10/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 1×0 Biguaçu
BAVEC: Kiko, Vagner, Rodney, Fábio Lima, Rossano e Embú; Amaral, Fabinho e André Luis, ; Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Gol: Álvaro.
Expulsão: Álvaro.
Após a derrota em Brusque, o presidente João adotou mais uma de suas práticas geniais: levou todo mundo para comer camarão num dos restaurantes da cidade. Esta gentileza do dirigente foi praticada algumas vezes durante o campeonato, sempre quando o time vinha de um resultado ruim e precisava ganhar motivação.
Não havia outro resultado para o BAVEC neste jogo que não fosse a vitória, porém, os desfalques dos laterais Luis e Marcão preocuparam muito o técnico Diniz que optou por Vagner, na direita, que já havia ido bem em jogos anteriores e pelo volante Embú, improvisado na direita.
Como ocorrera nos dois jogos anteriores, os dois times fizeram um jogo intenso e marcado pelo equilíbrio. Os dois times alternaram bons e maus momentos e no jogo e perderam inúmeras oportunidades de gol.
Na metade do segundo tempo, após uma bola cruzada da direita por Vagner, Álvaro de chapa, tocou a bola no canto do goleiro Leandro e fez o gol da vitória do BAVEC. O BAC ainda tentou o empate, sobretudo após o mesmo Álvaro ter sido expulso após dar um carrinho por trás e levar o segundo amarelo. Prevaleceu, no entanto, a força defensiva do time da casa que conquistou uma vitória muito importante para a sua sobrevivência no campeonato.
O que ninguém esperava, porém, era que no outro jogo da rodada o Brusque fosse vencer o forte Tiradentes, em Tijucas, por 3×2. Com isto, a briga pelo turno ficou monopolizada entre o Brusque, que tinha 6 pontos e 2 gols de saldo positivo, e o BAVEC que tinha 3 pontos e saldo zero.
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3. Rodada:
26/10/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 3×1 Tiradentes
BAVEC (provável) Kiko, Luis, Rodney, Fábio Lima, Rossano e Marcão; Embú, Dinho e Fabinho; André Luis e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Gols: André Luis, (?), (?).
Na rodada derradeira do turno, jogando em casa, diante de excelente público, o BAVEC fez o que lhe cabia: venceu o Tiradentes de Tijucas, em casa, por uma boa margem de gols, ficando assim, com 6 pontos ganhos e 2 gols de sado positivo.
Com este resultado, o BAVEC estaria na final se o Biguaçu tivesse feito o dever de casa vencendo o Brusque, o que não ocorreu. Num jogo dramático, o time da Cidade dos Tecidos conseguiu arrancar um empate no alçapão do B.A.C. e assim conquistou a sua vaga na final ao alcançar os 7 pontos.
Numa época em que não havia internet, zap-zap e a telefonia celular, tal qual hoje, era precária, foi uma verdadeira agonia para o torcedor barravelhense saber qual havia sido o resultado do jogo do Brusque. Os boatos de gol espalhavam-se dentro do estádio, mas sem muita credibilidade ou veracidade. Mesmo após o termino do jogo, demorou um pouco para que o resultado do adversário fosse confirmado. A frustração por ter chegado tão perto e não conseguido a vaga foi imensa, mas na semana seguinte as esperanças se renovariam com o inicio do returno.
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Classificação do turno do Quadrangular:
1º Brusque – 7 pontos (finalista)
2º BAVEC – 6 pontos
3º Biguaçú – 2 pontos
4º Tiradentes – 1 ponto.
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O RETURNO DO QUADRANGULAR FINAL
O Brusque, que havia iniciado o Quadrangular sob suspeita, devido a má campanha na Primeira Fase, ao vencer o turno acabou se colocando como favorito á conquistar o returno e consequentemente o titulo de forma antecipada, já que o time vinha numa crescente na competição, embalado pelos gols dos artilheiros Macedo e Polaco, e ainda teria dois jogos em casa nesta etapa, justamente os dois últimos, onde tudo se definiria. O outro time que jogaria duas em casa era o Tiradentes de Tijucas, que prometia brigar pelo acesso até o fim. BAVEC e BAC, com apenas um jogo para realizar em casa, entraram nesta fase sabendo que teriam que fazer algo á mais para chegar á final.
