Escudo diferente: Esporte Clube Húngaro Ypiranga – São Paulo (SP)
O Esporte Clube Húngaro Ypiranga (Y.M.S.E. – Ypiranga Magyar Sport Egilet) foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na década de 20, ficava sediado no Bairro da Villa Anastácio, do Distrito da Lapa, na Região Oeste de São Paulo. Aliás, a escolha da sede não foi à toa.
O bairro possui imigrantes lituanos, russos, croatas e italianos, mas o predomínio era da colônia húngara. A escolha das cores (verde e branco) e o modelo do uniforme foi uma homenagem ao grande clube húngaro dos anos 30: Ferencváros Torna Club (conhecido como “Águias Verdes”, que fica sediado na capital húngara de Budapeste, fundado em 03 de maio de 1889).
1930 – Clube se filia a APSA
Na quinta-feira, do dia 06 março de 1930, o clube foi filiado na seção da Divisão Municipal, da Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA). No mês seguinte, disputou o Torneio Eliminatório entre as equipes da Divisão Municipal, para preencher as duas vagas para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão da APSA de 1930.
Estreou com vitória, no domingo, do dia 20 de Abril de 1930, ao ser vencer o Húngaro Paulistano pelo placar de 2 a 0. Porém, no feriado da quinta-feira, do dia 1º de Maio (Dia do Trabalhador) de 1930, acabou sendo eliminado pelo Luso Brasileiro, ao ser derrotado por 2 a 0.
Nas três temporadas em sequência o Húngaro Ypiranga, participou do Campeonato Municipal da Segunda Divisão (equivalia a Terceira Divisão Paulista) da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos): 1931 (Quarta Divisão), 1932 (terminando na 6ª e penúltima posição) e 1933 (Quarta Divisão).
Em 1932, foi promovido a Segunda Divisão Paulista (na pratica, a Terceira Divisão). Depois há um hiato até 1937 e 1938, quando disputou o Campeonato da Liga Esportiva Hungara do Brasil, onde possuíam os seguintes jogadores: Szabo, Grané, Raul, Katona, Gregorio, Kias, Drobina I, Drobina II, Klacsák, Diego, Kahnan, Bolazs III e Mike.
Time-base de 1930: Katko; Carlito e João; Stern, João e Hanseck; Sipos, Platech, Perez, Tatu e Baleca.
Time-base de 1931: Zelise (Estevam ou Massa); Milinkovitz (José ou Grillo) e Perez (Carlito); Stern (Careca), Pinto I (Alexandre) e Vicentini (Luiz ou Kiraly); Caetano (Crocce), Francisco (Ferreira ou Katona), Platteck (Anselmo), Mininich (Benando ou Zani) e Balazs (João ou Minguito).
Time-base de 1932: Celisi (Martins); Milinkovitz e Carlito (Yochis); Hanck II (Perez), Balaza e Handro I (Jorge); Katona, Zani, Caetano (João), Plotck (Pinto) e Henrich (Dicto).
Time-base de 1933: Katko (Erno); Milinkovitz (Baveito ou Carlito) e Perez (Grulo ou Carlos Thomaz); Hancsko (Zubra), Zumbera (Jorge) e Famas (Varga ou Charly); Kolarreck (Zani ou Pinto), Catona (Mursa ou Protek), Plateck (Zaitano), Heirrieu (Gloteck ou Henrique) e Balass (Ilcinsvick ou João).
Foto acima de 1934 (esquerda para a direita): alguns jogadores foram identificados. O 2º era Milinkovic; o 4º era Plotek; o 8º era Buono. O senhor de terno e gravata era o técnico Josef Folker, que depois chegou a presidir o clube.
