Em dezembro de 1979, houve uma significativa melhora para o futebol local com a inauguração do Estádio Lauro Assunção(sem arquibancadas), que reuniu na partida inaugural as seleções de Araguaína e de Tocantinópolis.
O jogo foi bastante movimentado e reuniu importantes autoridades políticas do Estado de Goiás e do município de Tocantinópolis. O ferlizado a marcar o primeiro gol no estádio foi o atacante araguainense Adir, porém com muita bravura a seleção tocantinopolina virou com os gols de Guinha, Emiliano e Ademir. E terminou vencendo pelo placar de 3 a 1.
No início da década de 1980, apesar da cidade contar com o Estádio Lauro Assunção, a condição do esporte local continuava remota, pois as viagens continuavam sendo sofridas para os atletas e para a comissão técnica em virtude da ausência de apoio.
O poder público municipal não se sabe se por descaso ou por falta de condição financeira, destinava a seleção tocantinopolina, apenas um desprezível caminhão caçamba, que deveria comportar toda a delegação, e que por sua vez, era parcialmente cheio de areia e coberto por uma lona para dar mais “conforto” aos heróicos atletas.
O estremo norte de Goiás era esquecido tanto em termos socias quanto em termos de futebol, pois os principais clubes goianos, isto é, Goiás, Vila Nova, Atlético Goianiense e Goiânia, demoravam vários anos para pisarem nos deploráveis gramdos da região, mas quando marcavam presença através dos jogos amistosos levavam verdadeiras multidões aos acanhados estádios nortenses.
As antigas seleções municipais do norte de Goiás só vieram a evoluir, isto é, obtiveram sua consolidação e consequentemente transformaram-se em clubes, simultaneamente após a implantação do Estado do Tocantins que ocorreu no ano de 1989.
Sobre a criação do Estado do TOCANTINS
Desta forma, gradativamente as respectivas seleções transformaram-se em clubes como foi o caso das seleções: gurupiense(Gurupi Esporte Clube), colinense(Kaburé Esporte Clube), araguainense(Transtrevo Esporte Clube e Araguaína Esporte Clube, atualmente, Araguaína Futebol e Regatas), miracemense(Miracema esporte Clube e Tocantins Esporte Clube), Paraisense(Intercap), alvoradense(Alvorada Esporte Clube), e da própria seleção tocantinopolina que deu origem ao Tocantinópolis Esporte Clube- TEC.
No segundo semestre do referido ano,houve a primeira Copa Tocantins de Futebol Amador(competição equivalente ao campeonato estadual na época),
foi conquista pela equipe do Kaburé
Antônio de Assis – Pará
Pará foi artilheiro do Campeonato Estadual Amador de 1989 ,jogando pelo Esporte Clube Castelo de Gurupi com 7 gols.
“Antônio de Assis Pereira da Silva – o Pará,
Copa Tocantins também é denominada de Estadual Amador.
Contudo, coube ao poder público tocantinopolino na gestão do então prefeito José Bonifácil Gomes de Souza, um amante do futebol, ora com recursos do próprio município ora com recursos dos governos estadual e federal, criar uma ampla estrutura esportiva na cidade de Tocantinópolis, tornando-a referencia a nível regional especialmente no futebol.
principais realizações do senhor José Bonifácio:
1- A construção da arquibancada, da cobertura e da iluminação do estádio Lauro Assunção;
2- A destinação de 30 salários mínimos mensais do poder público ao TEC;
3- A aquisição de um onibus para o TEC;
4- A construção do centro de treinamento, do alojamento e da sede social do clube;
5- A construção do estádio Ribeirão (o gigante do interior do Tocantins) entre outras obras.
No ano de 1990 é importante ressaltar alguns aspectos importantes dentro do futebol tocantinense, como: as principais praças esportivas já contavam com arquibancadas, alguns clubes de maneira ainda muito tímida contratavam jogadores de outros estados e a imprensa dava seus primeiros passos no cenário esportivo.
No segundo semestre do no de 1990, a diretoria alviverde em parceria com o poder público local e tendo a frente o abnegado dirigente Salim Rodrigues Milhomem, teve uma excelente sacada em termos de estruturação para o Verdão, pois contratou um numeroso plantel de jogadores de clubes do futebol goiano e de cidades circuvizinhas para mesclar com os pratas da casa, visando disputar o estadual amador do referido ano.
Desta maneira, implicitamente, naquela atitude de vanguarda Salim juntamente com os demais diretores do TEC lançavam a primeira semente para a futura profissionalização do futebol tocantinense, uma vez que a referida atitude alviverde obrigava as demais equipes do Estado a seguir o mesmo exemplo, ou seja, abrir os cofres e contratar mais jogadores a fim de poder ao menos competir em pé de igualdade com Verdão do Norte.
O futebol era amador, todavia a diretoria do Tocantinopolis demonstrando extrama organização encarava o certame como se o mesmo fosse profissional e em função dos elevados investimentos em contratações de jogadores, o TEC fez uma campanha impecável dentro e fora de seus domínios e chegou a final de forma invicta contra a equipe do Alvorada.
A desorganização da Copa Tocantins em determinados momentos mostrou-se muito evidente, em função do elevado numero de times e a quantidade exarcebada de ogos, o que culminava com a insuficiencia de recursos financeiros das equipes, pois as mesmas tinham que arcar com: transporte, alimentação, hotel e o salario de determinados atletas. Aspectos conjunturais que os times tocantinenses não estavam acostumados a lidar.
A dificuldade financeira da maioria dos clubes obrigou os dirigentes a paralisar a competição por algumas semanas, com o objetivo de fazer os times “respirarem financeiramente” e retornarem com força total para a fase eliminatória(“mata-mata”)do certame.
Após a paralisação, a Copa Tocantins teve seu prosseguimento normal, contudo, apesar de todo esforço da comissão organizadora do campeonato as duas partidas decisivas só forma ocorrer apenas no ano seguinte, ou seja, em 1991, envolvendo os times do Tocantinopolis e do Alvorada.
O primeiro jogo decisivo aconteceu nos dominios do Verdão do Norte no estadio Lauro Assunção, mas não saiu do placar de 0x0, em virtude de ambas as equipes possuirem defesas bastante solidas e bem postadas, em detreminados momentos, o jogo ficou extremamente feio e sem nenhuma empolgação. O empate, sem sombra de dúvidas, foi um resultado extremamente justo pelo o que ambas as equipes produziram dentro de campo.
No jogo de volta, isto é, na grande final do campeonato o poder público fretou sete ônibus para levar os torcedores até o municipio de Alvorada, isto sem contar os veiculos de particulares, o que fez a torcida alvoradense dividir as acanhadas arquibancadas do estádio Elias Natan meio a meio com os fanáticos torcedores alviverdes.
Em Alvorada, novamente a partida foi amarrada, já que nehuma equipe queria arriscar demais, temendo perder o titulo para o adversário. O placar não poderia ser outro, 0x0, o que levou a decisão para os penãltis.
Depois de várias cobranças de penâltis de ambos os lados, a equipe do Verdão do Norte por ter sido mais eficiente e por contar com o goleiro Célio que defendeu duas cobranças, sagrou-se campeão estadual para delírio da massa alviverde. E ainda de quebra venceu de forma invicta, feito que até hoje não foi alcançado por nenhum clube tocantinense.”
Em 1991, Novamente o Kaburé sagrou-se campeão do Estadual Amador derrotando na final a equipe do Interlagos.
Em 1992 o recém-criado Intercap foi último campeão Estadual Amador vencendo a equipe do União Araguainense na final.
FONTE: Site futeboldotocantins.weebly