1. Rodada:
02/11/97 – Estádio Pedro Quintino – BAVEC 0x2 Brusque
BAVEC (provável) Kiko, Luis, Rodney, Rossano e Marcão; Embú, Dinho e Fabinho; André Luis, Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Considerando a tabela do returno, a vitória neste jogo era vital para as pretensões do BAVEC na competição, já que qualquer outro resultado obrigaria o time a vencer dois jogos seguidos fora de casa.
O time treinou muito forte durante a semana para estar bem preparado e o bicho pela vitória, que sempre era bem alto, viria dobrado neste jogo. A volta do atacante Álvaro, após cumprir suspensão, dava mais força ao ataque do time e por isto, a opção foi jogar apenas com dois zagueiros.
A torcida barravelhense superlotou o acanhado estádio Pedro Quintino e também o morro á sua volta. A sensação era que toda a cidade estava acompanhando este jogo tão decisivo para os barravelhenses.
Em campo, o desfecho não poderia ser mais decepcionante: Brusque 2×0, sendo um dos gols marcado de penalti, o terceiro em quatro jogos realizados entre os dois clubes no campeonato.
Embora houvesse ainda mais dois jogos para realizar, o pensamento de todos no estádio era o mesmo: fim da linha.
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2. Rodada:
09/11/97 – Estádio Acácio Zelnio da Silva – Biguaçu 2×3 BAVEC
BAVEC (provável) Kiko, Vagner, Dinho, Rossano e Marcão; Embú, Fabinho e Luis; André Luis, Álvaro e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Gols: Baiano (3x).
Na 2ª rodada o BAVEC foi á Biguaçú e voltou a sonhar ao bater o time local por 3×2. O jogo foi emocionante e sob chuva intensa. O time da casa abriu 2×0 no primeiro tempo e no intervalo, enquanto o técnico Diniz dava uma bronca no elenco. O presidente prometeu aumentar o bicho pela vitória. A injeção de animo surtiu efeito e o BAVEC voltou com tudo para o segundo tempo, onde fez três gols com o artilheiro Baiano. Aos 43 minutos do segundo tempo, Marcão cometeu pênalti para o BAC, porém, o goleiro Kiko defendeu a cobrança e manteve o time vivo no campeonato. O único que teve motivos para lamentar neste jogo foi o volante Embú, que improvisado na lateral esquerda, acertou um belo chute de fora da área e fez um golaço, porém, como no meio do caminho a bola desviou no oportunista Baiano, o gol foi consignado para o artilheiro do BAVEC. Certo é que o “quase gol” do volante foi motivo de muitas brincadeiras no vestiário.
No outro jogo da rodada, o Brusque seguiu implacável e conquistou uma vitória magra sobre o Tiradentes, mantendo-se isolado na dianteira.
O volante Embú, de cabelo pintado, contra o Biguaçú A.C.
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3. Rodada:
16/11/97 – Estádio Sebastião Vieira Peixoto – Tiradentes 3×1 BAVEC
BAVEC (provável) Kiko, Luis, Rodney, Rossano e Marcão; Embú, Dinho e Fabinho; André Luis, Álvaro (Paulo Sérgio) e Baiano. Técnico: Rodolfo Diniz.
Gol: Paulo Sérgio.
A ultima rodada do returno apresentava um cenário semelhante ao do turno: O BAVEC teria que vencer e o Brusque teria que perder. A grande diferença era que o Brusque jogaria em casa, diante de um Biguaçu eliminado, enquanto o BAVEC jogaria fora de casa, contra um Tiradentes que também tinha esperanças de conquistar o returno.
Em campo, o Brusque confirmou o seu favoritismo e conquistou o titulo batendo o Biguaçu de forma tranquila: 3×1.
Em Tijucas, sendo derrotado pelo mesmo placar, o BAVEC despedia-se da competição com um vice-campeonato inesperado, porém, com um gosto amargo de ter chegado tão perto da decisão. Foi um dia especial para o garoto Paulo Sérgio, que dentro do grupo era chamado de ‘Tripinha’. Ele era dos juniores e teve a oportunidade de entrar no decorrer do jogo e marcar o gol de honra do time.
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Classificação do returno do Quadrangular:
1º Brusque – 9 pontos (campeão direto)
2º Tiradentes – 6 pontos
3º BAVEC – 3 pontos
4º Biguaçu – o ponto.
