Equador Football Club – Recife (PE): Fundado em 1922

O Equador Football Club foi uma agremiação da Cidade do Recife (PE). O ‘Equatoriano de Recife’ surgiu em 1922, e, mandava os seus jogos no saudoso Estádio Jaqueira, com capacidade de 6 mil pessoas, localizado no Bairro da Jaqueira. Tendo o  ‘Canário‘ como mascote, a equipe auriverde disputou seis vezes consecutivas o Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão, nos anos de 1922, 1923, 1924, 1926, 1927 e 1928.

Na sua estreia em 1922, o time Equatista terminou na 7ª posição (num total de oito clubes): somou três pontos em sete jogos, com uma vitória, um empate e cinco derrotas; marcando quatro gols e sofrendo 10. Apesar da campanha ruim, o Equador obteve o seu único triunfo em cima do Náutico, vencendo por 2 a 1 (no dia 13 de agosto de 1922).

Na sua segunda participação, em 1923, novamente um 7º lugar. Foram nove pontos em 14 partidas, com três vitórias, três empates e oito derrotas; marcando 17 gols e sofrendo 33. Nessa temporada, conseguiu dois empates em 1 a 1 com o Santa Cruz (03 de Junho de 1923) e 2 a 2 com o Náutico (09 de dezembro).

Em 1924, O Equador disputou os dois primeiros jogos. Depois acabou sendo excluído da competição, perdendo os jogos restantes por W.O. Só não terminou na lanterna porque CS Perez abandonou a competição. Terminou na 7ª posição. Foram dois pontos em 14 partidas, com uma vitória e seis derrotas; marcando três gols e sofrendo nove.

Após o incidente, o ‘Equatoriano de Recife’ retornou em 1926. Dessa vez, terminou na lanterna, com apenas três pontos em sete jogos. Venceu uma, empatou outra e foi derrotado cinco vezes; marcando sete gols e sofrendo 24. A grande resultado foi o empate em 3 a 3 com o Santa Cruz (no dia 26 de dezembro).

Veio o ano 1927, e novamente o Equador amargou a lanterna do Estadual. O time somou apenas quatro pontos em 12 jogos: com duas vitórias e 10 derrotas; marcando 15 gols e sofrendo 36.

Na sua última temporada, antes de sumir no ‘mapa’, terminou da mesma forma. Em 1928, na 7ª e última colocação, com três pontos em 12 jogos: com uma vitória, um empate e 10 derrotas; marcando sete gols e sofrendo 42.

Com isso, a história do Equador no Estadual foi decepcionante. Das seis participações, terminou três vezes na penúltima e as outras três na lanterna. Ao todo, foram 66 jogos, com 21 pontos. Foram nove vitórias, seis empates e 51 derrotas; marcando 53 gols e sofrendo 154.

Após esse certamente o Equador Football Club permaneceu filiado a Liga Pernambucana dos Desportos Terrestres (LPDT) até o dia22 de maio de 1930, disputando partidas amistosas. Após essa data pediu a sua desfiliação, prontamente atendida pela entidade máxima de Pernambuco. O ‘Equatoriano de Recife’  ainda disputou alguns amistosos até se extinguir.

DERROTA DIANTE DO FUTURO CAMPEÃO

Era o seu segundo jogo da sua história no Estadual, e o Equador enfrentou o América, no dia 23 de julho, que se tornaria o campeão de 1922. O apito inicial do árbitro foi seguido imediatamente por um belo passe de Licor para Zé Tasso no ataque do América, que dentro da área, foi calçado pelo zagueiro Pinheiro. Pênalti, que Zé Tasso cobrou no canto esquerdo do goleiro Nô para abrir o marcador.

Talvez, tomados pela euforia da abertura do placar na primeira chance da partida, os defensores americanos não tenham se entendido e aos 5 minutos, o meio-campista Alves do Equador tocou a bola para o atacante Fraga que driblou Cunha Lima e Rômulo,  para tocar no canto direito do guarda-meta Nozinho, para deixar tudo igual.

O ritmo da partida era eletrizante, com as duas equipes se empenhando ao máximo para ficar à frente de seu oponente, mas, foi o América que aos 10 minutos Faustino, que passou pelo zagueiro Souto, e cruzou rasteiro para Zé Tasso, que a dominou e bateu sem chances para estufar mais uma vez as redes do goleiro Nô.

Os equatorianos de Recife só reagiram aos 21 minutos, quando o atleta Izídio cruzou a bola para João Dantas, mas este teve seu chute desviado pelo zagueiro Cunha Lima do América de forma parcial e no rebote, Jesus chutou forte, entretanto, a pelota passou por cima das traves, assustando o goleiro Nozinho.

O clube auriverde queria o empate e quase conseguiu aos 34 minutos por meio da jogada de Santos, que encontrou o companheiro Ferreira livre de marcação dentro da grande área e lhe cedeu a bola, todavia, o chute de Ferreira foi interceptado por Nozinho no centro do gol.

No último lance do primeiro tempo, o América subiu ao ataque com Zé Tasso, que enxergou o atacante Jujú livre de marcação e lhe tocou a bola para este, desferir um potente chute rasteiro no canto baixo do arqueiro adversário e ampliar a vantagem dos esmeraldinos.

 

EQUADOR F.C.      1          X         3          AMÉRICA F.C.

LOCAL: Estádio da Jaqueira, no Bairro da Jaqueira, no Recife (PE)

DATA: Domingo, no dia 23 de julho de 1958

HORÁRIO: 16 horas

ÁRBITRO: Gastão Bittencourt

AMÉRICA FC: Nozinho; Rômulo e Cunha Lima; Lindolfo, Licor e Faustino; Meirinha, Fabinho, Zé Tasso, Jujú e Araújo.

EQUADOR FC: Nô; Souto e Pinheiro; Alves, Raphael e Izídio; Santos, Ferreira, João Dantas, Fraga e Jesus.

GOLS: Zé Tasso a um, 10 e 45 minutos (América); Fraga aos cinco minutos do 1º tempo (Equador).

 

FONTES: Cordeiro, Carlos Celso & Luciano Guedes. (2001) – Campeonato Pernambucano 1915 a 1970. Recife: Ed. dos autores – Blog do Mequinha –  Rsssf Brasil – Jornal O Pequeno – Jornal A Província 

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

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