Curiosidades do futebol piauiense!!!

1 – Uma linha ofensiva que pulverizou o América do Recife, em 1955, no Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, foi a do River Atlético Clube. Marcou 5 a 1 no clube pernambucano e ficou constituída por Valdinar, Carlito, Diderot, Né e Erasmo. Carlito foi a grande sensação do jogo. Tanto é verdade que, 4 anos depois, 1959, sempre jogando com regularidade
técnica, foi levado para Fortaleza a fia de defender o Ceará Sporting Clube. Até hoje permence no clube cearense como destacado funcionário do vovô alvinegro.

2 – O primeiro nome do Estádio Municipal Lindolfo Monteiro foi “Campo de Marte”. Nos anos 30 e 40, os militares do 25º Batalhão de Caçadores ali exercitavam tarefas militares. A área de treinmamento situava-se no quadrilátero: Rua da Palmeirinha (hoje, Clodoaldo Freitas), rua Rui Barbosa (passando em frente à Cadeia Pública, demolida para a construção do atual Ginásio de Esportes Dirceu Mendes Arcoverde ou “Verdão”); rua Jônatas Batista (defronte ao Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, transferido no presente momento para outro local, na Primavera); e rua João Cabral (antigamente Enfermaria para os doentes do 25º BC. “Campo de Marte” prestando homenagem ao “Deus da Guerra”, filho de Júpiter e de Juno, mitologia romana. E Lindolfo Monteiro, a partir do dia 15 de novembro de 1943, a fim de perpetuar a memória do médico-pediatra piauiense e ex-prefeito de Teresina.

3 – Diolira foi um dos maiores centroavantes do futebol amador do Piauí. Nos anos 30 e 40, formou uma linha de ataque no Botafogo onde atuavam Jumentinho, Manula, Dagmar, Jesus…, razão do medo que causavam às defensivas adversárias. Dedicado aos estudos, Diolira formou-se em Direito e, por méritos próprios, chegou à magistratura como Desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Piauí. Também e como desportista de escol, foi presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí. Seu nome verdadeiro: João de Deus Lima, nascido e falecido em Teresina, 1913-1985.

4 – Nomes estrambóticos tivemos às mancheias no futebol amador e profissional piauiense. Vejamos em passado um pouco distante, alguns deles com intuito de formar uma “onzena” de bons jogadores: Carambolo, goleiro; Cu de Rã, lateral direito; Bode Branco, central; Grilo, cabeça-de-área; Galo Magro, lateral esquerdo; Cavalo Velho, volante; Arroz, armador; Perereca, ponta-direita; Pão, ponta-de-lança; Porca, centroavante; Lascainha, ponta-esquerda. Outros nomes engraçados? Que tal outra “onzena” constituída por: Chato, goleiro; Cocada, lateral direito; Dragão, central; Maromba, cabeça-de-área; Sapato, lateral esquerdo; Canam, volante; Prigüilim, armador; Bola Sete, ponta-direita, Cão, ponta-de-lança; Buchudo, centroavante; Fateiro, ponta-esquerda.

5 – Quase nonagenário, Ição, o gigante moreno do futebol parnaibano, ainda vive. Centromédio “clássico” (hoje, a denominação é cabeça-de- área) no tempo em que o jogador escalado no eixo da intermediária de sua equipe era o cérebro e ao mesmo tempo coração do clube que defendia. Tio do Mário Maromba, excelente apoiador que atuou no Botafogo, River e Seleção Piauiense, falecido precocemente.
6 – Goleiros houve no Piauí com brilhantes atuações e defesas espetaculares. Usavam apelidos esquisitos. Alguns se destacaram mais do que outros. Todos, enfim, merecem registro. No amadorismo – por exemplo -, evidenciamos: Morcego, Macaco, Xavante, Boneco, Vaca, Boi, Corninho, Mansa… No profissionalismo, Manguito (gostava de defender pênalties), Coló, Beroso, Da Bela… Devemos salientar que os apelidos (até folclóricos) foram desaparecendo do futebol piauiense. Com a implantação do profissionalismo, os jornalistas especializados não colocaram mais os salientes epítetos nos jogadores como se observava na fase romântica e generosa do amadorismo e nos primeiros 10 a 15 anos do futebol remunerado do Piauí.

Reminiscências esportivas
Autor:Carlos Said

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