Além do Centro Esportivo do Pina, o Bairro também contou com outra força: o Expressinho Futebol Clube (Expressinho do Pina) foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). Fundado na década 50, tinha a sua Sede localizada na Rua Doze de Julho, 15, no Bairro do Pina, em Recife. O Clube faturou quatro títulos estaduais: bicampeão da Segunda Divisão (1974 e 1975) e Bi da Terceirona (1980 e 1983).
Outro clube modesto, porém com paixão pelo esporte bretão. Além da equipe adulta, também possuíam as categorias de base: infantil e juvenil. Além do futebol nos gramados, o clube também participava do Campeonato de futebol de praia recifense, que era amplamente divulgado pela mídia recifense, nos anos 60.
Em 1977, o clube ingressou no Campeonato Pernambucano de Futebol de Salão (Atual Futsal). Já em meados dos anos 80, Expressinho do Pina montou um time de futebol feminino e participou do II Campeonato Pernambucano da categoria, porém sem muito destaque.
Neste mesmo período, o Expressinho do Pina sempre aparecia em notas, no Diário de Pernambuco, que apresentavam os seus resultados nas pelejas amistosas e torneios. Na grande maioria, conquistando triunfos e canecos.
A história ganhou outro contexto, quando numa quarta-feira, do dia 21 de Abril de 1965, o Expressinho do Pina enfrentou o Ferroviário, que se preparava para disputar o Estadual daquele ano. A partida ocorreu no Estádio Lucas Cabral, no Bairro do Pina (fica ao norte de Boa Viagem, região litorânea do Recife). No final, o Expressinho do Pina venceu por 1 a 0, e a partir daquele instante a diretoria começou a sonhar em levar o clube a vôos maiores.
No ano seguinte, o clube se sagrou campeão do Campeonato Pinense de 1966, ao vencer fortes oponentes, como o Centro Esportivo do Pina. O time campeão formou da seguinte forma: Miro; Nênem e Baá; Nego e Ivanildo; Vado (Guaraná) e Liaco; Roberval, Joca, Paco e Nildo.
Após o vice-campeonato Pinense de 1968, Expressinho do Pina fez a sua primeira partida fora do estado. Após uma partida polêmica e muito contestada pela diretoria o Expressinho do Pina perdeu para o ASA de Arapiraca por 3 a 1, na tarde do dia 1º de dezembro de 1968.
Em 1970, já filiado a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Expressinho do Pina debutou no Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão.
CAMPEÃO DE 1974
Após boas campanhas, enfim, o título. Na noite do sábado, no dia 05 de abril de 1975, o Expressinho do Pina venceu o Bonsucesso (ficou com o vice), da Casa Amarela, por 4 a 2, e conquistou o título do Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão referente ao ano de 1974. I time campeão formou assim: Marinho; Vado, Marivaldo, Válter (Paulinho) e Tadeu; Djanilson e Valdeck; Mendonça, Berto, Pedrinho (Adenildo) e Estrela.
Em 1975, o clube fez uma bela campanha faturando o bicampeonato. Além disso, faturou diversos prêmios concedidos pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Expressinho do Pina recebeu a Taça Disciplina; Everaldo Cavalcante foi eleito o melhor técnico; Manoel Fernando o melhor massagista; e o zagueiro Marivaldo e o atacante Estrela fizeram parte da Seleção do campeonato.
Em 1980, o clube se sagrou campeão do Campeonato da Terceira Divisão (antiga 2ª Divisão). Três anos depois, Expressinho do Pina faturou bicampeonato, em 1983, mas dessa vez de forma especial. Afinal, a decisão foi diante do grande rival: Centro Esportivo do Pina.
O Expressinho venceu por 2 a 1, com dois gols de Válter II, enquanto Galvão fez o de honra do time verde-negro. Time formou com a seguinte escalação: Válter; Toinho, Adé, Davi e Jeferson; Vladmir, Valdeque Melo e Júnior; Lenilson Fafá, Heleno (Batista) e Válter II (Galdino). Técnico: Eduardo Silva.
CURIOSIDADE
Em 1981, após vender o centroavante Alexandre para o Náutico Capibaribe, a Associação Atlética Santo Amaro resolveu repor a perda. O clube acertou a contratação de Fabinho, do Expressinho do Pina. Até aí tudo normal. O fato curioso foi a forma de pagamento.
Como o jogador era amador, o Santo Amaro indenizou o Expressinho do Pina com 16 pares de chuteiras, o mesmo número de camisas, calções e meiões. Outra curiosidade é de que o Santo Amaro tinha recebido um estoque de 50 pares de chuteiras, um ano antes, como pagamento de um amistoso com o Náutico que deu prejuízo.
Time-base de 1961: Ivan; Tonho e Jaime Pequeno; Manoel, Adelson e Mourão; Esmeraldo, Nilo, Pataia, Lula e Mario Tavares.
Time-base de 1963: Jadir (Dema); Rui, Jurandir, Negro e Zé Lídio (Ismael); Aloísio (Wilson) e Vado; Val, Escoteiro (Doutor), Ivanildo (Edinho) e Gera (Paco).
Time-base de 1970: Lalau (Jorge); Aldinho (Hemir) e Nenem (Cior); Armando (Reginaldo) e Noca (Emílio); Gilvan (Batuel) e Ceará (Pita); Joca, Duca, Fio e Marivaldo.
Time-base de 1975: Marinho; Vado, Adê, Marivaldo e Pauluca; Tadeu e Nilton; Berto, Tonho, Djanilson e Bê. Técnico: Everaldo Cavalcante, o ‘Velho’.
FONTES: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província