O Velódromo Paulistano
O Velódromo Paulistano possuía dois conjuntos de arquibancadas cobertas, com capacidade para mil pessoas cada uma, sendo certo que o restante do público assistia às partidas em pé, como era de costume nos primeiros anos do futebol brasileiro.
Durante muitos anos o Velódromo monopolizou todas as atenções. Raros eram os jogos nos campos do Sport Club Germânia (Parque Antártica) e do São Paulo Athletic Club (Consolação).
No ano de 1914, o Velódromo Paulistano foi desapropriado para abertura da Rua Nestor Pestana. A derradeira partida no histórico estádio aconteceu na data de 7 de novembro de 1915, em uma vitória da Seleção Paulista sobre a Seleção Carioca pelo placar de 8 a 0.
Desta forma, a Associação Paulista de Sports Athleticos levou as arquibancadas do Velódromo para a Chácara da Floresta, que, ampliada, com capacidade para dois mil lugares sentados sobre as antigas arquibancadas, e treze mil lugares em pé, passou a ser o principal campo da cidade.
Em 1919 a Sociedade de Cultura Artística adquiriu o terreno do antigo Velódromo para a construção de sua sede própria, que só seria construída na década de 1950, fundando ali o Teatro Cultura Artística.
A Chácara da Floresta
Foi o primeiro estádio de futebol da história do São Paulo Futebol Clube, e o segundo, em importância, para a cidade de São Paulo. Ficava no bairro da Ponte Grande (onde hoje se situa a Ponte das Bandeiras).
Pertencia a Associação Athletica das Palmeiras, que o adquiriu junto ao Clube de Regatas São Paulo.
A chácara ficava entre os campos pertencentes à Associação Athletica São Bento e ao Clube de Regatas Tietê, chegando-se a ela por um corredor entre os dois. Seu gramado era de primeira qualidade.
Vista aérea datada do ano de 1958, onde se vê dois campos de futebol.
O da esquerda, pertencente ao Clube de Regatas Tietê e o da direita, a Chácara da Floresta, pertencente a Associação Athletica das Palmeiras.
Posteriormente, os cursos dos rios Tietê e Tamanduateí, tiveram de ser alterados, para a construção das avenidas Marginais.
Desta maneira, o campo do Clube de Regatas Tietê acabou desaparecendo e o campo da Associação Athletica das Palmeiras acabou por ficar dentro do terreno pertencente ao Clube de Regatas Tietê, na Avenida Presidente Castelo Branco, no bairro do Bom Retiro, mas da floresta, que era uma grande mata natural, havia restado apenas uma pequena área de preservação.
Desta forma permaneceu até o dia 18 de outubro de 2014, quando foi inaugurado, pela Prefeitura do Município de São Paulo, o Centro Esportivo e de Lazer Tietê. O clube recebeu reformas com o intuito de se tornar um novo espaço destinado a prática esportiva e atrações culturais.
E assim foi sepultada grande parte da sagrada memória do nosso futebol.
Um monumento que deveria ter sido tombado e mantida toda a sua estrutura do início do século passado.
Infelizmente, naquele triste dia 18 de outubro de 2014, o som da bola sendo tocada e o som da torcida gritando gol, deram lugar aos gritos do rap do grupo norte-americano Public Enemy, uma das atrações da inauguração do parque público.
Fontes:
Wikipedia
spfcsempre.blogspot
spfcpedia
meu arquivo pessoal
Valeu Vitor!
Pelo que pesquisei até agora, existem muitas controvérsia sobre o tema.
O Fluminense reivindica a honraria para as Laranjeiras, devido suas obras terem iniciado em 1902.
Abraço.
Cícero,
Se considerarmos existência de estrutura original, não sei dizer. Mas sei que o Villa Nova, de Nova Lima, joga no mesmo terreno desde sua fundação, em 1908. Na década de 1930 o estádio foi reconstruído com concreto, ficando com este aspecto até os anos 80, quando foi totalmente reconstruído. Desconheço como era a forma original do seu campo e suas arquibancadas antes da década de 1930.
Abraços!
Coisas de Brasil.
Alguém saberia informar os estádios mais antigos do Brasil?
De preferencia anteriores a 1915.
Abraços.
Acabei de proceder a atualização do artigo.
É verdade. No dia 18 de outubro de 2014, foi inaugurado, pela Prefeitura do Município de São Paulo, o Centro Esportivo e de Lazer Tietê. O clube recebeu reformas com o intuito de se tornar um novo espaço destinado a prática esportiva e atrações culturais.
E assim foi sepultada parte da sagrada memória do nosso futebol.
Um monumento que deveria ter sido tombado e ter sido mantida toda a sua estrutura do início do século passado.
Infelizmente, naquele triste dia 18 de outubro de 2014, o som da bola sendo tocada e o som da torcida gritando gol, deram lugar aos gritos do rap do grupo norte-americano Public Enemy, uma das atrações da inauguração do parque público.
Infelizmente hoje a Chácara da Floresta não existe mais. Na recente reforma do local para virar um parque, o campo e as piscinas viraram um imenso gramado sintético. Um pedaço da história futebolística paulistana que foi jogado no lixo. Um dos maiores crimes já feitos por aqui.
Interessante! Um estádio tão importante e que ainda existe.
Valeria uma reportagem!
Abraços irmão!