FONTES: A Noite (RJ) – Correio de São Paulo – Correio Paulistano – A Gazeta (Esportiva) – Associação Húngara – Sociedade Brasileira de Socorro do Brasil (http://www.ahungara.org.br/)
FOTO de 1934: Acervo de Sérgio Adriano Buono
Inédito!! Sport Club Húngaro Paulistano – São Paulo (SP): Existiu entre 1919 a 1940
O Sport Club Húngaro Paulistano (São Pauloi Magyad) foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado por húngaros desportistas da escol. na quinta-feira, do dia 20 de Fevereiro de 1919. O futebol era o carro-chefe, mas também participavam de outras modalidades como o Ping-Pong (Tênis de Mesa), Xadrez, entre outros.
Em relação a Sede, o clube passou por vários endereços. Citando alguns: Rua da Mooca, nº 381, no Bairro da Mooca (1930); Ladeira Santa Ephigenia, nº 19 / sobrado (1931); Rua (atual Avenida) Carlos Campos, s/n, no Bairro Pari (1937); Rua Brigadeiro Tobias, nº 509, Centro, São Paulo (SP). Número do Telefone: 4-6304 (até 1940).
A Praça de Esportes ficava na Rua Brigadeiro Tobias, nº 55-A, Centro de São Paulo. Além do nome, para não deixar dúvidas, o escudo foi inspirado no distintivo da Seleção Húngara de futebol, assim como o uniforme também seguia a mesma linha utilizando as cores da Hungria (grená, branco e verde).
Competições
Em março de 1927, ingressou na LAF (Liga de Amadores de Futebol), onde disputou no mesmo ano a Segunda Divisão, da Série Principal (equivalente a Terceira Divisão Paulista), que em termos de importância só ficava atrás da Série Intermediária (Segunda Divisão) e da Primeira Divisão da Série Principal (Elite Paulista).
Em 1929, o Húngaro Paulistano participou da Divisão Municipal, pela LAF. Uma Quarta Divisão Paulista.
Disputou o Torneio Eliminatório entre as equipes da Divisão Municipal, para preencher as duas vagas para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão da APSA de 1930. Porém, acabou caindo na 1ª fase, no domingo, do dia 20 de Abril de 1930, ao ser derrotado pelo Húngaro Ypiranga por 2 a 0.
Esteve presente no Campeonato Municipal da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos) de 1931 e 1932. Um fato curioso, aconteceu na segunda-feira, do dia 06 de Julho de 1931.
Preliminar do amistoso internacional
O Húngaro Paulistano fez a preliminar do amistoso internacional, entre o Palestra Itália (atual Palmeiras) versus o campeão húngaro: Ferencvárosi Torna Club, às 21h40, que terminou com a goleada dos brasileiros por 5 a 2.
Na preliminar o Húngaro Paulistano foi derrotado por 4 a 2, pelo Club Athletico Brasil. Porém, a felicidade em estar no mesmo palco que o clube húngaro superou a derrota.
Clube é desclassificado e recebe multa pesada
No Campeonato Paulista da Segunda Divisão da APEA de 1933, o Húngaro Paulistano acabou passando por uma situação desagradável. Após não ter comparecido em dois jogos, o clube sofreu dura punição.
De acordo com a letra “G” do Artigo 27 do código de penalidades, por não ter comparecido no domingo, dia 23 de julho de 1933, para enfrentar o Esporte Clube Ypiranga, a APEA desclassificou o Húngaro Paulistano, além de ter recebido uma multa de 200$000 (duzentos mil réis).
Clube é obrigado a mudar o nome
No início de fevereiro de 1940, o Sport Club Húngaro Paulistano solicitou autorização para funcionar como sociedade brasileira. No entanto, o então Ministro da Justiça, o mineiro Francisco Campos, de 49 anos, afirmou que só iria autorizar se caso a agremiação modificasse o nome, de acordo com a lei em vigor na época.
Diante das poucas opções, o Sport Club Húngaro Paulistano acabou acatando a “recomendação” e decidiu alterar o nome para: Clube Cultural Paulistano. A mudança acarretou com o afastamento do futebol.
