Interessante notícia publicada no jornal “A Tribuna” de Santos/SP em sua edição de 18 de março de 1972:
“As autoridades da Associação Uruguaia de Futebol negaram-se a receber um requerimento do Clube Iriarte, que pedia a inscrição em sua equipe , de oito jogadores do sexo feminino.
O fato, insólito, provocou primeiro estupor nos dirigentes e depois intensas diligencias que resultaram na rejeição do pedido, pelo menos momentaneamente, por não existirem antecedentes a respeito.
As moças apresentaram-se no guichê da Associação exigindo a sua inscrição, apoiadas pelos dirigentes do Iriarte, que disputa o campeonato na Divisão de Acesso, os quais pensavam contar com elas em suas fileiras.
Depois de uma indecisão inicial, os dirigentes da AUF, explicaram que não podiam processar o requerimento pois, além de não haver antecedentes a respeito, o assunto tinha de ser examinado pelos elementos imparciais da Associação.
Estes últimos deverão decidir, em definitivo, a atitude a ser adotada, embora fontes chegadas a AUF descartem a possibilidade de que as moças recebam uma resposta favorável.”