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Classificação Geral do Quadrangular:
1º Brusque – 16 pontos (campeão)
2º BAVEC – 9 pontos (vice-campeão)
3º- Tiradentes – 7 pontos
4º Biguaçu – 2 pontos.
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AS FESTIVIDADES PÓS CAMPEONATO
Terminado o campeonato, todos em Barra Velha estavam orgulhosos com a campanha do BAVEC. Entre os jogadores, o sentimento de dever cumprido foi tamanho, que ninguém se incomodou em participar da festa de entrega de faixas para o campeão Brusque.
O jogo, realizado na noite de 20 de Novembro, envolveu o Brusque e uma Seleção da Segunda Divisão Catarinense, comandada por Rodolfo Diniz e que contou com 6 jogadores do BAVEC: Kiko, Marcão, Embu, Renatinho, Laranjae Fábio Lima.
A vitória de 1×0 da Seleção, que jogou com a camisa do BAVEC, colocou água no chopp dos brusquenses e deixou os barravelhenses ainda mais orgulhosos. Neste jogo, como não podia deixar de ser, foram marcados dois pênaltis para o Brusque que o goleiro Kiko acabou defendendo, encerrando assim o seu duelo particular contra o rival com o incrivel cartel de 4 penaltis defendidos em 5 cobranças. Reza a lenda que o ultimo penalti deste jogo foi inventado pelo juiz Clésio Moreira dos Santos somente para consagrar de vez o goleiro barravelhense.
Cabe ressaltar que o Brusque tinha um time excelente, e no ano seguinte, praticamente com os mesmos jogadores, foi o 3o colocado no Campeonato Catarinense da 1.Divisão.
Seleção da Segundona Catarinense em Brusque, com o fardamento do BAVEC
No domingo, dia 23 de Novembro, a festa foi em Barra Velha, num jogo festivo entre o BAVEC e uma seleção da cidade, formada por amigos do jogador Jairo Lenzi, morador da cidade, craque do Criciuma E.C., campeão da Copa do Brasil 1991 e da campanha da Libertadores 1992.
Também foi um jogo filantrópico, já que a entrada era um kilo de alimento. Antes da partida, o presidente da Federação Catarinense, Delfim de Padua Peixoto Filho, fez a entrega da taça de vice-campeão da segundona ao capitão Embu. Em meio á euforia e aplausos, ficou a promessa do presidente de que seria feito o possível para que o clube ganhasse uma vaga na elite em 1998.
O jogo preliminar deste dia 23 de Novembro, foi válido pela decisão do Campeonato Estadual de Juniores, onde o BAVEC venceu o Biguaçu por 2×1. Na semana seguinte, ocorreu o jogo da volta em Biguaçú, onde o time da Grande Florianópolis venceu por 3×2. Com isto, o jogo foi para a prorrogação, e como o BAC tinha a vantagem por ter feito a melhor campanha, o 0x0 foi suficiente para lhe garantir o título. Os destaques do BAVEC nesta competição foram Rodrigo (filho do presidente), Djalma, Ednelson, Ribamar e Zé.
Alegria de todos com a taça do vice-campeonato
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O SONHO DE JOGAR A ELITE
Em 1998 o clube permaneceu na ativa, com uma enorme expectativa de conseguir jogar a Primeira Divisão diante da ameaça do Clube Atlético Alto Vale, de Rio do Sul, desistir da competição, o que acabou não passando de boato.
Também existia a promessa e uma certa tendência da Federação ampliar o numero de participantes na Primeira Divisão, subindo BAVEC e Tiradentes, porém, por falta de força politica de ambos os clubes, e principalmente por Barra Velha não ter um estádio digno de Primeira Divisão, esta medida só foi tomada na Segundona de 1998, que subiu quatro clubes para a elite em 1999.
O BAVEC ainda fez alguns jogos amistosos contra times amadores de Joinville e participou do Congresso Técnico da Segundona de 1998, porém, acabou ficando de fora do campeonato para nunca mais voltar.
Em 1999 os jornais ainda noticiaram uma possível participação do BAVEC na Segundona, porém, tudo não passou de especulação.
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O FIM DO BAVEC
Acredita-se o fim do BAVEC deu-se por conta da falta de patrocínios mais fortes para a temporada seguinte e também devido uma crise instalada na Prefeitura de Barra Velha, que envolveu o prefeito Orlando Nogaroli e o presidente do BAVEC, João Carlos Bittencourt, que sem tempo para dedicar-se ao clube, optou por licencia-lo das competições oficiais.