Na década de 40, mudou de Sede duas vezes: Rua Sousa, nº 193; e na Rua Aurora, nº 408. Na década de 50, se transferiu para a Rua Conselheiro Nébias, 815, no Bairro dos Campos Elísios.
Durante esse período o clube apareceu diversas vezes no noticiário esportivo no Ping-Pong (Tênis de Mesa) e Xadrez. As últimas linhas sobre a existência do Clube Cultural Paulistano se esvaíram em meados da década de 70.
Time-base de 1927: Isazy; Matis e Hachmant; Miklos, Alcides e Boskovitz; Strauss II, Timon, Fillip, Varga e Strauss I.
Time-base de 1929: Raez (Varga); Horvath I e Bugyi (Horvath II); Nebel, Boskovitz e Stanicz; Marosan, Tomon (Stnutz), Kaplar (Varga), Struc (Tonem), Piller (Beltz).
Time-base de 1931: Casanady (Huber); Emílio e Idylio; Enke (Coke), Paschoal (Luiz) e Jacob (Manoel); Mathias (Augusto), José, Francisco, Ernesto (Varga) e Struc.
Time-base de 1932: Malck; Norvath e Bettoni; Kebel, Paschoal e Franckfurter; Barno, Costa, Roggerio, Hausner e Crocci.
FONTES: Correio Paulistano – Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Jornal dos Sports – Correio de São Paulo – Correio Paulistano – Diario Nacional : A Democracia em Marcha (SP) – A Gazeta (SP) – A Rua : Semanario Illustrado (RJ) – Revista Híradó (Informativo da Associação Húngara – Brazíliai Magyar Segélyegylet ) – Associação Húngara – Sociedade Brasileira de Socorro do Brasil (http://www.ahungara.org.br/) – Tribuna da Imprensa (RJ) – O Estado de Florianópolis (SC)
Foto Histórica – Campinense Clube (Campina Grande – PB) – 1959
Campeonato Paranaense de Aspirantes – 1994
Equipes Participantes: - Associação Atlética Batel (Guarapuava) - Clube Atlético Paranaense (Curitiba) - Coritiba Football Club (Curitiba) - Esporte Clube Comercial (Cornélio Procópio) - Hyogo Futebol Clube (Londrina) - Operário Ferroviário Esporte Clube (Ponta Grossa) - Paraná Clube (Curitiba) - Rio Branco Sport Club (Paranaguá) - Sociedade Esportiva Matsubara (Cambará) - União Bandeirante Futebol Clube (Bandeirantes) Chave Norte 06.02.1994 Matsubara 0x1 União Bandeirante 13.02.1994 Comercial 0x4 Hyogo 23.02.1994 Comercial 0x0 União Bandeirante 27.02.1994 Hyogo 0x0 União Bandeirante Matsubara 4x0 Comercial 02.03.1994 Matsubara 5x0 Hyogo 09.03.1994 Comercial 0x0 Matsubara 20.03.1994 União Bandeirante 0x3 Matsubara Hyogo 3x1 Comercial 30.03.1994 União Bandeirante 1x2 Hyogo 03.04.1994 União Bandeirante 8x0 Comercial 10.04.1994 Hyogo 2x2 Matsubara J V E D GF GC PG 1 Matsubara 6 3 2 1 14 03 11 2 Hyogo 6 3 2 1 11 09 11 3 União Bandeirante 6 2 2 2 10 05 08 4 Comercial 6 0 2 4 01 19 02 Chave Sul 30.01.1994 Atlético 4x0 Batel 06.02.1994 Operário 0x0 Batel Atlético 1x0 Coritiba Rio Branco 1x0 Paraná 13.02.1994 Paraná 1x0 Operário Rio Branco 0x1 Coritiba 20.02.1994 Operário 1x3 Rio Branco Batel 0x4 Coritiba 27.02.1994 Coritiba 1x0 Paraná Operário 2x4 