NEWS:Garrincha deixou um ‘João’ em Cardoso

Ex-lateral Lenílson sofre com gozação dos amigos 30 anos depois de marcar o Mané

Cahê Mota
Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Cardoso Moreira, RJ

GLOBOESPORTE.COM
Lenilson (de barba) tira foto com Garrincha, já barrigudo no final da carreiraNos últimos anos de carreira, Mané Garrincha rodou o interior do Brasil participando de partidas festivas. O que quase ninguém sabe é que Cardoso Moreira, cidade que passa a fazer parte do mapa da elite do futebol carioca, fez parte deste roteiro. Até mesmo muitos cardosenses desconhecessem o dia histórico. No final da década de 70, vestindo a camisa da Associação de Garantia dos Atletas Profissionais do Rio de Janeiro (AGAP-RJ), o herói da Copa da 62 encarou o ainda amador Cardoso Moreira Futebol Clube, e teve como companheiro o goleiro tricampeão do mundo em 70, Félix.

No entanto, se para a maioria a recordação do amistoso se perdeu no tempo, um cardosense em especial nunca esquecerá aquele dia: o lateral-esquerdo do Cardoso Moreira na ocasião, Lenílson. Além da emoção de ter marcado seu ídolo, os amigos não o deixariam apagar da memória aquele jogo.

– Eu escapei ileso. Graças a Deus depois não tive problema de coluna por conta dessa partida, mas os amigos me deixaram com muita dor de cabeça. Até hoje rola muita gozação – garante o ex-atleta, de 55 anos, que mostra orgulho ao lembrar da partida, que terminou 1 x 1.

Lenilson comemora a chegada do Cardoso Moreira à Primeira Divisão do Carioca- Rapaz, essa história do Garrincha eu não me recordo a data, mas fiquei maravilhado ao saber que iria enfrentar o melhor ponta-direita da história do futebol. Colocaram uma bomba na minha mão, só que mesmo assim eu fiquei muito envaidecido. Foi muito gostoso, apesar de ter levado vários dribles infernais dele, pelo menos eu não cai no chão – comemora.

Mais de 30 anos depois da partida, Lenilson sabe que aquela equipe que encarou Garrincha perdeu espaço na história do clube para a atual. Mas comemora um “título” que ninguém tira dele.

– É uma realização para a cidade o acesso. Sei que faço parte dessa história e isso é muito bacana. Fico satisfeito e vou querer assistir ao jogo no Maracanã. Irei como mais um homem que não conseguiu marcar Garrincha. Pelo menos tenho o que contar para os meus netos – brinca.
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