Embora tenha durado pouco menos de 4 meses no profissionalismo, e tenha realizado apenas 16 jogos, até os dias de hoje o BAVEC é lembrado com saudosismo na cidade, que de repente viu-se no mapa futebolístico do Estado e por alguns instantes sonhou em figurar entre os grandes JEC, Criciúma, Avaí e Figueirense.
Os jogadores que participaram desta campanha também lembram com alegria dos meses que passaram na cidade litorânea, onde além da rotina de treinos e jogos, deliciavam-se com os passeios á beira mar, festas, paqueras, churrascos, pescarias e passeios na Ilha da Praia do Grant. Todos também destacam a dedicação e a honestidade que o presidente João Carlos (in memoriam) e o técnico Rodolfo conduziram o clube, que embora não oferecesse altos salários, honrou sem atrasos, todos os seus pagamentos e premiações.
As únicas coisas em Barra Velha que ainda remetem ao clube são o estádio, que ainda mantem as características da época, á exceção da vista privilegia do morro, tomada pelo crescimento imobiliário e uma lanchonete na Praia do Tabuleiro, inaugurada em 2010 e de propriedade da família Bittencourt, cujo nome é BAVEC Soccer Lanchonete.
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OS CRAQUES DO BAVEC
O técnico do BAVEC durante toda a campanha foi Rodolfo Diniz e os destaques ao longo da competição foram o goleiro Kiko em ótima fase; o lateral esquerdo Marcão, excelente nos lançamentos e assistências; o zagueiro Rossano, sempre muito firme; o meia André, bom articulador e os atacantes Álvaro, muito rápido e habilidoso e Baiano, muito forte e com faro de gol.
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O goleiro Kiko (Jones Dean Medeiros), 28/10/1975, fez toda a sua categoria de base no Coritiba-PR onde atuou junto com o craque Alex e ganhou todos os títulos possíveis. Em 1994, aos 18 anos, foi profissionalizado pelo técnico Carpegiani, passando a treinar entre os profissionais e embora continuasse a defender o time júnior. Em 1996, quando defendia o Rio Branco-PR, rompeu os ligamentos do ombro e após uma longa recuperação, veio parar no BAVEC com 21 anos. Suas atuações chamaram a atenção do Brusque, que queria contratá-lo para o Catarinão de 1998, porém, seu empresário o levou para o Shizuoka F.C. do Japão onde iria ganhar 10 vezes mais. Após 14 meses no Japão, retornou ao Brasil, e teve rápidas passagens pelo Arapongas-PR em 1999 e Tiradentes de Tijucas-SC em 2000. Em seguida defendeu o Apucarana-PR em 2000 e 2001. Encerrou a carreira no Grêmio Maringá-PR onde chegou em 2001 e ficou quatro anos, sagrando-se campeão da Segundona Paranaense em 2001. Goleiro promissor e arrojado, poderia ter ido mais longe não fossem as inúmeras contusões que incluem: dois braços quebrados, uma perna quebrada, ombro direito rompido, duas placas na perna esquerda, dedos quebrados, rebaixamento da patela, etc., etc., etc., etc. Atualmente mora em Balneário Camboriú-SC e é consultor nacional do Laboratório Biofhitus.
Kiko, em destaque, na base de Coritiba, junto com Alex, em 1995.
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O lateral Luis (Luis Fernando Borges), 20/06/1976, na verdade era volante e meia de origem. Sua carreira foi iniciada na base do São Paulo-SP e da Portuguesa-SP. Em 1995 transferiu-se para o Comercial de Ribeirão Preto, onde teve as primeiras oportunidades no futebol profissional. No ano seguinte transferiu-se para o futebol mineiro onde defendeu a Olimpica de Lavras e o Social F.C. de Coronel Fabriciano. Em 1997 retornou para sua cidade de origem: Osasco, onde foi recrutado pelo técnico Rodolfo Diniz para defender o BAVEC. Em 1998 continuou com o passe preso ao BAVEC e como não foi negociado, acabou ficando seis meses sem poder jogar. Esta situação lhe afetou muito e por isto ao final dos seis meses a opção foi encerrar a carreira de jogador. Em 2001 quase retomou a carreira quando foi aprovado pela Ponte Preta-SP, no entanto, um acidente doméstico lhe deixou inapto para o futebol por alguns meses, o que melou a negociação e decretou o fim definitivo de sua carreira. Seguiu em Osasco onde casou-se e curso Educação Física. Atualmente é professor e mantém uma escolinha de futebol.