Atlético Batel 0x1 Rio Branco 06.03.1994 Paraná 1x1 Atlético Operário 0x1 Coritiba 13.03.1994 Batel 1x3 Paraná Rio Branco 1x1 Atlético 16.03.1994 Batel 3x0 Operário Atlético 0x0 Rio Branco 20.03.1994 Atlético 1x0 Coritiba Paraná 2x1 Rio Branco 24.03.1994 Paraná 4x0 Batel Atlético 5x1 Operário 27.03.1994 Rio Branco 0x0 Operário Coritiba 2x0 Batel 30.03.1994 Operário 1x1 Paraná Atlético 1x1 Batel 03.04.1994 Paraná 2x1 Coritiba Rio Branco 1x0 Batel 06.04.1994 Coritiba 9x0 Operário 10.04.1994 Paraná 1x0 Atlético Coritiba 0x1 Rio Branco J V E D GF GC PG 1 Paraná 10 6 2 2 15 07 20 2 Atlético 10 5 4 1 18 07 19 3 Coritiba 10 6 0 4 19 05 18 4 Rio Branco 10 5 3 2 09 05 18 5 Batel 10 1 2 7 05 20 05 6 Operário 10 0 3 7 05 27 03 Fase Final 17.04.1994 Paraná 2x0 Matsubara 24.04.1994 Atlético 0x0 Paraná Matsubara 0x0 Coritiba 01.05.1994 Matsubara 1x1 Atlético 05.05.1994 Coritiba 3x1 Paraná 08.05.1994 Coritiba 1x0 Atlético 22.05.1994 Matsubara 2x2 Paraná 29.05.1994 Atlético 0x0 Matsubara 02.06.1994 Paraná 2x0 Atlético Coritiba 1x0 Matsubara 04.06.1994 Coritiba 2x0 Atlético 10.06.1994 Coritiba x Paraná (cancelado) J V E D GF GC PG 1 Coritiba 5 4 1 0 07 01 13 2 Paraná 5 2 2 1 07 05 08 3 Matsubara 6 0 4 2 03 06 04 4 Atlético 6 0 3 3 01 06 03 Campeão - Coritiba Football Club (Curitiba) Fonte: Arquivos de Levi Mulford Chrestenzen
Campineira Futebol Clube – Brasília (DF): Escudo diferente de 1977
A assembleia de constituição da Campineira Futebol Clube aconteceu no dia 1º de janeiro de 1975, à Avenida W-2 Sul, Quadra 514, Bloco C, Loja 52, Sala 104, em Brasília (DF) e teve a presença de Adolpho Silvério Figueiredo, Alberto Luiz Esteves Teixeira, Antônio Carlos Malaman, Antônio Esteves Teixeira, Djalma de Carvalho Silva, Francisco de Assis Dória Bastos, Jacy Bezerra de Araújo, João da Silva Araújo, José Ivan Lopes, Manuel Augusto de Melo, Oddoni Luigi, Ramon Monteiro Back Van Buggenhout e Waltinho Ferrari.
Suas cores oficiais eram a preta e a branca. O uniforme era semelhante ao do Botafogo, do Rio de Janeiro, ou seja, camisas com listras verticais pretas e brancas, calção preto e meias brancas (que viria a ser adotado pelo Sobradinho mais tarde).
Esporte Clube Canarinho – Taguatinga (DF): Escudo diferente de 1977
O Esporte Clube Canarinho foi fundado em 20 de outubro de 1973, na Associação Portuguesa, na cidade de Taguatinga (DF). A 1ª Diretoria ficou assim composta: Presidente – Manoel Ramos dos Santos; Vice-Presidente – Evilásio Meira de Souza; Secretário Geral – Raimundo Meira de Souza; 1º Tesoureiro – Expedito Geraldo de Lima; 2º Tesoureiro – Alzerino Cardoso; Conselheiro – João Milani de Souza; Diretor de Futebol – Francisco Araújo Freitas; Diretor de Relações Públicas – Severino Erasmo de Lima; Vice-Diretor de Futebol – Ramiro Cardoso e Supervisor de Futebol – Manoel Gomes Feitosa Neto.
