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Em 1951,o governo,povo e imprensa uruguaios,unidos a entidade maxima do futebol local e aos clubes,decidiram emprestar indescritivel pompa ao aniversário da conquista do título mundial,que,um ano antes,a 16 de Julho de 1950,haviam obtido,derrotando a seleção brasileira em pleno Maracanã.A data gloriosa foi convertida em feriado e como,por coincidência o dia 18 normalmente já fosse,consagrado como “Juramento da Constituinte”,suspendeu-se o trabalho em Montevidéu,durante o tríduo 16,17 e 18 do mencionado mês,para dedica-lo,integralmente e com exclusividade,ás celebrações do esplêndido feito.
O fecho das comemorações seria o lançamento da pedra fundamental do “monumento das conquistas do futebol uruguaio nos campeonatos olímpicos e mundiais”E,como ápice,nada melhor do que preceder a solenidade por uma partida entre o Peñarol-que bem comparado era a própria celeste-e uma equipe brasileira,que selecionariam as de melhor categoria,mas que não tivesse condições de empanar o brilho do espetáculo com uma inoportuna vitória.
Esse papel era reservado ao América.Fazer realçar o poderio do futebol oriental,comprovando,”mais uma vez”,sua superiodade sobre os brasileiros.
No dia 18 de Julho de 1951,uma multidão enorme,eufórica,vibrante,lotou o Estadio Centenário e mal se continha,em alucinante embriaguez coletiva,na expectativa que o inespugnável Peñarol,com oito campeões do mundo a defender-lhe as cores ,esmagasse incautos brasileiros.
Aconteceu,porém,o que não estava no figurino.Eles deram o baile,mas quem dançou fomos nós.Despertados em seus brios,os americanos desdobraram-se em entusiasmo e impuseram nosso ritmo,o ‘tico-tico no fubá”,segundo a crônica local.Um,dois,três gols,contra apenas um,dos locais,”de honra”,feito de pênalti.Vitória do América!!!Vitória do Brasil!!!
Após a partida a pedra fundamental foi lançada.Melancolicamente,sem a presença dos campeões homenageados,nem da torcida,que,em sua maior parte,o América mandou para casa,já na metade do segundo tempo.
O América privou o desporto brasileiro de uma das suas mais ameaçadoras humilhações.Sendo este um dos mais gloriosos feitos nos anais da história do nosso futebol.
Fonte:Campos Salles,118 de Orlando Cunha e Fernando Valle
PS:Confesso que este foi um dos artigos que mais me deram prazer em escrever e repassar ao membros.Viva o América!!!