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O lateral esquerdo Marcão (Marcos Alberto Skavinski), 28/03/1975, também havia feito as categorias de base no Coritiba, depois jogou no Rio Branco-PR antes de chegar ao BAVEC com 22 anos. Em 1998 transferiu-se para o São Caetano-SP e no ano seguinte foi emprestado ao Atlético-MG, onde não teve muitas oportunidades. Em 2000 e 2001 fez parte do elenco que fez história pelo São Caetano, bi-vice-campeão Brasileiro. Em 2002 foi para o Marília, e depois para o Santo André-SP onde fico até o ano seguinte. No segundo semestre de 2003 destacou-se nacionalmente defendendo o Juventude-RS no Campeonato Brasileiro, o que lhe valeu uma transferência para o Atlético-PR no ano seguinte. Em 2005, como titular absoluto e capitão, foi campeão paranaense e vice-campeão da Libertadores de 2005. Em 2006 foi emprestado para o Al-Ittihad da Arábia e em 2007 para o Kawasaki do Japão. Em 2007 retornou ao futebol brasileiro para defender o Internacional-RS onde permaneceu até 2009. Neste periodo foi bicampeão gaúcho de 2008 e 2009 e da Copa Sul-americana de 2008, mas também viu-se envolvido num caso controverso de doping. Em 2009 transferiu-se para o Palmeiras-SP. Em 2010 transferiu-se para o Goiás, onde encerrou sua carreira no ano seguinte. Atualmente é auxiliar técnico de futebol.
Marcão, em destaque, no Atlético-PR em 2005
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O zagueiro Rossano (Rossano Marcelo Sant’anna), 27/01/1974, iniciou sua carreira no Paraná Clube onde atuou entre 1994 e 1995, período em que o time foi tricampeão paranaense. Em 1995 chegou inclusive a disputar a final contra o Coritiba e também disputou jogos pela Série A do Brasileirão. Em 1996 transferiu-se para o Rio Branco-PR, pelo qual jogou o Campeonato Paranaense e o Brasileirão da Série C. Veio para o BAVEC em 1997 com 23 anos de idade com o status de principal jogador do time. Em 1998 defendeu o Malutrom-PR, onde foi campeão da Segundona Paranaense. Em 1999 transferiu-se para o Francisco Beltrão-PR, pelo qual foi campeão da Segundona Paranaense em 2000. Em 2001 e 2002 defendeu o Santo Angelo-RS. Defendeu também o Tubarão-SC, Náutico-PE, Vila Nova-GO, Remo-PA, Passo Fundo-RS e Avenida-RS até encerrar sua carreira em 2005. Em 2008 iniciou a carreira de treinador no futebol amador de Curitiba, tendo trabalho no Trieste e atualmente no Renovicente. Atualmente mora em Colombo-PR onde é servidor municipal, trabalhando diretamente ligado ao esporte. Também mantém uma escolinha de futebol.
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O zagueiro Rodney (Rodney Fregonesi), 24/05/1974, começou sua carreira no União de Mogi-SP em 1994 onde permaneceu por dois anos, seguindo depois para o E.C. Osasco de onde veio para o BAVEC em 1997, com 23 anos de idade. Em 1998, embora pretendido pelo Brusque, acabou voltando para São Paulo onde fez bons campeonatos pelo Marília e Noroeste. Em 2000 chegou ao Londrina-PR onde viveu o auge de sua carreira, jogando o módulo amarelo da Copa João Havelange. Em 2002 transferiu-se para o Sparta-MG, time que ficou 22 jogos invicto na Segundona Mineira. Em 2003 pelo Guarani de Divinópolis-MG, disputou a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro. Em 2004 voltou ao E.C. Osasco e depois seguiu para o Primavera de Indaiatuba pelo qual disputou a Serie A-3 do Paulistão. Encerrou a carreira profissional aos 31 anos. Jogou ainda pelo Palmeiras Master e Corinthians Sub-30. Atualmente é assessor comercial da Nextel.