FONTES: Almanaque do Futebol Brasiliense – Jornal dos Sports (RJ) – Correio Braziliense (DF)
Associação Atlética Brooklyn Paulista – São Paulo (SP): Fundado em 1922
A Associação Atlética Brooklyn Paulista foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Os “Brooklinenses” foi Fundado na quarta-feira, do dia 22 de Março de 1922, por um grupo de jovens entusiastas. A 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros:
Presidente – Jorge Ferreira;
Vice-Presidente – José Joaquim Gonçalves;
1º Tesoureiro – Joaquim Passador;
2º Tesoureiro – Benedicto Brando de Araújo;
1º Secretário – Antonio Pacheco Valente;
2º Secretário – Manoel Pacheco Valente;
Diretor Esportivo – Bellino Domingues Borba.
Uniforme e a Praça de Esportes
O 1º uniforme eram camisa branca e meias e calções negros, para o primeiro time de futebol do bairro, que pouco demorou para tornar-se o xodó de todos os moradores.
Sua bem-freqüentada Praça de Esportes formava um quadrilátero, limitado pelas atuais: Avenida Morumbi, Rua das Margaridas, Pássaros e Flores e Coronel Conrado Siqueira Campos, no Bairro Jardim das Acácias.
As partidas aconteciam nas tardes de domingos. Por muito tempo e enquanto os campos de futebol de várzea resistiram ao assédio de um mercado imobiliário em constante ebulição, a A.A. Brooklyn Paulista montou grandes equipes, numa sucessão inesgotável de excelentes atletas.
Celeiro de craques
Houvesse, porventura, algum registro da trajetória histórica desse clube, jogadores como Piérre Pellerin, Carijó, Pascoal Barba, Artur Araújo, Afonso, Manuel Gimenez, os irmãos Antônio, Jacinto e Geraldo Pacheco Valente, posteriormente, Angelim, Eurides, Vicente, Zeca, e ainda Chafic Chueri, Maluco, João Três Pulos, Anibal Gonçalves, Alberto Bacellar, as duplas de irmãos Pascoal e Aristides Carota e Téte e Moacir, dificilmente seriam esquecidos.
Vários deles, de tão bons que foram, seguiram carreira como profissionais. De outros bairros, também surgiam esquadrões de peso: o Marechal Floriano F.C., o Clube Couto de Magalhães e o Marítimo F.C. que, por anos a fio, incendiaram as tardes de domingo do Itaim Bibi e Vila Nova Conceição.
E ainda, o Santo Amaro F.C., o afamado e semi-profissional LPB, do Laboratório Paulista de Biologia, comandado pelo zagueirão uruguaio, Herculano Squarzza, e o timaço do Casas Avenida, entre outros. Quando o time do Brooklyn os enfrentava, semanas antes, já se imaginava o que seria desses memoráveis confrontos.
Clube participou da Revolução Constitucionalista de 1932
Consta na história do clube a participação, na Revolução Constitucionalista de 1932, dos sócios: Domingos Geraldo Minguta; Ernesto Lopes; João Helmuth; Gabriel Archanjo de Moura; Armando Bresciani; Goberto de Paula Avellar; Alberto Pellerin e Walter Ahrens.
Após o fim da revolução em agosto de 1932, o Brooklyn Paulista realizou um festival em Santo Amaro, onde arrecadou importante valor à época de209$900 (duzentos e nove mil e novecentos réis), importância esta entregue ao então Prefeito Municipal, Dr. Francisco Ferreira Lopes.
Curiosidades
A Associação Atlética Brooklyn Paulista foi uma agremiação que conquistou a simpatia e rapidamente prosperou a ponto de, à época, figurar entre os grêmios de maior relevância da capital. A sua Sede própria tinha um salão de baile, secretaria, acomodações para os grêmios visitantes e uma boa praça de esportes.
