CAMPEONATO PAULISTA – 1ª DIVISÃO – 1971

Em 1971 foi disputado o último Campeonato Paulista da 1ª Divisão, antes da suspensão da lei do Acesso, que se estendeu até 1976. Para esta disputa inscreveram-se 24 equipes divididas em três séries.
Na Fase Semifinal, após um tumulto generalizado entre os jogadores do Garça e Rio Preto, a Federação remarcou a partida para o mesmo estádio. Os dirigentes riopretenses entraram com recurso na Justiça Domum, e a Federação resolveu incluir a equipe na Fase Final, que desta forma se transformou em um pentagonal disputado em campo neutro (na cidade de São Paulo).
Após uma disputada equilibrada o MARÍLIA ATLÉTICO CLUBE sagrou-se campeão e subiu para a Divisão Especial. Abaixo os dados gerais da competição:

CAMPEONATO PAULISTA – 1ª DIVISÃO – 1971

1ª FASE

SÉRIE THOMAZ MAZZONI

– ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA GUARATINGUETÁ (GUARATINGUETÁ)
– CLUBE ATLÉTICO BRAGANTINO (BRAGANÇA PAULISTA)
– ESPORTE CLUBE SÃO JOSÉ (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS)
– ESPORTE CLUBE VASCO DA GAMA (AMERICANA)
– NACIONAL ATLÉTICO CLUBE (SÃO PAULO)
– SAAD ESPORTE CLUBE (SÃO CAETANO DO SUL)
– SANTO ANDRÉ FUTEBOL CLUBE (SANTO ANDRÉ)
– UNIÃO AGRÍCOLA BARBARENSE FUTEBOL CLUBE (SANTA BÁRBARA D’OESTE)

SÉRIE ARTHUR FRIEDENREICH

– ANDRADINA FUTEBOL CLUBE (ANDRADINA)
– ARAÇATUBA FUTEBOL CLUBE (ARAÇATUBA)
– ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA VOTUPORANGUENSE (VOTUPORANGA)
– CLUBE ATLÉTICO LINENSE (LINS)
– ESPORTE CLUBE CORINTHIANS (PRESIDENTE PRUDENTE)
– ESPORTE CLUBE RIO BRANCO (IBITINGA)
– GARÇA FUTEBOL CLUBE (GARÇA)
– MARÍLIA ATLÉTICO CLUBE (MARÍLIA)

SÉRIE BELFORT DUARTE

– ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA FRANCANA (FRANCA)
– ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA ORLÂNDIA (ORLÂNDIA)
– BARRETOS ESPORTE CLUBE (BARRETOS)
– BATATAIS FUTEBOL CLUBE (BATATAIS)
– GRÊMIO ESPORTIVO CATANDUVENSE (CATANDUVA)
– JABOTICABAL ATLÉTICO (JABOTICABAL)
– PALMEIRAS FUTEBOL CLUBE (SÃO JOÃO DA BOA VISTA)
– RIO PRETO ESPORTE CLUBE (SÃO JOSÉ DO RIO PRETO)

FASE FINAL

CATANDUVENSE 1-0 GARÇA
Data: 12 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: preliminar
Juiz: Roberto Nunes Morgado
Gol: China

RIO PRETO 2-0 MARÍLIA
Data: 12 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: Cr$ 14.908,00
Juiz: Carlos Afonso Lopes
Gols: Cornélio e Édson

GARÇA 0-0 RIO PRETO
Data: 14 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: preliminar
Juiz: José Clemente de Oliveira

SAAD 3-0 CATANDUVENSE
Data: 14 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda:
Juiz: Édson Fantosi
Gols: Arlindo (3)

RIO PRETO 0-0 SAAD
Data: 17 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: preliminar
Juiz: José Favilli Neto

MARÍLIA 1-0 GARÇA
Data: 17 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: Cr$ 18.740,00
Juiz: Carlos Afonso Lopes
Gol: Zé Luiz

MARÍLIA 3-2 CATANDUVENSE
Data: 21 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: preliminar
Juiz: Emídio Marques Mesquita
Gols: Wilson, Zé Luiz e Elias / Paulo Sérgio e Nunes