Rodney em ação pelo Lodrina E.C. contra o JEC
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Fábio Lima (Fábio Arcanjo de Lima), 02/01/1971, iniciou a sua carreira na base do Gremio Maringá e em 1992 veio para o Cascavel E.C. onde profissionalizou-se e passou a integrar o time titular em diversos jogos do Campeonato Paranaense. Em 1995 defendeu o Iraty-PR na elite paranaense e neste mesmo ano transferiu-se para a Paraguaçuense-SP que disputava a Série A-2 do Paulistão. Nesta época viveu uma das melhores fases de sua carreira. Em 1996 foi para o ASA-AL, onde permaneceu pouco tempo. Seguiu então para o Rio Branco-PR pelo qual disputou a Série C do Campeonato Brasileiro de 1996. Chegou ao BAVEC em 1997 com 26 anos e embora fosse uma dos mais experientes do time, lutou muito para conquistar a titularidade. Em 1998 defendeu o Paranavaí-PR na elite paranaense, seguindo depois para a Tuna Luso-PA pelo qual disputou a Serie B do Brasileirão.. Em 1999 defendeu o SOREC, de Cascavel-PR, pelo qual disputou a Serie A-2 Paranaense e a Copa Paraná. Em 2000 defendeu o Cascavel Clube na Serie A-2 Paranaense e depois transferiu-se para o Taubaté-SP, da Serie A-3 Paulista. Em 2001 defendeu o E.C. São José-SP na Série A-2 Paulista. Teve ainda uma rápida passagem pelo Deportivo Cooper da Bolívia. Após abandonar a carreira formou-se me Educação Física e atualmente é professor e instrutor de academia em Cafelândia-PR.
Fábio Lima em ação pelo Rio Branco-PR na Série C de 1996
Fábio Lima (á esquerda) e Marcão (á direita) no Rio Branco em 1996
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O volante Embú (Edson Antonio Pires), 04/01/1976, iniciou sua carreira no terrão do Corinthians-SP, onde fez toda a categoria de base, jogou nos aspirantes e figurou no banco de reservas em alguns jogos do profissional em 1993. Dali seguiu para o América-MG, Vila Nova-GO, Inter de Lages-SC e América-RJ. Embora já experiente, quando veio para o BAVEC contava com apenas 21 anos. Em 1998 foi para a Portuguesa Santista onde disputou o Paulistão de 1999 num time que também tinha Daniel Frasson, Curê e Claudio Millar. Nesta ocasião teve a oportunidade de enfrentar o São Paulo, no Morumbi para 15 mil espectadores, onde uma oportunidade única de enfrentar jogadores do quilate de Rogerio Ceni, Edmilson, Marcelinho Paraiba, Serginho, Fabio Aurélio, Dodô e França. Em 2000 retornou para Santa Catarina, onde defendeu mais de uma dezena de clubes, incialmente da 1ª Divisão, depois da 2ª Divisão e atualmente da 3ª Divisão: Blumenau EC, Marcilio Dias, Tiradentes de Tijucas, Caxias de Joinville, Operario de Mafra, CRM de Maravilha, Peri de Mafra, Hercílio Luz, Santa Cruz de São Francisco, Gremio de Timbó,Videira, Oeste de Chapecó, Curitibanos E.C. (clube atual). Entre uma passagem e outra por Santa Catarina, também jogou no Paysandú-PA, Oriente Petrolero-BOL, Belmare-JAP, Caxias-RS, Colo Colo-CHI, Bom Jesus-GO, Princesa-PI, CENE-MS, Sete de Setembro-MS, Corumbaense-MS, Operário-PR, Alto Acre-AC, Fast-AM, Rio Branco-PR, Genus-RO, etc, etc, etc, etc… Ao longo de sua carreira o Embu do BAVEC sempre foi confundido com o outro Embu (Sérgio Henrique Sabóia Bernardes), que foi titular do Corinthians e também teve passagens pelo Coritiba-PR e futebol japonês.