Em 1942, o clube já contava com 120 sócios, demonstrando a sua força na região. Anos depois, do outro lado da rua, num campo de terra e de frente para a Avenida Santo Amaro, a Portuguesa, fundada pela colônia lusitana local, passou a mandar seus jogos no mesmo dia e horário. Em 23 de março de 1947, a A.A. Brooklyn Paulista promoveu inúmeras festividades para comemorar o 25º aniversário de sua fundação.
A aguardada partida de encerramento foi disputada com o Clube Esportivo Gazeta, da Fundação Cásper Líbero. Na ocasião, os já veteranos, Manuel Pacheco Valente, Darwin Belletato e Pascoal Barba, compunham a sua diretoria.
Convidados especiais também se fizeram presentes, dentre eles o Dr. Waldemar Teixeira Pinto, subprefeito de Santo Amaro. O evento ainda contou com a cobertura de emissoras de rádio, do jornal A Gazeta Esportiva e outros periódicos da capital.
Anos 50 representou a extinção do Brooklyn Paulista
Mas em meados da década de 1950, o campo da A.A. Brooklyn Paulista deixou de existir. A construção e venda de dezenas de residências tomaram o seu lugar. Não tendo mais onde jogar, o clube desapareceu, deixando para a posteridade aproximados quarenta anos de importantes conquistas.
O campo da Portuguesa teve idêntico destino. Primeiramente, foi ocupado pela empresa Divena, revendedora de caminhões pesados, de propriedade de Anésio Urbano. Depois, com edifícios de escritórios e apartamentos. Mas ainda restavam outros times, surgidos depois, e outros campos: o Estrela D’Alva, entre as Ruas Roque Petrella, Francisco Dias Velho e Ministro José Galloti, hoje abrigando o convento da Congregação das Filhas de São José, uma agência do Unibanco, além de vilas e novos sobrados.
Os dois últimos a sumir foram o Vila Carmen, absorvido pela Avenida Vicente Rao e o União da Mocidade, no fim da Rua Bernardino de Campos. No início dos anos 1960, seu campo foi devorado pelo polêmico, frustrado e até hoje mal-digerido Anel Viário de São Paulo, projetado pelo DER.
No entanto, suas obras jamais foram iniciadas, embora tenha sido expressivo o número de desapropriações ocorridas no local. O tempo perdido e o acintoso desperdício de dinheiro público foram circunstâncias que marcaram a passagem do fracassado projeto pela região.
Em sinal de “reconhecimento“, os brooklinenses bem que poderiam conferir ao governo um meritório troféu, por ter parido a gigantesca e problemática Favela do Buraco Quente, que por obra de sua inconseqüente conduta ocupou as margens do Córrego Águas Espraiadas, por ininterruptos 25 anos.
Aproximadamente na mesma época da extinção da A.A. Brooklyn Paulista, a indústria de acumuladores Durex dividiu o imenso terreno que possuía na Avenida Morumbi, para construir um magnífico mini-estádio de futebol. Funcionários da fábrica e ex-jogadores profissionais formavam o seu esquadrão.
Seu objetivo era disputar e vencer o Campeonato Paulista de Futebol Amador. E tinha time para isso. Durante uma partida oficial contra Sampaio Corrêa, da zona leste, e com as arquibancadas literalmente tomadas por torcedores de ambos os lados, instalou-se uma tremenda pancadaria e troca de tiros que, por pouco, não terminaram em tragédia, dentro e fora do campo.
Na manhã seguinte, o lamentável episódio invadiu o noticiário policial de rádios e jornais da capital, levando a empresa a encerrar, às pressas, as atividades do time e a transformar a bela praça de esportes em ruas e lotes de terreno.
FONTES: “Os antigos times de futebol do Brooklin Paulista”, de João Bosco Petroni – Site ‘Em Sintonia’ – Acervo de Ricardo Hucke – Álbum de Santo Amaro de 1935