SAAD 3-0 GARÇA
Data: 21 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: Cr$ 15.089,00
Juiz: Roberto Nunes Morgado
Gols: Arlindo, Copini e Fernandes

CATANDUVENSE 1-0 RIO PRETO
Data: 24 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: preliminar
Juiz: Oscar Scolfaro
Gol: Paulo Sérgio

MARÍLIA 1-0 SAAD
Data: 24 de agosto de 1971
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo / SP
Renda: Cr$ 33.635,00
Juiz: José Favilli Neto
Gol: Ivo

Fonte: Pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP, Arquivos do autor e de Mauro Galves Moreira e Museu da Federação Paulista de Futebol

RN – SEGUNDA DIVISÃO 2009

A Série B do Estadual será disputada por seis clubes divididos em duas chaves regionalizadas.
Chave A: Macau, Centenário de Pau dos ferros e SE Primo Fernandes de Luis Gomes.
Chave B: Palmeiras de Goianinha, Atlético Potengi de Natal e Parnamirim.

O regulamento e a tabela com a data de início da competição serão definidos após reunião. O campeonato que será disputado no sistema de ida e volta dentro de cada grupo. Os campeões de cada grupo decidem o título.

Desistência: CDF, São Gonçalo, Real Independente e os times de Paranamirim (Potiguar e São Paulo) desistiram de participar do campeonato.

ACHEI A FOTO DA EQUIPE DO PRIMO FERNANDES
[img:socespprimferdes.jpg,resized,vazio]

Fonte: Marcos Lopes (Natal)

FESTIVAL ESPORTIVO DO ESPORTE CLUBE FAÍSCA DE OURO DE SANTOS/SP EM 1948

Para comemorar o seu 4º aniversário de fundação, o atual campeão varzeano de Santos/SP, ESPORTE CLUBE FAÍSCA DE OURO, promoveu um festival esportivo. Abaixo os dados:

FESTIVAL ESPORTIVO – 1948

Data: 29 de fevereiro de 1948
Local: Campo do Nacional, em Santos / SP

1º JOGO – VETERANOS – CANTO DO RIO (SANTOS) 5-2 FAÍSCA DE OURO (SANTOS)

2º JOGO – JUVENIL – PENHENSE (SANTOS) 1-0 CANTO DO RIO (SANTOS)

3º JOGO – JUVENIL – CORINTHIANS (SANTOS) 4-1 AURORA (SANTOS)

4º JOGO – 2º QUADROS – BEIRA MAR (SÃO VICENTE) 2-1 FAÍSCA DE OURO (SANTOS)

5º JOGO – 1º QUADROS – VILA HAYDEN (SANTOS) 3-1 FLUMINENSE (SANTOS)

6º JOGO -´1º QUADROS – FAÍSCA DE OURO (SANTOS) 6-2 BEIRA MAR (SÃO VICENTE)

Fonte: pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP

FESTIVAL ESPORTIVO DO BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE DE SANTOS/SP EM 1948

Em comemoração ao seu 4º aniversário de fundação, o BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE de Santos/SP realizou um festival esportivo. Abaixo os dados desta festa:

FESTIVAL ESPORTIVO – 1948

Data: 15 de fevereiro de 1948
Local: Campo do Continental, em Santos/SP

1º JOGO – 2º QUADROS – BOTAFOGO (SANTOS) 2-2 CONTINENTAL (SANTOS)

2º JOGO – 1º QUADROS – INDEPENDENTE (SANTOS) 3-2 CONTINENHTAL (SANTOS)

3º JOGO – 1º QUADROS – BOTAFOGO (SANTOS) 2-2 FEITIÇO (SÃO VICENTE)

Fonte: Pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP

MORTE DE UM FUTEBOLISTA EM 1971

Entre as várias mortes de jogadores profissionais em atividade, vale o registro desta notícia publicada no Jornal A Tribuna de santos/SP em sua edição de 11 de outubro de 1971:

” Jogadores de Ferroviária, de Araraquara, viveram um drama na tarde de ontem. Viram o arqueiro Carlos Alberto morrer afogado quando, juntamente com dirigentes do clube e companheiros de equipe, festejava a liderança do Campeonato Paulista, primeiro turno.
Eles foram fazer um churrasco num pesqueiro, às margens do Rio Moji Guaçu, perto de Araraquara. Por volta das 16,30 horas, Carlos Alberto, Lucas, Ticão e um amigo resolveram dar um passeio de canoa que, sem explicação, virou logo depois. Os três companheiros nadaram para a margem, mas o arqueiro ficou agarrado à canoa, que desapareceu com o atleta. Até a noite os bombeiros não haviam resgatado o corpo de Carlos Alberto.”

JOGO HISTÓRICO – IGARATÁ(SP) X SEREIAS(SC)

Mantendo o intercâmbio entre os diversos centros que disputavam o futebol de praia, ocorreram em 1971 dois amistosos entre a equipe santista do IGARATÁ CLUBE e os catarinenses do SEREIAS FUTEBOL E PRAIA de Camboriú. Abaixo as fichas técnicas destas partidas:

IGARATÁ(SP) 1 – 0 SEREIAS(SC)
Data: 26 de setembro de 1971
Local: Praia do Gonzaga, em Santos / SP
Juiz: Diniz de Jesus
Gol: André aos 71 min
Igaratá(SP): João Garrincha; Tico (Joaquim), Pagão (Ivo), Jacaré e Betinho; Nei e Zé Luís (Zé Eduardo); Peixinho, André, Longobardi (Altair) e Paulinho.
Sereias(SC): Zé Carlos; João Roberto (Vidal), Mazinho, Alberto e Neco; Schinaider e Wilson; Mário, Almir (Roberto), Alexandre (Adolfo) e Rato.

SEREIAS(SC) 2 – 2 IGARATÁ(SP)
Data: 14 de novembro de 1971
Local: Camboriú / SC
Juiz: Paschoal Ditelucci
Gols: Daco a 1 min, Didi aos 66 min, Zé Roberto aos 77 min e Paulinho aos 82 min
Sereias(SC): Zé Carlos; Neco, Antoninho, Mazinho e Schinaider; Maurício e Wilson; Daco, Alexandre, Hamilton (Zé Roberto) e Rato.
Igaratá(SP): Justo; Fubá, Tico, Pedro e Betinho; Zico (Didi) e Piteira; Paulo (Longobardi) (Ferrugem), Nenê Carlos, Nonato e e Paulinho.

Fonte: pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP

Chutar a bola com efeito

Chutar a bola com efeito (quando a bola faz uma curva) é um grande truque para passar pela barreira que está lá para impedir que a bola possa atingir o gol percorrendo uma linha reta. Acredita-se que o inventor do chute com efeito foi o jogador Valdir Pereira, o Didi, um dos maiores jogadores brasileiros das décadas de 40 e 50 do século passado. Conta a lenda que num certo jogo, Didi estava com o pé machucado e não podendo chutar normalmente, resolveu chutar com o lado do pé. Bom, o que aconteceu, todos sabem… A bola fez uma trajetória curva, nunca vista antes , pois a curva que a bola fazia lembrava o formato de uma folha seca.
[img:e_a_folha_seca.jpg,thumb,vazio]
O curso da bola deixou de ser previsível e a bola passou a traçar uma curva invertida em relação a que era tradicional. Além da curva invertida, a bola caía como se a lei da gravidade se aplicasse a apenas um certo ponto. Na época, o grande comentarista Luis Mendes, com sua percepção aguçada, batizou a novidade introduzida por Didi de “Folha Seca”.
Ouvi num destes domingos o Luiz Mendes falando no programa “Enquanto a Bola não Rola” da rádio Globo: ele estava deitado debaixo de uma árvore e observou a folha caindo. Percebeu qua a caída era em local ignorado. E deu assim o nome de Folha Seca para os chutes do Didi.