Embú, em destaque, no Curitibanos E.C. em 2015
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O volante Dinho (Ricardo de Oliveira), 23/01/1977, também era conhecido como Amaral por causa do seu irmão. Iniciou sua carreira em 1992, no infantil do Central de Cotia-SP, indo em 1994 para o juvenil do Juventus da Mooca-SP. Em 1995 chegou aos juniores do Palmeiras onde permaneceu até o ano seguinte. No primeiro semestre de 1997 defendeu o CEFAF Paulistano e quando chegou ao BAVEC contava com 20 anos. Em 1998 jogou pelo União de Mogi das Cruzes na Série A3 do Paulistão, em 1999 defendeu a Tombense-MG e em 2000 defendeu o E.C. Gazeta de Ourinhos onde encerrou prematuramente a carreira devido uma seria contusão nos ligamentos cruzados do joelho. De volta á Osasco, passou a trabalhar numa escolinha de futebol. Atualmente é professor formal do Estado e da Prefeitura de São Paulo.
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O meia atacante André Luis (André Luis Alves da Silva), 14/01/1977, iniciou sua carreira nos juvenis do São Paulo F.C.-SP indo em seguida para os juniores do União São João, onde ficou até 1997 e teve a primeira oportunidade no futebol profissional, tendo disputado o Paulistão em 1995 e 1996. Veio para o BAVEC aos 20 anos, e embora tenha feito um bom campeonato, optou por largar os gramados, indo no ano seguinte para o time de Futsal do São Paulo-SP. Em 2000 voltou aos gramados para defender por um breve período o Sporting-B de Portugal, que jogava a 3. Divisão de Portugal. De volta ao Brasil, largou de vez a carreira para dedicar-se aos estudos, tendo se graduado em Educação Física e feito Pós Graduação em Treinamento Esportivo. Iniciou então a carreira de técnico de futsal no São Paulo F.C. onde está até hoje. Em paralelo, mantem uma escolinha de futsal em Osasco.
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O atacante Alvaro (Alvaro Roberto Scotti Ferreira), 31/08/1976, iniciou a carreira no juvenil do São Caetano-SP em 1993, indo no ano seguinte para o União São João-SP onde teve a primeira chance nos profissionais, sob o comando de Lula Pereira, quando disputou o Paulistão da Série A em 1995 e teve a oportunidade de enfrentar o São Paulo de Tele Santana. Em 1996 transferiu-se para o E.C. Taubaté onde jogou a Série A-3 do Paulistão. Em 1997, com 21 anos, veio para o BAVEC por empréstimo e embora tenha chamado bastante a atenção de alguns clubes catarinenses, no fim do ano retornou para o E.C. Taubaté. Devido um desentendimento com a diretoria, não foi mais aproveitado no elenco e como na época não havia a Lei do Passe, também, não foi negociado com outras equipes. Com isto, viu-se obrigado a encerrar a sua promissora carreira profissional. Seguiu no futebol amador onde foi varias vezes campeão municipal na sua cidade natal: Itapevi, além de ter ganho outro título em Barueri. Formou-se em Educação Física e atualmente é professor de uma escolinha de futebol que atende crianças e adolescentes de 7 a 15 anos.
Álvaro e André, Do União de Araras-SP para o BAVEC.
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O atacante Baiano (João Bosco da Silva), 03/05/1968, iniciou sua carreira em 1988, no Estrela de Itu-SP onde ficou dois anos, depois seguiu para o Montenegro e em 1992 chegou ao Primavera de Indaiatuba, todos da Série A-3 do Paulistão. Em 1993 transferiu-se para o Sousa E.C. da Paraíba, onde viveu a melhor fase de sua carreira. Foi campeão Paraibano de 1994, vice em 1995, disputou a Série C do Brasileiro em 1994 e 95 e ainda enfrentou o Flamengo-RJ na Copa do Brasil de 1995. Após um breve retorno ao futebol paulista, onde defendeu o E.C. Osasco, veio para o BAVEC em 1997. Em 1998 foi contratado pelo Tiradentes de Tijucas-SC e no ano seguinte voltou para o futebol paraibano, onde encerrou a carreira em 2001, aos 35 anos, quando defendia o Atlético de Cajazeiras. Em 2001 iniciou um projeto de escolinha de futebol que Osasco, que desde então, tem revelado vários jogadores. Também atuou nos campeonatos amadores da Grande São Paulo onde sempre se destacou como artilheiro.
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Fontes:
http://www.rsssfbrasil.com/tablessz/sc1997l2.htm
http://empresasdobrasil.com/empresa/bavec-01966640000113
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_Alberto_Skavinski
http://www1.an.com.br/1999/set/22/0pot.htm
https://ocancheiro.wordpress.com/
https://ocancheiro.wordpress.com/