“Até parece impossível que um dia / Foste o homem sonhado por mim / Esta cínica farsa de agora / Faz-me rir, ai… Faz-me rir…”. Dizia o refrão de um bolero, cantado por Edith Veiga, sucesso nos anos 60. O que não fazia tanto sucesso naquela época era o time do Corinthians que, por essa razão, ganhou de seus rivais como apelido o título do hit do momento: Faz-me rir.
Era para ser apenas o título de uma música romântica. Neste ano foram utilizados 27 jogadores e 2 técnicos. No final do primeiro turno o Corinthians ficou nas últimas colocações, mas terminou o campeonato em sexto lugar. Neste time tinha 2 campeões do mundo, Gilmar e Oreco.
O ano de 1961 foi muito ruim para o Timão. Apesar de começar a temporada com uma bela vitória por 7 a 2 contra o Flamengo, de Gérson e Dida, na noite que inaugurou o sistema de iluminação do Parque São Jorge, o resto do ano não foi nada bom para os corintianos.
No Campeonato Paulista, durante as primeiras 11 partidas, o Corinthians havia perdido sete, empatado outras duas e vencido apenas duas. A diretoria do clube tentou dar um jeito na situação trocando o treinador e alguns jogadores, porém de nada adiantou, e o Corinthians terminou o primeiro turno entre os últimos colocados.
O time, reforçado por Adílson, Beirute, Espanhol, Ferreira e Manoelzinho, só conseguiu reagir no segundo turno da competição estadual, e a campanha, que começou de maneira pífia, para delírio das torcidas rivais, terminou com uma “honrosa” sexta colocação.
Para responder aos rivais, dois torcedores do Timão compuseram a resposta ao incômodo apelido: “No momento difícil, presente / A torcida responde por ti / Demonstrando a toda essa gente / Que tu tens um Nome, do qual não se ri!”
LancePress
Gilberto Maluf
Isso é igual ao Palmeiras da atualidade.