“Folha Seca” exatamente por isso: um movimento imprevisível de uma folha caindo no outono, que de repente deixava de obedecer ao balanço do vento, e caía. Talvez o exemplar mais espetacular de um chute de longa distância de “Folha Seca” tenha sido o gol que Didi marcou na Copa da França em 1958.
Desde então muito jogadores usam com maestria o chute de efeito.

No futebol todos sabem o que tem que acontecer com a bola para que ela tenha efeito: ao ser chutada ao mesmo tempo que ela percorre uma trajetória, a bola deve girar em torno de si mesma. Por isso você tem que bater no lado da bola, não no centro dela.
[img:trajet__ria_da_bola_1.gif,thumb,vazio]

1957, BRASIL 1 X 0 PERU: A FOLHA SECA
[img:o_gol_da_folha_seca.jpg,thumb,vazio]
Sem esse gol o Brasil não jogaria na Copa da Suécia.
Didi não precisaria ter feito mais nada.
Só esse gol…

Um pequeno exemplo pode ser medido pelo que disse após ver a Copa do Mundo de 1958 o francês Gabriel Hanor, do jornal “L’Equipe” e da revista “France Football”: “Esse homem é, na verdade, uma pérola negra muito rara e valiosa, que todo amante do bom futebol deve procurar ver e relembrar para todo o sempre. Afinal, não é muito comum aparecer um jogador com tais virtudes, em qualquer parte que seja. E Didi é a um só tempo artista, malabarista e jogador de futebol. Um passe seu de 50 metros equivale a meio gol. E quando chuta suas bolas fazem como o próprio mundo: giram, giram, giram… E traçam irremediavelmente, uma parábola fatídica para o melhor dos arqueiros”.
[img:recorda____es_da_copa_58.jpg,thumb,vazio]

Hanor viu o artista, o malabarista. O brasileiro Armando Nogueira viu a genialidade: “Com uma perfeita noção espacial, o exuberante Didi também é capaz de, com o seu profundo conhecimento do jogo, criar uma excepcional situação de gol. Onde, antes, ela aparentemente não existia. E esta é, sem dúvida, a grande virtude que distingue o gênio do simples talento do futebol: a capacidade de antever a jogada.”

O dramaturgo Nelson Rodrigues criou um apelido inesquecível: “O Príncipe Etíope”, tal a elegância com que Didi criava uma jogada. Elegância esta, que levava para fora de campo. Que criou ciúmes com a primeira mulher, e o levou à irresistível cantora baiana Guiomar, paixão de sua vida. Sim, por obra e graça do destino, Didi tinha o dom de ser elegante sem abrir mão da firmeza em suas convicções. Chegou a ser escândalo e ganhar página de revistas o fim do primeiro casamento e a união com Guiomar. Ele encarou a briga com a diretoria do Fluminense ao pedir que não descontassem de seu salário a parte que tinha que ser descontada para a sua primeira mulher. Queria ele, Didi, dar o dinheiro. No Fluminense não conseguiu e acabou de armas e bagagens no Botafogo, na maior transação do futebol brasileiro na época. Lá, ele recebia o salário e pagava religiosamente o que devia à primeira mulher. Mas não era descontado no salário. Personalidade forte, o novo e eterno amor com o Botafogo e a vida amorosa, animada e agitada com Guiomar, que lhe renderam dois belos frutos, as filhas Rebeca e Lia, marcaram uma grande fase de sua vida.

futebol.incubadora.fapesp.br/…/ conceitos/didi
http://oglobo.globo.com/blogs/prosa

Fotos do Bahia de Feira e Juazeirense

Aproveitando o artigo anterior, seguem as fotos do campeão e vice da segundona baiana. Reparem que o escudo do Bahia de Feira realmente mudou.

[img:Bahia_de_Feira_Juazeirense_24072009_1_.jpg,full,alinhar_esq]
Bahia de Feira

[img:Bahia_de_Feira_Juazeirense_24072009_2_.jpg,full,alinhar_esq]
Juazeirense

[img:IMAGEM_1.JPG,full,alinhar_esq]
Início da Partida

Fonte: Site da Federação